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IMPOSTO INDUSTRIAL

No documento Relatório e Contas 14 (páginas 153-156)

NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2014 E

IMPOSTO INDUSTRIAL

Demonstrações Financeiras 157 Em Dezembro de 2010, o Banco solicitou ainda ao Ministério

das Finanças que os impostos liquidados em excesso em anos anteriores, por não terem sido considerados isentos todos os rendimentos de títulos de dívida pública, e para os quais foram apresentadas Declarações de Rendimentos Modelo 1 de Substituição, fossem igualmente considerados como créditos de imposto, a utilizar em futuras entregas de imposto devidas pelo Banco. O imposto liquidado em excesso, relativo aos exercícios de 2005, 2006, 2007 e 2008, ascendeu a 813.093 mAKZ.

No decorrer do exercício de 2012, as autoridades fi scais procederam à revisão da situação fi scal do Banco para os exercícios de 2007 e 2008. Em resultado destas inspecções, a Administração Fiscal notifi cou o Banco das correcções ao lucro tributável que entendeu adequadas, essencialmente relacionadas com custos com provisões constituídas para responsabilidades prováveis (compensação por reforma, Plano Complementar de Pensões, Fundo Social, fraudes e outros riscos diversos).

Na sequência destas notifi cações, o Banco apresentou reclamações nas quais contestou algumas das correcções efectuadas pela Administração Fiscal. Por outro lado, o Banco concordou com as correcções relativas às provisões não aceites, referindo que, apesar de deverem ser acrescidas para efeitos de apuramento do lucro tributável em cada exercício, estes acréscimos têm uma natureza temporária, podendo o Banco recuperar o imposto no exercício em que vier a ocorrer a utilização das provisões. Nas contestações efectuadas, o BFA referiu ainda não existir imposto em falta, atendendo às solicitações feitas junto da Administração Fiscal em Dezembro de 2010 relativamente a benefícios fi scais de títulos de dívida pública não considerados nesses exercícios, cujo montante era superior ao das correcções associadas às provisões não aceites.

Na sequência das correcções efectuadas pela inspecção fi scal aos exercícios de 2007 e 2008 referida anteriormente, o Banco decidiu, no âmbito da entrega da Declaração de rendimentos Modelo 1 de 2012, entregar igualmente Declarações de substituição referentes aos exercícios de 2009, 2010 e 2011. Na preparação destas Declarações, o Banco seguiu um entendimento semelhante ao adoptado pela Administração Fiscal no que se refere às provisões para pensões de reforma (incluindo o Fundo complementar de pensões), provisões para riscos diversos, provisões para o Fundo Social e provisões para participações fi nanceiras. Neste sentido, estas provisões foram acrescidas no exercício

da sua constituição/reforço e deduzidas quando da sua reposição ou utilização para fazer face a encargos fi scalmente dedutíveis.

Adicionalmente, na determinação da estimativa de imposto industrial para os exercícios de 2012, 2013 e 2014, o Banco seguiu a interpretação que a Administração Fiscal utilizou nas inspecções aos exercícios de 2007 e 2008, tendo corrigido a matéria colectável pelas provisões constituídas no ano para responsabilidades prováveis não aceites como custo fi scal e considerado estas provisões como dedutíveis fi scalmente no ano da sua utilização.

Após considerado o conjunto das deduções e acréscimos sobre provisões não aceites e rendimentos de dívida pública isentos, o reporte de prejuízo fi scal do exercício de 2009 foi totalmente utilizado pelo Banco em 2010, 2011 e 2012. Adicionalmente, o valor do imposto industrial de 2009 liquidado em excesso no primeiro trimestre de 2010 foi integralmente utilizado pelo Banco em 2012. Desta forma, não implicaram o pagamento adicional de Imposto Industrial. Em de Janeiro de 2014, o Ministério das Finanças – Direcção Nacional de Impostos notifi cou o BFA do deferimento integral do requerimento apresentado em Dezembro de 2010 relacionado com o imposto liquidado em excesso relativo aos exercícios de 2005, 2006, 2007 e 2008, autorizando o Banco a proceder à dedução de 813.093 mAKZ (Nota 9) a título de crédito fi scal ao valor apurado como imposto industrial no exercício de 2013. Desta forma, o Banco refl ectiu este deferimento na estimativa de imposto industrial do exercício de 2013 no montante total de 401.147 mAKZ, após considerar igualmente as correcções ao lucro tributável de 2007 e 2008 que decorreram da revisão efectuada pelas autoridades fi scais.

Amnistia Fiscal – Lei n.º 20/14

Nos termos da Lei n.º 20/14, em vigor desde 23 de Outubro de 2014, foi publicado um regime excepcional de regularização de dívidas fi scais denominado de “Amnistia Fiscal” e aplicável a factos tributários ocorridos até 31 de Dezembro de 2012, cujo âmbito de aplicação inclui os impostos objecto de apreciação em sede de contencioso fi scal até 2011 e de inspecção fi scal ao exercício de 2012.

Na sequência da publicação do regime de “Amnistia Fiscal” acima referido, e não tendo recebido, desde o envio da respectiva documentação, qualquer informação acerca do

158 Banco de Fomento Angola | Relatório e Contas 2014

processo de análise/inspecção fi scal ao exercício de 2012, o BFA enviou, em 24 de Novembro de 2014, uma carta à Repartição Fiscal Grandes de Contribuintes (“RFGC”), no sentido de tomar conhecimento do respectivo ponto de situação e de modo a obter a confi rmação do correspondente arquivamento, ao abrigo da Lei n.º 20/14. Em resposta à carta remetida pelo BFA, a RFGC respondeu que o Banco goza dos privilégios do perdão fi scal e salientou ainda que qualquer processo em análise/inspecção, acto ou facto, com data até 31 de Dezembro de 2012 (desde que os mesmos não tenham atingindo a fase judicial de tramitação) fi cam sem nenhum efeito com base no artigo 7º e seguintes da Lei n.º 20/14. Neste contexto, atendendo à inexistência de processos em fase judicial de tramitação, o BFA assumiu que não terá de suportar nenhum pagamento de imposto, juros ou multas relativos a factos tributários ocorridos até 31 de Dezembro de 2012.

Desta forma, o Banco anulou o passivo registado, no montante 411.946 mAKZ, com refl exo na estimativa de Imposto Industrial

do exercício de 2014, relativo a potenciais dívidas com imposto industrial dos exercícios de 2007 e 2008. Impostos diferidos

Em 31 de Dezembro de 2014 e 2013, o Banco tem registados activos fi scais diferidos nos montantes de 568.266 mAKZ e 409.966 mAKZ, respectivamente (Nota 9), resultantes de diferenças temporárias na tributação de provisões para responsabilidades prováveis. O Conselho de Administração entende estarem reunidas as condições para o seu registo, nomeadamente no que se refere à evolução do lucro tributável futuro do Banco que permita a sua dedução. Estes activos fi scais diferidos foram calculados com base nas taxas fi scais decretadas para o período em que se prevê que seja realizado o respectivo activo.

O movimento nos activos por impostos diferidos nos exercícios fi ndos em 31 de Dezembro de 2014 e 2013 foi o seguinte: Saldos em 31.12.2013 Reforços Realizações / anulações Saldos em 31.12.2014

Provisões temporariamente não aceites como custo fi scal:

Provisões para Riscos bancários e Compensação por reforma 409 966 158 300 - 568 266

Saldos em 31.12.2012 Reforços Realizações / anulações Saldos em 31.12.2013

Provisões temporariamente não aceites como custo fi scal:

Demonstrações Financeiras 159

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