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Respeitar e apoiar a proteção dos direitos humanos expressos na Declaração Universal dos Direitos Humanos e em outros documentos relacionados ao tema 3 Garantir a igualdade de oportunidades e de tratamento, com o objetivo de eliminar toda

Desafios na Inclusão de Pessoas com Deficiência

Essenciais 1. Respeitar e apoiar a proteção dos direitos humanos expressos na Declaração Universal dos Direitos Humanos e em outros documentos relacionados ao tema 3 Garantir a igualdade de oportunidades e de tratamento, com o objetivo de eliminar toda

discriminação negativa por motivos de condição física.

Diretrizes GRI LA13. Composição da alta direção e dos conselhos e proporção por grupos e gêneros. HR8. Políticas de treinamentos relativos a aspectos de direitos humanos para seguranças. SO8. Valor monetário de multas significativas e número total de sanções não monetárias resultantes da não conformidade com leis e regulamentos..

Indicadores Ethos 11. Valorização da diversidade.

14. Relações com trabalhadores terceirizados (% de pessoas com deficiência do universo de trabalhadores terceirizados).

28. Apoio ao desenvolvimento de fornecedores (incluir entre seus fornecedores

organizações com projetos de geração de renda para grupos usualmente excluídos, como pessoas com deficiência).

Referências Indicadores quantitativos e qualitativos

Norma ISO 26000 TEMA: GOVERNANçA ORGANIzACIONAL

• Promover a justa representação de grupos sub-representados (entre os quais mulheres e grupos raciais e étnicos) em cargos de chefia na organização.

TEMA: DIREITOS HuMANOS Questão: Diligência

• Estruturar política de direitos humanos com orientações que façam sentido para quem esteja dentro e para aqueles diretamente ligados à organização.

• Determinar meio de avaliar como as atividades existentes e as propostas poderão afetar os direitos humanos.

• Determinar meio de integrar a política de direitos humanos em toda a organização. • Determinar meio de medir o desempenho ao longo do tempo, para conseguir fazer os ajustes necessários nas prioridades e na abordagem.

Questão: Situações de Risco para os Direitos Humanos

• Estar atento à existência de conflito ou extrema instabilidade política, falhas no sistema democrático ou judiciário, ausência de direitos políticos e outros direitos civis.

Questão: Evitar Cumplicidade

• Não fornecer bens ou serviços a uma entidade que os use para cometer violações dos direitos humanos.

• Não estabelecer uma parceria formal com um parceiro que cometa violações dos direitos humanos no contexto da parceria.

• Informar-se acerca das condições socioambientais em que os bens e serviços que a empresa compra são produzidos.

• Considerar tornar público ou tomar outra medida para indicar que a empresa não se coaduna com atos de discriminação que ocorrem na área trabalhista do país em questão.

Questão: Resolução de Queixas

• Estabelecer mecanismos de reparação eficazes garantindo que sejam legítimos, acessíveis, previsíveis (por exemplo, com processos e monitoramento já previstos), equitativos (permitindo um processo justo de queixa), compatíveis com seus direitos (respeito às normas internacionais), claros e transparentes, baseados no diálogo e na mediação.

Questão: Discriminação e Grupos Vulneráveis

• Examinar suas operações e as operações de outras partes, dentro de sua esfera de influência, para determinar se há alguma forma, direta ou indireta, de discriminação. • Conscientizar os membros de grupos vulneráveis acerca de seus direitos.

• Contribuir para a reparação de discriminação ou de um legado de discriminação do passado, sempre que possível.

Questão: Direitos Fundamentais do Trabalho

• Avaliar seu impacto na promoção da igualdade de oportunidades e não discriminação e adotar medidas positivas para promover a proteção e o progresso de grupos vulneráveis.

TEMA: PRáTICAS TRABALHISTAS Questão: Emprego e Relações de Trabalho

• Garantir a igualdade de oportunidades para todos os trabalhadores e não discriminar, direta ou indiretamente, em nenhuma prática trabalhista, com base em raça, cor, gênero, idade, nacionalidade ou região, origem étnica ou social, casta, estado civil, orientação sexual, deficiência, estado de saúde como portador de HIV/aids ou filiação política; • Eliminar práticas arbitrárias ou discriminatórias de demissão, se houver.

