• Nenhum resultado encontrado

Relatório Anual 2003

Milhões de euros

Riesco Taxa morosidade (%) Cobertura (%)

dez-03 dez-02 dez-03 dez-02 dez-03 dez-02

Argentina 2.073 2.413 15,39 18,24 65,2 50,9 Bolívia 197 286 5,19 9,96 100,0 100,0 Brasil 5.145 4.612 2,68 2,86 189,6 189,2 Colômbia 449 487 0,98 4,61 776,5 322,9 Chile 10.006 10.385 4,70 4,23 103,1 93,8 México 9.295 12.822 1,33 1,31 284,3 265,2 Porto Rico 4.307 4.237 2,66 2,37 95,8 106,4 Uruguai 135 252 22,04 34,61 130,1 102,1 Venezuela 995 1.184 5,72 6,10 152,6 94,6 TOTAL 32.604 36.689 3,89 4,07 125,2 113,8 Taxa de inadimplência %

Grupo Espanha Resto Europa América Latina 0,920,87 0,88 2,28 2000 2001 2002 2003 1,89 1,55 1,86 2,26 3,32 0,82 2,50 2,63 2,07 4,55 4,07 3,89 058-135 OK BRA 9/6/04 18:55 Página 119

As dotações específicas por insolvências do Grupo na região, lí- quidas de frustrados recuperados, foram reduzidas 74%, em 2003 até 258,3 milhões devido principalmente, às menores ne- cessidades na Argentina, Brasil e Uruguai. O custo sobre o risco médio está situado em 0,75% frente ao 2,1% em 2002 . É destacável o caso do México, país de importante atividade do Grupo na região, que concentrando 29% do total de risco cre- ditício, reduziu a morosidade 26% no ano, como conseqüência de um importante trabalho de recuperação.

A gestão do Grupo na América Latina, compartilha a cultura de riscos comum ao Grupo. Aplica na área os princípios de gestão de risco que caracterizam ao banco matriz. A organização da função de riscos em cada banco latino-americano replica o es- quema de funcionamento na Espanha, com as necessárias adap- tações aos mercados locais.

No âmbito dos sistemas de informação de riscos, o exercício foi caracterizado pelo enorme esforço de implantação do modelo de informação de gestão homogéneo: GARRA.

Este modelo é um conjunto de aplicações cuja finalidade é rea- lizar as tarefas de solicitação, análise, resolução, formalização, seguimento e recuperação de riscos, em um meio tecnológico completamente vinculado ao resto dos sistemas corporativos de cada banco (basicamente plataforma ALTAIR). Em resumo, GA- RRA supõe a automatização da gestão sobre a base de aplica- ções desenvolvidas de acordo à cultura de Riscos do Grupo. Fun- ções de grande importância como a gestão do risco de particu- lares atingiram um alto grau de automatização em 2003 em pa- íses como Chile e México.

A previsão para 2004 é completar a implantação do GARRA no Brasil e iniciar o projeto na Venezuela.

Assim mesmo, e em relação à futura implantação do Novo Acor- do de Capital, a previsão para 2004, uma vez realizado o mapa de “gaps” funcionais, é incorporar os ajustes necessários nas pla- taformas para o armazenamento e processo dos dados sobre os fatores de risco necessários.

Dotações líquidas insolvências. Ano 2003 Milhões de euros

Ativos Dotações

Dotações suspenso líquidas % específicas recuperados insolvências s/carteira

Argentina 78,3 26,0 52,4 2,18 Bolívia (8,0) 3,6 (11,5) (4,88) Brasil 186,8 31,4 155,4 3,07 Chile 150,0 43,6 106,4 1,08 Colômbia (11,9) 5,5 (17,4) (3,76) México (5,4) 40,1 (45,5) (0,42) Porto Rico 13,7 9,3 4,4 0,10 Uruguai 14,5 11,6 2,9 1,48 Venezuela 21,6 10,4 11,2 1,31 Total 439,7 181,4 258,3 0,75

Entre outros aspectos relevantes, destacou também durante o ano 2003, o desenvolvimento de diferentes atividades formativas em matéria de risco de crédito, ultrapassando a cifra de 70.000 horas dadas e atendendo a um coletivo de mais de 7.000 assistentes.

