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(NR31) 9 Norma reguladora de Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicultura,

Desafios da Erradicação do Trabalho Escravo

nº 31 (NR31) 9 Norma reguladora de Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária Silvicultura,

Exploração Florestal e Aquicultura, objetiva estabelecer os preceitos a serem observados na organização e no ambiente de trabalho, de forma a tornar compatível o planejamento e o desenvolvimento das atividades da agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aquicultura com a segurança e saúde e meio ambiente do trabalho.

É determinado ao empregador:

a) garantir adequadas condições de trabalho, higiene e conforto, definidas nesta norma

regulamentadora, para todos os trabalhadores, segundo as especificidades de cada atividade;

b) realizar avaliações dos riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores e, com base nos

resultados, adotar medidas de prevenção e proteção para garantir que todas as atividades, lugares de trabalho, máquinas, equipamentos, ferramentas e processos produtivos sejam seguros e em conformidade com as normas de segurança e saúde;

c) promover melhorias nos ambientes e nas condições de trabalho, de forma a preservar o

nível de segurança e saúde dos trabalhadores;

d) cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e

saúde no trabalho;

e) analisar, com a participação da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes no Trabalho

Rural (CIPATR), as causas dos acidentes e das doenças decorrentes do trabalho, buscando prevenir e eliminar as possibilidades de novas ocorrências;

f) assegurar a divulgação de direitos, deveres e obrigações que os trabalhadores devam

conhecer em matéria de segurança e saúde no trabalho;

g) adotar os procedimentos necessários quando da ocorrência de acidentes e doenças

do trabalho;

h) assegurar que se forneçam aos trabalhadores instruções compreensíveis em matéria de

segurança e saúde, bem como toda orientação e supervisão necessárias ao trabalho seguro;

i) garantir que os trabalhadores, por meio da CIPATR, participem das discussões sobre o

controle dos riscos presentes nos ambientes de trabalho;

j) informar aos trabalhadores: os riscos e as medidas de proteção implantadas e os resultados

dos exames médicos e das avaliações ambientais;

k) permitir que representante dos trabalhadores legalmente constituído acompanhe a

fiscalização dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e saúde no trabalho;

l) adotar medidas de avaliação e gestão dos riscos, com a seguinte ordem de prioridade:

1. eliminação dos riscos; 2. controle de riscos na fonte; 3. redução dos riscos ao mínimo, por meio da introdução de medidas técnicas ou organizacionais e de práticas seguras, inclusive por capacitação; 4. adoção de medidas de proteção pessoal, sem ônus para o trabalhador, de forma a complementar ou caso ainda persistam temporariamente fatores de risco.

2º Plano Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo10

Este plano está estruturado em cinco linhas de ação. Apresentamos aqui as ações aplicáveis às empresas. Para facilitar sua aplicação, o texto foi ligeiramente adaptado.

Ações Gerais

• Manter a erradicação do trabalho escravo contemporâneo como prioridade.

9 http://portal.mte.gov.br/data/files/8A7C812D2E7318C8012F53EC9BF67FC5/NR-31%20(atualizada).pdf 10 http://www.reporterbrasil.org.br/documentos/novoplanonacional.pdf

Capítulos

Temáticos

Referências Como as empresas podem contribuir, aderir ou se beneficiar com a iniciativa

2º Plano Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo

• Estabelecer estratégias de atuação operacional integrada em relação às ações preventivas. • Manter o programa de erradicação do trabalho escravo como estratégico e prioritário, bem como definir dotações suficientes para a implementação das ações definidas. • Sistematizar a troca de informações relevantes ao trabalho escravo.

• Realizar diagnósticos sobre a situação do trabalho escravo contemporâneo no setor e região de atuação.

• Definir e monitorar indicadores de execução dos compromissos de combate ao trabalho escravo, como os do Pacto Nacional.

