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Relatório Anual 2003

Gap de vencimentos e reapreciações no dia 31.12.03

Gap em euros

Milhões de euros Não sensível Até 1 ano 1-3 anos 3-5 anos Mais de 5 anos Total

Mercado monetário e de títulos 15.148,4 39.051,1 12.033,7 3.011,3 12.522,5 81.766,9 Investimento creditício 1.816,8 102.769,8 22.160,9 3.812,7 2.328,6 132.888,8 Outros Ativos 13.199,4 13.174,6 131,2 107,3 185,4 26.797,9

Ativos 30.164,6 154.995,5 34.325,9 6.931,3 15.036,5 241.453,7

Mercado monetário e de títulos 94,9 44.957,2 285,0 100,5 20,0 45.457,7 Merecedores 97,8 34.457,0 16.125,0 6.797,7 18.972,6 76.450,1 Emissões a médio e longo prazo 90,3 43.537,4 796,8 3.024,8 4.267,0 51.716,3 Recursos próprios e outros passivos 43.094,4 11.758,6 913,4 773,1 2.603,2 59.142,7

Passivos 43.377,4 134.710,2 18.120,2 10.696,1 25.862,8 232.766,8

Gap balanço (13.212,9) 20.285,2 16.205,6 (3.764,9) (10.826,3) 8.686,8

Gap fora de balanço estrutural — (9.204,6) (3.781,3) 2.966,9 2.928,4 (7.090,6)

Gap total (13.212,9) 11.080,6 12.424,3 (797,9) (7.897,9)

Gap acumulado 11.080,6 23.504,9 22.707,0 14.809,1

1. Organização da função de riscos

A gestão do risco é um dos eixos fundamentais da estratégia do Grupo Santander para gerar valor de forma sustentada e sólida. Esta gestão está alinhada com os princípios que inspiram o No- vo Acordo de Basiléia.

A Divisão de Riscos do Grupo está sob a dependência direta do Vice-presidente Terceiro e do Presidente da Comissão Delegada de Riscos.

A Comissão Delegada de Riscos desenvolve as seguintes funções: • Estabelece as políticas de risco para o Grupo, de acordo com a

Comissão Executiva do Conselho.

• Fixa os limites de risco e os níveis de autoridade delegados. • Supervisiona se os níveis de riscos assumidos, tanto globais

como individualizados, cumprem os objetivos fixados. • Resolve operações superiores das faculdades delegadas aos ór-

gãos inferiores.

• Delega em outros Comitês de nível inferior, faculdades para a resolução de riscos.

• Recebe informação sobre os assuntos de importância que de- ve conhecer ou decidir.

• Revisa sistematicamente exposições com os clientes principais, setores econômicos de atividade, áreas geográficas, tipos de risco, etc.

• Supervisiona o cumprimento dos objetivos de riscos, as ferra- mentas de gestão, iniciativas de melhora e qualquer outra atuação relevante relacionada com a matéria.

• Conhece, valoriza e segue as observações e recomendações que, com diferentes motivos, formula periodicamente a auto- ridade supervisora no exercício de sua função.

• Supervisiona se as atuações do Grupo são consistentes com o nível de tolerância de risco previamente decidido.

As atividades da Comissão estão referidas a todos os diferentes tipos de risco: crédito, mercado, liquidez, operativo, contrapar- tida, etc.

Outros princípios que inspiram também a gestão de riscos do Grupo, são os seguintes:

– Independência funcional com hierarquia compartilhada, con- sequente com que os objetivos e metodologias são estabele- cidas desde a Divisão de Riscos, enquanto a estrutura organi- zativa são adaptadas às necessidades comerciais e proximida- de ao cliente, cuja promoção de negócio está apoiada preser- vando os critérios de qualidade do risco.

– Capacidade executiva suportada no conhecimento e proximi- dade ao cliente, em paralelo com o gestor de negócio, bem co- mo nas decisões colegiadas através dos correspondentes Co- mitês de Riscos.

– Alcance global da função (diferentes tipos de risco) e trata- mento único do cliente (não admissão de riscos desde dife- rentes unidades), sem prejuízo de especializações por tipo de risco ou segmento de clientes.

– Decisões colegiadas (inclusive a partir do próprio Escritório) que assegurem o contraste e que não comprometam resultados por decisões apenas individuais.

– Perfil de riscos médios como objetivo, o que implica a consis- tência cultural em uma série de políticas e procedimentos, en- tre os quais destacam os seguintes:

• Importância acentuada do seguimento de riscos para pre- venir com suficiente anterioridade, possíveis deteriorações. • Diversificação do risco limitando, com caráter geral, a parti-

cipação do Grupo na quota que os clientes mantêm no sis- tema de crédito.

