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CAPÍTULO II DA PREVIDÊNCIA SOCIAL BRASILEIRA

2.3 Áreas de abrangência da Previdência Social

2.3.4 Planos de custeio e benefícios da Previdência Social

O custeio e os benefícios dos programas de Previdência Social são definidos em lei, não sendo possível alterá-los, visto que, tecnicamente, são elaborados sobre uma base financeira e atuarial que se supõe capaz de suportar os encargos com os benefícios que o sistema se propõe a conceder e manter para toda a população previdenciária, previstos na sua grade protetiva.

A Constituição Federal de 1988 definiu no § 5º do art. 195 que “Nenhum benefício ou

serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente

fonte de custeio total.”.

Pode-se assim dizer que as obrigações previdenciárias são impostas ao contribuinte, independentemente de qualquer ato que derive de sua vontade ou opção e, como consequência, os benefícios destinados a esses mesmos contribuintes constituem direitos perenes para si ou para os membros de sua família, consolidados a partir da configuração do estado ou situação individual com o direito positivo plenamente configurado.

Ao ser colocado à disposição dos segurados, estabeleceu-se caráter compulsório para as contribuições previdenciárias, a fim de que o sistema se auto-sustentasse e consolidasse, assim, o que já chamamos de princípio da solidariedade e pacto de gerações.

Dessa forma, a manutenção da regularidade das contribuições previdenciárias por parte dos contribuintes constitui fator de essencial importância para o sistema, principalmente, com vistas ao estabelecimento da saúde e do equilíbrio de suas finanças. Isto irá permitir-lhe dar cumprimento às obrigações sociais perante a grande massa de inativos e pensionistas.

A previsão legal para os aspectos das obrigações previdenciárias que se encontra inserida na Lei nº. 8212/91 deriva da Constituição Federal, art. 195, I, a a c e o caput do art. 201, adiante transcrito:

Art.195 - A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:

I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: (Redação pela Emenda Constitucional 20/98 - D.O.U. 16.12.98)

a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; (Acrescido pela Emenda Constitucional 20/98 - D.O.U. 16.12.98);

b) a receita ou o faturamento; (Acrescido pela Emenda Constitucional 20/98 - D.O.U. 16.12.98);

c) o lucro; (Acrescido pela Emenda Constitucional 20/98 - D.O.U. 16.12.98). d) A receita proveniente de importação, na forma da Emenda 42/2003 que

alterou o artigo 146 da CF/88.

A arrecadação das contribuições previdenciárias decorrente das folhas de salários e demais pagamentos realizados por carnês são administrados pelo Instituto Nacional do Seguro

Social – INSS.

Os tributos e as contribuições sociais federais, entre eles, o Imposto de Renda, o

Programa de Integração Social – PIS, a Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido – CSSLL,

a Contribuição Social para Financiamento da Seguridade Social – Cofins e, recentemente, o

imposto de importação definido pela Emenda Constitucional n.º 42/2003, destinados à manutenção da Seguridade Social são arrecadados e administrados pela Secretaria da Receita Federal, não tendo o INSS, sobre tais valores, qualquer gerência ou competência para arrecadar ou promover a sua destinação.

No caso específico da Previdência Social, constitucional e ordinariamente, o seu plano de custeio poderia ser demonstrado da seguinte forma:

Quadro 03 - Resumo das Principais Fontes de Financiamento da Previdência Social

Fontes de Financiamento da Previdência Social Empregados

Domésticos

Avulsos Autônomos

Pessoas Físicas Contribuintes individuais Empregador rural

Empresários Facultativo Urbana Especiais

Pessoas Jurídicas Empresas em geral

Clientela Vinculada

Produtores com empregados Pessoas Físicas Trabalhadores sem empregados

Diaristas, meeiros, safreiros etc. Rural

Agroindústria Pessoas Jurídicas

Agrocomércio etc.

Organização: PEREIRA, José Maercio, 2012.

Em breve demonstração, na sequência pode-se explicitar os percentuais com que arcam as pessoas físicas em relação às suas hipóteses de incidência da contribuição previdenciária, que é a contraprestação pelo exercício da atividade remunerada, assalariada ou não. Vejamos:

Quadro 04 – Quadro Sinótico de Contribuições das Pessoas Físicas

Demonstrativo de Contribuição das Categorias de Pessoas Físicas

Categoria Base de Incidência Salário de Contribuição

Empregado Trab. Remunerado

Sobre a remuneração efetiva recebida da empresa, 8%, 9% ou 11%, conforme a faixa salarial.

