• Nenhum resultado encontrado

CAPÍTULO IV – PARA ALÉM DOS BELOS PORTÕES: APONTAMENTOS DOS

4.2 MÚLTIPLAS PERSPECTIVAS

Nos depoimentos dos fiéis cristãos orientais paulistanos estão presentes apontamentos sobre a situação da fé cristã oriental na cidade. No caso dos fiéis católicos orientais, esses apontamentos ressaltam a condição de rito minoritário na cidade. Essa condição existencial é expressa nos depoimentos, muitas vezes de maneira menos sutil que no caso dos membros do clero, pois esses últimos têm em seus horizontes o fato de estarem sujeitos a uma autoridade eclesiástica latina. Então, o discurso consensual quase sempre é regra.

F-UC1 e FUC2 apresentam a busca de um templo próprio para a comunidade católica ucraniana de São Paulo e de São Caetano:

E até 54 mais ou menos era rezada a missa com a autorização da igreja católica matriz antiga de São Caetano, cediam a igreja para a realização do Rito Ucraniano, aqui na igreja Fundação, a matriz velha de São Caetano, e a partir de 56 mais ou menos que terminou a construção da igreja lá... (F-UC1)

A primeira parte. Que a igreja levou praticamente de quinze a vinte anos para fazer ela. (F-UC2)180

Segundo o primeiro depoimento, desde a chegada dos imigrantes à região metropolitana181, os ucranianos católicos contavam com a colaboração da Igreja Latina para a celebração de sua fé. A Igreja Matriz do bairro Fundação em São Caetano era cedida para a realização da Divina Liturgia no Rito Ucraniano. Depois de vinte anos foi estabelecida uma igreja própria para os ucranianos.

Após a construção do templo ucraniano, a comunidade teve a interferência da Igreja Latina: “Antes era só ucraniano. Depois teve esse acordo com a Sé uns trinta anos atrás. Os padres fazem a missa latina também, no Rito Latino também.”182 Assim, houve uma separação na estrutura do templo:

A nossa Igreja tem dois nomes: Nossa Senhora da Glória é para os latinos, e Nossa Senhora Imaculada Conceição é o nome ucraniano. Ela foi construída pelos ucranianos, só que na época a Cúria da Sé fez tipo um acordo para conseguir registrar a Igreja aí na Vila Prudente, pediu para que fosse cedida também para o Rito Latino, porque ali nas proximidades não tinha igreja. Então, apesar de os ucranianos terem construído e feito tudo, foi partilhado com a comunidade latina. (F-UC1)

A estrutura física do templo católico ucraniano se divide entre a Igreja Latina e a Igreja Católica Ucraniana. No depoimento nota-se certo ressentimento de F-UC1 com respeito

180 Depoimentos de fiéis da Igreja Católica Ucraniana da cidade de São Paulo, em entrevista concedida ao autor em 21/8/2011.

181 Ver Capítulos 1 e 3.

à atitude da Igreja Latina na estruturação do templo. Segundo ele, apesar de os ucranianos

terem construído tudo, o templo foi partilhado com os latinos. Talvez ocorra certa concepção

de tutelagem da Igreja Latina em relação a essa comunidade. Diferentemente do que revelam os depoimentos dos membros do clero, que sugerem uma relação com a Igreja Latino sem conflitos: “É necessário, porque ela é a Igreja mais numerosa aqui. No Brasil todo, não somente em São Paulo. Devemos ter essa amizade. Quando eu estava no Rio, eu também tinha grande amizade com o Cardeal do Rio.”183 Os fiéis parecem ter mais liberdade para fazer apontamentos menos consensuais.

