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4.3 Campo do jornalismo

4.3.2 O paradigma da objetividade

A objetividade é uma ideologia dos profissionais do campo jornalístico já há algum tempo professada como valor da profissão. Esta objetividade diz ter origem na objetividade científica, no sentido de que, ao reportar os acontecimentos, os jornalistas se detém aos fatos e são imparciais. Schudson (1981) aponta que nem sempre esse termo fez parte dos vocabulários e das mentes dos jornalistas e que o acontecimento da I Guerra Mundial foi o responsável pela aparição e defesa da objetividade no jornalismo.

Dessa forma, o autor argumenta que a objetividade, como declarações validadas consensualmente, baseada na separação entre valores e fatos, não é uma extrapolação do empirismo científico ou do valor do fato, mas uma reação contra o ceticismo e uma resposta à sociedade democrática de mercado. Ele explica que, com a Grande Guerra, o mérito da democracia foi questionado e a imprensa e cientistas sociais se encontravam em um período de dúvidas e ceticismo sobre a realidade. Assim, a objetividade “não era a expressão final da crença nos fatos, mas a afirmação de um método desenhado para um mundo que até os fatos podem não ser confiáveis” (SCHUDSON, 1981, p. 122).

Schuson (1981) explica o desespero democrático que acarretava um pessimismo sobre o futuro da democracia. Citando publicações da época, o autor demonstra que o sentimento era de que a cidadania se constituía em um ideal insustentável, que punha muita esperança no povo e que a perda da autoridade era um problema da vida moderna. Com o crescimento de sistemas ditatoriais na Europa (Alemanha e Itália) e o desamparo aparente do governo americano (depressão econômica) nos anos de 1930, a sociedade de mercado democrática passa a olhar os

fatores com desconfiança. As próprias naturezas humanas e públicas eram colocadas em questão pela ciência, que via aparecer os campos da psicologia e da psiquiatria.

O autor explica que, existia, de forma geral, um mal-estar institucional em relação à democracia e a própria ciência ensinava a desconfiar de seus pressupostos: “a física, a biologia e a economia, todas elas encontram complexidade e aleatoriedade, em vez da simplicidade e ordem que um dia acreditaram estar presente no mundo. A história não mais acredita em fatos, mas apenas nos julgamentos subjetivos de historiadores” (SCHUDSON, 1981, p. 126, tradução nossa).

Essa desconfiança da própria razão toma diferentes formas e, na área política, ela decaiu sobre a sociedade democrática e as instituições representativas. Assim, o pensamento antiliberal da Europa ganha força entre alguns autores americanos. Um fator característico desse sentimento é a mudança nos significados de povo e opinião pública apontados por Schudson (1981). No início do século XIX, a opinião pública era a voz da classe média contra a aristocracia, enquanto naquele início de século XX, era a voz dos outros, uma grande massa urbana que não tem reivindicações para a classe média.

Esta mudança de postura da quanto à opinião pública tem influência no jornalismo. A classe média vê a necessidade de se distinguir do restante do público leitor e as classes profissional veem a opinião pública como irracional e manipulável. A postura em relação ao povo é, então, uma direção à razão e ao paternalismo. A desconfiança se relaciona com a redefinição da condição humana, em que não é mais apenas o homem branco que tinha voz. Direitos de crianças, imigrantes, negros, massas urbanas e, acima de tudo, mulheres, estavam agora no jogo político. Ao mesmo tempo em que o espaço das cidades ficava heterogêneo, a classe média migrou para os subúrbios urbanos e a fé na democracia estava perdendo espaço para o medo do irracional (as massas urbanas, os imigrantes e os judeus). Schudson (1981) explica que a expansão das interações sociais levou ao controle impessoal do sistema, a ponto de que com o crescimento da democracia (mais direitos, mais vozes) ocorria uma aparente falta de controle pelo povo.