Ações de Enfrentamento e Repressão

• Ampliar a fiscalização prévia, sem necessidade de denúncia, a locais com altos índices de incidência de trabalho escravo.

• Investir na formação/capacitação dos auditores.

• Desenvolver uma ação para suprimir a intermediação ilegal de mão de obra –

principalmente a ação de contratadores (“gatos”) e de empresas prestadoras de serviços que desempenham a mesma função –, como prevenção ao trabalho escravo.

Ações de Reinserção e Prevenção

• Implementar uma política de reinserção social de forma a assegurar que os trabalhadores libertados dentro da esfera de influência na sua cadeia de suprimentos não voltem a ser escravizados, com ações específicas voltadas para a geração de emprego e renda, reforma agrária, educação profissionalizante e reintegração do trabalhador.

• Privilegiar o apoio a iniciativas de geração de emprego e renda voltadas para regiões com altos índices de aliciamento para o trabalho escravo.

• Garantir a emissão de documentação civil básica a todos os libertados da escravidão dentro da esfera de influência na sua cadeia de suprimentos, como primeira etapa da política de inserção social. Nos registros civis incluem-se: certidão de nascimento, carteira de identidade, carteira de trabalho e CPF.

• Apoiar e incentivar a celebração de pactos coletivos entre seus fornecedores e seus subcontratados.

• Promover ações para inclusão social e econômica das vítimas de situação de escravidão, incluindo trabalhadores rurais, comunidades e povos extrativistas e tradicionais.

Ações de Informação e Capacitação

• Estabelecer uma campanha de conscientização, sensibilização e capacitação para erradicação do trabalho escravo, com a promoção de debates sobre o tema.

• Informar aos trabalhadores sobre seus direitos e sobre os riscos de se tornarem escravos, por intermédio de campanhas de informação governamentais e da sociedade civil que atinjam diretamente a população em risco ou pela mídia, com ênfase nos veículos de comunicação locais e comunitários.

• Promover a conscientização e capacitação de todos os gestores envolvidos na erradicação do trabalho escravo ou que tenham interface com fornecedores e subcontratados.

Ações Específicas de Repressão Econômica

• Atuar para eliminar o trabalho escravo da economia brasileira, por meio de ações com fornecedores e também com clientes.

• Promover o desenvolvimento do Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo, contribuindo com o monitoramento.

III Programa Nacional dos Direitos Humanos (PNDH3)

As ações programáticas relacionadas ao compromisso de combate ao trabalho escravo são: • Promover a efetivação do Plano Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo. • Apoiar a coordenação e implementação de planos estaduais, distrital e municipais para erradicação do trabalho escravo.

• Monitorar o trabalho das comissões estaduais, distrital e municipais para a erradicação do trabalho escravo.

Referências Como as empresas podem contribuir, aderir ou se beneficiar com a iniciativa

III Programa Nacional dos Direitos Humanos (PNDH3)

• Apoiar a alteração da Constituição para prever a expropriação dos imóveis rurais e urbanos nos quais forem encontrados trabalhadores reduzidos à condição análoga à de escravos (Proposta de Emenda Constitucional 438).

• Identificar periodicamente as atividades produtivas em que há ocorrência de trabalho escravo, adulto e infantil.

• Apoiar a proposição de marco legal e ações repressivas para erradicar a intermediação ilegal de mão de obra.

• Promover a destinação de recursos para capacitação técnica e implementação de política de reinserção social dos libertados da condição de trabalho escravo.

• Consultar semestralmente o cadastro de empregadores que utilizaram mão de obra escrava e informar aos responsáveis pela atualização do cadastro nacional quando uma empresa da sua cadeia de valor incorrer nessa infração.

Política Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas11

Propõe diretrizes específicas para prevenção e repressão ao tráfico de pessoas e atenção às vítimas. Muitas das ações descritas nesta política foram desenvolvidas no 2º Plano Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo e, portanto, já referidas mais acima.

Caminhos e Reflexões

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