Mesmo assim, os fiéis ucranianos entrevistados entendem que o momento da Divina Liturgia é um momento de congregação da comunidade. Para esses fiéis, ativos membros da associação ucraniana, o encontro dominical é a realização da comunidade:

É o que eu falei: a gente tá acostumado e gosta, se encontra. Que, além de ir rezar, é uma comunhão com os amigos, com todo mundo, não é ir lá e só rezar para Deus e... Muitos vão se lamentar lá, vai de cada um. Mas é bom porque a comunidade também se reúne, é comunhão realmente. Não apenas com Deus, mas também com seu semelhante, seu amigo, sua comunidade.184

No horizonte desses senhores também está a preocupação com a manutenção da comunidade, mas talvez numa perspectiva menos religiosa, uma vez que entendem que o encontro não ocorre somente para falar com Deus. No entanto, a percepção acerca da Divina Liturgia é compatível com o entendimento do membro do clero a esse respeito:

183 Depoimento de membro do clero da Igreja Católica Maronita da cidade de São Paulo, em entrevista concedida ao autor em 3/2/2010.

184 Depoimento de fiel da Igreja Católica Ucraniana da cidade de São Paulo, em entrevista concedida ao autor em 21/8/2011.

Então as pessoas muitas vezes elas contam os dias e horas. “Que horas vai ser a nossa celebração?”, ou “Está chegando o nosso momento de a gente se reunir, como comunidade para Deus”. E participar dessa nossa celebração aqui que é tão bonita e importante também, aqui na cidade São Paulo.185

Não ocorre uma dicotomia entre o pensado pelo clero (apontado como necessidade) e o pensado pelo fiel (sugerido como pura contingência). Os discursos se entrelaçam. Completam a experiência do Iconostasis Paulistanos.

A proximidade entre o discurso do membro do clero e o discurso do fiel também ocorre em outras experiências do cristianismo oriental na cidade, como no caso de F-AO:

Pois é. Os nossos costumes são bem preservados durante séculos e, como houve uma cisão lá pelo século terceiro para o quarto, das Igrejas Cristãs, a Armênia preservou os seus costumes primordiais e está mantendo até hoje, cuja sede na Armênia é em Etchmiadzin [...] e isso é manter e preservar os costumes primórdios cristãos, como também os costumes do país, a Armênia, que é um país dado e não voltado a guerras, e sim à cultura e religião.186

A Igreja Apostólica Armênia, conforme sugeriu o seu membro clerical, é uma das Igrejas Orientais mais fechadas no âmbito da cidade187. Ela orgulha-se de sua ancestralidade e de sua atuação com a comunidade. Dificilmente busca uma restruturação na realidade paulistana para ampliar seu número de fiéis.

185 Depoimento de membro do clero da Igreja Católica Ucraniana da cidade de São Paulo, em entrevista concedida ao autor em 16/6/2010.

186 Depoimento de fiel da Igreja Apostólica Armênia da cidade de São Paulo, em entrevista concedida ao autor em 13/3/2011.

F-AO parece ter essas relações em seu horizonte. Ele valoriza a cultura e a religião armênia. Terminada a entrevista, o depoente pediu para comentar acerca do Genocídio Armênio:

Como nós tivemos uma invasão bárbara do Império Otomano, no governo do Império Otomano, e o povo turco pressionou muito fortemente, houve um Genocídio de um milhão e meio de armênios que está nos nossos corações até hoje, foi muito grave e isso fez com que a fé na nossa Igreja se fortalecesse e fosse um escudo contra todo esse infortúnio que foi esse massacre em cima dos armênios.188

O Genocídio é elemento fundamental na construção da memória armênia. A sua divulgação, entende-se, é importante para a manutenção da comunidade. No depoimento do membro do clero AO189·, guardião da memória de seu grupo, a referência a esse fato na construção da memória foi notável, e o mesmo se pode dizer acerca do relato do fiel F-AO, que pediu a retomada da entrevista para que pudesse comentar sobre esse evento. Existe afinidade entre seus discursos, suas perspectivas. A aproximação dos discursos do fiel e do membro do clero pode sugerir uma vontade de verdade por parte do fiel190. Uma busca por tornar seu discurso mais legítimo. Como no que se refere ao coro na Divina Liturgia, há harmonia entre os fiéis e o membro do clero em se tratando do Genocídio Armênio.

