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LIVROS TRADUZIDOS

No documento Ano I 1 / 2010 CURITIBA - PR (páginas 156-167)

Bronislaw Geremek. Os Filhos de Caim. Vagabundos e miseráveis na literatura europeia 1400-1700. tradução de Henryk Siewierki. São Paulo, Companhia das Letras, 1995.

Bruno Schulz. Sanatório. Tradução e introdução de Henryk Siewierski. Revisão de Nelson Ascher. Rio de janeiro, Imago, 1994.

Cyprian Norwid. O Piano de Chopin. Tradução e introdução de Henryk Siewi- erski e Marcelo Paiva de Souza. Brasília, Universidade de Brasília, 1994.

Quatro Poetas Poloneses (Czeslaw Milosz, Tadeusz Rózewicz, Wislawa Szym- borska, Zbigniew Herbert). Tradução e prefácio de Henryk Siewierski e José Santiago Naud. Curitiba, Secretaria de Estado da Cultura do Paraná, 1994. Bruno Schulz, Lojas de Canelas. Tradução, posfácio de Henryk Siewierski. Rio de Janeiro, Imago, 1996.

Tomek Tryzna, Senhorita Ninguém. Tradução de Henryk Siewierski. Rio de janeiro, Editora Record, 1999.

Andrzej Szczypiorski. Missa pela cidade de Arras. Tradução de Henryk Siewiers- ki. São Paulo, Estação Liberdade, 2001.

Czeslaw Milosz. Não mais. Tradução e introdução de Henryk Siewierski e Marce- la Paiva de Souza. Brasília, Editora Universidade de Brasília, 2003.

RESUMO – STRESZCZENIE

Henryk Siewierski jest porównywany do wielkich tłumaczy, jak Paulo Raoni, którzy w sposób dyskretny ubogacają kulturę brazylijską. Człowiek, który umie pogodzić pracę dydaktyczną na Uniwersytecie w Brasilii z tłumaczeniami wielkich dzieł literatury, nie tylko polskiej, ale i światowej, udziela się również we wspólnocie polonijnej. Jego tłumaczenia z języka polskiego na portugalski i odwrotnie, są uważane za dzieła sztuki.

SILVA, Ellen Cristina da. Yanka. A fuga da guerra e o refúgio no Brasil. Florianópolis: Insular, 2007.

Thaís Janaina WENCZENOVICZ

A obra a qual se resenha foi um “achado” em uma das estantes da II Vitrine Literária Polônica do Brasil, realizada na cidade de Curitiba entre os dias 27, 28 e 29 de novembro de 2009. A presente obra localiza- se na fronteira História versus Literatura. Sua autora cujo sobrenome de família é Schulz, possui Mestrado em Linguística e atua como docente na Universidade de Brasília. Justifica o livro como “compromisso histórico- familiar”. Afinal, sua descendência materna é elo direto com a nação Polônia.

É de comum acordo entre literatos e historiadores que transitar nessa fronteira exige sabedoria. Por vezes, esta aproximação da história com a literatura tem um sabor de dejà vu, dando a impressão de que tudo o que se apregoa como novo já foi dito e de que se está “reinventando a roda”. A história, por seu lado, enriquecia por vezes seu campo de análi- se com uma dimensão “cultural”, na qual a narrativa literária era ilustra- tiva de sua época. Neste caso, a literatura cumpria face à história um papel de descontração, de leveza, de evasão, “quase” na trilha da con- cepção beletrista de ser um sorriso da sociedade. Respeitando os diversos posicionamentos enquanto discussão de fronteiras, a obra escolhida é o encontro de sereno de ambas as ciências.

A obra intitulada Yanka, em seus bem distribuídos capítulos, num total de 9, mostra a trajetória histórica de uma cidadã polonesa que per- correu áreas de conflito durante a II Guerra Mundial e posteriormente se estabeleceu no Brasil, mais especificamente no estado de Santa Catarina.

No decorrer dos capítulos, com uma narrativa suave e ao mesmo tempo coerente, a autora pontua que os imigrantes poloneses do sul do

Brasil, em sua maioria agricultores e artesãos, também tiveram compa- nhia de alguns intelectuais, professores e outras funções que de uma forma ou de outra serviram de protagonistas na construção sócio- histórica do sul-brasileiro.

