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Educou-se em Varsóvia em companhia de filhos de famílias abas- tadas, que viviam na pensão conduzidas por sua mãe. O pai, Nicolau Chopin, francês, filho instruído de camponeses de Vosges, proprietário de vinhas, veio da Lorena e ficou na Polônia para fugir ao serviço militar no exército de Napoleão. Era professor de ricos fidalgos, mais tarde pas- sou a dar aulas de língua e literatura francesa no Liceu Varsóvia, depois frequentado por seu filho Frederico. A mãe de Frederico - Justina Krzy- zanowska - administrava a casa da condessa Ludwika Skarbkowa em Zelazowa Wola, nos arredores de Varsóvia. Era sua parenta distante, órfã originária de família empobrecida. Nicolau Chopin tornou-se instrutor das filhas e do filho da condessa. Frederico Skarbek durante quatro anos sentou-se à mesa comum com Justina Krzyzanowska, até que por fim se casaram. Depois, transladaram-se para Varsóvia.

A juventude de Frederico Chopin significou estudo de composi- ção com Józef Elsner, reitor do conservatório, a quem amava como pai; significou rápidos progressos na execução no piano, mas também recep- ções varsovianas, concertos em elegantes salões e férias no campo em propriedades familiares de colegas que viviam na pensão da mãe. Desde criança habituou-se a estar cercado de admiração e embevecimento. Quando tinha 8 anos apresentou-se em seu primeiro concerto público e dele começou a falar toda a Varsóvia. Depois passou a ser admirado nos salões varsovianos, dava concertos em palácios de aristocratas varsovia- nos. O máximo de sons num mínimo de tempo. Moda da época, mas Chopin emprestou-lhe uma poesia muito pessoal do timbre. Seus Ron- dós, suas Variações sobre o tema de “Don Juan” anunciam o despertar de uma individualidade, mas a Grande Polonaise Brilhante, Grande Valse Brilhante, os concertos fá menor e mi menor já são obras em que o jovem gênio fala com linguagem própria.

Esse jovem de estatura um pouco mais que média, magro, pálido, inicialmente tímido, posteriormente enchia a atmosfera dos salões com perenes piadas. Via o mundo como uma comédia, animava os chás e bailes varsovianos. Os convidados choravam de rir quando mostrava seus polichinelos, como chamava as paródias de conhecidas figuras. Imi- tava as caras e os gestos do professor de língua inglesa ou metia uma peruca ruiva e tomava pose de pastor evangélico. Não gostava de senti- mentalismo e chamava as supersensíveis senhoritas de “românticos bu- buzinhos”. Junto aos amigos, tomando vinho ou em jantar, improvisava valsas, mazurcas, escocesas e, inclusive, tocava para dançar. Escrevia cartas cheias de piadas, desenhava gozadas caricaturas. Durante as férias em Szafarnia, o jovem Chopin de 14 anos redigiu o “Correio de Szafarni- a”, parodiando o “Correio Varsoviense”. Reagiu à notícia sobre a intro- dução da censura da imprensa e dos livros com um versinho no “Correio de Szafarnia”:

Muito por favor, censor, A língua não me prender

As lições de história deixaram em Chopin visões da antiga potên- cia da Polônia quando era no leste o “baluarte do cristianismo”, quando então os poloneses derrotavam turcos e tártaros, exércitos russos, suecos, a Ordem dos Cavaleiros Teutônicos. Quando o rei Jan III Sobieski salvou

Viena ante a invasão turca e a carga dos hussardos decidiu a sorte do cristianismo. Lembrança fresca era a morte do príncipe Josef Poniatowski na Batalha das Nações nos arredores de Lipsk, quando os poloneses co- briam a retirada de Napoleão. Reflexões sobre a sorte da Polônia e patrio- tismo soam mais tarde nas Polonaises heroicas de Chopin, assim como se fazem sentir em alguns Estudos, como a saudade da Polônia volta em algumas Mazurcas, escritas na Maiorca e em Nohant.

