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As referências expressas pelos usuários relacionadas às buscas por serviços, as quais foram consideradas como alternativas encontradas por eles, em suas trajetórias, para terem acesso aos cuidados com a saúde garantidos constitucionalmente, serão o foco da presente análise. Tais temas foram agrupados em internações, serviços extra-hospitalares encontrados na rede de saúde, e, mais especificamente, no CAPS. Críticas à gestão da saúde mental juntamente com as alusões às insatisfações com os serviços prestados pelo CAPS e por Clínicas Conveniadas com o SUS se fizeram presentes, apresentando-se agrupadas ao final.

Trajetórias de internações: impotência e impactos

Ao abordarem o tema das internações, fica evidenciado o papel ativo, sofrido e ambivalente do familiar na busca pela internação da pessoa com demanda de saúde mental; os períodos de internação; a presença do SAMU e da polícia em face de dificuldade da família para efetivar a internação; a impotência da pessoa internada diante da decisão do familiar e da conduta dos profissionais da instituição que a recebe.

O impacto da decisão de internar:

“Ela teve um surto mesmo e saiu de cena, perdeu a noção de tudo. Assim, de tomar banho, de tudo. Não reconhecia o filho que tava, na época, com oito, nove meses. Não reconhecia como filho, tinha medo dele. Aí eu tive que interná-la, foi quando ela teve a primeira internação com diagnóstico de psicomaníaco depressivo. Ficou poucos dias porque eu não suportei o sofrimento de vê-la no hospital psiquiátrico” (Socorro - Linda).

A intervenção policial e o serviço do SAMU:

“Aí ela pegou e chamou, acho que foi os policiais, falando que eu tava agressiva. Só que eu não tava! Eu tava conversando com ela normal. Aí eles me pegaram e me levaram lá pro hospital. Pro Pronto Socorro. Aí eu cheguei lá e ela que ficou falando com o médico, né? O médico pegou e passou um medicamento pra eu tomar e ficar lá.

Eu falei que não, que não tinha necessidade dele me passar remédio pra eu tomar sendo que eu tava normal, que eu não tinha nada. Ele, ah, mas sua mãe tá falando... e os policiais estavam lá, eles me deixaram lá. Aí foi no outro dia que o médico passou lá no quarto e falou que eu tava de alta” (Maria da Penha).

“Eu até estranhei porque eu achei que o SAMU vinha, além do motorista, vinha um enfermeiro, achei que vinha uma enfermeira pra internar ele, mas não, quem internou ele fui eu. Foi um técnico de enfermagem, mas quem na realidade deu todo o seguimento pra internar fui eu lá na clínica, pra ele e tudo. Assinei tudo e tudo mais. Graças a Deus ele ficou lá seis meses, cinco meses e meio” (Salvador- Júnior).

“Ele (Mário) chegou dia 30, quando foi dia 3 ela andou rondando lá a minha casa e aí com a ajuda do psicólogo que trabalha na UBS comigo, a gente conseguiu pegar ela. Aí ele pediu, solicitou uma ambulância, deu trabalho, mas a gente conseguiu internar ela. Ficou do dia 3 ao dia 13. O médico deu alta, falou que não tinha mais o que fazer. E aí agora ia ser com a família. Só os remédios que ele ia passar e o resto ia ser com a gente” (Cleonice - Elisa).

A impotência e a indignação:

“Internei a primeira vez ele na Casa de Recuperação (instituição religiosa), ficou dois mês. Também não adiantava nada, de lá ele saia e já ia dormir na rua. Eles vendia uns 10 jornalzinho, eles trazia 10, talvez, pra casa lá, que era uma casinha lá que tinha uns 20 que ficava pra rua vendendo jornal. Acha que quem tá doente pode ficar na rua? Não pode! E ainda pegando dinheiro? Com o dinheiro ele usa droga ou álcool, se for o álcool” (Messias-Tim).