O mesmo movimento ocorria na economia. A separação da propriedade da empresa ou da terra do controle do negócio, que passava a ser feito pelos gerentes acontecia enquanto o número de investidores pequenos e independentes crescia e, assim, não era preciso ser administrador do negócio para ser dono dele. Assim, as corporações controlavam as ofertas e demandas, e não os indivíduos. Assim, Schudson (1981) explica que aconteceu uma nova concepção de público na vida social, na política e na economia e a reconstrução política era

feita com base no movimento dos consumidores. A visão de uma sociedade em que os indivíduos agem de fora independente política e economicamente para descobrir fatos de forma a revelar a verdade estava abalada:

O sistema não funcionou. Os indivíduos independentes que suspostamente seriam os componentes do sistema não existiram. As corporações, e não os indivíduos, controlavam oferta e demanda; máquinas, e não os eleitores, controlavam as eleições; editores de jornal poderosos e as necessidades de entretenimento da massa, e não a busca pela verdade, que conduzia a imprensa. (SCHUDSON, 1981, p. 158).

Este ambiente de desconfiança é o pano de fundo em que os dois elementos-chave para o declínio dos fatos no jornalismo, no dizer de Schudson (1981), surgiram: o surgimento da área e do profissional de Relações Públicas (RP) e a propaganda de guerra. O RP surgia como uma profissão que respondia e formava o público, tido como irracional, espectador e consumidor. Esse profissional, apesar de sua grande influência no jornalismo, foi aceito na competição aberta de mercado. O jornalismo, apesar de dizer que o RP provocava a promoção de notícias que seriam propagandas, tinha em seus profissionais formados um grande número de profissionais à época. Além disso, o autor explica, a própria imprensa se tornou corresponsável pelo desenvolvimento das Relações Públicas, pois a falta de exatidão dos jornais e os hábitos irritantes dos repórteres incentivou o aumento do uso deste profissional por pessoas e organizações (SCHUDSON, 1981).

De qualquer forma, o trabalho do RP foi inserido e utilizado por empresas e governo, afetando a divisão do trabalho do jornalista, que não chegava mais “aos bastidores dos acontecimentos”. Os “furos” foram arrastados pelos releases e conferências. O governo, utilizou o profissional de RP, de forma especial durante a I Guerra Mundial e, assim, mantinha uma relação mais segura e controlável com a imprensa.

A propaganda de guerra, outro elemento chave para o declínio dos fatos, afirma Schudson (1987) levou a se pensar nas possibilidades de se direcionar a mente pública, sob o ponto de vista de que se poderia manipular as paixões coletivas. O trabalho dos jornalistas estava diretamente envolvido e influenciado na guerra. Os correspondentes de guerra sofriam com censura dos fatos que não poderiam publicar e muitos profissionais foram contratados com agentes de propaganda nos Estados Unidos e em outros países. Assim, houve um importante esforço de imprensa para escrever, coletar e distribuir informações favoráveis ao esforço de guerra.

Desta forma, a experiência de guerra, para o autor citado, foi fator decisivo para o declínio dos fatos no jornalismo e “nada poderia ter sido mais persuasivo do que a experiência de guerra no convencimento dos jornalistas estadunidenses que os fatos em si não podem ser

confiados. [...] durante e depois da guerra, jornalistas começaram a ver tudo como ilusões (SCHUDSON, 1981, p. 142). A profissão do jornalista teve seu valor questionado e se passava como refém dos assessores de imprensa.

O reconhecimento da subjetividade na imprensa acarretou diversas respostas do jornalismo, como a assinatura das matérias, a especialização dos jornalistas que dava ao profissional a capacidade de questionar as fontes e as reportagens interpretativas. As colunas de profissionais reconhecidos também passaram a circular nos jornais de forma que um colunista poderia escrever e vender seus escritos para diversos jornais (SCHUDSON, 1981). No entanto, se tornou necessário dar estrutura para os repórteres diários fazerem seu trabalho e serem respeitados pelos críticos. Daí surge a resposta da objetividade. A objetividade, para os profissionais e o ensino da profissão, veio para “resgatar” o jornalismo através da ciência.