Risco de concentração

O Grupo efetua um seguimento contínuo do grau de concen- tração das carteiras de risco creditício sob diferentes dimensões relevantes: áreas geográficas e países, setores econômicos, pro- dutos e grupos de clientes.

A Comissão Delegada de Riscos do Conselho estabelece as po- líticas de risco e revisa os limites de exposição apropriados para a adequada gestão do grau de concentração das carteiras de ris- co creditício.

No dia 31 de dezembro de 2003, os 20 primeiros grupos eco- nômico - financeiros credenciados representavam 9,7% do ris- co de crédito de clientes do Grupo, percentagem que represen- ta um baixo grau de concentração do risco de crédito. No marco do modelo MIR de medição e agregação de capital econômico, considera-se em particular o risco de concentração em especial para as carteiras de caráter atacadista. O Grupo uti- liza como referência complementaria o modelo de portifólio de Moody’s-KMV amplamente utilizado por outras entidades fi- nanceiras.

Contribuição setorial ao risco total

Espanha Portugal A. Latina Resto Grupo

Agricultura 1,2 0,1 0,4 0,0 1,6 Indústria 9,1 1,0 2,7 0,9 13,7 Energia 2,2 0,3 0,5 0,1 3,1 Construção 5,5 0,8 0,9 0,0 7,3 Comércio atacadista 2,9 0,4 0,4 0,1 3,8 Comércio varejista 2,2 0,5 0,7 0,0 3,3 Hotelaria 1,3 0,1 0,1 0,0 1,5 Linhas aéreas 0,1 0,0 0,0 0,0 0,2 Outros Transportes 1,6 0,6 0,3 0,0 2,5 Telecomunicações 1,6 0,5 0,2 0,0 2,3 Intermediários financeiros 2,2 0,3 1,0 0,5 4,0 Seguros 0,2 0,0 0,0 0,0 0,3 Inmobiliário 7,4 0,3 0,5 0,0 8,1 Serviços Empresariais 2,8 0,4 1,0 0,0 4,3 Meios de comunicação 0,3 0,0 0,0 0,0 0,3 Serviços Pessoais 1,5 0,2 0,7 0,0 2,4 Pessoa Física, AAPP e resto 23,3 4,6 6,3 7,1 41,2

Total 65,5 9,9 15,7 8,9 100,0

Risco-país

O risco-país é um componente do risco de crédito que incorpo- ram todas as operações de crédito transnacionais (cross border). Seus elementos principais são o risco soberano e o risco de trans- ferência, podendo incluir-se também, a raiz das últimas crises

Gestão do Risco

120

Grupo SantanderRelatório Anual 2003

cambiais, o risco de flutuação intensa do tipo de mudança da moeda local já que pode derivar num risco de crédito coletivo em economias com um alto grau de endividamento em divisa. A gestão do risco-país, enquadrada dentro das missões da Área de Riscos, inclui a análise e atribuição de rating país, o controle da posições de risco e estabelecimento de limites, de acordo às políticas de risco estabelecidas.

A atribuição de rating país se faz em função de parâmetros de avaliação, qualitativos e quantitativos, que determinam a capa- cidade do país para fazer frente ao cumprimento das suas obri- gações externas. Os limites de risco-país são estabelecidos sobre a base da qualidade creditícia ou rating do país e das oportuni- dades de negócio, diferenciando-se entre diferentes produtos e prazos de risco.

Durante o ano 2003, e pese o melhor clima presente nos mer- cados emergentes, foi mantido o grau de exposição ao risco cross border em níveis baixos.

O risco-país previsível do Grupo com terceiros, de acordo com os critérios do Banco de Espanha, estava em 627 9 milhões de dó- lares, em dezembro, com aumento de 46,2% sobre dezembro 2002, estando previsto 82%. Este incremento obedece à apli- cação de critérios mais estritos em dezembro sobre as operaçõ- es com cobertura de risco político por agências privadas. Os princípios de gestão de risco-país seguiram obedecendo um critério de máxima prudência, assumindo-se o risco-país de uma forma muito seletiva em operações claramente rentáveis para o Banco, e que reforçam a relação global com seus clientes.

Risco Meio ambiental

A análise do risco meio ambiental das operações creditícias cons- titui um dos pontos comprometidos no Plano Estratégico de Res- ponsabilidade Social Corporativa.

