• Nenhum resultado encontrado

Parecer CNE/CP nº 2/2015 e da Resolução CNE/CP nº 2/2015

3.3 A INTERDISCIPLINARIDADE NOS DOCUMENTOS OFICIAIS PARA A

3.3.2 Parecer CNE/CP nº 2/2015 e da Resolução CNE/CP nº 2/2015

Do Parecer CNE/CP nº 2, aprovado em 9 de junho de 2015, resultou a Resolução CNE/CP nº 2, de 1º de julho de 2015, que define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a formação continuada. A aprovação e homologação do Parecer

CNE/CP nº 2/2015 e da Resolução CNE/CP nº 2/2015, do Conselho Nacional de Educação, estão em sintonia com o PNE (2014 – 2024).

Dourado (2015, 2016b), como relator final dos documentos, aponta na sua avaliação que o grande desafio é garantir a efetivação com a materialização nos termos previstos no Parecer e respectiva resolução do CNE, pois compreende que o campo da formação de professores é de disputas de concepções de projetos de formação.

Antes de passarmos para a análise dos documentos buscando inferências de orientações e diretrizes acerca da interdisciplinaridade na formação de professores, apresentamos alguns destaques gerais apontados por estudiosos da área especializada:

 Dourado (2015, 2016b) destacou a organicidade da legislação ao conjugar, num mesmo documento, princípios e eixos formativos dos projetos de formação inicial e continuada, bem como do fomento a uma maior articulação entre as instituições de educação superior e de educação básica, entendidas como espaços de formação.

 Freitas (201564, 201665) apontou que a nova legislação trouxe avanços à medida que incorporou no texto final, questões e políticas atinentes à formação inicial e continuada, carreira, salários e condições de trabalho, condições importantes para a valorização da profissão e do trabalho. Outro destaque do documento é a consolidação da formação para docência e para gestão pedagógica como área de formação para todas as licenciaturas e não mais só para Pedagogia (Art.7, 8,10 e 11). A autora também destacou a organicidade apresentada no documento e que pauta o processo formativo.

64

Palestra proferida no dia 22 de setembro de 2015 às 19h30 no auditório do Centro de Artes, da Universidade Federal de Pelotas – UFPel, intitulada ―Formação de Professores no Ensino Superior: novas diretrizes curriculares nacionais para a formação inicial em nível superior.

65

Palestra proferida na mesa redonda do II Congresso Iberoamericano de Humanidades, Ciências e Educação, no dia 20 de maio de 2016, 15h30min, no Auditório Ruy Hulse da Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC, intitulada Diretrizes Nacionais de Formação de Professores.

 Brzezinski (2015)66 apontou que a nova legislação contemplou avanços parciais à medida que manteve a base da formação nas práticas e não nos conhecimentos.

As Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a formação continuada – DCNFP67 – enfatizam e requerem das instituições de educação superior projetos próprios de formação, por meio da necessária articulação entre Educação Básica e Superior, a serem traduzidos, de maneira articulada, no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), no Projeto Pedagógico Institucional (PPI) e nos Projetos Pedagógicos de Curso (PPC).

A centralidade conferida à Base Comum Nacional68 como referência para os processos formativos, bem como o aumento da carga horária (Unificação da carga horária de todas as licenciaturas em 3.200 h e aumento das horas de prática: 400 h de estágio e mais 400 horas de prática como componente curricular), são aspectos ressaltados como avanço para o campo (FREITAS, 201569,201670; DOURADO, 2015, 2016b; BRZEZINSKI, 201571).

A Resolução CP/CNE nº 2/2015 define que os cursos de formação inicial para os profissionais do magistério para a educação básica, em nível superior, compreendem: I) cursos de graduação de licenciatura; II) cursos de formação

66 Palestra proferida no XII Congresso Nacional de Educação – EDUCERE, no dia 28 de outubro de

2015, às 8h 30, na Pontifícia Universidade Católica do Paraná, intitulada Desafios e perspectivas para formação e profissionalização docente.

67

Para este trabalho assumiremos a sigla DCNFP – para referenciar as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a formação continuada, Resolução CNE/CP nº 2/2015 e também para diferenciar das Diretrizes anteriores.

68

As DCNs ao prever a BNC como princípio orientador dos processos formativos atende a demanda histórica de entidades do campo educacional. Cabe ressaltar que a Base Comum Nacional – BCN defendida pela ANFOPE é diferente da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) defendida pelo Ministério da Educação e União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime). A comunidade científica e profissional da área de educação, representada por ANPEd, ANFOPE, FORUMDIR, CEDES, ANPAE, posicionam-se contrários a BNCC.