Questão: Condições de Trabalho e Proteção Social

• Garantir que as condições de trabalho obedeçam a leis e regulamentos nacionais e sejam consistentes com as normas internacionais do trabalho pertinentes.

• Respeitar níveis mais altos de condições estabelecidas por meio de outros instrumentos legalmente obrigatórios, como os acordos coletivos.

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Referências Indicadores quantitativos e qualitativos

Norma ISO 26000 • Observar, pelo menos, as condições mínimas definidas em normas internacionais do trabalho, como as estabelecidas pela OIT, principalmente quando não tiver ainda sido adotada legislação nacional.

Questão: Saúde e Segurança no Trabalho

• Contemplar as formas específicas e, às vezes, diferentes como pessoas com deficiência podem ser afetadas.

Questão: Desenvolvimento Humano e Treinamento no Local de Trabalho

• Oferecer acesso a todos os trabalhadores, em todos os estágios de sua experiência profissional, a capacitação, treinamento e aprendizado, além de oportunidades para progresso na carreira, de forma equitativa e não discriminatória.

TEMA: QuESTõES RELATIVAS AO CONSuMIDOR

Questão: Marketing Justo, Informações Factuais e Não Tendenciosas e Práticas Contratuais Justas

• Não visar grupos vulneráveis injustamente.

• Fornecer informações referentes à acessibilidade dos produtos e serviços.

Questão: Proteção à Saúde e Segurança do Consumidor

• Minimizar o risco no design do produto, identificando provável grupo de usuários, e dar atenção especial a grupos vulneráveis.

Pacto Global Princípio 1 - Apoiar e respeitar os direitos humanos proclamados internacionalmente. Princípio 2 - Evitar a cumplicidade no abuso dos direitos humanos.

Princípio 6 - Eliminar a discriminação no emprego.

Marcos Regulatórios

Referências Como as empresas podem contribuir, aderir ou se beneficiar com a iniciativa

Agenda Social: Direito de Cidadania – Pessoas com Deficiência3

O público prioritário são as pessoas com deficiência que recebem o Benefício de Prestação Cotinuada, as que estão no programa Bolsa Família, os alunos da educação básica, as pessoas que apresentam deficiências decorrentes da hanseníase e as pessoas idosas com mobilidade reduzida. De acordo com o Programa de Ação Mundial para Pessoa Portadora de Deficiência, da ONU, as medidas governamentais destinadas a melhorar a situação das pessoas com deficiência devem necessariamente estar ligadas a:

• Prevenção (do aparecimento e da evolução); • Reabilitação; e

• Equiparação de oportunidades.

Referências Como as empresas podem contribuir, aderir ou se beneficiar com a iniciativa Agenda Social: Direito de Cidadania – Pessoas com Deficiência

Algumas ações que constam nesta agenda e que o setor privado pode apoiar ou incorporar como prática são:

• Escolas públicas acessíveis e implementação de educação inclusiva –estrutura arquitetônica acessível para receber alunos com deficiência e equipamentos e material didático que permitam o acesso à informação e à comunicação por todos, bem como funcionários e corpo docente capacitados para atender as necessidades específicas de todos os alunos.

Incluir nas normas de financiamento mecanismos de fiscalização do quesito acessibilidade nos projetos de construção, reforma e aquisição de transporte.

Buscar parceiros para apoiar e intensificar os esforços para o desenvolvimento de projetos de adaptação arquitetônica e instalações de salas de recursos multifuncionais, tendo como contrapartida dos estados e municípios a capacitação dos docentes e funcionários, bem como espaço e cabeamento para as salas de recursos multifuncionais.

• Transporte acessível.

Apoio a projetos de acessibilidade.

Apoio a projetos de sistemas de circulação de meios não motorizados. • Habitação.

Garantir que na produção habitacional de interesse social a acessibilidade seja critério para financiamento de projetos pela Caixa Econômica Federal.

Criar linha de financiamento voltada para a adaptação de residência de pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, com prioridade para a população de baixa renda. • Inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho.

Identificar as vagas não ocupadas no mercado de trabalho para cumprimento da cota legal prevista no Art. 93 da Lei 8.213/91.

Trabalhar com o Sistema S, escolas técnicas e instituições sem fins lucrativos para oferecimento de cursos de aprendizagem.