No entanto, fazer uma afirmação categórica generalizando tal harmonia seria imprudente. Seria anular o caráter distinto entre membro do clero e fiel. Se por um lado a relação não é dicotômica, por outro ambos não partilham perspectivas iguais. O membro do

188 Depoimento de fiel da Igreja Apostólica Armênia da cidade de São Paulo, em entrevista concedida ao autor em 13/3/2011.

189 Ver Capítulo 2.

clero representa um discurso fechado e o fiel, um discurso aberto. Nesse sentido, as distinções devem ser apontadas, pois há apropriação.

Ao final da entrevista, F-AO fala de suas relações com os católicos latinos: “Nós vamos e recebemos eles também, e também eu, como frequentador, particularmente vou em outras igrejas cristãs também, como a do padre Marcelo Rossi, como da Canção Nova, que são Igrejas Católicas Romanas.”191

F-AO, fiel da Igreja Apostólica Armênia – fiel às tradições, histórias e preceitos de sua Igreja e comunidade, membro do coro e com um discurso semelhante ao do membro do clero armênio –, frequenta a vertente carismática da Igreja Católica Romana. Dicotomias e unidades não dão conta da experiência dos fiéis orientais na cidade de São Paulo. Cada fiel

apropria-se dos elementos que o cercam, seja o discurso do membro do clero, sua situação

como membro da comunidade armênia ou sua vivência fora dessa comunidade.

Outras questões levantadas no âmbito do cristianismo oriental paulistano emergem no depoimento de F-MK. Esse fiel convertido permite entrever sua vivência pessoal como católico oriental. Na experiência desse fiel se destaca a questão da conversão do Rito. Uma situação delicada na situação paulistana, influenciada pela Igreja Latina. F-MK menciona:

Eu digo assim, é delicado, é complicado, tanto que muitas vezes eu até já desisti de explicar o que significa ser Católico de Rito Oriental. Porque não adianta. A maioria das pessoas chega à conclusão de que você é um fiel da Igreja Ortodoxa, de tradição ortodoxa. Enfim, para quem estuda, nós sabemos que essas terminologias são bem complexas, ou seja, o que significa ser ortodoxo, o que significa ser católico.192

191 Depoimento de fiel da Igreja Apostólica Armênia da cidade de São Paulo, em entrevista concedida ao autor em 13/3/2011.

A vivência de F-MK encerra duas influências: sua relação mais antiga como fiel católico latino, e sua relação atual como católico melquita. Todavia, apesar dessa experiência, pessoalmente, o fiel parece ter percepção semelhante à do membro do clero. Talvez exista mais vontade de verdade nos discursos dos convertidos para legitimar sua nova fé:

Há uma dificuldade às vezes dessa inclusão, eu diria, ou dessa participação. [...] Na medida em que você começa a fazer parte da comunidade e as pessoas percebem... Porque às vezes também o oriental... O porquê dessa resistência, essa é a verdade. Porque hoje eu entendo, por mais de dez anos, eu estou dos dois lados, então eu consigo compreender melhor isso. [...] Então os orientais acabam testando mesmo, na medida em que você vai à missa, a sensação que eu tenho, é como se eles tivessem a seguinte postura: "Vamos ver até que ponto essa pessoa está disposta a participar da nossa comunidade, ou se é fogo de palha, se ela está aqui simplesmente para conhecer um pouquinho, para satisfazer e daqui a dois, três meses ela já foi para outra comunidade, já foi para outro lugar." [...] Chega um momento que elas falam: "Realmente esse aí não vai mais embora, porque já faz não sei quantos anos que está aqui, se era para ter ido, já teria ido."193

Mesmo sendo um fiel convertido, o que denotaria uma falta de compromisso e um desconhecimento da nova Igreja, F-MK posiciona-se a favor da posição do membro do clero com relação aos novos fiéis. Essa relação é marcada pela questão debatida anteriormente194 sobre a necessária preservação da cultura original e da fé, buscada pelos membros do claro, para guardar suas comunidades:

193 Depoimento de fiel da Igreja Católica Melquita da cidade de São Paulo, em entrevista concedida ao autor em 28/3/2011.

