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Dentre os motivos mencionados pelos usuários do serviço para a busca pela DPESP, destacam-se: reivindicar o direito à guarda de irmã; interdição da mãe; defesa em processo de interdição movido pelo filho e por irmão; internação compulsória do filho; defesa em processo de filho preso por roubo para aquisição de drogas; intervenção em processo de acusações da filha e guarda de netos; ação contra o INSS para requerer aposentadoria de irmão; proteção diante de ameaças e pensamentos persecutórios; reivindicação de pagamento de pensão para os filhos; disputa por guarda de filhos; procura de tratamento médico; solicitação de defesa diante de situações de violência; e reivindicação de benefícios.

Busca por defesa diante de persecutoriedade e reivindicação de benefícios (INSS):

“Quem veio pra cá foi ele reclamar dessa questão que ele está sendo perseguido, que ele está sendo ameaçado, que tem gente que xinga ele, que tem gente que ele quer processar, mas a gente não sabe quem também. Diz que parece a voz daquela Rosana Jatobá e quem manda ela ameaçar ele é a Dilma, esses políticos corruptos, só fala nisso, que eles que ficam ameaçando ele, que ficam prejudicando ele, entendeu? [...] A gente acha que ele fez alguma coisa errada no banheiro do mercado e alguém deve ter dado uma prensa nele e ele tá com medo. Então por isso que ele veio aqui, que ele foi atrás do advogado querendo processar o mercado. O advogado me ligou, ele foi aqui na vara da família, ele andou indo lá... Desculpa! Eu acho que é um caso tão simples... ele que vem reclamar, vai em todos os lugares...”(Irma – Getúlio).

“A gente fez foram dois processos contra o INSS, dois ou três e não conseguimos, foi declarado indeferido” (Irma-Getúlio).

Solicitação de internação compulsória de familiar:

“A luta foi muito grande. Então o internamento desse meu filho mais velho, com essa que saiu em fevereiro, eu... ele andou internado aqui umas porção de veiz. Acho que foi a décima segunda ou a décima primeira veiz. Esse que tá lá, acho que é a oitava ou a nona. Ele internou tudo em comunidade terapêutica. A única vez que foi compulsória foi agora, pela Defensoria, que foi esse mais velho [...]e o mais novo que tá em [...]Procurei a Defensoria pra compulsória, o mais novo tava falando de não ir mais, o mais velho tava falando em suicídio, que ele não queria mais, que ele queria acabar com a vida dele, que não tinha mais jeito e tatatá” (Messias – Tim- Leandro).

Busca por internação de familiar e de defesa criminal desse:

“Eles (CAPS) falaram, olha, o senhor tem que procurar porque o estado que ele tá agora ele precisa de uma internação...’ (Salvador-Júnior).

“Ele começou a roubar, a furtar e aí num desses furtos ele foi preso, foi preso por roubar pra consumir a droga, junto com outro elemento. O outro elemento nunca achou, ninguém sabe onde que tá, mas ele acabou levando toda a culpa, porque ele simulou que estava armado. Aí ele está lá até hoje. [...]Está arrolado junto a esse processo criminal o problema dele psicológico... No respeito com esse processo tudo, agora ele tando preso, o defensor está acompanhando” (Salvador-Júnior).

Reivindicação de guarda e de pensão alimentícia para os filhos:

“Há três anos minha mãe conseguiu a guarda provisória dos meus filhos. Não deixava eu ver eles.Eu fiquei uns quatro meses vendo eles só no quintal, só quando ela não tava por perto. Meus filhos, às vezes, entravam escondidos na minha casa, só que quando ela percebia que eles estava lá, ela começava a gritar mandando eles saírem. E se eles não fizessem o que ela mandava, ela colocava eles de castigo. Nos últimos meses eu não tô nem vendo eles, ela entregou para o pai das crianças faz sete semanas. Ele não me deixa mais ver eles. O que mais incomoda é eu ficar longe dos meus filhos, ter perdido a relação que eu tinha com eles antes. Eu vim aqui pra pedir a guarda dos meus filhos. Quando eu me separei do pai dos meus filhos eu vim aqui pra ver a pensão alimentícia, a gente tinha feito o acordo só que ele não cumpriu” (Maria da Penha).

Reivindicação da guarda da irmã e de interdição da mãe:

“A gente precisa de tudo isso que tá aqui (lista de documentos solicitados pela DPESP) pra ver se a gente consegue ter a guarda da neném (Cleonice – Elisa). A gente tendo ou não interdição da mãe dele, pra rua ela não volta. Não volta” (Cleonice-Elisa).

Reivindicação de internação da filha, da guarda dos netos e de proteção e defesa:

“A primeira procura, deixa eu ver se consigo lembrar direitinho, era pra, sempre foi pra internar. Eu já procurei a Defensoria pra me defender das acusações dela, por causa que ela surtava, ela ia na delegacia da mulher, fazia “n” acusações; ia no Conselho Tutelar, porque eu tenho a guarda das crianças, um de 17 agora, outro que tá com 11. Então, assim, tudo que ela podia fazer pra tumultuar, ia na escola atrapalhar a aula, por causa do transtorno, né? Então eu vim procurar a Defensoria pra me resguardar, ela estava em situação de rua já. E quê que aconteceu nessa época? Toda a sociedade, a maioria das pessoas, principalmente dos lugares que ela frequentava aqui no centro, tinha boletim de ocorrência que ela tava causando tumulto nos estabelecimentos. E aí, quase simultaneamente eu procurando a Defensoria pra me defender, que ela não aceitava o tratamento, e a sociedade procurando, assim, incriminando-a, né? Porque ninguém sabia que ela tinha transtorno mental e ninguém quer saber” (Socorro-Linda).

Busca por defesa em processo de interdição e situações de violência doméstica:

“Ele diz que interna eu e o veio, que nós vamos morar debaixo da ponte, e essa aí ele interna ela, porque ele disse que consegue fácil internar, batia nela, até cobra ele levou dentro de casa! Ele quer a interdição, só, e quer ela, ficar com ela, pensando na pensão, ela não recebe, veio 6 meses e cortaram, que ela tem problemas, né? Eles falam que ela tem, não sei, um retardamento, né? Ele quer tirar nós da casa, ficar com a casa, internar ela” (Maria das Dores).

agride, quebra, e fala que a gente que é louca, não ele” (Cristal).

Busca da Defensoria para instaurar processo de interdição de familiares:

“Ele arrumou advogado aqui (DPESP). Pediu uma audiência, levei 10 testemunhas, não precisou. Era polícia lá 24 horas, morria de vergonha, ele não, ele saia rindo, precisa de ver. Aí teve uma audiência, aí ele pôs que eu era louca, né? Aí a juíza me perguntou, você tem conta no banco? Falei, tenho. Tudo o que ela perguntava eu respondia. Aí ele, doutora, a senhora não vai internar ela? Ela falou, não. Eu não sou médica, mas pra mim, ela não é louca, ele ficou tinindo. Aí eu tive que ir lá na Barra Funda passar num médico, não sei a resposta, a dela (filha), a minha eu sei. Não deu como louca, né? A dela eu não sei a resposta ainda. Ainda não terminou esse processo. E eu pegava remédio dela no CAPS. Então, quando ela tinha umas reuniões lá que a gente ia, mas só assim, palestras, ele foi vê que ela se tratava no CAPS. Eu pegava os remédios no CAPS. E ele foi ver, tin-tin por tin-tin. Você trata no CAPS, você é louca!” (Maria das Dores).