A situação dos países beligerantes, a fuga da guerra, a burocracia diplomática, a partida, viagem e chegada em solo nacional são desenvol- vidas nos capítulos I ao V.

Já no capítulo VI é apresentado o encantamento com a paisagem brasileira, a vida nas colônias alemãs, já que estamos falando mais preci- samente da Colônia de Blumenau, e a lenta integração à nova terra. Es- tranhamentos, desafetos, alegrias e inserção na comunidade local e regio- nal são desfiladoa no capítulo VII. Nos dois últimos capítulos são apre- sentados os mapas das cidades percorridas pela família emigrada, em momento de retorno à Europa, acrescidos da árvore genealógica da famí- lia Neuwiem, grupo familiar principal na escrita do texto.

Com cuidados históricos e sem perder a elegância na estilística narrativa, Ellen brinda a comunidade germânica e polonesa com sua significativa obra. A mesma compõe-se de 175 páginas, numa linguagem própria que podemos chamar de polônica, sendo que a autora quer man- ter vivo o patrimônio cultural polonês – sobretudo quando mantém a grafia original nos nomes dos personagens descritos na narrativa. Sabe-se que a língua é a base da identidade deste grupo étnico - poloneses. Aos poucos, ela tinge-se de cores locais e expressa traços da polonidade (pa- trimônio cultural polono-brasileiro) quando apresenta aos leitores hábi- tos culinários, festividades, religiosidade e até o vestuário, que compre- endem a cultura polonesa. Enfim, trata-se de uma especial contribuição à literatura nacional imigracionista, considerando que atualmente a litera- tura nacional tem sido objeto de frequentes estudos nas academias euro- peias – alemã e polonesa.

RESUMO – STRESZCZENIE

“Yanka”, to tytuł powieści na pograniczu historii i romantyzmu. Autorka chce być wierna historii, przedstawiając wydarzenia określonych dni i lat, a zarazem chce pokazać w sposób poetycki drogę którą przeszła jej matka, a która zakończyła się we Florianopolis, w stanie Santa Catarina.

LAROCCA, Júnior Joel, LAROCCA Pier Luigi e LIMA, Clarisse de Almeida. Casa eslavo-paranaense. Arquitetura de madeira dos colonos poloneses e ucranianos do sul do Paraná. Ponta Grossa: Editora Larocca Associados, 2008, pp. 236.

Maira Karin CARVALHO DOS SANTOS

Segundo dados calculados a partir da lista de colônias que consta em Balhana, Altiva, de 1969, no Brasil moram aproximadamente dois milhões de descendente de poloneses e mais de meio milhão de descen- dentes de ucranianos, conforme historiadores e demógrafos. No Estado do Paraná mais de 20% da população são da terceira ou quarta geração dos imigrantes eslavos que chegaram neste estado até 1910. Para enten- der este número expressivo é necessário relembrar os fatos históricos que aconteceram no Brasil: em meados do século XX, quando houve uma política de promoção à imigração européia, tendo seu auge nas últimas décadas dos anos oitocentos e as primeiras décadas dos anos novecentos. Para preencher o espaço brasileiro, estes imigrantes, denominados tam- bém de colonos, foram direcionados para o interior do estado de São Paulo, assim como para o planalto da Região Sul do país. Para o estado de São Paulo migraram muitos italianos, denotando-se ainda hoje os traços físicos e os sotaques que marcam aquela região. Para os três esta- dos da Região Sul, a proveniência de imigrantes foi muito entremeada, onde se mesclaram italianos com alemães, sendo característicos dos esta- dos do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Os eslavos conduziram-se majoritariamente para o estado do Paraná, com predileção pelo oeste do estado, sendo também marcante a presença de poloneses no Rio Grande do Sul e de ucranianos em Santa Catarina. Quase todos são provindos de uma só região, a Galícia, um conturbado quase-país que hoje está dividi- do entre as províncias ocidentais da Ucrânia, os oblasts, e as voivodias, províncias orientais da Polônia. Mas não foram apenas os galicianos que

emigraram para o Paraná, de Kiev vieram poucos ucranianos, sendo chamados de russos pelos brasileiros; da Silésia (prussiana) e de Gdansk (russa) vieram os poloneses. Grande maioria veio de Gorlice, de Malo- polska e de Podkarpacie, regiões da Galícia que na época da emigração estavam sob domínio austríaco e assim prosseguiram até o final da Pri- meira Guerra Mundial. Nos arredores da capital paranaense, Curitiba, há a colônia denominada Tomás Coelho, sendo a maior colônia eslava da Região Sul, que continha poucos silesianos e prussianos face aos 82% de galicianos. Nas repartições brasileiras encarregadas para migrantes, de- nominavam de “polacos austríacos” os poloneses e de “polacos russos” os ucranianos, que só começaram a chegar ao Brasil a partir de 1890.