69

Palestra proferida no dia 22 de setembro de 2015 às 19h30 no auditório do Centro de Artes, da Universidade Federal de Pelotas – UFPel, intitulada ―Formação de Professores no Ensino Superior: novas diretrizes curriculares nacionais para a formação inicial em nível superior.

70

Palestra proferida na mesa redonda do II Congresso Iberoamericano de Humanidades, Ciências e Educação, no dia 20 de maio de 2016, 15h30min, no Auditório Ruy Hulse da Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC, intitulada Diretrizes Nacionais de Formação de Professores.

71 Palestra proferida no XII Congresso Nacional de Educação – EDUCERE, no dia 28 de outubro de

2015, às 8h e 30 min, na Pontifícia Universidade Católica do Paraná, intitulada Desafios e perspectivas para formação e profissionalização docente.

pedagógica para graduados não licenciados e III) cursos de segunda licenciatura. Para o presente trabalho, trataremos da formação inicial em cursos de graduação de licenciatura.

Encontramos evidências no tocante às orientações e diretrizes acerca da interdisciplinaridade na formação de professores, bem como de recomendações que nos auxiliem a compreender a criação e implementação das Licenciaturas Interdisciplinares às quais apresentaremos a seguir.

Destacamos que o art. 24 define que ―Os cursos de formação inicial de professores para a educação básica em nível superior, em cursos de licenciatura, organizados em áreas interdisciplinares, serão objeto de regulamentação suplementar‖, ou seja, embora as Licenciaturas Interdisciplinares devam adaptar-se às DCNFP, receberão regulamentação suplementar72. Podemos inferir que há, por parte dos legisladores, uma compreensão da especificidade da formação ofertada por esses cursos e da necessidade de receber uma maior atenção quanto à sua regulamentação. O que é um avanço para o campo, percebendo-o na sua complexidade e não o equiparando aos demais processos formativos.

O Capítulo I apresenta as Disposições Gerais das DCNFP, dentre elas, a definição dos cursos de formação de professores que serão regulamentados por essa resolução, a saber: ―Art. 2° (..) poderão ser diferentes áreas do conhecimento e com integração entre elas, podendo abranger um campo específico e/ou interdisciplinar‖. Ao afirmar que a formação de professores poderá ocorrer nesses diferentes formatos, as DCNFP validam os processos formativos que se apresentam diferentes do que tradicionalmente têm se posto para a formação de professores, tais como os modelos disciplinares. Consideramos que apresentação contida no art. 2° anuncia e legitima a interdisciplinaridade na formação de professores.

Ainda no Capítulo II, o art. 3, parágrafo 5°, apresenta os princípios da formação de professores, dentre eles, que a formação tenha um projeto formativo ―sob uma sólida base teórica e interdisciplinar‖ (ART. 3°, § 5º, VII). Já o parágrafo 6°, desse mesmo artigo, determina que o projeto formativo contemple uma sólida formação teórica e interdisciplinar dos profissionais. Com isso, as DCNFP garantem que a interdisciplinaridade seja contemplada no projeto formativo, como princípio, e no processo formativo, através da formação interdisciplinar. Ou seja, as DCNFP

72

garantem: 1- que a formação tenha um projeto (seja planejada); 2 - que esse projeto tenha por base também a interdisciplinaridade e que contemple uma formação que, além de teórica, seja interdisciplinar. Na continuidade da análise do documento, buscaremos inferências sobre essa formação interdisciplinar.

O Capítulo II, que trata da Formação dos profissionais do magistério, determina que a formação, seja ela inicial seja continuada, assegure a execução da Base Comum Nacional73, explicitada nos artigos que compõem esse capítulo. Dessa forma, consta no art. 5° e seus incisos, princípios dessa base, dentre eles a integração e interdisciplinaridade curricular e a garantia de condições para que o egresso possa realizar um trabalho coletivo e interdisciplinar, dentre outros. Com isso, tem-se no capítulo I a sinalização de uma formação interdisciplinar, no capítulo II a sinalização da interdisciplinaridade curricular, além de outras condições que favoreçam a realização de um trabalho coletivo e interdisciplinar pelo egresso.

Ainda no Capítulo II, consta no art. 6° a indicação de que todas as atividades que se referem à formação inicial e continuada, inclusive os conhecimentos, dentre deles os conhecimentos interdisciplinares, devem observar o estabelecido na legislação e nas regulamentações em vigor para os respectivos níveis, etapas e modalidades da educação nacional. Com isso, as DCNFP afirmam a existência de diferentes atividades e conhecimentos que compõem a formação de professores, dentre eles, conhecimentos interdisciplinares, contribuindo para superar concepções que refletem uma simplificação da formação de professores. Acreditamos que, ao referenciar as diferentes atividades e conhecimentos, as DCNFP demarcam que a formação de professores é complexa e que possui conhecimentos próprios.