Doméstico Trab. Remunerado

Sobre a remuneração efetiva recebida do Empregador Doméstico, 8,00% - 9% ou 11%, conf. a faixa salarial, mais 12% do Empregador. Empresário Trab. Remunerado Sobre retiradas recebidas da empresa, 11%.

Autônomo Trab. Remunerado Sobre valores recebidos da empresa, 11%. Sobre recolhimento direto no carnê, 20%. Empregador

Rural Trab. Remunerado e Venda do Produto Rural

Recolhimento direto no carnê, 20%. Sobre a venda do produto Rural,

Avulso Trab. Remunerado Sobre a remuneração efetiva recebida da Associação ou Sindicato, 8%, 9%, ou 11%. Especial Venda do Prod. Rural Sobre a venda do Produto rural, 2,3% sem limite.

Facultativo Opção por Recolhimento

Sobre o valor definido entre o salário-mínimo e o limite máximo do salário de contribuição, 20%

Organização: PEREIRA, José Maercio, 2012.

Como se depreende, a forma de contribuição para o sistema previdenciário nacional dos contribuintes pessoas físicas está intimamente ligada a particularidades do exercício profissional de cada uma das categorias de contribuinte.

No que reporta às pessoas jurídicas, a questão ligada ao custeio previdenciário se nos apresenta de forma mais complexa, visto que são as principais repassadoras das contribuições descontadas daqueles que lhes prestam serviços, entre eles os empregados, os autônomos, os empresários e os avulsos.

Os encargos suportados pelas empresas podem ser demonstrados pelo quadro seguinte que envolve, além das contribuições que são suas, as que se destinam a terceiros, que são entidades e fundos, para os quais a empresa tem o ônus de recolher contribuições por meio da Previdência Social, que o repassa a cada um deles, segundo a sua atividade social, prevista nos seus contratos, estatutos sociais, convenções etc. Vejamos na sequência:

Quadro 05 - Alíquotas por código FPAS (Fundo de Previdência e Assistência Social) Código do FPAS Alíquotas (%) Prev. Social GIIL- RAT Salário-

Educação INCRA SENAI SESI SENAC SESC SEBRAE DPC Fundo

Aeroviário SENAR SEST SENAT SESCOOP Total para terceiros 0001 0002 0004 0008 0016 0032 0064 0128 0256 0512 1024 2048 4096 507 20 Variá- vel 2,5 0,2 1,0 1,5 0,6 5,8 507 Cooperativa 20 Variá- vel 2,5 0,2 0,6 2,5 5,8 515 20 Variá- vel 2,5 0,2 1,0 1,5 0,6 5,8 515 Cooperativa 20 Variá- vel 2,5 0,2 0,6 2,5 5,8 523 20 Variá- vel 2,5 0,2 2,7 531 20 Variá- vel 2,5 2,7 5,2 540 20 Variá- vel 2,5 0,2 2,5 5,2 558 20 Variá- vel 2,5 0,2 2,5 5,2 566 20 Variá- vel 2,5 0,2 1,5 0,3 4,5 566 Cooperativa 20 Variá- vel 2,5 0,2 0,3 2,5 5,5 574 20 Variá- vel 2,5 0,2 1,5 0,3 4,5 574 Cooperativa 20 Variá- vel 2,5 0,2 0,3 2,5 5,5 582 20 Variá- vel 590 20 Variá- vel 2,5 2,5 604 2,5 0,2 2,7 612 20 Variá- vel 2,5 0,2 0,6 1,5 1,0 5,8 612 Cooperativa 20 Variá- vel 2,5 0,2 0,6 2,5 5,8

620 20 1,5 1,0 2,5 639 647 2,5 0,2 1,5 0,3 4,5 655 20 Variá- vel 2,5 2,5 663 20 Variá- vel 2,5 0,2 1,0 1,5 0,6 5,8 671 20 Variá- vel 2,5 0,2 1,0 1,5 0,6 5,8 680 20 Variá- vel 2,5 0,2 2,5 5,2 736 22,5 Variá- vel 2,5 0,2 2,7 744 Seg. Especial 2,0 0,1 0,2 0,2 744 Pessoa Física 2,0 0,1 0,2 0,2 744 Pessoa Jurídica 2,5 0,1 0,25 0,25 744 Agroindústria 2,5 0,1 0,25 0,25 779 5,0 787 20 Variá- vel 2,5 0,2 2,5 5,2 787 Cooperativa 20 Variá- vel 2,5 0,2 2,5 5,2 795 20 Variá- vel 2,5 2,7 2,5 7,7 795 Cooperativa 20 Variável 2,5 2,7 2,5 7,7 825 2,5 2,7 5,2 868 2,5 0,2 1,0 1,5 0,6 5,8 Fonte: IN-INSS/100/2003.

