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Relatório Anual 2003

Banco Santander Central Hispano. Negócio na Espanha : Perda esperada carteiras creditícias

Total Perda Perda

Cartera carteira esperada (%) esperada

Corporativa 16.232 0,15% 23,9 Empresas 27.477 0,42% 115,6 Institucional 6.694 0,19% 12,8 Micro-empresas 7.660 0,89% 68,1 Particulares 33.254 0,53% 178,0 Particulares Hipotecários 25.597 0,21% 54,2 Particulares Resto 7.657 1,62% 123,8 Total 91.318 0,44% 398,3

Saldos dispostos em gestão 31/12/2003. Custos em milhões de euros.

Dotações líquidas não solventes* % s/saldos médios

Grupo Espanha Resto Europa América Latina * Dotações específicas líquidas menos frustrados recuperados

0,430,66 0,84 0,39 1,25 0,320,41 1,06 0,77 1,71 2,11 0,75 0,100,18 0,230,19 2000 2001 2002 2003

Entradas líquidas morosidade* % s/saldos médios

Grupo Espanha Resto Europa América Latina * Variação saldos duvidosos mais frustrados líquidos

1,57 0,480,49 0,19 4,31 1,09 0,85 0,34 0,090,190,22 0,21 2000 2001 2002 2003 2,66 0,42 1,04 0,20 Frustrados líquidos* % s/saldos médios

Grupo Espanha Resto Europa América Latina

* Frustrados menos frustrados recuperados 0,68 0,77 0,59 0,40 2,062,41 1,57 0,93 0,08 0,060,150,12 2000 2001 2002 2003 0,17 0,410,48 0,78 058-135 OK BRA 7/6/04 18:57 Página 115

Conceito de Capital econômico. Metodologia RORAC

As perdas creditícias podem exceder por diversas razões (ciclo econômico, concentração da exposição, erros na modelização) o nível da perda esperada. Tal volatilidade das perdas ou perda não esperada constitui o verdadeiro risco de crédito. Enquanto as provisões respondem às perdas esperadas, e a margem na medida em que a prima de risco repercute nos preços, as enti- dades são dotadas de capital para cobrir a contingência de per- das creditícias superiores ao esperado.

Conceitualmente, o capital econômico é o necessário para su- portar as perdas de crédito com um nível de confiança que de- pende do rating objetivo da instituição. No caso do Grupo San- tander, o nível de confiança com o qual é medido o capital eco- nômico é de um 99,97% (as perdas poderiam exceder o capital 3 vezes em 10.000 anos) que corresponde a um rating objetivo de AA.

Tradicionalmente o conceito de capital econômico é contrário ao de capital regulador, sendo este o exigido pela regulação de sol- vência e que, até sua próxima reforma, possui uma insuficiente sensibilidade ao risco. Não obstante, as reformas em curso do Acordo de Capital de 1988 vão acercar indubitavelmente, am- bos conceitos.

Uma vez calculada a perda esperada a partir do rating do clien- te e do resto das características da operação, é possível deter- minar o capital econômico que deveria ser operacional para res- ponder a tal risco. Por agregação, pode-se calcular o capital eco- nômico do resto de operações do cliente e, tendo em conta os fatores apropriados de diversificação/ correlação de uma car- teira de clientes, de uma unidade de negócio ou do banco em seu conjunto.

A determinação do capital econômico permite uma medição da rentabilidade ajustada das operações de crédito (metodologia

RORAC), considerando a perda esperada como um custo mais da atividade – frente ao capital econômico consumido. A metodologia RORAC permite comparar sobre bases homogé- neas o rendimento de operações, clientes, carteiras e negócios, identificando aqueles que obtêm uma rentabilidade ajustada a risco superior ao custo de capital do Grupo, alinhando assim a gestão do risco e do negócio com o objetivo último de maximi- zar a criação de valor.

O Grupo Santander está utilizando na sua gestão do risco de cré- dito a metodologia RORAC desde 1993, com as seguintes fina- lidades:

– Análise e fixação de preços no processo de tomada de decisõ- es sobre operações (admissão) e clientes (seguimento). – Estimações do consumo de capital de cada cliente, carteira ou

segmento de negócio.

– Cálculo do nível de provisões consequente com as perdas mé- dias esperadas.

O Banco revisa periodicamente o Rorac objetivo ou mínimo exi- gido para operações de risco, com o fim de garantir valor para o acionista. Atualmente, o Rorac objetivo está situado em 29%. Esta cifra equivale, aproximadamente, a 15% de rentabilidade neta sobre o capital econômico uma vez deduzidos os custos de transformação efetuadas.

Modelos Internos de Riscos para o cálculo da Provisão Estatís- tica ou Anticíclica (Circular 9/99 do Banco de Espanha)

Com data 23-6-00, pouco antes da entrada em vigor da norma de referência, o Grupo Santander solicitou ao Banco de Espan- ha o reconhecimento de seu método interno de cálculo de pro- visões, baseado em ratings internos, para a totalidade de sua car- teira creditícia na Espanha.

O Grupo era a primeira das grandes entidades espanholas em utilizar plenamente as possibilidades da Circular 9/99 do Banco de Espanha que, ademais, antecipava regras e disciplinas pró- prias do BIS II.

Atualmente, o Grupo tem autorizado pela Supervisão do Banco de Espanha o modelo interno relativo aos Riscos Corporativos, bem como em processo de revisão (passado mais de um ano desde sua validação inicial) o modelo correspondente ao Con- sumo e Empréstimos Hipotecários.

Ainda que esta antecipação necessitou um esforço considerá- vel, os resultados foram sumamente positivos pelas seguintes razões:

– O processo de validação por parte dos supervisores contribui para melhorar e aperfeiçoar o modelo inicial.