Quase nunca citava melodias populares. Nas Mazurcas fantasiou e inventou-as de forma tão verdadeira como se fossem um documento sonoro do campo polonês: Os ares rurais ajudavam a fortalecer sua saúde débil. Tocava com músicos camponeses, interpretava músicas judaicas, andava atrás das jovens camponesas pelos campos, caçava perdizes e coelhos, colhia cogumelos e morangos silvestres, andava a cavalo. Infor- mou a um amigo numa carta: “O cavalo vai onde quer, eu – como macaco num urso – fico nele sentado com medo”. Em outra escreveu: “Meus queridos pais e vocês, lube siostrylle (amadas irmãzinhas)! A saúde me serve assim como um cão adestrado”.

O seu senso de observação registrava detalhes das bodas rurais e festas da colheita. Chopin mirava como o campo se comportava nas fes- tas de casamento, sobretudo após tomar vodca. Tinha na memória os taberneiros judaicos e as discussões das jovens do campo, a mazurca rural e os obereks. Assimilava a melancolia do habitante da região de Kujawy. Mais tarde estilizou todas essas danças sob a denominação co- mum de mazurcas. Nos bailes nas casas de campo dançava até o raiar do sol a mazurca nobre, também fogosa, mas mais elegante. As mazurcas eram recordação das férias de verão.

Viajou a Berlim, visitou o musical amador, violoncelista e compo- sitor, príncipe Antoni Radziwill, em sua residência de verão perto de Poznan, na localidade de Antonin. Escreveu algumas obras para ele, es- teve aí duas vezes, deu lições à filha mais jovem do príncipe, Wanda, enlevava-se com sua beleza. Eliza, a filha mais velha, desenhava seus retratos. Tinha 16 anos quando foi com a mãe e as irmãs, Ludwika e Emí- lia, para a Silésia, para tratamento nos sanatórios de Deszniki, que então se chamava Bad Reinerz. Sobreviveu à morte da irmã mais jovem, Emília, e, pela primeira vez, soou ameaçante em seus ouvidos a palavra tubercu- lose. Após terminar o conservatório, Chopin, na idade de 19 anos, rece-

beu de seu pai – como prêmio – dinheiro para uma viagem a Viena. Seus dois concertos no Teatr, Kaertnerthortheater, sobretudo Variações sobre tema da ópera “Don Giovanni” de Mozart, provocaram admiração entre os vienenses. Saudou o público inúmeras vezes, embora no início estives- se nervoso e bebesse água com açúcar para se confortar. Mas não deixou passar a ocasião e flertou com uma jovem pianista, a rechonchuda Leo- poldina Blahetka. No percurso dessas viagens visitou Kalisz, Wroclaw, Poznan e Cracóvia, Praga e Drezno, Torun e Gdansk.

As últimas férias polonesas Chopin as iniciou em Poturzyn, na propriedade de seu mais próximo amigo – Tytus Woyciechowski. Inter- rompeu-as para estar presente na estreia da talentosa cantora Constância Gladkowska. Já anteriormente, no concerto dos estudantes do conserva- tório, percebera seus olhos azuis e cabelos louros. Tinha então 18 anos. Era filha do burgrave do castelo real de Varsóvia. Aprendeu canto com o italiano Carla Soliva. Certamente que teria lido no “Correio Varsoviano”: “As obras do senhor Chopin levam, sem dúvida, o cunho de grande gê- nio”. Pode ser que tenha escutado que o reitor Elsner teria anotado no diário junto ao nome de Chopin: “gênio musical”. Chopin, após meses de silenciosa adoração, aproximou-se dela, fazia-lhe companhia. Mantive- ram esse amor em conspiração, pois um jovem sem estabilidade material, mesmo que notavelmente talentoso, com perfil infantil, não podia con- correr com ricos candidatos a marido, com os quais sonhava a mãe dela. Para Constância, inacessíveis eram os salões aristocráticos em que Cho- pin era cercado de nuvens de coquetes. Ela era cortejada por oficiais rus- sos com posição, ajudantes do irmão do czar, Grão-Duque Constante, que governava a Polônia e que vinha ao conservatório cantar com ela duetos. Chopin e Constância atormentavam-se com ciúmes, passavam por mo- mento de dúvida, fluxos e refluxos de sentimentos.