“E lá do hospital me levaram pra lá (clínica em outro município), porque ela (mãe) tinha conseguido a vaga. Aí chegou lá na clínica o médico conversou com ela. Falou assim deixa ela aqui que nós vamos observar ela uma ou duas semanas [...]. A primeira coisa foi que eu fiquei nervosa, assim, que eu fiquei revoltada. Só que eram vários contra mim e eu naquela situação não tinha como me defender. Aí eu fiquei. Só que aí, depois que eu vi que eu ia ter que ficar lá, que eu não tinha como me defender, que não tinha, naquela situação não tinha como ninguém acreditar em mim e aí eu me acalmei. Me acalmei e comecei a lembrar de Deus e deixar acontecer e tentar melhorar, mas sem tentar ficar fazendo do meu jeito... Tentava do meu jeito, com a minha força, falando demais, mas não adiantava. Tentava falar, tentava colocar meu ponto de vista, que não era daquele jeito, que eu tava sendo injustiçada, mas não ia adiantar ficar falando e falando” (Maria da Penha).

Trajetória em serviços extra-hospitalares: o princípio de diálogos

Ao serem observadas as referências aos serviços extra-hospitalares constata-se a presença de diferentes profissionais da saúde e possibilidade de maior abertura de diálogo entre usuário do serviço e profissionais. Contudo, embora a relação com o profissional possa se instaurar de modo mais dialógico e com maior aceitação do tratamento por parte da pessoa que busca o serviço com demandas de saúde mental (quando comparado às referências

apresentadas nas trajetórias de internações), tal aceitação não repercute na adesão ao tratamento medicamentoso.

A presença de um exercício dialógico também é identificada em referência à convivência comunitária, à troca de experiência entre os moradores de um mesmo bairro sobre as temáticas da saúde mental e em iniciativa de instituição de ensino para conversar sobre as experiências das pessoas com tais demandas.

A relação com a equipe de saúde: a presença do diálogo e a questão medicamentosa:

“Eu faço terapia com psicólogo uma vez por semana e o psiquiatra que eu passo depois que eu saí do Pronto Socorro, que ele pediu pra eu ficar passando de quatro em quatro meses. Só que já fazem oito meses que eu não tomo remédio, que eu falei pra ele que eu não via diferença e também eu tava tomando e tava me fazendo mal, minha cabeça ficava pesada quando eu acordava, eu tomava à noite. Então eu acordava e ficava sentindo muito calor, e falei pra ele que ia ficar sem tomar. Ele falou, ah, se você tá falando, vamos ver, então. E já tem esses oito meses, e eu só tô melhorando, cada vez mais melhorando” (Maria da Penha).

“Médico, lidamos com ameaça de suicídio, entendeu? Foi psicólogo, psiquiatra, tudo que você imagina, entendeu? Eu tava comentando com ela (assistente social), ele faz psicólogo, psiquiatra, ele faz nutricionista, cardiologista, urologista, ele faz tudo que é ista, entendeu? E por que ele não melhora? Porque não toma remédio!!” (Irma - Getúlio).

“O psiquiatra mesmo já me falou que não tem nada que me impeça. Nas primeiras vezes, nos primeiros meses minha mãe ia comigo, e o psiquiatra falou pra ela: como é que vão saber que ela não pode cuidar dos filhos dela, se não deixarem ela cuidar? Falou que não tem nada que me impeça de ficar com meus filhos” (Maria da Penha).

A ampliação dos envolvidos no diálogo sobre saúde mental:

“Eu vou, tem uma terapia que ele faz que é com massagem. É quatro semanas de massagem, e aí depois ele conversa. Ele vai mudando os lugares do corpo, cada semana é um lugar. Eu vou lá no Pronto Socorro. Pronto Socorro não! É o Postinho de Saúde. Foi a conselheira (tutelar) que me indicou, porque a minha mãe tava querendo me internar de novo. A conselheira até foi lá, conversou com a minha mãe, na minha casa e tudo. E minha mãe quer me internar de novo. Só que eu conversei com a conselheira, né? Eu falei que não precisava e tudo... e ela só me encaminhou pra passar no psicólogo” (Maria da Penha).