As razões para esta imigração ao Brasil são relatadas nesta obra, tendo como exemplo uma citação de Antoni Hempel, de 1891, relatado por Maria Luiza Andreazza em sua obra de 1999, que narra a viagem dos emigrantes. Estes atravessavam o oceano nos porões da terceira classe dos navios de emigrantes. Lá se encontravam os poloneses, os ucranianos e os italianos, todos amontoados e assustados, sendo súditos do decaden- te Império Austríaco. Tinham fortíssimas razões para emigrar, afinal, no leste europeu havia uma atmosfera de total falta de liberdade, onde ale- mães e russos negavam aos povos locais o direito ao idioma e à religião. Os primeiros poloneses vindos ao Brasil foram direcionados para a cida- de de Brusque (Santa Catarina), onde foram duramente hostilizados pe- los alemães que já estavam assentados. Muito descontentes, migraram para os arredores de Curitiba (Paraná), em 1871, liderados pelo engenhei- ro agrimensor Sebastião Saporski, fixando-se no bairro hoje conhecido como Pilarzinho. Ali fixaram a primeira colônia eslava do Paraná, mas ainda sob forte tensão com os alemães, que se sentiam ameaçados em seus negócios. Os seus descendentes, ou seja, os filhos e netos, que con- vergiram da zona rural na segunda metade do século XX, transformaram Curitiba na segunda maior cidade eslava da América. Os autores colocam que existiu uma certa generosidade do governo brasileiro com os imi- grantes, que proporcionava terras, instrumentos agrícolas e até mesmo financiamento habitacional, cem anos antes de qualquer política que fa- vorecesse este financiamento aos próprios cidadãos! Muitas cartas foram recolhidas por Witold Kula, após o incêndio de Varsóvia em 1945, foram escritas por emigrados que estavam no Brasil e expressavam a admiração

eslava pelo solo brasileiro. Este programa político brasileiro de imigração era conhecido como “branqueamento” da população, dando uma conota- ção racista. Uma das características deste programa político em 1865 foi o pagamento da diferença de preço da passagem para quem aceitasse tro- car a emigração para os Estados Unidos pela emigração ao Brasil. Este decreto era feito pelo governo imperial aos cônsules brasileiros na Euro- pa. Após 1867, entre outras vantagens, a passagem era disposta gratui- tamente. Wilson Martins, escritor paranaense, escreveu uma obra intitu- lada “Um Brasil diferente”, título concedido ao estado do Paraná, visto que, após um século de imigração, a composição étnica da Região Sul era distinta das demais unidades federadas. Após a proclamação da Repúbli- ca no Brasil, ocorreu o fenômeno denominado de “febre brasileira”, que consistia na emigração da Europa Central para o Brasil. A situação políti- ca e econômica das nações eslavas, sendo uma força centrífuga, e a agres- siva política de incentivos à implantação de colônias estrangeiras realiza- da pelos brasileiros, tudo isto somou-se com uma lenda, circulada princi- palmente pela Galícia que era dirigida aos católicos poloneses. Ela tam- bém serviu para aproximar para a “febre brasileira” os italianos, alemães e uma grande quantidade de ucranianos. Esta “febre” trouxe ao país, em 12 anos (1889 a 1900), 53 mil imigrantes, mesmo tendo a interrupção du- rante a revolução federalista em 1894. O governo paranaense ditou para que a reemigração fosse para a margem direita do Iguaçu, evitando assim possíveis reivindicações argentinas. Paralelamente, desde a virada do século, ocorreram outros movimentos de reemigração no Paraná. Come- çaram a surgir também colônias ou quase-colônias espontâneas em Pal- meira, Teixeira Soares, Irati e Rio Azul, que eram povoadas por descen- destes de São Mateus, de Mallet e do entorno de Curitiba, que procura- vam assim ampliar seu patrimônio.

