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Liderança e Crescimento de Igrejas

Há quase vinte anos atrás, C. Peter Wagner corajosamente proclamou um princípio de crescimento de igrejas central: “Na América, o fator catalítico primordial para o crescimento de uma igreja local é o pastor. Em cada crescimento, nas igrejas dinâmicas que estudei, encontrei uma pessoa chave que Deus estava usando para fazer esse crescimento acontecer.” Wagner, mais tarde, afirmou que um liderança pastoral forte é o primeiro de muitos sinais de saúde do crescimento de igreja: “Sinal Vital Número Um de uma igreja saudável é um pastor que é pensador de possibilidades e que a liderança dinâmica tem sido usada para catalizar toda a igreja ao assunto da liderança pastoral, Leading Your Church to Grow (Liderando Sua Igreja no Crescimento).

Há pouca dúvida de que a liderança em geral e a liderança pastoral em particular é uma fator de grande importância no processo de crescimento de igrejas. Neste capítulo, examinaremos muitos princípios de liderança que estão afetando o crescimento da igreja. Podemos examinar esses princípios não apenas sob a luz de seus sucessos em crescimento de igrejas, mas também na visão dos ensinamentos bíblicos sobre verdadeira liderança.

Em alguma consideração, implentando os princípios de crescimento de igrejas mencionados nesse livro ou em qualquer outro lugar, resultarão da liderança focada na obediência a Grande Comissão (Mat. 28:19). Essa dedicação sincera para alcançar pessoas deve ser nutrido no coração do líder e passado aos seguidores.

O Pastor como Líder

Geralmente, pensamos no pastor como líder-chave para o crescimento da igreja. De fato a responsabilidade pelo crescimento de uma igreja recai sobre o pastor responsável pela congregação. Ainda que fatores de não-liderança como demográficos , a história da igreja e a idade da igreja afetarão o potencial de crescimento, a liderança pastoral pode ser decisiva em mudar uma igreja de não-crescimento para crescimento. Hadaway observa como a nova liderança pode mudar drasticamente a cara de uma igreja: “A maioria das igrejas em crescimento na pesquisa (59%) chamou um novo pastor no mesmo ano ou no ano anterior antes de começarem a sair do platô.” Hadaway descobriu que um dos componentes chave da liderança pastoral para o começo do crescimento era a visão: “Eles herdavam igrejas com problemas e eram incapazes de forçar qualquer assunto porque não tinham ganhado o direito de faze-lo. Ao invés disso, eles faziam o papel de catalista – compartilhando sua visão com a igreja, ligando-a a propósitos latentes que membros ainda compartilhavam, criando a noção de entusiasmo e dando encorajamento àqueles na igreja que poderiam ver a visão e quem estaria disposta a trabalhar por ela.

Quando alguém pesquisa a riqueza da literatura de crescimento de igrejas sobre a liderança pastoral, surgem várias características de pastores de crescimento. Talvez, a mais mencionada atualmente seja a que Hadaway acabou de descrever – a visão.

Visão. Quando George Barna escreveu Without a Vision, the People Perish (Sem uma Visão, o Povo Perece), ele mostrou o assunto mais importante da liderança pastoral, atualmente. A sociedade e a igreja estão mudando nos dias de hoje mais rápido que em qualquer outro tempo na história. Enquanto as verdades teológicas devem permanecer constantes, a igreja deve se perguntar se está sendo deixada para trás pela revolução social e tecnológica. Se o mundo não entende a igreja, se a igreja não é relevante para o mundo, então a mensagem imutável do evangelho nunca é comunicada ao perdido.

94 Um líder de crescimento de igreja, em particular o pastor, deve seguir o plano de Deus para a igreja, para liderar as pessoas em tempos de maior necessidade. Como um pastor entende a visão de Deus para a igreja? O pastor deve se conhecer – seus dons, paixões, talentos, valores, atitudes, experiências e hipóteses. Deus leva um pastor para uma igreja por um tempo determinado e por uma determinada razão. Como Ester na Pérsia, o pastor está na igreja “para tal tempo” (Ester 4:14). Sem dúvida, Deus usará a personalidade e os atributos e os dons do pastor para moldar a visão. Conhecer-se é o primeiro passo de um pastor para entender a visão de Deus.

O pastor também deve conhecer a igreja que ele serve. Muitos líderes acreditam que conhecem seu povo e, em alguma extensão, a relação pastor-membro produz conhecimento de um sobre o outro. Fiquei surpreso, porém, ao ver quão pouco eu conhecia sobre as pessoas da minha igreja quando fiz duas pesquisas anonimamente em um período de dezoito meses. As pesquisas eram extensas e foram respondidas por metade dos membros adultos da igreja. Para mim, os resultados foram uma mistura incomum de surpresa, encorajamento, dor, confusão e direção. Descobri que tínhamos três igrejas em uma, com dois grandes grupos mostrando características em comum com as idades. Descobri um grupo que achava que a igreja estava se movendo muito devagar, outro que achavam que a mudança era muito rápida, e ainda outro que sentia que tínhamos alcaçado um bom ritmo e direção. Essas pesquisas me prepararam para diferenciar a as reações cada vez que a igreja enfrentasse um decisão de alguma conseqüência. A pesquisa é uma ferramenta indispensável para a visão.