• Eludir a exposição com assinaturas de rating ou qualificação insuficiente, ainda que se perceba uma prima de risco pro- porcionada ao nível do rating interno.

Nos órgãos do Conselho estão asseguradas as capacidades e in- dependência necessárias para supervisionar o desenvolvimento da estratégia geral da Organização, bem como das decisões to- madas pela Alta Direção que, a sua vez, fixa os planos de negó- cio, supervisiona as decisões da atividade diária do negócio e as- segura sua consistência com os objetivos e políticas determina- dos pelo Conselho.

Na gestão dos riscos do Grupo são utilizadas uma série de téc- nicas e ferramentas, das quais há detalhes nos diferentes epí- grafes deste capítulo. Destacam entre elas as seguintes:

• Ratings internos, com avaliação dos diferentes componen- tes que, por cliente e operação (garantias, prazos, etc.), per- mitem a estimação, primeiro, de probabilidades de falho e, posteriormente e em função dos estudos de severidade, da perda esperada.

• Utilização da ferramenta de “pricing” por operação (“bot- tom up”) e análise de portifólios e unidades (“top down”). • Capital econômico estimado a partir da avaliação de toda

classe de riscos (crédito, negócio, etc.), tanto como referen- te da gestão realizada pelos diferentes “building blocks” e a rentabilidade obtida, como nos processos de admissão e limite de referência das classificações globais dos grandes clientes.

• Value at risk como elemento de controle e para fixar os li- mites das diferentes carteiras.

Gestão do Risco

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Grupo SantanderRelatório Anual 2003

• Stress testing complementário das análises de risco de mer- cado e de crédito, para valorizar os impactos de casos alter- nativos, inclusive em provisões e capital.

Ao final do exercício 2003 foi realizada a adaptação da estrutura organizativa da Divisão de Riscos, com uma dupla finalidade. Por um lado, agrupar as funções executivas e adaptar de forma mais precisa a estrutura organizativa das unidades de riscos às áreas e segmentos de negócio.

Com estes objetivos, integram-se sob apenas uma direção, as funções de riscos de crédito e riscos de mercado que ficam or- ganizadas por grandes segmentos de clientes, incluindo admis- são, seguimento e recuperação em todo o âmbito geográfico onde o Grupo está presente de acordo com o seguinte esquema organizativo:

• Riscos Corporativos e de Contrapartida. • Riscos de Banco Atacadista Empresas. • Riscos de Banco Atacadista Standard.

Por outro lado e de acordo com os requisitos de independência orgânica estabelecidos no Novo Acordo de Capitais de Basiléia (BIS II), é definida outra direção separada para a gestão integral e o controle interno dos riscos, cujas funções estarão caracteri- zadas por contribuir com visão global, medição integradora, qua- lidade de análise e metodologias consistentes para as diferentes exposições de risco, bem como o adequado controle que ga- rante a consistência e homogeneidade de processos e ferra- mentas, através da seguinte organização funcional:

• Metodologias. • Controle Interno. • Análise Global. • Riesco Operativo. • Sistema de Informação.

Ambas direções dependem do responsável da Divisão de Riscos e Vice-presidente Terceiro do Grupo.

2. Análise global do risco. Marco integral de riscos. O Grupo concluiu no ano 2003 o desenvolvimento de uma fe- rramenta para a atribuição e agregação do capital econômico do Grupo e de suas principais unidades de negócio.

Esta ferramenta, denominada M.I.R. (Marco Integral de Riscos), contempla os principais riscos aos quais está exposta a atividade do Grupo: risco de crédito, risco de mercado, risco estrutural ALM, risco operativo e risco de negócio, bem como o grau de correlação (diversificação) entre tais riscos e entre as diferentes unidades de negócio. Desta forma, este modelo proporciona uma medição razoavelmente precisa do capital econômico ne- cessário para suportar o risco assumido pelo Grupo com o nível de confiança associado a um rating objetivo de AA. Permite ain- da obter medições de rentabilidade ajustada a risco das princi- pais unidades de negócio e do Grupo no seu conjunto. Da comparação dos resultados de capital econômico com os re- cursos do capital disponíveis concluímos que o Grupo está sufi- cientemente capitalizado para suportar o risco da sua atividade com um nível de confiança equivalente a um rating objetivo de AA.

De acordo com o MIR, o mapa global de risco do Grupo em 31- 12 - 03 e a distribuição do capital econômico entre os diferentes tipos de risco e entre as principais unidades de negócio são: