• Nenhum resultado encontrado

Neste breve roteiro por novas metodologias visuais e digitais na inves- tigação com crianças, procurámos enquadrá-las em problemas teóricos que sinalizam debates científicos de fundo e mostrar as suas potenciali- dades face a procedimentos convencionais.

Discutir metodologias em ciência nunca é um exercício neutro ou me- ramente técnico. A sua cumplicidade com a teoria e os problemas que constroem a realidade é uma exigência sem a qual as escolhas do inves- tigador carecem de fundamentação ou coerência. Mas a sua adequação a terrenos, sujeitos ou objetos concretos de investigação é uma necessi- dade de primeira ordem, da qual depende não só o sucesso da sua ope- racionalização (e portanto da obtenção de informação rigorosa, credível e relevante) como também a sua sustentabilidade ética. Não obstante o que as distingue, eis pois um traço comum à investigação com crianças ou com adultos.

Referências

Alderson, P. 2001. «Research by children: rights and methods». International Journal of So-

cial Research Methodology: Theory and Practice, 4 (2): 139-153.

Almeida, A. N. de. 2009. Para uma Sociologia da Infância. Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais.

Almeida, A. N. de, A. Delicado, N. A. Alves, e T. Carvalho. 2014. «Internet, children and space: revisiting generational attributes and boundaries». New Media & Society, DOI 10. 1177/1461444814528293: 1-18.

Almeida, A. N. de, A. Delicado, N. A. Alves, T. Carvalho, e D. Carvalho. 2015. Infâncias

Digitais. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.

Bagnoli, A., e A. Clark. 2010. «Focus groups with young people: a participatory approach to research planning». Journal of Youth Studies, 13 (1): 101-119.

Barker, J., e F. Smith. 2012. «What’s in focus? A critical discussion of photography, chil- dren and young people». International Journal of Social Research Methodology, 15 (2):91- -103.

Boyden, J., e J. Ennew. 1997. Children in Focus – a Manual for ParticipatoryResearch with

Children. Estocolmo: Save the Children Sweden.

Bragg, S. 2011. «’Now it’s up to us to interpret it’: ‘youth voice’ and visual methods». In

Researching Creative Learning: Methods and Issues, eds. P. Thomson e J. Sefton-Green.

Londres: Routledge, 88-103.

Campos, R. 2011. «Imagens e tecnologias visuais em pesquisa social: tendências e desa- fios». Análise Social, 199: 237-259.

Cardoso, G., R. Espanha, e T. Lapa. 2007. e-Generation: Os Usos de media pelas Crianças e

Jovens em Portugal. Lisboa: Obercom.

Christensen, P. e A. Prout. 2002. «Working with ethical symmetry in social research with children», Childhood, 9 (4): 477-497.

Cook, T., e E. Hess. 2007. «What the camera sees and from whose perspective: Fun meth - odologies for engaging children in enlightening adults». Childhood, 14 (1): 29-45. Einarsdottir, J. 2005. «Playschool in pictures: children’s photographs as a research meth -

od». Early Child Development and Care, 175 (6): 523-541.

Elden, S. 2012. «Inviting the messy: drawing methods and ‘children’s voices’». Childhood, 20 (1): 66-81.

Harden et al. 2000. «‘Can’t talk, won’t talk?’: Methodological issues in researching chil- dren». Sociological Research Online, 5 (2): 1-16.

James, A. 2007. «Giving voice to children’s voices». American Anthropologist, 109 (2): 261-272. Kellet, M. 2005. «Children as active researchers: a new research paradigm for the 21stcen-

tury?». ESRC, UK.

Komulainen, S. 2007. «The ambiguity of the child’s ‘voice’ in social research». Childhood, 14(1): 11-28.

Lally, E. 2002. At Home with Computers. Oxford: Berg.

Lapa, T. 2014. «A infância em rede: Media e quadros de existência infantis na Sociedade em Rede». Tese de doutoramento, Lisboa, ISCTE-IUL.

Leander, K. M., e K. K. Mckim. 2003. «Tracing the everyday ‘sitings’ of adolescents on the internet: a strategic adaptation of ethnography across online and offline spaces».

Education, Communication & Information, 3 (2): 211-240.

Livingstone, S., L. Haddon, A. Gorzig, e K. Olafsson. 2011. EU Kids Online. Final Report. Londres: LSE.

Luttrell, W. 2010. «‘A camera is a big responsibility’: a lens for analysing children’s visual voices». Visual Studies, 25 (3): 224-237.

Mackay, H. 2005. «New connections, familiar settings: issues in the ethnographic study of new media use at home». In Virtual Methods: Issues in Social Research on the Internet, ed. C. Hine. Oxford: Berg, 129-140.

Mallan, K. M., P. Singh, e N. Giardina. 2010. «The challenges of participatory research with ‘tech-savvy’ youth». Journal of Youth Studies, 13 (2): 255-272.

Mauthner, M. 1997. «Methodological aspects of collecting data from children: lessons from three research projects». Children and Society, 11 (1):16-28.

Murthy, D. 2008. «Digital ethnography: an examination of the use of new technologies for social research». Sociology, 42(5): 837–855.

Nic Gabhainn, S., e J. Sixsmith. 2006. «Children photographing well-being: facilitating participation in research». Children & Society, 20 (4): 249-259.

Pascoe, C. J. 2012. «Studying young people’s new media use: Methodological shifts and educational innovations». Theory Into Practice, 51 (2): 76-82.

Pauwels, L. 2010. «Visual Sociology reframed: an analytical synthesis and discussion of visual methods in social and cultural research». Sociological Methods & Research, 38 (4): 545-581.

Plowman, L. 2015. «Researching young children’s everyday uses of technology in the fa- mily home». Interacting with Computers, 27 (1): 36-46.

Plowman, L., e O. Stevenson. 2012. «Using mobile phone diaries to explore children’s everyday lives». Childhood, 19 (4): 539-553.

Ponte, C. et al. 2011. Crianças e Internet em Portugal. Coimbra: Minerva.

Punch, S. 2002. «Research with children: the same or different from research with adults?». Childhood, 9 (3): 321-341.

Qvortrup, J. 2004. «Macroanalysis of childhood». In Research with Children, eds. P. Chris- tensen e J. Allison. Londres: Routledge/Farmer, 77-97.

Rasmussen, K. 2004. «Places for children – Children’s places». Childhood, 11 (2): 155-173. Sarmento, M. 2014 «Metodologias visuais em ciências sociais». In Metodologia de Investi-

gação em Ciências Sociais da Educação, orgs. L. Torres e J. Palhares. Vila Nova de Fama-

licão: Humus, 197-238.

Sarmento, M., e R. Marchi. 2008. «Radicalização da infância na segunda modernidade: para uma sociologia da infância crítica». Configurações, 4: 91-113.

Soares, N. 2005. Infância e Direitos: Participação das Crianças nos Contextos de Vida – Repre-

sentações, Práticas e Poderes. Braga: UMinho.

Stokes, P. J. G. 2009. «Locating the ‘field site’ of the pro-anorexia movement», comuni- cação apresentada na The Second International Conference on Children, Youth & Families, Universitat Autonoma de Barcelona, Espanha.

Stokes, P. J. G. 2010. «Young people as digital natives: protection, perpetration and regu- lation». Children’s Geographies, 8 (3): 319-323.

Thomas, N. e C. O’Kane. 1998. «The ethics of participatory research with children». Chil-

dren and Society, 12(5): 336-348.

Trevisan, G. 2014. «‘Somos as pessoas que temos de escolher, não são as outras pessoas que escolhem por nós.’ Infância e cenários de participação pública: uma análise so- ciológica dos modos de codecisão das crianças na escola e na cidade». Tese de dou- toramento em Estudos da Criança, Braga: UMinho.

Valentine, G., e S. Holloway. 2002. «Cyberkids? Exploring children’s identities and social networks in online and offline worlds». Annals of the Association of American Geograp-

hers, 92 (2): 302.319.

Warming, H. 2011. «Getting under their skins? Accessing young children’s perspectives through ethnographic fieldwork». Childhood, 18 (1): 39-53.

Wilson, B. 2006. «Ethnography, the internet, and youth culture: Strategies for examining social resistance». Canadian Journal of Education, 29 (1): 307-328.

Daniel Meirinho

Outline

Documentos relacionados