Neste sentido, através da criação de dispositivos – criação de leis para tornar falsificação de documentos ilegal, identificação das fontes nas histórias, criação de institutos de pesquisa e profissionalização do jornalismo – a objetividade seria buscada, já que estava irreversivelmente reconhecida a subjetividade – de forma que a crença no profissional da imprensa não fosse sobremaneira abalada. Como valor profissional estabelecido em relação à subjetividade inerente a todos os seres humanos, “a objetividade no jornalismo parece ser destinada a ser tanto bode expiatório como uma crença e mais uma defesa estranha do que uma legitimação franca” (SCHUDSON, 1981, p. 158). O autor explica, ainda, que a objetividade se tornou necessária e camuflagem que tinha interesse de uma origem mais profunda, que era dissimular a decepção na modernidade.

O contexto de uso do valor da objetividade é estudado também por Tuchman (1999), que afirma que os jornalistas utilizam o argumento da objetividade para mitigar as pressões externas ao seu trabalho. Assim, para a autora, os profissionais utilizam da objetividade como um ritual estratégico para fins de proteção da profissão do jornalista. Ela explica que o valor se tornou um procedimento caracterizado como tática ofensiva para prevenir os ataques ou rebater críticas ao trabalho jornalístico. Desta forma, a objetividade é definida por estratégias de trabalho que os jornalistas identificam com as notícias objetivas: estruturação dos fatos de forma descomprometida, imparcial e impessoal.

Tuchman (1999) explica que as pressões que se busca minimizar com o uso da objetividade pelos jornalistas são a reprimenda de superiores, a pressão do deadline e processos difamatórios. Todas essas pressões trazem risco a atividade do jornalista. Os jornalistas escrevem textos conjeturando a opinião de seus superiores, que podem corrigir e refazer partes.

As reprimendas dos superiores em relação ao texto podem influenciar no cumprimento dos prazos estabelecidos e leitor interessado pode gerar processos judiciais contra os repórteres, o que afeta reputação do profissional e da empresa e, por consequência, influencia na venda.

Três são os fatores para definir um fato como objetivo pelos profissionais de imprensa, citados por Tuchman (1999): a forma (procedimentos formais relacionados ao aspecto), o conteúdo (senso comum e newsjudgement) e as relações inteorganizacionais. Desta forma, os jornalistas utilizam procedimentos estratégicos para demonstrar objetividade: são feitos os procedimentos de verificação dos fatos, apresentação de possibilidades conflituais, apresentação de provas auxiliares, uso judicioso das aspas (que é uma forma de prova complementar ao se está contando) e estruturação da informação numa sequência apropriada (pirâmide invertida). A organização do noticiário em partes destinadas a “fatos” e “análises” também pretendem tornar o jornal objetivo.

A autora explica que o ritual é utilizado para assegurar que o jornalista possa dar sua versão dos fatos, os defendendo de possíveis críticas. Por exemplo, o uso das aspas pode, na verdade, tem o objetivo de transmitir a visão do jornalista através de uma outra pessoa. No caso da organização dos fatos de acordo com a pirâmide invertida, ainda é claro que, no final das contas, quem decide o que é mais importante e que deve ser apresentado primeiro – o lead – é o jornalista.

As afirmações de senso comum partilhado também são consideradas objetivas e assim, o jornalista não precisa demonstrá-las ou coloca-las em aspas, se tornando um outro fator de objetividade, já que ele determina se uma informação pode ser aceita como fato (TUCHMAN, 1999). O newsjudgement, que seria a perspicácia profissional, aponta Tuchman (1999) é outro fator para definição do fato como objetivo, pois ele leva a três generalizações: a maioria das pessoas é interessada e deve provar sua fiabilidade, as fontes formais possuem informações mais confiáveis e a validade de uma afirmação é avaliado conforme as informações que o jornalista possui sobre as organizações sobre as quais escreve.

No entanto, a autora explica que os procedimentos formais, mesmo usados estrategicamente, sugerem que, na verdade, a objetividade não é alcançada. Esse ritual infere que existe percepção seletiva e a noção de que fato fala por si. Dessa forma, os procedimentos formais podem ser instrumentos para que o jornalista possa dar a sua visão dos fatos, mesmo que inconscientemente, limitados pela política editorial e implicam que a análise seja ponderada e definitiva.

É considerando a impossibilidade de se alcançar este valor tão professado pelo jornalismo que Hacket (1999) fala da queda do paradigma da objetividade. O autor, apesar de dizer que ela ainda deve ser considerada, por ser importante para a história e o entendimento da profissão, afirma que se deve tentar estudar a mídia de forma diferente e dá soluções para o estudo de notícias e do jornalismo, sem mais ser necessário procurar se o veículo é objetivo ou imparcial.

Nesse sentido, sobre as investigações a respeito da imparcialidade dos veículos de comunicação, Hacket (1999) apresenta quatro pressupostos segundos os quais esse tipo de pesquisa se baseia: a notícia pode ser objetiva e um reflexo da realidade; as ações políticas dos jornalistas e editores são fatores determinantes para a parcialidade; a leitura pode detectar a parcialidade, que tem sua forma mais importante o partidarismo; e os conceitos de orientação estruturada e de efetividade ideológica são mais adequados do que o de parcialidade partidária. Estes pressupostos são, na verdade, desafios para a pesquisas que se debruçam sobre os veículos de imprensa.

Dessa forma, as pesquisas sobre a parcialidade no jornalismo buscam apontar a falta de equilíbrio entre pontos de vista concorrentes e a distorção tendenciosa e partidária da realidade. Estas pesquisas, de acordo com Hacket (1999), se encontram marcadas pelo uso de termos como preferencial, unilateral e parcial em oposição a iguais, igualitário, neutros e justo (que denotariam o desequilíbrio); e deturpado, distorcido, indireto, estereotipado em oposição a franco, exato e verídico. Estes estudos consideram os critérios de noticiabilidade consagrados e a imparcialidade como padrão de avaliação, como se a mídia fosse capaz de ser um reflexo justo e igualitário do mundo.

Pesquisas que consideram a objetividade um valor alcançável e padrão para análise do jornalismo, sugerem, ainda, que os fatos podem ser separados das opiniões e dos juízos de valor, de maneira que a imprensa cobriria as diferentes perspectivas de forma equilibrada. Neste contexto de objetividade, os preconceitos políticos e as atitudes sociais do jornalista ou do corpo executivo editorial seriam os maiores obstáculos a um relato equilibrado do mundo real.

Hacket (1999) contesta a objetividade e parcialidade/imparcialidade como padrões de avaliação para os estudos sociológicos sobre a imprensa e argumenta que, na verdade, o chamado equilíbrio noticioso pregado por alguns veículos leva os jornalistas a consagrarem as definições de realidade social dominantes na arena política eleitoral. Ele cita Altheide (1976) para dizer que o modo de organização do trabalho jornalístico descontextualiza os acontecimentos para depois contextualizá-los artificialmente de acordo com a perspectiva da

notícia. A mídia, então, ajuda a construir a realidade, produzindo pseudo-acontecimentos e influenciando as próprias tendências sociais e políticas as quais refletem.

Uma abordagem que avança, diz Hacket (1999), se comparada com os estudos que buscam apontar a objetividade nos veículos de comunicação, é a das interpretações organizacionais das notícias, que focam nas condições de produção nas notícias, como já explicado neste capítulo. No entanto, para o autor, este tipo de abordagem organizacional não interpreta de forma eficiente os determinantes externos ou o contexto de produção jornalística, ignorando de forma particular a relação entre estratificação político-social e a notícia.