“Primeiro, do Posto de Saúde é uma equipe multidisciplinar. Então tem psicólogo, todo mundo conhece a Linda, que eu sempre morei ali. Então acaba que o médico vai lá, aquele que atendeu você, a gente conhece todo mundo, a enfermeira é a que foi minha professora, outro... Então, assim eu tô bem cercada. Meus vizinhos, hoje, são muito compreensíveis comigo e com ela. Porque vê a luta e vai aprendendo também. E queira ou não, sempre tem um alcoólatra, acaba que eu virei uma referência no bairro” (Socorro - Linda).

“Aí me ligaram em casa no outro dia, a assistente social, maravilhosa, aí eles me falou que tava formando na Universidade, no final de 2013, que precisava formar um grupinho pra tirar algumas ideia, trocar umas ideia, pegar algum conhecimento. Mas no caso dos familiares da pessoa, do dependente. Foi bem esse caso aí. Aí nóis começou. Nossa, mas foi tão bom!! Era uma meia dúzia de pessoa envolvida nesse caso. E foi assim, muito bom. No começo a gente percebeu, assim, eles tava querendo pegar um ou outro pra tirar algum conhecimento, e no final nós tava era perdidos de tanto conhecimento que eles desenvolveram, um tanto de conhecimento, de passar informação, de tudo... de umas dinâmica que fizeram. Foi muito, muito bom” (Messias – Tim - Leandro).

A trajetória no CAPS

A trajetória no CAPS surge com diferentes enfoques. São apontadas as intervenções e a rotina dos trabalhos, assim como os aspectos positivos da proposta e as limitações do serviço. A rotina é mencionada em relação ao horário de atendimento, às intervenções e exames médicos necessários, à continuidade (ou não) do tratamento, à convivência com o psiquiatra e à equipe:

“Tanto é que quando ela voltou da clínica, eu comentei com a equipe do CAPS-ad uma suposta hepatite, um HIV, e graças a Deus eles conversaram, ela fez todos os exames, todos! Todos imagináveis, graças a Deus não teve. E o mais importante de tudo isso foi o psiquiatra do CAPS-ad que conheceu a Linda em “n” internações no Hospital Psiquiátrico com a drogadição e ele que acompanhou a internação, acolheu quando ela voltou e acompanha até hoje, de longe. No começo ela ia no CAPS mental todos os dias, o dia inteiro, daí foi espaçando. Hoje ela tá indo de quarta e sexta, só” (Socorro - Linda).

“Ela continua no CAPS, só que não dorme lá. Ela vai durante o dia. A gente leva de manhã e pega de tarde. Enquanto ele (Mário) tiver aqui correndo atrás da irmã, ela (Elisa) fica fazendo tratamento no CAPS, quando for embora com ela pro nordeste, também vai fazendo tratamento lá” (Cleonice-Elisa).

“Aqui tinha o CAPS que atende com a assistência de terapia ocupacional. Aí, atendeu ele prontamente, aos 17 anos, 18, 19. Ele começou a fazer aquela terapia ocupacional. Às vezes, ele fugia um pouco da realidade, às vezes ele misturava o real com o irreal, e a coisa é tremenda! Com 20 anos ele foi estabilizando, foi fazendo a terapia, levando ele no psiquiatra, foi tomando remédio. Mais tarde eu procurei uma assistente social da prefeitura, ela falou assim, ele já tratava? Eu falei sim, ele já tratou no CAPS tudo, mas não surtiu muito efeito porque ele abandonou a terapia ocupacional, acabou abandonando por causa da droga mesmo, né? Ah, então você vai ter que procurar a Defensoria pra ver a internação dele. Aí eu falei assim, ah, mais eu acho que é melhor ver se ele interna, não por compulsória, através de ação judicial, vamos ver se ele interna por voluntariamente. Aí eu conversei com ele, tudo, cheguei até a ir com ele lá, que tem clínicas que cuidam disso aqui, mas não por medida judicial, compulsória, é voluntariamente. Mas ele não quis. Aí ele sumiu!”

