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Risco equivalente e vida média (31.12.2003)

Risco equivalente Vida (milhões de dólares) Cobert. média Total Trading Hedging (%) (meses) IRS 11.784 6.980 4.804 3,50 63,01 Fras 8 8 — 0,04 2,30 Opções Tipo Interesse 980 110 870 2,55 42,39 Asset Swaps 306 267 39 19,97 26,20

Subtotal derivados

de interesse OTC 13.078 7.365 5.713 3,28 60,56

Forex 4.437 269 4.168 8,92 3,70 Swaps Tipo Mudança 1.356 427 929 12,41 24,24 Opcões Tipo Mudança 335 131 204 13,56 7,32

Subtotal derivados

de mudança OTC 6.129 827 5.301 9,71 8,40

Renda Fixa Estruturada — — — — — Opções Dívida 6 6 — 0,67 11,57

Subtotal derivados

de dívida OTC 6 6 0,67 11,57

Derivados Renda Variável 3.778 539 3.239 17,48 23,67

Subtotal derivados

de renda variável OTC 3.778 539 3.239 17,48 23,67

Swap Credito Compra proteç. 1.306 — 1.306 38,85 Swap Credito Venda proteç. 957 — 957 41,74

Subtotal derivados

de credito OTC 2.263 2.263 40,07

Collateral recebido operac. OTC (1.435) — (1.435)

Total 23.820 8.737 15.082 4,92 40,53

4. Risco operativo

Dentro do Grupo Santander o risco operativo é definido como o risco de perda resultante de deficiências ou falhas dos processos internos, recursos humanos ou sistemas, ou bem derivados de circunstâncias externas imprevistas.

O objetivo do Grupo consiste em identificar, diminuir, gerir e quantificar o risco operativo.

A experiência obtida com o modelo organizativo adaptado pe- lo Grupo nesta matéria, pôs de manifesto e confirmado as se- guintes vantagens:

– Gestão integral e efetiva, desde a identificação inicial até o re- porte final.

– Melhora do conhecimento dos riscos operativos existentes e sua responsabilidade por parte dos gestores das linhas de negócio – Recopilação de dados de perdas que, entre outros aspectos, facilita o cálculo de capital tanto econômico como regulató- rio. A título ilustrativo, na página seguinte, está a distribuição de eventos de risco operativo pela totalidade (sem exclusões) de número e custo nas principais unidades de Portugal, Brasil e banca comercial na Espanha.

– Informação utilizada para melhorar processos e controles, bem como para redução perdas e volatilidade dos rendimentos. Os fundamentos de tal estrutura organizativa são os seguintes: – A função de valorizar e controlar estes riscos recai na Divisão

de Riscos.

– A Unidade Central que supervisiona os riscos operativos de- pende diretamente da Divisão de Riscos e é a responsável do programa corporativo global da entidade.

– A estrutura efetiva de gestão de Risco Operativo no Grupo es- tá baseada no conhecimento e a experiência dos diretores e profissionais de suas diferentes áreas e unidades, dando rele- vância fundamental ao papel dos Coordenadores Responsá- veis de Risco Operativo, figuras clave dentro deste marco or- ganizativo, em linha com o documento “Sound practices” do Comitê de Basiléia.

Gestão do Risco

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Grupo Santander

Relatório Anual 2003

Distribuição do risco por áreas geográficas % 13,67% Espanha 29,46% América do Norte 11,47% Resto Europa 42,36% Comunidade Européia 2,46% América Latina 0,05% África 0,01% Ásia 0,24% Japão 0,12% Supranacional 0,15% Oceania 058-135 OK BRA 7/6/04 18:57 Página 123

Este marco organizativo satisfaz os critérios qualitativos, conte- údos no Novo Acordo de Capitais de Basiléia, tanto para Méto- dos Standard, como de Medição Avançada, bem como em “Ad- vance Notice of Proposed Rulemaking” da FED, em relação com a independência da unidade global de gestão do risco operati- vo, responsabilidade no desenho e aplicação de políticas pro- cedimentos e estratégias, sistemas de informação, etc. Na mes- ma linha, a Auditoria Interna mantém sua independência com respeito à gestão do risco operativo, sem contar com a revisão efetiva sobre a estrutura de gestão nesta matéria.

Atualmente, estão incorporados ao projeto a totalidade das unidades do Grupo, com análoga homogeneidade e variando só a profundidade histórica das respectivas bases de dados, em função da data na qual é iniciado o armazenamento da infor- mação.

A base de dados própria do Grupo acumula, desde seu estabe- lecimento, um total de 136.500 eventos, não truncados, isto é, sem exclusões por razão do custo, e tanto com impacto contá- vel como não contável.

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Grupo SantanderRelatório Anual 2003

Portugal. Questionários gerais de auto avaliação (exemplo obtido de um caso real) Fevereiro 2003/Por Categoria de Acontecimento

Média todas as áreas Média áreas de Média áreas de suporte negócio

Atribuição Categoria de Acontecimento Impacto RO Cobertura Impacto RO Cobertura Impacto RO Cobertura

I- Fraude interna 3 3 3 2 3 3

II- Fraude externa 3 2 3 2 3 2

III- Praticas de emprego, saúde e segurança

no trabalho 3 3 2 2 3 3

IV- Praticas com clientes, produtos e de

negócio 3 2 3 2 3 3

V- Danos em ativos físicos 3 4 3 4 3 4 VI- Interrupção do negócio e falhos

nos sistemas 3 3 3 2 3 3

VII- Execução, entrega e gestão dos processos 3 2 3 2 3 2 VIII- Mudanças no meio econômico jurídico 3 2 3 2 3 2 IX- Gestão da mudança, novas atividades e

produtos 3 2 2 2 3 3

X- Estrutura organizativa 3 2 2 2 3 2 XI- Adequação de recursos humanos 3 2 3 2 3 2

