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Referências Como as empresas podem contribuir, aderir ou se beneficiar com a iniciativa

Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM)

ODM 36 : Igualdade entre sexos e valorização da mulher

• Programas de capacitação e melhoria na qualificação das mulheres; • Inserção da mão de obra feminina em atividades consideradas masculinas; • Iniciativas que promovam a educação, o cooperativismo e a autossustentação; • Disseminação de conhecimentos sobre direitos das mulheres;

• Valorização da diversidade na formação de equipes de trabalho;

• Capacitação, melhoria de qualidade de vida e inclusão social de mulheres em situação de violência e em risco social;

• Estímulo à participação das mulheres nos espaços de decisão, controle e acesso a políticas públicas;

• Grupos de reflexão e trabalho que abordem a questão de gênero e igualdade; • Programas de prevenção da gravidez precoce e informação sobre a saúde da mulher.

ODM 57 : Melhorar a saúde das gestantes

• Apoio a iniciativas comunitárias de atendimento à gestante (pré e pós-parto) e melhoria da saúde materna, fixas e ambulantes;

• Programas de apoio e promoção da saúde da mulher, facilitando acesso a informações sobre planejamento familiar, DST, prevenção do câncer de mama, gestação de risco, parto e nutrição da mulher e do bebê, tanto no meio urbano quanto no rural;

• Programas de promoção da humanização, da segurança e da qualidade no atendimento às gestantes;

• Serviços comunitários de saúde em ginecologia, obstetrícia e ultrassonografia que auxiliem na prevenção e no diagnóstico precoce de riscos para a gestante;

• Programas de melhoria da qualidade de atenção ao pré-natal, ao parto, ao puerpério e ao bebê;

• Disseminação de conhecimentos sobre direitos das mulheres;

• Programas de identificação e acompanhamento especializado da gestação de risco.

Observatório Brasil da Igualdade de Gênero

Em seu relatório 2009/20108, o Observatório Brasil da Igualdade de Gênero, mantido pela

Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM/PR), apresenta um levantamento sobre os principais problemas e propõe algumas linhas de ação para saná-los. Destacamos aqui as ações que podem receber contribuições das empresas.

PROBLEMA LINHAS DE AçãO

Divisão sexual do trabalho e Dissociação entre mulher e poder

• Aumentar a licença-paternidade.

• Alterar a legislação que regulamenta creches em empresas. • Tomar medidas para o enfrentamento do trabalho precário. • Estimular o compartilhamento de tarefas e de cuidados. • Desestimular a jornada de trabalho extensiva.

• Disponibilizar creches nas empresas. Sexismo e racismo

institucional • Fortalecer o programa Pró-Equidade de Gênero (SPM/PR).• Criar material de divulgação sobre sexismo e racismo institucional. • Criar diretrizes e orientações para a área de recursos humanos. • Criar e capacitar ouvidorias.

• Apoiar ações de capacitação das mulheres para o exercício do trabalho.

• Fazer campanhas contra assédio moral e sexual.

• Realizar pesquisas e campanhas de sensibilização sobre a disposição e capacidade das mulheres para ocupar cargos de poder e de decisão.

6 http://www.odmbrasil.org.br/sobre_odm3 7 http://www.odmbrasil.org.br/sobre_odm5

Capítulos

Temáticos

Referências Como as empresas podem contribuir, aderir ou se beneficiar com a iniciativa?

Plano Nacional de Políticas para as Mulheres II (PNPM)9

Alguns dos princípios do PNPM são aplicáveis não apenas às ações governamentais, mas também às iniciativas empresariais:

• Igualdade e respeito à diversidade. Propõe superar as desigualdades de gênero, o que requer respeito e atenção à “diversidade cultural, étnica, racial, de inserção social, de situação econômica e regional, assim como aos diferentes momentos da vida”. • Equidade. Prevê ações específicas e afirmativas voltadas para os grupos historicamente discriminados, entre os quais as mulheres. “Tratar desigualmente os desiguais, buscando-se a justiça social, requer pleno reconhecimento das necessidades próprias dos diferentes grupos de mulheres.”

• Autonomia das mulheres. As mulheres devem ter o poder de decidir sobre suas vidas e condições de influenciar positivamente os acontecimentos em sua comunidade e em seu país.

O PNPM II está estruturado em dez temas prioritários e áreas de preocupação:

1. Autonomia econômica e igualdade no mundo do trabalho, com inclusão social. 2. Educação inclusiva, não sexista, não racista, não homofóbica e não lesbofóbica. 3. Saúde das mulheres, direitos sexuais e direitos reprodutivos.

4. Enfrentamento de todas as formas de violência contra as mulheres. 5. Participação das mulheres nos espaços de poder e decisão.

6. Desenvolvimento sustentável no meio rural, na cidade e na floresta, com garantia de justiça ambiental, soberania e segurança alimentar.

7. Direito à terra, moradia digna e infraestrutura social nos meios rural e urbano, considerando as comunidades tradicionais.

8. Cultura, comunicação e mídias igualitárias, democráticas e não discriminatórias. 9. Enfrentamento do racismo, do sexismo e da homofobia.