Os poloneses e os ucranianos tiveram uma lenta e gradual ascen- são social pelos diversos escalões da pequena classe média, o que só foi possível pela ampla alfabetização formal, que persistiu com muitas difi- culdades. No campo cultural a contribuição eslava foi reconhecida e valo- rizada a partir dos anos da década de 1960, devido a uma crise dos diver- sos modernismos (arte, economia e política), o que colaborou com a cul- tura do Paraná. A vinda do Papa João Paulo II ao Brasil, passando por Curitiba em 1980, lançou luz sobre a cultura eslava paranaense, já que

para o restante do Brasil ele era uma visita pontifical, mas para quem estava em Curitiba, durante sua visita, ele era um compatriota, um galici- ano de Wadowice, cidadezinha aos arredores de Cracóvia.

Os eslavos foram responsáveis por preciosidades na arquitetura, como: casas de madeira, igrejas, seminários, escolas e hospitais, contribu- indo assim para a riqueza cultural do Paraná. Na Europa Central a natu- reza oferecia as terras florestais da Galicia e no Brasil ela oferecia as terras florestais do sul paranaense. Assim começavam as casas eslavo- paranaenses. A princípio construíam abrigos provisórios, vivendo até mesmo em barracões coletivos ou em minúsculas barracas para cada família. Com o passar do tempo foram aprendendo com os caboclos, que faziam a colheita da erva-mate, a construir sua casa primitiva (Casa cabo- clo-eslava). Após isso houve um período de transição, aparecendo então a casa de esteio, durante o século XIX; foram necessárias algumas modifi- cações devido ao frio encontrado no sul paranaense e também por medi- das de segurança. A casa definitiva apareceu em meados do século XX após muito trabalho, empreendida depois de muitas safras. A casa cabo- clo-eslava era muito mais simples que a casa nativa. Essa casa era, e é até hoje, sem pintura ou no máximo revestida de cal; a adaptação eslava, por volta dos anos 1900, era firmada por cores fortes, sendo uma característi- ca transmitida à arquitetura paranaense juntamente com o gosto pela ornamentação. No Paraná existem vários tipos de casas de madeira. Elas tiveram influências de várias imigrações: a etnia italiana influenciou mui- to pouco, pois preferiam construir com tijolo e pedra; a etnia alemã dei- xou na casa de madeira sua marca com a utilização do chanfro no telhado e tendo muito volume nos cômodos; e as etnias polono-ucranianas foram os pioneiros na utilização da casa de madeira. Com isso esse tipo de casa é conhecida também como a casa de polaco. Naquele tempo um transeunte poderia observar, a distância, qual casa era de origem polonesa, ucrania- na ou alemã. Elas se contrapunham à brancura das casas caboclas, po- dendo-se reconhecer uma casa eslavo-paranaense pela sua gama rica de cores. As combinações polonesas são sempre em pares, visto que as mol- duras, paredes e esquadrias tinham cores distintas entre si. As com cores mais fortes, mais vivas são de origem polonesa; as cores mais discretas são de origem ucraniana; e as de cor clara na esquadria, com paredes escuras, são as de origem alemã; e o que também diferencia uma casa

polonesa de uma ucraniana é a ornamentação que existe na varanda. O que transformou a casa caboclo-eslava em casa eslavo-paranaense foi a referência que deram à cozinha, que passou a ser maior, para promover o encontro familiar. Esse tipo de casa tinha várias arquiteturas, sempre respeitando a necessidade e os desejos dos seus proprietários. Com isso existiam casas do tipo A, B, C, D e outras que não foram classificadas por serem, de algum modo, peças arquitetônicas declaradas excepcionais. Em toda tipologia a cozinha faz parte do corpo principal da arquitetura para continuar sendo o centro do encontro familiar. Existem casas singulares que compartilhavam o espaço com outras atividades comerciais ou insti- tucionais. Elas provêm de um período entre 1920 a 1940, quando estavam reunidos na cidade alguns carpinteiros com trabalhos excepcionais.

A vida espiritual tem um papel fundamental para os eslavos, o que os motivou a construir igrejas, seminários e colégios, tanto na zona urbana como na rural. Exemplos típicos da rica arquitetura encontram-se na Casa Paroquial Ortodoxa, em Gonçalves Junior, na Casa Paroquial Católica-Ucraniana, em Antonio Olinto, na Casa Paroquial Católico- Latina, em Vera Guarani e na Casa Paroquial de Água Branca, onde bem próximo encontra-se uma grande edificação que serviu de internato às freiras.

