• Nenhum resultado encontrado

Relatório Anual 2003

O Global Corporate Banking obteve em 2003 um lucro líqui- do atribuído de 225,6 milhões de euros, 27,9% a mais do que em 2002 depois de um quarto trimestre que acelera o cresci- mento interanual do lucro, confirmando a tendência iniciada em trimestres anteriores. A capacidade crescente de geração de ren- dimentos recorrentes de clientes, a melhora de eficiência e a oti- mização do uso do capital constituíram as prioridades básicas de gestão. Assim, destaca que as comissões representam já 89% das despesas da área (82% em 2002) e a melhora de 4 pontos percentuais da taxa de eficiência.

Esta clara progressão ascendente abrange os primeiros resulta- dos da implementação durante o presente exercício de um no- vo modelo de negócio para fortalecer e otimizar as relações co- merciais com os clientes corporativos ao nível global. O modelo de gestão global outorga maior ênfase ao desenvolvimento de produtos de valor adicionado e à integração nas equipes de re- lação de especialistas de produto de Investment Banking, apoia- dos em nossa ampla presença geográfica.

O negócio de Global Corporate Banking manteve uma evolu- ção muito favorável, apesar do impacto da redução de taxas de juro . De um lado, a gestão ativa de preços permitiu elevar o di- ferencial médio da carteira de investimento na Espanha em 9,3 pontos básicos sobre 2002; de outro lado, a venda cruzada de produtos de valor adicionado está impulsionando os rendimen- tos recorrentes. Tudo isso, unido ao rigor no controle de custos, à prudência na concessão de créditos e à menor necessidade de provisões para insolvências, permitiram crescimentos de dois dí- gitos no lucro líquido operacional.

O negócio de Investment Banking Global aproveitou a difícil conjuntura dos mercados durante este ano para potencializar sua liderança nos mercados naturais onde opera, recuperar o ní- vel de rendimentos e reduzir significativamente os custos. Isso permitiu que a margem de exploração e o lucro líquido opera- cional quase dupliquem as cifras do ano anterior.

Corporate Finance culminou um exercício muito positivo. Des- taca a atividade na Espanha de M&A, que figura nos primeiros postos dos league tables (primeiros em Thomson Financial em 2003 por número de transações anunciadas e segundos por vo- lume). Entre as operações fechadas no ano, destacam-se os as- sessoramentos: a Sacyr na aquisição de ENA, a Enel na aquisição dos ativos eólicos de União Fenosa, a SEPI na privatização de Mu- sini e A Auna na venda de Retevisión Audiovisual.

Em Renda Variável, Santander Central Hispano Bolsa mantém sua posição de liderança de renda variável na Espanha com uma cota acumulada em intermediação de 11,2% (16,3% se for in- cluído o Banesto Bolsa). Em Portugal, nosso broker se situou na 2ª posição no ranking com uma cota de 15,2%. Em ações ibe- ro-americanas ordinárias e ADRs ocupamos a 2º e 7º posição, respectivamente, com cotas respectivas de 23,7% e 6,1%. Des- tacam-se os bons resultados obtidos pelo nosso departamento de análise: segundo melhor broker para Espanha e Portugal por Thomson Extel e primeiros em companhias de média e pequena

capitalização; terceiro melhor broker para América Latina se- gundo Institutional Investor e segundos conforme Latin Finance. Em equity capital markets, destaca-se a colocação de ações pre- ferenciais de Endesa e União Fenosa e a colocação de Rede Elé- trica.

Em Financiamentos Estruturados se fechou um bom exercício, destacando entre outras operações, o desenho e estruturação do financiamento da aquisição de ENA (por custo de 1 .600 mil- hões de euros), e a formalização da compra às companhias elé- tricas dos direitos do "Déficit Tarifário" (1.400 milhões de euros). Em Custódia, reforçou-se a liderança nas três áreas principais: em “clientes residentes”, com uma melhora em sua posição co- mo instituição depositária de Instituições de Investimento Cole- tivo tanto vinculadas como alheias ao Grupo; em “não residen- tes”, com importantes novas captações, como a de JPMorgan Chase e SIS SEGA Intersettle; e em “Serviços a Emissores”, am- pliando a gama de produtos.

A Tesouraria desempenhou uma boa gestão no exercício tanto nos mercados profissionais quanto na atividade relacionada com clientes. Em 2003, foram implementadas estratégias de relação com clientes integradas no novo modelo de gestão global da área.