O Capítulo III trata do(a) egresso(a) da formação inicial e continuada, que deverá possuir um repertório de informações e habilidades fundamentado no princípio de interdisciplinaridade, dentre outros princípios. Destaca-se o parágrafo único, do art. 7°, o qual compromete que o projeto formativo contemple diferentes características e dimensões, da iniciação à docência, entre as quais: [...] o desenvolvimento de ações que valorizem o trabalho coletivo, interdisciplinar [...]. Com isso, as DCNFP demarcam que é tarefa das licenciaturas, das IES e seus respectivos projetos formativos desenvolver o futuro educador para que valorize o

73Conforme Brzezinski (2011, p. 84), a Base Comum Nacional ―[...] constitui-se em um conjunto de

eixos norteadores da organização curricular, entendidos como princípios orientadores das condições de formação que deveriam estar presentes nos processos formativos [...]‖.

trabalho coletivo, interdisciplinar e dele participe efetivamente. Ademais, demarca também o princípio da interdisciplinaridade no processo formativo do egresso.

Especificamente do(a) egresso(a) dos cursos de formação inicial em nível superior, consta no art. 8º, inciso IV, desse capítulo, que esse deverá ―[...] dominar os conteúdos específicos e pedagógicos e as abordagens teórico-metodológicas do seu ensino, de forma interdisciplinar e adequada às diferentes fases do desenvolvimento humano‖. Com isso, as DCNFP demarcam que a interdisciplinaridade será a abordagem principal dos conteúdos, tanto com a perspectiva epistemológica quanto com a perspectiva metodológica dos cursos de formação de professores, pois, para que o egresso tenha o domínio dos aspectos apontados, devemos voltar-nos para a sua formação e perceber se ao longo do seu projeto formativo são contemplados aspectos que lhe oportunizem esses domínios. Trata-se da coerência do que o projeto formativo prevê e do que realmente oferta para o egresso.

No Capítulo IV, que trata da formação inicial do magistério da educação básica em nível superior, ainda encontramos orientações de como organizar a formação. Assim, o art. 12 apresenta os núcleos que constituirão os cursos de formação de professores, a saber: I - núcleo de estudos de formação geral, das áreas específicas e interdisciplinares, e do campo educacional, seus fundamentos e metodologias, e das diversas realidades educacionais; II - núcleo de aprofundamento e diversificação de estudos das áreas de atuação profissional, incluindo os conteúdos específicos e pedagógicos e o III - núcleo de estudos integradores para enriquecimento curricular.

Destacamos que o núcleo I, em sua alínea a, orienta que os estudos indicados para esse núcleo articulem princípios, concepções, conteúdos e critérios oriundos de diferentes áreas do conhecimento, agregando os conhecimentos pedagógicos, específicos e interdisciplinares. Nesse tópico, encontramos uma indicação de onde partiria o conhecimento interdisciplinar, ao afirmar que são oriundos das diferentes áreas do conhecimento, o que até o presente momento não havia ficado claro no texto legal, conforme Capítulo II, art. 6°.

No Capítulo V, encontramos orientações para a estrutura e currículo dos cursos de formação. Destaca-se, desse capítulo, o art. 13, que orienta que os cursos de formação inicial de professores para a educação básica em nível superior, em cursos de licenciatura, podem ser organizados em áreas especializadas, por

componente curricular ou por campo de conhecimento e/ou interdisciplinar e serão estruturados por meio da garantia de base comum nacional das orientações curriculares.

Desse artigo, primeiramente ressaltamos a validação que as DCNFP conferem a outros modelos de formação para além da tradicional área especializada, tais como: campo de conhecimento e/ou interdisciplinar. Com isso, podemos pensar que as DCNFP fazem o movimento de legalizar os cursos já existentes nessas outras modalidades, incluídas aqui as Licenciaturas Interdisciplinares. As deliberações contidas nesse artigo corroboram com a análise anterior, em que afirmávamos que a Resolução CNE/CP nº 2/2015 garante uma fundamentação legal mínima para o desenvolvimento desses cursos. Consideramos que o fato da normativa trazer essa menção é um avanço, pois até então não havia oficialmente uma normativa que regulamentasse as Licenciaturas Interdisciplinares, para além da revogada Resolução CNE/CP n°1/2002, que normatizava os cursos de licenciatura.

Outro destaque do artigo para os cursos por campo de conhecimento e/ou interdisciplinar é quanto à sua estruturação. Assim como os demais cursos de licenciatura, a Resolução CNE/CP nº 2/2015 define que esses cursos serão estruturados por meio da garantia de base comum nacional das orientações curriculares.