Não tem mais essa, como dizer, a nossa Igreja sempre vai ficar aberta enquanto tiver a tradição mantida, acabou a tradição, acabou a Igreja. Nós não estamos aqui para passear, mas para fazer missão.195

Portanto, F-MK comunga com o membro do clero de sua Igreja as mesmas perspectivas. Parece imprescindível que o fiel esteja ciente de seu compromisso com a tradição da Igreja. Assim como F-AO, F-UC1 e F-UC2 , fiéis nascidos dentro da Igreja, F- MK, convertido, apropria-se em muitos aspectos do discurso do membro do clero. No entanto, ao contrário de F-AO, que frequenta outras instituições, F-MK parece valorizar o compromisso de manter-se ligado somente ao cristianismo oriental. Mais uma vez os fiéis cristãos orientais apresentam suas escolhas na apropriação e incorporação da fé oriental na cidade.

A perspectiva de F-SO também é muito distinta. Ele, assim como F-MK, é um convertido do catolicismo latino. Todavia, os motivos da aproximação com a Igreja Sirian foram outros. F-SO julga os dogmas e preceitos ortodoxos como próximos daqueles do catolicismo latino:

É muito natural. Porque, na verdade, a mudança que eu fiz não foi radical. É diferente, se eu fosse, saísse, por exemplo, de ser católico para ser um judeu, ou de ser católico para ser do islã, é uma mudança brutal. Essa não: você pode entrar dentro da igreja, você vê os mesmos símbolos da Igreja Católica, o mesmo Jesus Cristo, o mesmo cálice, as mesmas velas, as mesmas orações. O próprio Pai Nosso é igualzinho. Então não há muita diferença não.196

195 Depoimento de membro do clero da Igreja Católica Melquita da cidade de São Paulo, em entrevista concedida ao autor em 20/5/2010.

F-SO vê similaridades entre a Igreja Ortodoxa e a Igreja Católica197. Segundo ele, a conversão não foi radical. Aqui o fiel fala de sua relação com o protestantismo. Como será observado mais adiante, F-SO parece discordar de algumas vertentes protestantes. Talvez em sua mudança de Igreja F-SO tenha levado em conta elementos do rito ortodoxo também praticados por católicos, mas abandonados por muitos grupos protestantes. Pode ser que isso desqualifique os grupos protestantes frente aos ortodoxos na perspectiva de F-SO. Assim sendo, a aproximação de F-SO da Igreja Sirian deu-se pela semelhança ritualista.

Quando perguntado sobre sua vivência como cristão ortodoxo na cidade de São Paulo, o fiel respondeu: “Ser ortodoxo é o seguinte: a própria palavra orthos, certo, correto.” Nisso seus apontamentos assemelham-se aos do membro do clero: “Então os ortodoxos, retilineamente, mantiveram toda aquela experiência das primeiras comunidades, e nós nos ufanamos de sermos herdeiros dessas primeiras comunidades [...].”198

A questão do caminho correto e retilíneo perpassa o entendimento da palavra “ortodoxo”199, associada à manutenção de preceitos e à rigidez. Muitos fiéis identificam essa rigidez no próprio rito oriental, comparando-o com o da Igreja Latina, tida como mais flexível:

Eu acho que é mais diferente para os outros, para os latinos. Porque a missa latina, eu acho que é mais curta, é mais rápida. A nossa é mais demorada [...]. É mais comprida, então a gente tá acostumado, para a gente não tem diferença nenhuma. Para quem é de fora, talvez é mais complicado do que para nós.200

197 Note-se que F-SO não faz nenhuma referência às diferentes Igrejas sui juris da Igreja Católica. O catolicismo está meramente associado à vertente romana.

198 Depoimento de membro do clero da Igreja Ortodoxa Grega da cidade de São Paulo, em entrevista concedida ao autor em 17/8/2011.