Em um século de construção em madeira, os mestres carpintei- ros, autores de grandes obras de quatro ou cinco gerações de descenden- tes polono-ucranianos, foram os responsáveis por lembrar a Galícia natal. Com o passar do tempo a ornamentação foi adquirindo uma estética paranaense, arranjando elementos que não existem em outros locais bra- sileiros. Um exemplo de detalhe, de ornamento, são os lambrequins com variadas soluções estéticas, presentes em diversos locais brasileiros. Ou- tras características das casas eslavo-paranaenses são as varandas, as por- tas, as janelas desenhadas. O oitão é quase sempre de formato triangular. A presença do quadrado ou losango neste oitão para inserir alguma san- ta, as camarinhas e águas furtadas, o assoalho, a disposição da madeira nas paredes, a decoração artística nas faixas horizontais das paredes in- ternas, os forros, a escada, o sótão, os pilares de madeira que sustentam as varandas e outras características que enriqueceram a cultura parana- ense.

Há necessidade de preservar alguns exemplares desse tipo de arquitetura. Nas décadas de 70 e 80, alguns arquitetos, atrevidos para a época, produziram casas populares com o formato do “chalé” eslavo – destinadas às pessoas simples e urbanas, porém com um pé no “mato” do sul do Paraná – e receberam uma boa resposta de aceitação. Isso ensi- na às gerações futuras que desde o século passado existiam pessoas capa- zes de produzir espaços para abrigar os sonhos de uma vida digna de ser vivida e desbravada em uma nova pátria ao sul do Trópico de Capricór- nio. Mais que arquitetura, muitos sonhos.

RESUMO – STRESZCZENIE

Domy i inne zabudowania ze swoimi charakterystycznymi cechami słowiańskimi, są znakami polskiej i ukraińskiej obecności w Brazylii. Ta obecność uwidacznia się przede wszystkim w południowych stanach Brazylii. Te i inne ślady świadczą o wielkim wkładzie tych dwóch etnii w rozwój cywilizacyjno-kulturalny Brazylii, którą wielu przyjęło jako własną ojczyznę.

POESIA SEMPRE: Polônia. Rio de Janeiro, Fundação Biblioteca Nacional, ano 15, n. 30, 2008.

Piotr KILANOWSKI

É com grande alegria que recebemos o trigésimo número da re- vista Poesia Sempre, editada na Fundação Biblioteca Nacional por Marco Lucchesi, desta vez com uma parte dedicada à poesia da Polônia, ao lado das suas seções fixas de entrevistas e poesia inédita. Alegria maior ainda, pois grande parte das traduções apresentadas na revista não é inédita, conforme observam os responsáveis pela organização da antologia inclu- ída no número, o que significa que a presença literária da poesia polonesa no Brasil já permite a compilação de uma revista com textos representati- vos dos autores apresentados, baseada em traduções já feitas e publica- das em oportunidades anteriores. Desta maneira podemos ver também este número da revista Poesia Sempre como uma pequena história das traduções de poesia polonesa moderna no Brasil. História esta que, na revista, começa com as colaborações de Ana Cristina César e Grażyna Drabik nos anos oitenta, passando pelas traduções de Henryk Siewierski, José Santiago Naud, Zbigniew Wódkowski e Fernando Mendes Vianna, todas publicadas em Aproximaçőes: Europa de Leste em Língua Portuguesa (1986-1991), e colaborações posteriores de Henryk Siewierski e José Santi- ago Naud, publicadas em Quatro poetas poloneses (1994). Há poemas extra- ídos das coletâneas Céu vazio: 63 poetas eslavos (1996) de Aleksandar Jova- nović, e Poesia alheia: 124 poemas traduzidos (1998), de Nelson Ascher. Há poemas inéditos especialmente traduzidos para Poesia Sempre por Marce- lo Paiva de Souza, e textos vertidos por este junto com Henryk Siewierski para a antologia poética Não mais (2003), de Czesław Miłosz. Há também traduções de poemas de Wisława Szymborska por Regina Przybycień, publicadas na revista Oroboro (2005).

Fornecendo este panorama das traduções feitas no último quarto de século, Poesia Sempre Polônia comprova não só a presença da tradução

No documento Ano I 1 / 2010 CURITIBA - PR (páginas 156-167)