Média total 3 3 3 2 3 3

Distribuição eventos risco operativo por número

Banca Comercial Grupo Grupo

Santander Hispamer Santander Banespa Central Hispano (Espanha e Portugal) Portugal Brasil

Processos 65% 55% 88% 0%

Fraude externo 30% 6% 4% 71%

Fraude interno 0% 1% 0% 1%

Sistemas 2% 25% 2% 0%

Clientes 4% 10% 5% 21%

Regulamento trabalhista externa 0% 3% 0% 7%

Distribuição eventos risco operativo por custo

Banca Comercial Grupo Grupo

Santander Hispamer Santander Banespa Central Hispano (Espanha e Portugal) Portugal Brasil

Processos 72% 5% 41% 4%

Fraude externo 15% 95% 21% 29%

Fraude interno 3% 0% 8% 5%

Sistemas 1% 0% 0% 0%

Clientes 9% 0% 23% 18%

Regulamento trabalhista externo 0% 0% 2% 44%

Impacto em Risco Operativo: 1- Sem impacto, 2- Impacto pequeno, 3- Impacto médio, 4- Impacto alto, 5- Impacto máximo Cobertura do Risco Operativo: 1- Máxima, 2- Alta, 3- Média, 4- Pequena, 5- Nula

Com caráter geral:

– Se recebem bases de dados classificadas de quebrantos com periodicidade mensal, sem exclusão de custos.

– Se identificam e analisam os acontecimentos mais significati- vos, são adotadas medidas de mitigação (no caso de algum pa- ís, com redução de perdas de 40,7% sobre a cifra registrada em 2002 e com objetivo inicial de 37%).

– Estão designados Coordenadores em áreas de negócio e su- porte em número suficiente. – São realizados processos de conciliação de bases de dados com contabilidade.

– São recebidos e analisados questionários de auto avaliação.

No caso de Tesouraria, estão implantadas ferramentas tanto qua- litativas como quantitativas, mais questionários de auto avalia- ção, tanto na Espanha, como em unidades mais importantes do exterior.

Adicionalmente ao anterior, no marco funcional da Unidade Central são incluídas outras diversas atividades vinculadas com a gestão do Risco Operativo como, por exemplo, as seguintes: – Elaboração e revisão de regulamento.

– Revisão de documentação e qualidade de dados relativos a cre- dit scoring.

– Análise reclamações de clientes.

– Seguimento específico operações de estrangeiro. – Análises novos produtos e participação em Comitê. – Análise irregularidades e participação em Comitê.

– Participação em implantação gestão de risco meio ambiental.

– Coordenação em Departamento de Custos América Latina, na gestão de seguros bancários.

5.- Risco de reputação

O Grupo Santander, em todas as Áreas de sua Organização, con- sidera a função do risco da reputação de suas atividades como um aspecto essencial de sua atuação. Os principais elementos nos quais se sustenta a gestão deste risco são:

Comitê Global de Novos Produtos

É obrigatório que todo novo produto ou serviço que pretenda comercializar qualquer Entidade do Grupo Santander seja sub- metido a este Comitê para sua autorização.

No ano 2003, o Comitê celebrou 13 sessões nas que se analisa- ram 96 produtos ou famílias de produtos.

Em cada país onde radique uma Entidade do Grupo Santander se cria um Comitê Local de Novos Produtos. Este Comitê, uma vez tramitado um novo produto ou serviço conforme ao proce- dimento, deverá solicitar do Comitê Global de Novos Produtos sua aprovação. Na Espanha, a figura do Comitê Local de Novos Produtos recai no próprio Comitê Global de Novos Produtos. As Áreas que participam no Comitê Global de Novos Produtos são: Assessoria Fiscal, Assessoria Jurídica, Atendimento ao Clien- te, Auditoria Interna, Banca Comercial, Banca Corporativa Glo- bal, Banca Privada Internacional, Controle Operacional de Te- souraria Intervenção Geral, Operações e Serviços, Risco País e de Contrapartida, Risco de Crédito, Riscos de Mercado, Risco Operativo, Tecnologia, Tesouraria Global e, por último, a uni- dade proponente do novo produto ou o Comitê Local de Novos Produtos.

Prévio ao lançamento de um novo produto ou serviço, as Áreas, bem como, em seu caso, outros experientes independentes que se considerem necessários para avaliar corretamente os riscos in- curridos, analisam exaustivamente os aspectos que possam ter um envolvimento no processo, manifestando sua opinião sobre a comercialização do produto ou serviço.

O Comitê Global de Novos Produtos, à vista da documentação recebida, uma vez revisado o cumprimento de todos os requisi- tos para a aprovação do novo produto ou serviço e tendo em conta as diretrizes de risco estabelecidas pela Comissão Delega- da de Riscos do Grupo Santander, aprova, rejeita ou estabelece condições ao novo produto ou serviço proposto.

O Comitê Global de Novos Produtos considera especialmente a adequação do novo produto ou serviço ao marco onde vai ser comercializado (“suitability”). A este fim, presta especial atendi- mento a:

• Que cada produto ou serviço é vendido por quem sabe como vendê-lo.

• Que o cliente sabe no que investe e o risco.

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