Apesar da quebra do paradigma, a parcialidade e a objetividade estão tão impregnados aos estudos dos media noticiosos que ignorá-los provocaria isolamento. Nesse sentido, o autor sugere as seguintes linhas de pesquisa para estudar esses conceitos no conteúdo midiático jornalístico: investigar a política retórica da parcialidade de forma a identificar quem, quando e por que se levanta o problema da questão pesquisada e os interesses que a veiculam, acrescentado o impacto na produção jornalística; e outra com o objetivo de desmistificar e analisar a origem histórica, filosófica e político-econômica da objetividade jornalística.

Outra solução paras as pesquisas sobre a produção de notícias apontada por Hacket (1999) é se pensar no papel determinante da ideologia no fazer jornalístico. Para ele, este tipo de abordagem é mais abrangente do que o conceito de parcialidade e mais eficaz do que as perspectivas organizacionais. Nesse sentido, o autor apresenta três concepções sobre a ideologia, como sistema de ideias, valores e proposições característico de uma classe social aproximam o conceito de uma estrutura que paira sobre uma base econômica. Para o autor, estudar a ideologia que ordena a produção jornalística é mais eficiente do ponto de vista de demonstrar os sistemas em que a mídia está inserida e que afetam na produção oferecida ao público.

Umas das relações que o autor faz sobre a ideologia, uma é particularmente interessante para o nosso estudo, que é a ideologia como enquadramento. Hacket (1999) destaca a visão de Gitlin (1980) de enquadramentos, segundo o qual são “padrões persistentes de cognição, interpretação, apresentação, seleção, ênfase e exclusão, através dos quais aqueles que trabalham os símbolos organizam geralmente o discurso, tanto verbal como visual” (p. 120-121).

Para o estudo proposto, como visto, a objetividade jornalística, além de ser um mecanismo de defesa procedimental dos profissionais e forma de sustentar a atividade em vista do reconhecimento da subjetividade na produção de notícias, é uma questão relativamente superada. Mas não se pode deixar de considerar a grande influência da estrutura do campo

jornalístico e dos fatores externos sobre a produção de notícias. Esta estrutura faz com que o profissional jornalista e as empresas de mídia acionem quadros simbólicos gerais para o processo de contar estórias. A investigação destes quadros é o que se busca na pesquisa proposta.

Neste capítulo, foram tratadas as perspectivas sob as quais é possível fazer a análise do fenômeno social do jornalismo e da produção de notícias. Sendo assim, optou-se por utilizar o conceito de campos de produção cultural como modelo para investigar como funcionam os mecanismos, motivações, agentes e relações intercampos aos quais o campo do jornalismo está sujeito. Tendo o campo jornalístico como campo de produção simbólica, apresentou-se as explicações sociológicas para o bem simbólico por ele produzido: a notícia. Além disso, se fez necessária uma revisão sobre o conceito de objetividade, tido como valor essencial do campo jornalístico, e as suas particularidades, bem como a sua real adequação para os estudos sobre a produção de notícias.

Dessa forma, é possível observar que o jornalismo não se encontra imune das forças e estrutura de atuação do seu próprio campo e dos campos com os quais mantém relação, de maneira especial a este estudo, o campo dos economistas brasileiros. Considerando as circunstâncias e contextos nos quais a produção jornalística, especialmente econômica, está inserida, a pesquisa proposta buscará, então, esclarecer como é o tratamento dispensado ao BNDES pela imprensa. A abordagem do Banco pela imprensa será analisada conforme os enquadramentos e as vozes utilizados no conteúdo jornalístico que tenha a Instituição como objeto. Para isso, a pesquisa empírica terá o trajeto metodológico explanado no capítulo a seguir.

5 METODOLOGIA

Este capítulo apresenta a metodologia e os procedimentos metodológicos que foram utilizados para a realização do estudo. Para estudar a forma como a imprensa tratou o BNDES nos governos Lula e FHC, considerando as diferenças entre as linhas de atuação do Banco nesses governos, foi aplicada a análise de enquadramentos.Sendo assim, faz-se uma definição conceitual de enquadramento e da análise que se deverá ser aplicada sobre os dados obtidos. A seguir, são expostos os procedimentos metodológicos executados durante o trabalho de tratamento e análise dos dados.