(Salvador - Júnior).

Faz-se presente comentários positivos à proposta de trabalho do CAPS, assim como são apontadas as dificuldades e limitações.

“Já teve o CAPS. A gente frequentou muito aqui esse CAPS. Ia junto, né? No comecinho tinha que ir, depois ele foi melhorando, né? E os psicólogos, os psiquiatras vão embora e ele continua lá. Daí eles falam assim que tem casos muito piores e que não tem o que fazer, não tem como ajudar. Ele tem um problema sério com horário, se você marca as dez, ele vai chegar dez e meia. Aí quando ele chega atrasado, eles falam ah, volta outro dia. Porque não tem como ajudar. É que agora não tem mais CAPS, agora é no Posto. Daí eles falam o que você quer que eu faça? Você não toma remédio, como é que eu vou te ajudar?” (Irma - Getúlio).

“Era o que tava gritando naquele momento, mas o mental dela gritava dentro de mim. E chegou em um estágio, nessa época, que ou eu cuidava deles, que não tinham nada nem ninguém, ou eu me deixava levar pela sandice dela. E eu optei por eles. Foi quando eu coloquei ela na rua, porque ela não educava, não cuidava e não me deixava fazer. A saúde mental, antes do CAPS, era só dopar! Eu vivenciei isso! Não se buscava uma causa, não se buscava tudo o que o CAPS busca hoje. Coitado do CAPS. Tem vontade, mas não tem como; quer andar, mas não tem como” (Socorro - Linda).

Críticas à gestão da saúde mental

Foram identificadas referências que apresentaram oposições e críticas tanto aos serviços do CAPS e aos de Clínicas Conveniadas, quanto aos aspectos mais amplos de gestão da saúde mental.

O descaso da política e da gestão de saúde mental:

“O pior serviço que pode existir na saúde é a saúde mental. Não pior pelos profissionais, porque eles são limitados. É muito complicado. O primeiro descaso tá na política. A política de saúde mental tá deixando muito a desejar. Eu não falo só isso como mãe, eu falo como profissional. Onde eu trabalho é um hospital, e a saúde mental lá não existe, não existe! Eu acho que os estudos sobre a saúde mental deixam a desejar. Eu acho que não levam a sério a saúde mental no Brasil. Sabe, ah, já chegou aquele louco, aquela louca que tá aí. Sabe, eu sou da área da saúde e é assim que eu vejo como mãe e como profissional. É muito triste, Edilene. Eu acho que a justiça tem mais responsabilidade, eu acho que a justiça tem mais política de responsabilidade com a saúde mental que a saúde mental propriamente dita” (Socorro -Linda).

O descaso do município:

“Por exemplo, quê que adianta a Defensoria me disponibilizar, tudo que ele pode fazer ele fez. A justiça determinou que ela tem que ser internada e o município não tem onde internar essa criatura! Se você for fazer um estudo no hospital que atende os doentes mentais aqui no município, você vai ficar desiludida. Não se tem espaço

físico, não se tem uma alimentação adequada, não se tem profissionais responsáveis! Eu tive um problema seríssimo com o médico que atendeu minha filha. Sério! Eu procurei a gestão da saúde. Eu faço parte, quando tem aquelas reuniões na Câmara eu venho, venho brigar pela saúde mental, não só pela minha filha, de quem vir. É um descaso muito grande. Não ter leito disponíveis pra tirar da crise?!” (Socorro- Linda).