Incluir jovens com deficiência nos programas de preparação de jovens para o mercado de trabalho.

Realizar cursos de aprendizagem. Contratar aprendizes com deficiência.

Criar condições diferenciadas na linha de financiamento para adaptação de ambiente de trabalho para recepção das pessoas com deficiência.

Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência4

Nos 50 artigos desta convenção, é importante destacar: • Art. 2., sobre definições:

“Comunicação” abrange as línguas, a visualização de textos, o braile, a comunicação tátil, os caracteres ampliados, os dispositivos de multimídia acessível, assim como a linguagem simples, escrita e oral, os sistemas auditivos e os meios de voz digitalizada e os modos, meios e formatos aumentativos e alternativos de comunicação, inclusive a tecnologia da informação e comunicação acessíveis;

“Língua” abrange as línguas faladas e de sinais e outras formas de comunicação não falada; “Discriminação por motivo de deficiência” significa qualquer diferenciação, exclusão ou restrição baseada em deficiência, com o propósito ou efeito de impedir ou impossibilitar o reconhecimento, o desfrute ou o exercício, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais nos âmbitos político, econômico, social, cultural, civil ou qualquer outro. Abrange todas as formas de discriminação, inclusive a recusa de adaptação razoável;

“Adaptação razoável” significa as modificações e os ajustes necessários e adequados que não acarretem ônus desproporcional ou indevido, quando requeridos em cada caso, a fim de assegurar que as pessoas com deficiência possam gozar ou exercer, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, todos os direitos humanos e liberdades fundamentais; “Desenho universal” significa a concepção de produtos, ambientes, programas e serviços a serem usados, na maior medida possível, por todas as pessoas, sem necessidade de adaptação ou projeto específico. O “desenho universal” não excluirá as ajudas técnicas para grupos específicos de pessoas com deficiência, quando necessárias.

• Art. 5, sobre igualdade e não discriminação. Ressalta que medidas apropriadas e adaptações são necessárias para permitir a igualdade e ressalva que medidas para acelerar ou alcançar a efetiva igualdade das pessoas com deficiência não serão consideradas discriminatórias. • Art. 6, sobre mulheres com deficiência. Reconhece que mulheres e meninas são alvo de múltiplas formas de discriminações e coloca foco no empoderamento das mulheres.

• Art. 7, sobre crianças com deficiência. Assegura que a sua opinião seja devidamente valorizada, de acordo com sua idade e maturidade, em igualdade de oportunidades com as demais

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Referências Como as empresas podem contribuir, aderir ou se beneficiar com a iniciativa

Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência

crianças, e que recebam atendimento adequado à sua deficiência e idade, para que possam exercer tal direito.

• Art. 8, sobre conscientização. Chama a atenção para a conscientização não só da sociedade como da família e para o combate aos estereótipos, tendo em vista as capacidades e contribuições das pessoas com deficiência.

• Art. 9, sobre acessibilidade. Vincula a participação de forma independente e plena com o acesso, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, ao meio físico, ao transporte, à informação e comunicação, inclusive aos sistemas e tecnologias da informação e

comunicação, bem como a outros serviços e instalações abertos ao público, seja em entidades públicas ou privadas. Também ressalta a necessidade de promover, desde a fase inicial, a concepção, o desenvolvimento, a produção e a disseminação de sistemas e tecnologias de informação e comunicação, a fim de que esses sistemas e tecnologias se tornem acessíveis a custo mínimo.

• Art. 27, sobre trabalho e emprego. Prevê medidas apropriadas com o fim de:

a) Proibir a discriminação baseada na deficiência com respeito a todas as questões relacionadas com as formas de emprego, inclusive condições de recrutamento, contratação e admissão, permanência no emprego, ascensão profissional e condições seguras e salubres de trabalho; b) Proteger os direitos das pessoas com deficiência, em condições de igualdade com as demais pessoas, às condições justas e favoráveis de trabalho, incluindo iguais oportunidades e igual remuneração por trabalho de igual valor, condições seguras e salubres de trabalho, além de reparação de injustiças e proteção contra o assédio no trabalho;

c) Assegurar que as pessoas com deficiência possam exercer seus direitos trabalhistas e sindicais em condições de igualdade com as demais pessoas;