10. Enfrentamento das desigualdades geracionais que atingem as mulheres, com especial atenção às jovens e idosas.

No que se refere ao primeiro tema, que é diretamente relacionado à equidade de gênero no local de trabalho, o plano se articula com os seguintes programas que buscam fortalecer essa condição:

• Programa Trabalho e Empreendedorismo das Mulheres; • Programa Pró-Equidade de Gênero;

• Plano Trabalho Doméstico Cidadão;

• Incentivo à Formalização do Emprego Doméstico;

• Programa Trabalho, Artesanato, Turismo e Autonomia das Mulheres;

• Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf Mulher); • Programa Nacional de Documentação da Trabalhadora Rural (PNDTR); • Programa Organização Produtiva de Mulheres Rurais;

• Assistência Técnica e Extensão Rural para Trabalhadoras Rurais.

Plano Nacional dos Direitos Humanos 310

As ações programáticas relacionadas a este compromisso são:

• Reforçar os critérios da equidade e da prevalência dos direitos humanos como prioritários na avaliação da programação orçamentária de ação ou autorização de gastos.

• Estimular programas de atenção integral à saúde das mulheres.

• Disseminar políticas de saúde pré e neonatal, com inclusão de campanhas educacionais de esclarecimento, visando à prevenção do surgimento ou do agravamento de deficiências.

9 http://www.sepm.gov.br/pnpm/livro-ii-pnpm-completo09.09.2009.pdf

Referências Como as empresas podem contribuir, aderir ou se beneficiar com a iniciativa?

Plano Nacional dos Direitos Humanos 311

• Apoiar e financiar a realização de pesquisas e intervenções sobre a mortalidade materna, contemplando o recorte étnico-racial e regional.

• Fazer campanhas de esclarecimentos sobre as escolhas individuais e o acesso a laqueaduras e vasectomias ou reversão desses procedimentos.

• Combater as desigualdades salariais baseadas em diferenças de gênero.

• Acompanhar a implementação do Programa Nacional de Ações Afirmativas, instituído pelo Decreto nº 4.228/2002, no âmbito da administração pública federal, direta e indireta, com vistas à realização de metas percentuais da ocupação de cargos comissionados pelas mulheres.

• Realizar campanhas envolvendo a sociedade civil organizada sobre paternidade responsável, bem como ampliar a licença-paternidade, como forma de contribuir para a corresponsabilidade e para o combate ao preconceito quanto à inserção das mulheres no mercado de trabalho.

• Elaborar diagnósticos com base em ações judiciais que envolvam atos de assédio moral, sexual e psicológico, com apuração de denúncias de desrespeito aos direitos das trabalhadoras e trabalhadores, visando orientar ações de combate à discriminação e abuso nas relações de trabalho.

• Apoiar campanhas para promover a ampla divulgação do direito ao voto e participação política de homens e mulheres, por meio de campanhas informativas que garantam a escolha livre e consciente.

• Apoiar ações de formação política das mulheres em sua diversidade étnico-racial, estimulando candidaturas e votos de mulheres em todos os níveis.

• Desenvolver ações afirmativas que permitam incluir plenamente as mulheres no processo de desenvolvimento do país, por meio da promoção da sua autonomia econômica e de iniciativas produtivas que garantam sua independência.

• Incentivar políticas públicas e ações afirmativas para a participação igualitária, plural e multirracial das mulheres nos espaços de poder e decisão.

• Elaborar relatório periódico de acompanhamento das políticas para mulheres com recorte étnico-racial, que contenha dados sobre renda, jornada e ambiente de trabalho, ocorrências de assédio moral, sexual e psicológico, ocorrências de violências contra a mulher,

assistência à saúde integral, dados reprodutivos, mortalidade materna e escolarização. • Apoiar a divulgação dos instrumentos legais de proteção às mulheres, nacionais e internacionais, incluindo sua publicação em formatos acessíveis, como braile, CD de áudio e demais tecnologias assistidas.

• Promover campanhas educativas e pesquisas voltadas à prevenção da violência contra mulheres.

• Apoiar a implementação do Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, de forma articulada com os planos estaduais de segurança pública e em conformidade com a Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006).

Programa Pró-Equidade de Gênero12

Os objetivos do Programa Pró-Equidade de Gênero que podem integrar os das organizações são os seguintes:

• Conscientizar e estimular as práticas de gestão que promovam a igualdade de oportunidades; • Construir um banco de boas práticas;

• Criar a rede pró-equidade de gênero;

• Reconhecer publicamente o compromisso com a equidade.

As empresas interessadas podem executar o programa conforme as etapas propostas:

1. Adesão. A empresa preenche e envia o respectivo termo; 2. Compromisso. A empresa preenche e envia a ficha perfil;

3. Avaliação. Depois de um ano, as empresas são avaliadas pelo Comitê Pró-Equidade quanto ao cumprimento do plano de ação relacionado à gestão de pessoas e cultura organizacional; 4. Obtenção do selo. Se a empresa cumprir o acordado, recebe o Selo Pró-Equidade de Gênero relativo ao período.

11 A redação de algumas ações foi alterada para adequar sua aplicação ao âmbito das organizações privadas. 12 http://200.130.7.5/spmu/docs/folheto_pro-equidade.pdf

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