Embora apareça somente nas DCNFP de 2015, a ―sólida base teórica e interdisciplinar‖ é uma reivindicação antiga da ANFOPE, mais precisamente do início da década dos anos 1980. No documento final do Encontro Nacional da ANFOPE, realizado em Belo Horizonte – MG, em 1992, encontramos a seguinte conceituação: ―[...] A formação teórica implica valorizar o aumento das relações entre as várias disciplinas que capacitam o educador teoricamente (interdisciplinaridade)‖ (ANFOPE, 1992, p. 14). O fato de aparecer princípios da BCN contemplados no principal documento orientador da formação de professores é considerado uma conquista para a área.

Feitas as análises individuais de cada documento, passaremos à análise comparativa, evidenciando similaridades, continuidades e distanciamentos com relação à interdisciplinaridade na formação de professores, apresentadas no quadro 4.

Similaridades/continuidades Distanciamentos

 Há indicação da

interdisciplinaridade na formação de professores nos documentos das Diretrizes analisados.  Apresentação de propostas de

estruturação dos cursos: o primeiro conjunto de documentos constituídos pela Resolução CNE/CP n° 1/2002 e pelo Parecer CNE/CP nº 09/2001 apresenta eixos articulados a dimensões. Já o segundo conjunto de documentos constituídos pela Resolução CNE/CP nº 2/2015 e pelo Parecer CNE/CP nº 02/2015, apresenta núcleos que constituirão a formação. Em ambos os conjuntos de documentos verificou-se a inclusão da interdisciplinaridade tanto como eixo como núcleo de estruturação dos cursos de formação de professores.  Valorização da preparação do

futuro professor para um trabalho interdisciplinar e um trabalho coletivo na sua atuação na escola.

 Um primeiro distanciamento refere-se às bases que assentam a interdisciplinaridade nos documentos: enquanto nas Diretrizes de 2001 a base da interdisciplinaridade está assentada na Educação Básica, as DCNFP de 2015 assentam-se na BCN.  Um segundo distanciamento identificado refere-se ao

desenvolvimento da proposta de interdisciplinaridade na formação. Enquanto o primeiro conjunto de documentos propõe atividades, estudos, estratégias didáticas que privilegiem utilização da abordagem interdisciplinar, o segundo conjunto de documentos aponta a

interdisciplinaridade como um dos princípios do processo formativo do professor. Por isso, no primeiro conjunto entendemos que as normativas fomentam o desenvolvimento de cursos disciplinares com atividades interdisciplinares. Já para o segundo conjunto de documentos, fomenta o desenvolvimento de cursos não só disciplinares como interdisciplinares e por áreas de conhecimento, conforme podemos observar no art. 13 e art. 24 da Resolução CNE/CP nº 2/2015.

 Sobre a realização de cursos interdisciplinares e/ou por áreas do conhecimento, o Parecer CNE/CP nº 09/2001 aponta a necessidade de se discutir a formação de professores para algumas áreas de conhecimento como Ciências Naturais ou Artes, entretanto, o documento apresenta dúvidas e incertezas sobre esse processo formativo. Já a Resolução CNE/CP nº 2/2015 é bem clara ao sinalizar no art. 13 que os cursos de formação de professores podem se organizar em áreas

especializadas, por componente curricular ou por campo de conhecimento e/ou interdisciplinar. No art. 24, o documento indica que esses cursos serão objeto de regulamentação suplementar. Com esse artigo, o documento percebe a complexidade da organização desse processo formativo e demarca sua especificidade não o equiparando aos demais cursos.

 Enquanto a Resolução CNE/CP n° 1/2002 assume como base epistemológica da formação de professores as competências, a Resolução CNE/CP nº 2/2015 assume como base epistemológica a ―sólida base teórica e interdisciplinar que pauta a Base Nacional Comum‖. Quadro 4 – Análise comparativa entre as Resoluções CNE/CP n° 1/2002 e CNE/CP nº 02/2015 Fonte: Elaborado pela pesquisadora

4 PERCURSO METODOLÓGICO: ORIENTAÇÕES DO CAMINHAR

Neste capítulo, delineamos o caminho seguido para realização da pesquisa expondo os percursos e instrumentos metodológicos utilizados e que deram suporte à investigação. Nessa pesquisa, interessa-nos responder: Como se configura o

processo de implementação e desenvolvimento dos cursos de formação inicial de professores em nível superior, as Licenciaturas Interdisciplinares, no cenário nacional?

Trata-se de um trabalho investigativo com abordagem qualitativa. Nossa pesquisa é caracterizada como um estudo qualitativo à medida que utiliza como base da pesquisa produções textuais (textos dos documentos, das descrições das entrevistas, teóricos, interpretação dos questionários) cujo objetivo não é só conhecer o objeto explicando seus elementos, mas também interpretá-lo e compreendê-lo no contexto onde está inserido e nas suas relações (MORAES; GALIAZZI, 2013).