Os pastores podem conhecer mais suas igrejas através de inventários de dons. Esses inventários estão disponíveis em várias fontes diversas. Apesar de não serem ferramentas infalíveis, os inventários dão bons indicadores da mistura de dons espirituais dos cristãos. Examinaremos essa ferramenta no próximo capítulos.

Outra peça do quebra-cabeça da visão é aprender sobre o ambiente da comunidade e do ministério. Informações demográficas ajudam a entender a composição estatística da nossa comunidade, mas nossa pesquisa não deve terminar aí. Cada área ministerial tem uma personalidade, ainda mais quando essas personalidades não sejam monolíticas. Algumas comunidades podem ser receptivas a novos ministérios, enquanto outras não. Alguns líderes em meu estado, Alabama, tentaram transplantar os ministérios de igrejas da Costa Oeste no total. Os resultados, freqüentemente eram desastrosos, tanto para os pastores quanto para as igrejas.

O elemento mais importante da visão é a oração. Um pastor que tem uma vida de oração consistente, buscando a sabedoria de Deus, decobrirão a maravilhosa direção que Deus planejou para a igreja.

Iniciando. Alguns livros de liderança fala que bons líderes são “proativo” ou “futuro ativo”. Um líder de crescimento de igrejas deve iniciar ações de acordo com a visão dada por Deus. O líder não espera algo novo acontecer; ele faz acontecer! Ser um pastor de crescimento de igreja é trabalho duro. Toma tempo, compromisso, visão e habilidade para manter a visão por um longa distância.

Compartilhando o ministério. Um dos obstáculos para o crescimento de muitas igrejas é a relutância do pastor em soltar seu ministério. Há alguns anos atrás, fiz consulta para uma igreja que a média de freqüência se mantinha em 140 por quase quinze anos. Fiquei sabendo que esse platô coincidia com a posse do presente pastor. Não demorou muito para que eu descobrisse a rotina desse ministério pastoral. Ele, sozinho, visitava os doentes, ministrava aos presos, aconselhava os que tinham problemas, e até ligava para todos os membros que faziam aniversário! Ao fazer isso, pastor privava as pessoas de seu chamado feito

95 por Deus para fazer o trabalho ministerial (Efe. 4:12) e falhava em sua tarefa de equipar o ministério (Efe. 4:11-12).

Os pastores devem superar a insegurança que diz: “Ninguém mais pode fazer o ministério, apenas eu!” Essa atitude reflete uma visão condescendente do trabalho leigo or um temor que o pastor pode ter de estar falhando em seu trabalho. Alguns pastores ainda temem perder o reconhecimento e admiração se outros fizerem seu trabalho ministerial.

“Fazendeiros”. Lyle Schaller foi o primeiro a mencionar, há quinze anos atrás, que o pastor é como um fazendeiro. Wagner comentou: “Encaixa-se perfeitamente. Observe que em uma igreja liderada por um fazendeiro, as ovelhas continuam sendo pastoreada, mas o fazendeiro não o faz. O fazendeiro observa o que é feito pelos outros.” Como um pastor pode encontrar e equipar outros para pastorearem a congregação? Embora existam muitas respostas possíveis para essa questão, o leitor interessado pode pular para o capítulo 29 e a discussão dos pequenos grupos. Não connheço modelo de pastorei melhor que os pequenos grupos.

Bons mordomos. Bons líderes também são bons mordomos. A mordomia normalmente se refere à responsabilidade a Deus com dinheiro e ganhos materiais. Os bons líderes também devem desenvolver uma boa mordomia de seu tempo, sua vida de oração, seu trabalho e hábitos de lazer, seus estudos da Bíblia e sua família.

Confiante, decisivo e otimista. O pastor de crescimento de igreja visionário terá que desenvolver uma visão de Deus, por isso ele pode responder às situações com confiança e decisão. Na verdade, a tomada de decisão irá se tornar cada vez mais fácil quando a visão e o plano de Deus forem se aclarando. Um pastor visionário é otimista sobre o futuro porque Deus lhe deu uma clara visão desse futuro. Há um alvo a ser alcançado e um prêmio a ser recebido (Fili. 4:14). Barna descobriu que esses pastores visionários tinham “um espírito empreendedor que os capacita a prever as possibilidades, conceber maneiras de fazer com essas possibilidades se realizem, e organizar e dirigir os recursos para fazer boas coisas acontecerem... Eles tendem a ser mais proativos que reativos.”