• Nenhum resultado encontrado

PRINCÍPIOS ÉTICOS E CONFLITOS DE INTERESSE O Código de Conduta, o Regulamento do Conselho de

No documento Relatório e Contas 14 (páginas 39-41)

COMPOSIÇÃO DOS ÓRGÃOS SOCIAIS

PRINCÍPIOS ÉTICOS E CONFLITOS DE INTERESSE O Código de Conduta, o Regulamento do Conselho de

Administração e o Regulamento da CECA contemplam os mais altos padrões de actuação, em conformidade com princípios éticos e deontológicos, e defi nem regras, princípios e procedimentos no sentido de identifi cação, monitorização e mitigação de confl itos de interesse.

Desta forma, promove-se a transparência nas relações, envolvendo órgãos sociais e colaboradores, inibindo-se a participação em actividades ilegais e a tomada excessiva de risco, o que contribui para a transparência das relações contratuais entre o Banco e as suas contrapartes e estipula que, quer os membros dos órgãos sociais quer os colaboradores, não podem receber ofertas de valor não simbólico que comprometam o exercício independente das suas funções.

A actividade profi ssional dos membros dos órgãos sociais e dos colaboradores pertencentes ao Banco rege-se pelos princípios éticos defi nidos no Código de Conduta do BFA aprovado pelo Conselho de Administração, disponibilizado na Intranet e no site institucional, cujo resumo das linhas principais são as seguintes:

Assegurar que para além de cumprir as regras e deveres

que decorrem das disposições legais e regulamentares aplicáveis, a actividade do Banco, dos membros dos Órgãos Sociais e dos Colaboradores será prosseguida de acordo com o rigoroso cumprimento dos princípios éticos e deontológicos e com exemplar comportamento cívico;

Garantir diligência e competência profi ssionais,

designadamente no desempenho das funções profi ssionais, em observância aos ditames da boa fé e actuar de acordo com elevados padrões de diligência, lealdade e transparência, e garantir aos Clientes e às autoridades competentes, ressalvado o dever de segredo profi ssional, uma resposta rigorosa, oportuna e completa às solicitações apresentadas;

Garantir a guarda e manutenção rigorosa do segredo

profi ssional;

Estabelecer a Igualdade de Tratamento aos Clientes do Banco

em todas as situações em que não exista motivo de ordem legal e/ou contratual e/ou de risco para proceder de forma distinta;

42 Banco de Fomento Angola | Relatório e Contas 2014

GOVERNAÇÃO CORPORATIVA E SISTEMA DE CONTROLO INTERNO

O Banco Nacional de Angola publicou um conjunto de normativos com vista à adopção das melhores práticas no âmbito da Governação Corporativa e do Sistema de Controlo Interno. Relativamente à componente de Governação Corporativa (Aviso n.º 1/13), as instituições devem defi nir, implementar e periodicamente rever o seu modelo de governação corporativa, contemplando a estrutura de capital, a estratégia de negócio, as políticas e processos de gestão do risco, as unidades e estruturas orgânicas e as políticas aplicadas, designadamente:

a política de remuneração;

a política para evitar confl itos de interesses, e;

a política de transparência e divulgação de informação.

Adicionalmente, o modelo de governação corporativa adoptado pelas instituições deve permitir a correcta defi nição, implementação, monitorização e revisão do seu sistema de controlo interno, designadamente da estratégia do negócio e das políticas e processos de gestão do risco.

Em geral, o modelo de governação do BFA cumpre com todos os requisitos previstos no Aviso n.º 1/13.

Em 2014 foram criadas duas comissões delegadas do Conselho de Administração:

Comissão de Auditoria e Controlo Interno

Comissão de Riscos

O desenvolvimento do sistema fi nanceiro angolano e o alinhamento da legislação nacional com as directrizes mais recentes emitidas por organismos internacionais, levou o Banco Nacional de Angola a emitir nova legislação sobre o Sistema de Controlo Interno.

Deste modo, o Aviso n.º 2/13 formaliza o estabelecimento de um Sistema de Controlo Interno nas Instituições o qual representa o conjunto integrado de políticas e processos, com carácter permanente e transversal a toda a instituição, realizados pelo órgão de administração e demais colaboradores no sentido de se alcançarem os objectivos de efi ciência na execução das operações, controlo dos riscos, fi abilidade da informação contabilística e de suporte à gestão, e cumprimento dos normativos legais e das directrizes internas.