Depois das iniciativas finalizadas no passado exercício (cursos presenciais dados por CESCE-Garrigues, inclusão de cláusulas em documentos contratuais, entre outras iniciativas), continua- ram a ser desenvolvidas as atividades previstas, destacando as seguintes:

• Plano de Formação específico de caráter corporativo, para to- dos os Bancos do Grupo e áreas geográficas, dirigidos aos di- retores de negócio corporativo e varejista, analistas de riscos, auditores internos, etc., de acordo com as seguintes fases:

– Fase I- Espanha: Realizados 18 cursos para 312 assistentes. – Fase II-Chile, Porto Rico, Brasil, México, Portugal e Formação

de Formadores: Realizados 44 cursos para 65 assistentes. – Fase III-Transmissão de critérios meio ambientais utilizados na

gestão do risco e treinamento no uso de ferramenta de ava- liação. Previsto a partir de janeiro de 2004

• Sistema de Avaliação de Riscos Meio ambientais “VIDA”: Este projeto, finalizado no prazo inicialmente previsto de 31- dez - 03 e desenvolvido em colaboração com a Companhia Es- panhola de Seguros de Crédito de Exportação (CESCE) e Ga- rrigues Meio ambiental, teve por objeto a criação de uma fe- rramenta para valorizar, com o grau de profundidade deter- minado pela política do Grupo, o risco meio ambiental in- erente a cada uma das assinaturas, já sejam clientes ou futu- ros clientes.

O projeto foi desenvolvido de acordo com as seguintes caracte- rísticas:

– Facilidade: fácil de utilizar com informação disponível. – Automatismo: regras de avaliação e parâmetros administra-

tivos.

– Objetividade: avaliações baseadas em normas legais e stan- dards internacionalmente aceitos.

– Não interferência: interfere o mínimo possível na relação com clientes.

– Escala: integração nos sistemas do Banco e tratamento em massa de carteiras completas.

O enfoque operativo e de análise da ferramenta “VIDA” atua da seguinte forma:

1º) Inicialmente, analisa a carteira de clientes e atribui um nível de risco inicial básico (alto, baixo, etc.). Este nível é construí- do a partir de dados de atividade e tamanho mediante tra- tamento em massa da informação.

2º) Uma vez estabelecido o mapa da carteira, e decidido quais são as empresas nas que o binómio risco inerente/exposição do Grupo recomenda uma análise mais profunda. Para isso, é utilizada informação adicional de relevância meio ambien- tal que permite uma avaliação mais ajustada das empresas assim analisadas.

3º) Nos casos em que pelo nível de risco percebido seja determi- nada uma avaliação mais profunda, passam à análise em fun- ção de questionários eletrônicos setoriais.

Gestão do Risco

121

Grupo Santander Relatório Anual 2003 Gestão do risco-país 2003 2002 Variação 2003/2002 2001

Milh. euro Milh. US$ Milh. US$ Absoluta (%) Mill. US$

Riesco bruto 497,1 627,9 429,4 198,5 46,23 1.071,9 Saneamento 406,2 513,0 353,9 159,1 44,96 284,8

Risco líquido 91,0 114,9 75,5 39,4 52,19 787,1

O resultado final do processo permitirá dispor de uma avaliação ou “rating” (por exemplo, de 1 a 9). Tal avaliação terá um maior grau de significação quanto maior tenha sido o grau de profun- didade do processo de avaliação.

Este rating meio ambiental se irá integrando progressivamente no sistema de rating do Grupo.

Não obstante, a avaliação servirá, desde o primeiro momento, como referência adicional no processo de tomada de decisões. Com a implantação desta metodologia, o Grupo Santander dis- põe já de um procedimento corporativo e homologado para a validação do risco meio ambiental, na consideração de que o in- vestimento socialmente responsável constitui um conceito que continuará evoluindo com vigor e, portanto, deve ser levado em conta, tanto desde o ponto de vista de contingência de riscos, como de oportunidade de negócio.

Risco de Contrapartida

Sob esta denominação está incluído o risco com entidades de crédito, dentro e fora de balanço, bem como o risco com con- trapartidas financeiras e não financeiras instrumentado me- diante derivados financeiros e outros produtos de tesouraria fo- ra de balanço.