Os pais e amigos decidiram que Chopin deveria viajar para uma grande metrópole da Europa – não sabiam ainda para qual – para que seu gênio pudesse se desenvolver e brilhar. Constância apresentou-se em seu concerto de despedida no Teatro Nacional. Cantou “Oh! Quantas lágrimas verti por você” da ópera “La Donna Del lago” de Rossini. Tinha vestido branco e rosas no cabelo.

Os últimos compassos do Concertos mi menor ele compôs em Ze- lazowa Wola, onde nasceu. Com os pais e ambas as irmãs, Ludwika e

Izabela, terminou aí suas últimas férias polonesas. Compunha também Noturnos. Em sua melodia e ornamentos ouvia-se não só o enlevamento que tomava conta dele o bel canto da ópera. Via-se nele a força da indivi- dualidade que o transformava. O movimento fluente do arabesco sonoro em Chopin é algo muito mais significativo do que ornamento elegante ou passagem de virtuose. Tinha colorido e caráter próprios, tinha traço de melodia volátil de excepcional originalidade. Inclusive um rápido grupet- to adicionado a um som mais longo não era só decoração ou recurso de virtuosismo, mas tinha valor mais profundo e desempenhava tarefa defi- nida. Nos Noturnos sublinha a expressão de um som, ponto culminante do pensamento musical ou termo na dramaturgia musical da obra. Exa- tamente tal aplicação tinha a grande arte da ornamentação na ópera de Monteverdi, antes de se tornar um efeito puramente de virtuosismo.

Quando no Dia dos Finados Chopin embarcou na diligência, no coração levava uma fita oferecida por Constância e no dedo o seu anel. Dois anos mais tarde sua amada tornou-se esposa de um rico proprietário de terras – Jozef Grabowski. Seis dias após a chegada de Chopin a Viena, eclodiu na Polônia a Insurreição de Novembro. Os planos artísticos e a eclosão da revolta dividiram sua vida. Os primeiros anos ele passou em Varsóvia, os seguintes em Paris. Em Viena permaneceu seis meses, de- pois decidiu viajar para Paris. A derrota dos insurretos e as repressões dos russos fecharam-lhe o caminho de volta. Tinha vinte anos quando deixou Varsóvia, para a qual nunca mais retornou, e trinta e nove quando morria em Paris.

PARIS

Conquistou os salões parisienses rapidamente, com humor pers- picaz e gênio de improvisação, encontrou-se entre a elite de artistas. A vida era preenchida pelas noites sociais e lições que dava sobretudo a pianistas dentre a aristocracia, obtendo boa remuneração. Tornou-se a- migo de Liszt, Mendelssohn, que o chamava de Chopinetto, de Meyerbe- er, Halevy, Heine. Encontrava-se com Mickiewicz, que sem sucesso pro- curava convencê-lo a compor uma ópera nacional. Passava o verão inici- almente em Le Coteau na Touraine e em Enghien, nos arredores de Paris, o que lhe recomendaram os médicos para fortalecimento da saúde. Em Enghien, no verão passava com frequência Delfina Potocka; não distante,

em Saint Gratien, tinha um palácio o margrave de Custine, a quem visi- tava. Visitava também Niemcewicz na não distante Montmorency; em- barcou numa diligência para fazer surpresa aos pais e vê-los em Karls- bad. Viajou nove dias de Paris para encontrar-se com a irmã de um cole- ga – Maria Wodzinska, em Marienbad. Foi um mês feliz em sua vida. Os pacientes que tomaram conhecimento de que ali se encontrava Chopin tentavam se aproximar do polonês, cuja fama irradiava de Paris. Mas os seus esforços eram em vão. Chopin estava absorvido pelos encontros com Maria Wodzinska, sob a cuidadosa, mas benevolente observação de sua mãe. Frequentemente tocava para Maria, no salão, os dois primeiros Es- tudos do opus 25, em lá maior e fá menor, considerados seu emblema musical. Ela o chamava de “caríssimo maestro” e pintava seu retrato em aquarela. Podiam conversar horas e horas, passeavam nas noites de luar, trocavam ternos olhares, mas Chopin declarou-se a ela somente mais tarde, em Drezno, para onde foram juntos. O pai dela contrapôs-se deci- didamente a esse casamento, pois achava que o nome de família predes- tinava-se a viver em palácios, o que Chopin não podia assegurar. Após romper por Maria Wodzinska, o gênio do piano enlaçou o pacote de car- tas dela recebidas com uma fita e escreveu “Minha desgraça”.