O sistema de controlo interno tem por objectivo assegurar: ■ a continuidade do negócio e a sobrevivência das instituições

através da efi ciente afectação dos recursos e execução das operações, do controlo dos riscos, da prudente avaliação de

activos e responsabilidades, e da segurança e controlo de acessos nos sistemas de informação e comunicação; ■ a existência de informação, contabilística e de gestão, de

natureza fi nanceira e não fi nanceira, completa, fi ável e tempestiva, que suporte a tomada de decisão e os processos de controlo;

o cumprimento das disposições legais, das directrizes internas e das regras deontológicas e de conduta no relacionamento com os clientes, as contrapartes das operações, os accionistas e os supervisores.

Quer no âmbito da Governação Corporativa, quer no âmbito do Sistema de Controlo Interno, as instituições fi nanceiras fi cam obrigadas a reportar anualmente a sua situação relativamente ao cumprimento dos princípios defi nidos pelo Supervisor. Neste contexto, o BFA submeteu o Relatório Anual sobre a Governação Corporativa e o Sistema de Controlo Interno, com data de referência de 30 de Novembro de 2013. O documento descreve, de modo pormenorizado, os princípios orientadores de governo, a estrutura, repartição de competências e funcionamento dos Órgãos de Administração e Fiscalização, a gestão dos riscos, a política de remuneração, o controlo accionista, os princípios éticos e deontológicos observados e a política de comunicação com o mercado. Adicionalmente, a Comissão Executiva preparou o Plano de Acção onde estabelece as necessidades de implementação das acções para integral cumprimento da legislação emitida.

O BFA 43 Estrutura da remuneração dos Administradores não Executivos, Conselho Fiscal e Mesa da Assembleia Geral

Os membros não executivos do Conselho de Administração, da Mesa da Assembleia Geral e do Conselho Fiscal não recebem, pelo desempenho dessas funções, qualquer remuneração variável, sendo a sua remuneração exclusivamente composta por remuneração fi xa.

Os valores da remuneração pagos aos membros do órgão de administração, da mesa da Assembleia Geral e de fi scalização são defi nidos directamente pelos accionistas através de Assembleia Geral.

Não estando eleita uma Comissão de Remunerações, os valores são aprovados pelos Accionistas através de deliberação da Assembleia Geral.

Valor das remunerações pagas em 2014

Em 2014, a remuneração do conjunto dos membros do Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Mesa da Assembleia Geral ascendeu a 328,6 Milhões AKZ distribuídos da seguinte forma:

Membros da Comissão Executiva do Conselho de

Administração, 274,6 milhões de AKZ pagos a titulo de remuneração fi xa e variável;

Membros não executivos do Conselho de Administração,

Conselho Fiscal e Mesa da Assembleia Geral, 54,0 milhões de AKZ, pagos a titulo de remuração fi xa.

Estrutura da remuneração dos Administradores Executivos A política de remunerações seguida no BFA para os membros executivos do seu órgão de administração - Comissão Executiva do Conselho de Administração - assenta, na existência de uma remuneração fi xa complementada por uma remuneração variável, a qual é função da avaliação do desempenho do BFA e de cada um dos administradores no ano que precede o pagamento dessa remuneração, bem como da avaliação da consistência desse desempenho com o verifi cado ao longo dos anos anteriores e refl ecte, essencialmente, a avaliação realizada tendo por base, entre outros, os seguintes critérios:

O desempenho individual;

O desempenho colectivo das unidades de estrutura do

pelouro do administrador;

O desempenho geral do próprio BFA;

O respeito pelos normativos, regras e procedimentos externos

e internos aplicáveis à actividade desenvolvida pelo BFA e, designadamente, das regras do Código de Conduta. Os valores de remuneração fi xa pagos aos membros da CECA, são consistentes com a prática de mercado e são os que resultam da aplicação do respectivo contrato de trabalho e da legislação de trabalho.

Uma vez que o BFA não é uma sociedade aberta, o complemento de remuneração variável em causa é integralmente pago em dinheiro. A existência desta componente variável de remuneração contribui para reforçar o alinhamento dos interesses dos membros da CECA com os interesses do BFA e dos seus accionistas. A consideração, na fi xação da remuneração dos membros da CECA, da vertente “consistência do desempenho” contribui para evitar que esta componente da remuneração contribua para uma assunção excessiva de riscos.

No documento Relatório e Contas 14 (páginas 39-41)