d) Possibilitar às pessoas com deficiência o acesso efetivo a programas de orientação técnica e profissional e a serviços de colocação no trabalho e de treinamento profissional e continuado; e) Promover oportunidades de emprego e ascensão profissional para pessoas com deficiência no mercado de trabalho, bem como assistência na procura, obtenção e manutenção do emprego e no retorno ao emprego;

f) Promover oportunidades de trabalho autônomo, empreendedorismo, desenvolvimento de cooperativas e estabelecimento de negócio próprio;

g) Empregar pessoas com deficiência no setor público;

h) Promover o emprego de pessoas com deficiência no setor privado, mediante políticas e medidas apropriadas, que poderão incluir programas de ação afirmativa, incentivos e outras medidas;

i) Assegurar que adaptações razoáveis sejam feitas para pessoas com deficiência no local de trabalho;

j) Promover a aquisição de experiência de trabalho por pessoas com deficiência no mercado aberto de trabalho;

k) Promover reabilitação profissional, manutenção do emprego e programas de retorno ao trabalho para pessoas com deficiência.

III Programa Nacional dos Direitos Humanos (PNDH3)

• Criar campanhas e material técnico, instrucional e educativo sobre planejamento reprodutivo que respeite os direitos sexuais e direitos reprodutivos, contemplando a elaboração de materiais específicos para pessoas com deficiência.

• Estimular programas de atenção integral à saúde das mulheres, considerando as especificidades de pessoas com deficiência.

• Combater as desigualdades salariais baseadas em diferenças das pessoas com deficiência. • Acompanhar a implementação do Programa Nacional de Ações Afirmativas, instituído pelo Decreto nº. 4.228/2002, no âmbito da administração pública federal, direta e indireta, com vistas à realização de metas percentuais da ocupação por pessoas com deficiência de cargos comissionados.

• Assegurar o direito das pessoas com deficiência e em sofrimento mental de participar da vida cultural em igualdade de oportunidade com as demais e de desenvolver e utilizar o seu potencial criativo, artístico e intelectual.

• Estimular a plena participação das pessoas com deficiência no ato do sufrágio, seja como eleitor ou candidato, assegurando os mecanismos de acessibilidade necessários, inclusive a modalidade do voto assistido.

Referências Como as empresas podem contribuir, aderir ou se beneficiar com a iniciativa Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência

• Realizar campanhas e ações educativas para desconstrução de estereótipos relacionados com diferenças de pessoas com deficiência.

• Garantir às pessoas com deficiência igual e efetiva proteção legal contra a discriminação. • Garantir salvaguardas apropriadas e efetivas para prevenir abusos a pessoas com deficiência. • Promover campanhas educativas e pesquisas voltadas para a prevenção da violência contra pessoas com deficiência.

Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência5

Os princípios que norteiam esta política são:

I - Desenvolvimento de ação conjunta do Estado e da sociedade civil, de modo a assegurar a plena integração da pessoa portadora de deficiência no contexto socioeconômico e cultural;

II - Estabelecimento de mecanismos e instrumentos legais e operacionais que assegurem às pessoas portadoras de deficiência o pleno exercício de seus direitos básicos, que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciam o seu bem-estar pessoal, social e econômico;

III - Respeito às pessoas portadoras de deficiência, que devem receber igualdade de oportunidades na sociedade por reconhecimento dos direitos que lhes são assegurados, sem privilégios ou paternalismos.

Os instrumentos previstos nesta política que podem ser incorporados pelas empresas são os seguintes:

I - A articulação entre instituições governamentais e não governamentais visando garantir a efetividade dos programas de prevenção, de atendimento especializado e de integração social, bem como a qualidade do serviço ofertado, evitando ações paralelas e dispersão de

esforços e recursos;

II - O fomento à formação de recursos humanos para adequado e eficiente atendimento das pessoas com deficiência;

III - A aplicação da legislação específica que disciplina a reserva de mercado de trabalho no setor privado;

IV - O fomento ao aperfeiçoamento da tecnologia dos equipamentos de auxílio utilizados por pessoas com deficiência.

Programa Mobilidade urbana6

O Ministério das Cidades7 reconhece que existe uma crise de mobilidade e, nesse sentido, a Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana (SeMob) desenvolveu o conceito de “mobilidade urbana sustentável”, colocando no centro da questão o deslocamento das pessoas e não dos veículos, privilegiando as que possuem restrição de mobilidade.