– Os controles internos requeridos proporcionam o clima de se- gurança e a implantação real do modelo, bem como o envol- vimento de outras áreas da organização (por exemplo, Audi- toria Interna) em sua manutenção.

Gestão do Risco

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Grupo SantanderRelatório Anual 2003

Particular e s Hipotecários Particular e s Resto Comér cios Pequenas Empr esas Médias Empr esas Grandes Empr esas Instituições Banca V a re jista Corpor . Espanha

Banco Santander Central Hispano. Negócio na Espanha. RORAC por Segmentos

Perda esperada (%) RORAC total (%)

0,21 1,62 0,89 0,66 0,35 0,28 0,19 0,50 0,15 38,8 35,3 74,8 36,4 27,1 35,7 30,2 40,8 33,3 058-135 OK BRA 7/6/04 18:57 Página 116

– Serve de contraste às metodologias utilizadas e sua evolução, fomentando as capacidades para levar realizar as avaliações de forma coerente, credenciada e válida.

– Contribui a esclarecer a elaboração das regras e protocolos com a qual a informação deve ser tratada nos sistemas e ga- rantir a fiabilidade.

– Introduz a necessidade de análises qualitativas, sobre dados ou fatos observados, tendências e sensibilidades, bem como comparações com fontes externas e identificação de dife- renças que podem dar lugar a propostas de atuações. – Permite antecipar, com alta aproximação e segurança ao que,

no momento, representarão os Modelos Internos de BIS II, fa- cilitando e, ao mesmo tempo, garantindo um processo de trân- sito que, em outras circunstâncias, pode resultar muito difícil e complexo.

A experiência neste campo serve também para entender, em to- da sua extensão, a utilidade e necessidade das funções organi- camente independentes de gestão integrada e independente do risco, citados por Basiléia e no qual está fundamentada uma parte da recente reestruturação da Divisão.

Novo Acordo de Capital de Basiléia (BIS II)

Em linha com sua tradicional utilização das técnicas mais avan- çadas em matéria de riscos, o Grupo Santander compartilha ple- namente os princípios que inspiram o Novo Acordo de Capital de Basiléia, com a certeza de que os benefícios e robustez que proporcionam são de caráter geral e ultrapassam o âmbito das entidades financeiras.

Em especial, o Grupo aplica, com continuidade inalterada, a maior ênfase na gestão do risco e o fomento de melhoras con- tínuas para sua melhor avaliação.

Assim mesmo, o Grupo participa ativamente em diferentes fo- ros, tanto nacionais como internacionais, bem como mantem contatos com autoridades reguladoras de diferentes países e tra- balhando, desde o início, nos sucessivos estudos de impacto quantitativo realizados, contribuindo assim e de forma constru- tiva, para melhorar aqueles aspectos técnicos do Acordo que poderiam resultar mais assimétricos, desfavoráveis ou afastados dos objetivos principais.

Em conseqüência com todo o anterior, o Grupo Santander pre- para-se há muito tempo para optar, quando o novo regulamen- to permita, ao reconhecimento formal de seus modelos internos de riscos e de acordo com os requisitos exigidos pelo BIS II. Com este objetivo o Grupo desenvolveu o Projeto Liderança que já permitiu atingir a aprovação do seus modelos internos na Es- panha, bem como o Plano Diretor aprovado no exercício 2002 para a implantação dos modelos internos BIS II antes referidos em suas diversas unidades e áreas geográficas.

O desenvolvimento do Plano Diretor proporcionou uma série de atuações durante este tempo, entre as que se encontram as seguintes:

• Desenvolvimento de Planos Diretores adaptados à realidade dos países e unidades concretas.

• Designação de equipes de “Local Risk Controllers” em cada um dos países/unidades, cujas funções vêm já exercendo há mais de um ano, em coordenação com as organizações locais. • Envio de bases de dados mensais com toda a informação ne-

cessária para sua futura incorporação aos modelos internos. • Identificação do México como unidade piloto onde desenvol-

ver e implantar as metodologias necessárias, para seu poste- rior e sucessiva extensão às outras unidades/países do Grupo, em aspectos tão concretos como:

- Captura da informação necessária para a melhora de ferra- mentas de rating por segmentos de clientes.

- Modelos de simulação.

- Modelo de capitalização do VaR de riscos de mercado. - Integração de risco de crédito com risco-país.

• Extensão ao resto de unidades do perímetro previsto. • Identificação de requerimentos de informação em aplicações

e sistemas.

Sintetizando, ao final do exercício 2003, a situação é a seguinte: • Finalizadas as melhoras em ferramentas de rating por seg-

mentos sobre o perímetro previsto dos países e unidades. Des- de o princípio do exercício 2004 será iniciada a captura e con- servação da informação necessária para sua posterior medição, bem como, em seu caso, para realizar os ajustes e adaptações que, com o tempo, possam resultar necessárias.

• Foi iniciado, pelo Comitê de Planejamento de Sistemas, um projeto de trabalho em duas fases que dando continuidade aos progressos já realizados, garante a manutenção e disponibili- dade de informação necessária coordenando a mesma para o conjunto do Grupo.

Como conseqüência de toda esta série de ações, e uma vez re- alizadas as estimações necessárias para o conjunto do Grupo. nos estudos de impacto quantitativo, podemos concluir que o impacto em capital pelo novo acordo, seria praticamente neutro atualmente, inclusive depois de absorver os novos requerimen- tos por risco operativo.

A Direção da unidade organicamente independente que, den- tro da Divisão de Riscos, é responsável do desenvolvimento dos trabalhos necessários para Basiléia, dará a cobertura necessária que permite satisfazer os princípios inevitáveis do Novo Acordo que, entre outros, são os seguintes:

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