O controle é realizado através de um sistema integrado e em tempo real, que permite conhecer em cada momento a linha de crédito disponível com qualquer contrapartida, em qualquer produto e prazo e em qualquer escritório do Grupo. Durante este ano foi realizada a substituição do sistema que levava fun- cionando no Grupo desde 1991, por um novo sistema mais avançado tecnologicamente (incluindo conexões via Intranet) e do que, incorporando as melhores práticas do mercado, segue mantendo a filosofia de controle e gestão do risco de crédito do Grupo.

O risco é medido tanto por seu valor atual, como potencial (valor das posições de risco considerando a variação futura dos fatores de mercado subjacentes nos contratos). O Valor Líquido de Re- posição (VNR) da carteira de produtos derivados OTC que o Gru- po mantinha com suas contrapartidas em 31 de Dezembro de 2.003 atingia 3.279,6 milhões de dólares, cifra que representava 0,68% do valor nominal de ditos contratos, muito similar ao 0,65% do exercício anterior.

O Risco Equivalente de Crédito, isto é, a soma do Valor Líquido de Reposição mais o Máximo Valor Potencial destes contratos no futuro, atingiu a cifra de 23.819,7 milhões de dólares (11,9% mais do que em 2002), incremento devido fundamentalmente a um maior Risco Potencial tanto na operativa em derivados de Ta- xa de juros (ao aumentar a vida média das operações), como na operativa em derivados de Renda Variável (ao aumentar o volu- me neste tipo de transações).

As operações de derivados são desenvolvidas em contrapartidas de excelente qualidade creditícia, de tal forma que é mantido 95,4% do risco com contrapartidas com rating igual ou superior. Em relação à distribuição geográfica do risco de derivados, as va- riações frente ao exercício anterior são pouco significativas, au- mentando ligeiramente o risco na Espanha e diminuindo na América do Norte e na União Européia. O risco da América Lati- na continua constituído fundamentalmente pela operativa local das filiais do Grupo na região.

Gestão do Risco

122

Grupo SantanderRelatório Anual 2003

Grupo Santander. Nocionais de produtos derivados por vencimento (31.12.2003) Milhões de dólares

Valor líquido de reposición < 1 ano 1-5 anos 5-10 anos >10 anos Total Trading Hedging Total Trading Hedging IRS 96.511 147.342 61.296 31.398 336.547 260.319 76.228 2.520 1.280 1.240 Fras 22.359 — — — 22.359 21.433 926 5 5 — Opções Tipo Interesse 8.588 20.470 7.945 1.451 38.454 38.252 202 258 102 156 Asset Swaps 26 1.508 — — 1.534 756 777 — — —

Subtotal OTC juros 127.485 169.319 69.241 32.849 398.894 320.760 78.133 2.782 1.387 1.395

Mudanças a Prazo 48.262 1.338 137 — 49.737 6.074 43.663 96 33 64 Swaps Tipo Mudança 4.372 5.786 774 — 10.933 4.895 6.037 (391) 152 (543) Opções Tipo Mudança 2.173 297 — — 2.470 484 1.986 83 28 55

Subtotal OTC mudança 54.807 7.422 911 63.140 11.453 51.687 (212) 212 (425)

Renda Fixa Estruturada — — — — — — — — — — Opções Dívida 103 723 — — 826 826 — 1 1 —

Subtotal OTC opções dívida 103 723 826 826 1 1

Derivados Renda Variável 4.899 16.543 173 — 21.614 1.800 19.814 708 90 618

Subtotal OTC renda variável 4.899 16.543 173 21.614 1.800 19.814 708 90 618

Total derivados 187.294 194.007 70.325 32.849 484.474 334.839 149.634 3.280 1.691 1.589

0,97%

Bancos não OCDE

93,28%

Bancos OCDE

Distribuição do risco por tipo de contrapartida %

5,75%

Empresas

A distribuição do risco em derivados OTC por tipo de contra- partida segue sendo um peso maioritário dos bancos de países desenvolvidos do que representam 93,3%, apenas 1,0 % co- rresponde à entidades de crédito de países emergentes, en- quanto 5,8% de risco restante é mantido com clientes corpo- rativos.