199 A palavra ortodoxa (οπθόδοξορ) significa correta, reta (ὀπθόρ) opinião (δόξα). Existe, nessa perspectiva, um caminho linear e correto seguido por Igrejas e fiéis.

200 Depoimento de fiel da Igreja Católica Ucraniana da cidade de São Paulo, em entrevista concedida ao autor em 21/8/2011.

No entanto, isso não se apresenta igualmente na experiência de fé e de cultura de F- SO. Para ele, a Igreja Ortodoxa:

Ela não é radical a religião, embora dê a impressão, é uma religião extremamente parecida com a Igreja Romana, não tem grandes conflitos. [...] O ortodoxo é absolutamente neutro, tranquilo, não tem grandes dogmas a serem seguidos, não tem grandes pressões, nada disso.201

Para esse fiel, a Igreja Ortodoxa não tem postura ligada à rigidez, não existem grandes dogmas a serem seguidos. Para F-SO, a Igreja dogmática é a Igreja Católica:

A religião católica tem muitos dogmas. Por exemplo, começa daí: o padre não pode casar. Pô, aqui o padre pode casar. É um ponto a mais. Eu acho que, na verdade, deveria-se migrar muitas pessoas religiosas que gostariam de ser líderes religiosos, eu acho que teoricamente deveriam migrar para serem ministros religiosos da Igreja Maronita ou Sirian Ortodoxa, porque o padre lá pode casar. E ele celebra a missa, ele faz as comunhões, faz os casamentos. E tem o mesmo poder, vamos dizer assim, que os padres católicos. Mas infelizmente é uma Igreja muito minoritária aqui. A Igreja Católica Apostólica Romana, não só no Brasil, como na América Latina, ela é avassaladora.202

201 Depoimento de fiel da Igreja Ortodoxa Sirian da cidade de São Paulo, em entrevista concedida ao autor em 30/1/2011.

A Igreja Católica Latina é apresentada por F-SO como muito dogmática, principalmente no que se refere à questão do matrimônio dos sacerdotes. O fiel sugere que membros do clero da Igreja Latina deveriam migrar para as Igrejas Ortodoxas e Católicas Orientais, para que possam casar-se e manter-se padre. Essa flexibilidade da Igreja Ortodoxa aliada à semelhança dos ritos foram elementos que pesaram na conversão de F-SO (não tão oficial, como a de F-MK). O depoimento sugere isso, pois o depoente aponta que essa relação é uma maravilha. Esta parece ser a forma como F-SO lida com o processo de restruturação individual de uma vivência religiosa coletiva atualmente fragmentada. Ele busca conferir significado à sua existência num “mercado dos bens da salvação”203.

As perspectivas são variadas. Fiéis convertidos, vindos de uma vivência distinta, mostram um discurso semelhante aos dos membros do clero, que têm a Igreja como ponto principal de sua experiência. Ao passo que alguns fiéis de Igrejas mais reclusas estão abertos a experiências religiosas diferentes, outros revelam ainda conflitos ocultos nas relações entre Igrejas, conflitos esses dissimulados pelo membro do clero enquanto portador de um discurso oficial. Há ainda fiéis que apresentam total dissonância com apontamentos aparentemente cristalizados. Enfim, os fiéis têm múltiplas perspectivas, fora de qualquer entendimento preestabelecido.

F-SO trata sobre a questão das diferenças entre a Igreja Católica (Latina) e as Igrejas Orientais na cidade. Encontrar esse tema no depoimento denota uma preocupação com o futuro do cristianismo oriental paulistano. Esse tipo de preocupação perpassa o entendimento dos fiéis sobre o Iconostasis Paulistano. A medição entre necessidade e contingência desse cristianismo na metrópole.

203 MONTES, Maria Lucia. As Figuras do Sagrado: entre o público e o privado. In: SCHWARCZ, Lilia Moritz (Org.). História da Vida Privada no Brasil. Vol.4: Contrastes da intimidade contemporânea. São Paulo: Cia. das Letras, 2000. p.72-73.