Nos salões parisienses continuava a colher homenagens e sentia- se um ídolo. Certa noite, uma dama que se distinguia pelo vestuário ex- cêntrico deu-lhe um bilhetinho. Escreveu: “On vous adore” – o senhor é adorado. Dessa maneira aproximou-se dele George Sand. A consequência disso foram dias comuns, primeiramente na Maiorca e, depois, durante sete anos, na propriedade dela em Nohant. Os amantes chegavam habi- tualmente em maio para permanecer em Nohant até outubro. Aí Chopin compôs ou terminou a metade de suas magníficas obras. Longe das lições e dos salões encontrava nessa casa de campo, no quarto no primeiro an- dar, sossego para o trabalho criador. No decorrer dos três últimos anos de vida, quando deixou de aí passar férias, quase nada já escrevia. Em Nohant finalizou-se sua obra. George Sand escrevia aí seus romances, preparava doces e confidenciava: “Em Paris engordo no corpo e emagre- ço no espírito”.

Na atmosfera da casa de campo de George, no clima suave da França central, nas proximidades do rio Indre, entre amigos parisienses, que eram seus constantes convidados, a vida corria na caça, pesca de

peixes, passeios a pé pelos arredores, a cavalo, charrete, em jumento. Quando o jumento que levava Chopin não queria ir adiante, George es- petava o traseiro do animal com o guarda-chuva. Aparecia aí também Liszt, Eugênio Delacroix, Pauline Viardot Garcia, um dos criadores de novas teorias sociais – Pierre Leroux, Wojciech Grzymala. Durante longos e chuvosos períodos Chopin compunha. Às vezes ficava sozinho em casa com o cãozinho Marquise, quando os moradores e convidados saíam em excursão. Aí escreveu ou burilou as Sonatas em si menor, a Fantasia em fá menor, o Scherzo em dó menor sustenido e mi maior, as Baladas em lá maior e fá menor, as Polonaises em fá sustenido menor e lá maior e a Polonaise – Fantasia. Aí campos as Mazurcas opus 56, os Noturnos em dó menor e fá sustenido menor opus 48, Noturnos, o Prelúdio em dó menor sustenido opus 45, o Allegro de concerto.

Nos arredores era famoso o teatro de fantoches criados por Geor- ge Sand. A famosa escritora caricaturou nesses fantoches mais de uma figura do seu círculo, não excluindo os empregados domésticos, além do jogo de bilhar. Esse teatro era sua paixão. Ela própria costura as vesti- mentas para as comédias e dramas improvisados e dedicou-lhes algumas dezenas de páginas de suas memórias. “Tudo começava com a pantomi- ma, o que foi invenção de Chopin, que improvisava no piano, enquanto a juventude interpretava diferentes cenas com danças cômicas. Improvisá- vamos também vestimentas em que uns após outros apresentavam-se em diversos papéis. Chopin, observando o ator em cena, imediatamente, com incrível habilidade, adaptava a seu papel tanto o conteúdo como a forma de sua música”. Quem sabe se não foi em tais circunstâncias justamente que surgiu a Tarantela que Chopin compôs em Nohant e sobre a qual informou ao amigo Julian Fontaine: “Tenho esperança de que nada de pior venha a escrever tão cedo”.