Uma das ações do programa é o apoio a projetos de acessibilidade para pessoas com restrição de mobilidade e pessoas com deficiência física ou sensorial, por meio da implantação de

infraestrutura que garanta sua mobilidade na cidade pela integração dos sistemas coletivos e não motorizados, com conforto e segurança. Essa medida fundamental facilitaria o deslocamento de pessoas com deficiência da residência para o trabalho.

5 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d0914.htm

6 http://www.cidades.gov.br/images/stories/ArquivosSEMOB/Biblioteca/LivroPlanoMobilidade.pdf

http://www.cidades.gov.br/secretarias-nacionais/transporte-e-mobilidade/programas-e-acoes/programa- mobilidade-urbana/Manual%20do%20Programa%20Mobilidade%20Urbana.pdf

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Barreiras Caminhos para a inclusão

Acessibilidade Acessibilidade é o ponto-chave para superar as barreiras arquitetônicas e requer investimento. Todos nós precisamos de acesso apropriado e as pessoas com deficiência não poderiam ser diferentes.

O que é importante:

• Conforto, independência e segurança na utilização dos ambientes, equipamentos e recursos de trabalho.

• Funcionalidades nos espaços utilizados, com identificação sonora, visual e tátil. • Rotas de acesso e saídas acessíveis e padronizadas;

• Acesso por meio de transporte público e privado, observando calçamentos.

Há normas que definem a implantação de mudanças ambientais para eliminar as barreiras arquitetônicas. Em Termo de Ajustamento de Conduta firmado em 2004 entre o Ministério Público, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e a Target Engenharia e Consultoria,

as normas técnicas de acessibilidade ficaram disponíveis no site do governo.8

Outro tipo de acessibilidade a ser trabalhada são as formas de se comunicar e os meios de comunicação disponíveis. Hoje as empresas já fazem uso de muitos meios de comunicação, inclusive com seus clientes, como telefone, chats, cartas, e-mail, mensagem por telefone, redes sociais e, logicamente, o diálogo presencial. No entanto, a língua brasileira de sinais (libras) ainda é pouco utilizada e desconhecida da grande maioria, assim como o braile. Disponibilizar cursos de libras para os funcionários da empresa é uma forma de estimular os laços sociais.

Funcionais Pode parecer desnecessário, mas é sempre importante lembrar que todo profissional tem uma função, com responsabilidades e atribuições, metas e desempenho a serem avaliados. Para qualquer função estão previstos treinamentos e capacitação para promover tanto a equalização quanto a atualização do profissional. Boas avaliações podem levar a promoções, aumentos salariais e bônus. E isso naturalmente também vale para pessoas com deficiência. É importante destacar que não existem funções ou atividades mais adequadas aos profissionais com deficiência. Mas, certamente, há atividades que apresentam risco ou mesmo limitações diante de determinados tipos de deficiência. É fundamental que o mapeamento de riscos das funções analise os tipos de deficiência mais críticos e as medidas de segurança necessárias.

Outra forte iniciativa que a empresa deve tomar é a formação profissional para habilitar pessoas com deficiência para sua empresa ou para o mercado de trabalho. Como a ausência de pessoas com deficiência capacitadas é um dos problemas apontados para a dificuldade de contratação, então esta é uma das ações a serem trabalhadas pelas empresas.

Discriminação A busca por pessoas com deficiência deve ser focada no profissional e não na deficiência. A contratação focada em deficiências “leves” ou que requerem poucas adequações arquitetônicas é considerada prática discriminatória.

A etapa de recrutamento é importante, pois representa a porta de entrada na empresa. Mas é preciso dar especial atenção à trajetória e ao desenvolvimento profissional das pessoas com deficiência.

Como foi apontado nos capítulos sobre gênero e raça, também neste caso é necessário utilizar indicadores desagregados, mapeando profissionais com e sem deficiência a fim de monitorar possíveis desvios na equivalência dos resultados apurados.

Preconceitos

e mitos A persistência de preconceitos e mitos tende a ser inversamente proporcional à quantidade de informações fornecidas. Trabalhar barreiras culturais e de atitude dos gestores e equipe é uma condição prévia antes da chegada do profissional que tenha algum tipo de deficiência.

Caminhos e Reflexões

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