Na Espanha foi potencializada a atividade com clientes corpora- tivos e institucionais, e impulsionado novas estratégias para in- crementar a colocação de produtos de tesouraria através da re- de comercial. Mantivemos posições de liderança em negociação por Senaf (líderes com 9,6% de cota acumulada em dezembro) e em warrants (segundos com 33,1% de prêmios negociados até dezembro). Também se destaca a consecução pelo Banco em 2003 do status de membro do mercado eletrônico do Chicago Board of Trade, o primeiro na Espanha. Em Portugal, a tesoura- ria segue contribuindo soluções aos clientes, principalmente em coberturas de taxa cambial e de interesse, aproveitando as si- nergias existentes com tesouraria Madri.

Em Nova York foi mantida atividade com clientes na negociação de dívida soberana, corporativa e moedas ibero-americanas, com novas iniciativas para aproveitar a experiência do Grupo nos mer- cados locais ibero-americanos.

Na Ibero-América, a tesouraria de Brasil manteve seu bom des- empenho graças à recuperação econômica do país. No México se mantém a liderança na negociação de renda fixa e de seus de- rivados no mercado local. Seguimos ocupando o primeiro posto no ranking de formadores de mercado do Banco de México. No mercado cambial mantivemos uma cota de 20%. No Chile con- tinuamos com uma presença significativa, especialmente em de- rivados com clientes institucionais locais e em divisas em dinhei- ro, onde ocupamos o primeiro lugar com uma cota de 17,6%. 058-135 OK BRA 9/6/04 18:43 Página 99

Relatório por áreas de negócio

100

Grupo SantanderRelatório Anual 2003

Gestão financeira e participações

Variação 2003/2002

Milhões de euros 2003 2002 Absoluta (%)

Resultados

Margem de intermediação (sem dividendos) (434,5) (660,3) 225,7 (34,19) Dividendos 321,8 386,0 (64,1) (16,62)

Margem de intermediação (112,7) (274,3) 161,6 (58,92)

Comissões líquidas 11,4 9,9 1,5 14,96

Margem básica (101,3) (264,4) 163,1 (61,68)

Resultados por operações financeiras 217,6 128,5 89,0 69,30

Margem ordinária 116,2 (135,9) 252,1

Despesas gerais de administração (114,6) (69,2) (45,3) 65,49 a) Exploração (108,9) (63,2) (45,7) 72,42

De pessoal (16,8) (19,7) 2,9 (14,67)

Outras despesas administrativas (92,1) (43,4) (48,6) 112,00

b) Imputadas (5,7) (6,1) 0,4 (6,70) Amortização do imobilizado (59,4) (99,0) 39,5 (39,94) Outros resultados de exploração (4,5) 33,9 (38,3) —

Margem operacional (62,3) (270,2) 208,0 (76,96)

Rtdos. líquidos por colocação em equivalência 258,7 162,4 96,3 59,33 Provisões líquidas para insolvências (212,7) 115,9 (328,6) — Outros resultados 1.615,8 626,6 989,2 157,89 Amortização acelerada do fundo de comércio (1.719,2) (702,9) (1.016,3) 144,59

Lucro antes de impostos (cash basis*) (119,6) (68,3) (51,3) 75,21

Lucro líquido consolidado (cash basis*) 128,6 123,8 4,8 3,89

Lucro líquido atribuído ao Grupo (cash basis*) (237,9) (264,6) 26,7 (10,10)

(*).- Antes de amortização ordinária do fundo de comércio

Balanço

Dívidas do Estado, CBEs e outros 22.224,4 14.805,1 7.419,2 50,11 Carteira de valores 21.891,1 10.002,8 11.888,3 118,85 Fundo de comércio 7.379,5 9.950,1 (2.570,7) (25,84) Liquidez prestada ao Grupo 23.986,1 17.847,1 6.139,1 34,40 Dotação capital ao resto do Grupo 15.629,5 14.334,4 1.295,1 9,03 Outras contas de ativo 13.991,6 12.600,1 1.391,5 11,04

Total Ativo / Passivo 105.102,1 79.539,6 25.562,5 32,14

Cessão temporária de ativos 23.393,2 13.438,4 9.954,8 74,08 Valores negociáveis 26.499,0 17.285,9 9.213,1 53,30 Passivos subordinados 9.445,4 10.796,1 (1.350,7) (12,51) Ações preferenciais 3.984,4 4.916,8 (932,4) (18,96) Outras contas de passivo 24.582,8 16.379,7 8.203,1 50,08 Capital e reservas do Grupo 17.197,3 16.722,7 474,6 2,84

Recursos fora de balanço

Fundos de investimento — — — —

Planos de pensões — — — —

Patrimônios administrados — — — —

Recursos administrados de clientes 39.580,2 34.144,1 5.436,1 15,92

Total recursos administrados 105.102,1 79.539,6 25.562,5 32,14

Meios operacionais

Número de funcionários (diretos + imputados) 271 184 87 47,28

Relatório por áreas de negócio

101