O descompasso entre a proposta do CAPS e a sua realidade:

“E o que se oferece nesse CAPS é uma vergonha! Os CAPS que foram inventados é só pra inglês vê! No papel é muito bonito, mas na prática não funciona! O que você vê são profissionais estressadíssimos, a técnica de enfermagem fazendo serviço da terapeuta, a terapeuta fazendo serviço da psicóloga e você vai reclamar pra quem? É complicado, Edilene. A saúde mental, a saúde em si no Brasil tá por terra, e a mental pior ainda! Porque se é o físico, você quebra o braço, você vai no hospital, ah, não tem vaga? A família arranca não sei de onde, vai lá, paga um ortopedista e cola o seu braço, e o mental? Uma consulta com um profissional sério, me fugiu o termo, hoje está em torno de 400 reais, da onde você vai tirar isso? E depois, fazer consulta com particular você não pode pegar medicação na rede. Já fui funcionária da prefeitura também. Então, Edilene, eu conheço a coisa, assim, nas entranhas. A saúde mental, que é o que eu mais uso, né, até então o que eu mais usei até hoje, sinceramente...” (Socorro - Linda)

O descaso de profissionais e dos serviços conveniados de saúde:

“Tá existindo alguma coisa que tá deixando a desejar. E é com um profissional que é médico, você entendeu? E é muito complicado. Eu já cheguei até a fazer um boletim de ocorrência por maus tratos verbais desse profissional. Que, oh, eu tenho os meus direitos como cidadã, como mãe da paciente. Levei o caso pro CAPS. O que me explicaram? É um hospital que presta serviço pro SUS, ele não é do SUS e até então eu não sabia. É conveniado, onde que eu me senti barrada? Que eu fui no município pra levar a queixa, mas o município não é responsável por esse profissional. Então, teria que ser a equipe que contrata o serviço desse hospital. Aí você sabe que a burocracia e a hipocrisia moram lado a lado” (Socorro-Linda).

A ausência de profissionais em Comunidade Terapêutica Conveniada:

“Cinco meses e meio lá, e todo mês eu ia visitá-lo, eu e minha esposa. Cada visita que eu ia, eu via que não tinha progresso. E além de que não tinha progresso, eu não tinha um respaldo com profissionais, que nunca pegou e me chamou em uma mesa pra falar o que estava sendo feito ou não! A única coisa que eu via que tinha lá eram reuniões com ex dependentes químicos dando palestra, mas não era isso que eu queria. Eu queria conversar com pessoas responsáveis, tipo uma psicóloga, uma assistente, um médico, sabe? Fiquei quase seis meses ali, eu não conheci sequer uma assistente social, a não ser pelo telefone. Ah, esse mês seu filho precisa de cigarro, precisa de uma roupa, precisa daquilo e daquilo outro mais. Só isso! No mês que deram alta pra ele, uma alta esquisita pra ele, ele estava ruim! Eu cheguei a comentar meu filho não está bem! Meu filho não tá bom, ele vai ter alta mesmo assim? Ele tava com um olho assim, tava estático, aquele olho parado, aquele olho assim, parecia que ele tinha consumido droga aquele dia ali dentro da clínica” (Salvador- Júnior).

A crítica à ausência de fiscalização das clínicas por parte do Estado:

clínicas pra que recupere, começar a pôr, também, auditores e fiscais pra dar uma olhada nessas clínicas periodicamente, pra ver realmente o que tá acontecendo, e sentar na mesa e começar a conversar. Não deixar pra sentar na mesa pra conversar com o fulano de lá depois, o multidisciplinar depois. Faz uma conversa coletivamente e, depois conversar no individual, não custa nada (Salvador-Júnior).

Uma coisa, assim, que eu poderia estar sugerindo, não só pedir a internação e do juiz determinar, mas ter alguém pra fiscalizar essa internação. Alguém pra acompanhar, de longe, não precisa ser lá em cima. Mas acho que tá faltando um acompanhamento do judiciário em cima” (Socorro-Linda).