Mimado, cercado de desvelado cuidado, assistido nas frequentes enfermidades, o compositor, com o passar do tempo, no entanto, supor- tava de forma cada vez pior as férias em Nohant. Sofria de insônia, vivia irritadiço. A atmosfera tornava-se cada vez mais tensa, na rústica harmo- nia rangiam as dissonâncias. Quando os filhos de George Sand começa- ram a crescer, foi aumentando a mútua antipatia de Chopin face ao filho dela – Maurice, e a recíproca simpatia pela rechonchuda filha de George – Solange, chamada por todos de Coco.

EPÍLOGO

Chopin visita pela última vez Nohant em 1846. Após o rompi- mento, George Sand destruiu tudo que compunha a decoração interna do quarto, incluindo o papel de parede. Explicou essa atitude pelo temor ao vírus da tuberculose. Chopin fechou-se no orgulho e não quis renovar o romance arruinado, apesar de terem se encontrado em Paris e ela lhe ter estendido a mão. Após o rompimento passou alguns meses na Inglaterra e Escócia (em 1837 havia estado uma vez em Londres). Convidaram-no as suas alunas e a admiradora senhorita Stirling, sobre as quais escreveu para a família: “Elas me asfixiam de amor e eu, por gentileza, não lhes recuso”. Retornou adoentado, estava cada vez mais fraco. A morte che- gou em 17 de outubro de 1849. Foi enterrado no cemitério Pere Lachaise. O coração de Chopin, extraído do peito, foi colocado num pacote com álcool puro, que a sua irmã mais velha – Ludwika – escondeu sob o ves- tido e contrabandeou através da fronteira do império russo até Varsóvia. Após muitos anos, o coração do gênio foi amuralhado na parede da nave da igreja da Santa Cruz em Varsóvia.

Os pianistas que hoje em dia interpretam as obras de Chopin de- vem abafar o arrebatamento pela riqueza de sua imaginação sonora e ilimitada escala de atmosfera? Pela cumulação de detalhes sem preceden- te, de incontáveis raízes e correlações genéticas de sua música? Pela me- lodia de ópera? Aí estão trasladados para o piano todos os tipos de rubato – dessa declamação de melodia com vacilação rítmica ditada pela emo- ção, mas no contexto do ritmo rigoroso do acompanhamento. Aí estão todos os tipos de rubato que os cantores italianos inventaram e trezentos anos de experiências burilaram. Aí está o patriotismo polonês elevado na potência nas Polonaises, Mazurcas, em alguns Estudos, talvez inclusive no amargor do scherzo desses dramáticos poemas maliciosamente cha- mados de “piadas” –, no caráter narrativo das baladas. Está a alma ar- quipolonesa e um pouco de elegância francesa, de refinamento francês, mas penetrado de naturalidade, às vezes inclusive um pouco de ironia francesa. Está a atmosfera dos salões varsovianos e parisienses nas valsas, o estilo brilhante nos juvenis n, variações, polonaises, concertos. Aí estão as harmonias que anunciam Wagner, ideias vaticinando a autonomia da tonalidade sonora na música dos nossos tempos, estão experimentos

referentes à física do som e da psicologia da audição (início do Noturno em dó menor sustenido opus 27 nº 1), tudo selado por uma personalida- de ímpar no mundo. Personalidade que, no entanto, não atrapalha nem proíbe revelar sua gênese e seu caráter complexo.

RESUMO - STRESZCZENIE

W obecnym roku obchodzimy 200. lecie urodzin Fryderyka Chopina. Powyżej zamieściliśmy tekst Janusza Ekierta „Serce geniusza” rozprowadzany przez polskie Ministerstwo Spraw Zagranicznych. Tekst pokazuje drogę życiową Chopina, jego podróże, skomplikowane związki uczuciowe i znajomości, a przede wszystkim bogactwo jego twórczości artystycznej, wirtuozostwa i twórczego nowatorstwa. Był twórcą nowych stylów, tworząc nową erę w kompozycji i muzyce. Jest uważany za jednego z największych twórców i pianistów.

O EXÓTICO BRASIL NA LITERATURA POLONESA

No documento Ano I 1 / 2010 CURITIBA - PR (páginas 34-43)