Para melhor compreensão dos elementos inseridos neste quadro, é de todo importante verificarmos as definições correspondentes a cada um dos códigos do Fundo de Previdência e

Quadro 06 - Códigos FPAS – Fundo de Previdência e Assistência Social

Código FPAS DISCRIMINATIVO

507

INDÚSTRIA - TRANSPORTE FERROVIÁRIO e de CARRIS URBANOS (inclusive Cabos Aéreos) EMPRESA METROVIÁRIA - EMPRESA DE TELECOMUNICAÇÕES - OFICINA GRÁFICA DE EMPRESA JORNALÍSTICA - ESCRITÓRIO E DEPÓSITO DE EMPRESA INDUSTRIAL - INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL - ARMAZENS GERAIS - FRIGORÍFICO - SOCIEDADE COOPERATIVA - TOMADOR DE SERVIÇO DE TRABALHADOR AVULSO - contribuição sobre a remuneração de trabalhador avulso vinculado à indústria.

515

COMÉRCIO ATACADISTA - COMÉRCIO VAREJISTA - AGENTE AUTÔNOMO DO COMÉRCIO - COMÉRCIO ARMAZENADOR - TURISMO E HOSPITALIDADE (inclusive salão de barbeiro, instituto de beleza, empresa de compra, venda, locação e administração de imóvel, engraxate, empresa de asseio e conservação, sociedade beneficente e religiosa etc.)

ESTABELECIMENTO DE SERVIÇO DE SAÚDE (hospital, clínica, casa de saúde, laboratório de pesquisas e análises clínicas, cooperativa de serviço médico, banco de sangue, estabelecimento de ducha, massagem e fisioterapia e empresa de prótese)

- COMÉRCIO TRANSPORTADOR, REVENDEDOR, RETALHISTA DE ÓLEO DIESEL, ÓLEO COMBUSTÍVEL E QUEROSENE (exceto quanto aos empregados envolvidos diretamente na atividade de transporte - Dec. 1.092/94 - FPAS 612).

EMPRESA E SERVIÇOS DE PROCESSAMENTO DE DADOS - ESCRITÓRIO, CONSULTÓRIO OU LABORATÓRIO DE PROFISSIONAIS LIBERAIS CONSÓRCIO - AUTO ESCOLA - CURSO LIVRE - LOCAÇÕES DIVERSAS - PARTIDO POLÍTICO - EMPRESA DE TRABALHO TEMPORÁRIO - SOCIEDADE COOPERATIVA - TOMADOR DE S

523

SINDICATO OU ASSOCIAÇÃO PROFISSIONAL DE EMPREGADO, TRABALHADOR AVULSO OU EMPREGADOR, PERTENCENTE A ATIVIDADE OUTRORA NÃO VINCULADA AO ex-IAPC

531

INDÚSTRIA DE CANA-DE-AÇÚCAR - DE LATICÍNIO - DE BENEFICIAMENTO DE CHÁ E MATE - DA UVA - DE EXTRAÇÃO E BENEFICIAMENTO DE FIBRAS VEGETAIS E DE DESCAROÇAMENTO DE ALGODÃO - DE BENEFICIAMENTO DE CAFÉ E DE CEREAIS - DE EXTRAÇÃO DE MADEIRA PARA SERRARIA, DE RESINA, LENHA E CARVÃO VEGETAL - MATADOURO OU ABATEDOURO DE ANIMAL DE QUALQUER ESPÉCIE E CHARQUEADA (excluídos os empregados das empresas deste código que atuem diretamente na produção primária de origem animal e vegetal).

AGROINDÚSTRIAS DE PISCICULTURA, CARCINICULTURA, SUINOCULTURA E AVICULTURA, setor industrial (a partir de 11/2001) - SETOR INDUSTRIAL DA AGROINDÚSTRIA que se dedique apenas ao florestamento e reflorestamento como fonte de matéria-prima para industrialização própria mediante a utilização de processo industrial que modifique a natureza química da madeira ou a transforme em pasta celulósica, a partir de setembro/2003, na forma dos §§ 6º e 7º do art. 22 da Lei nº 8.212/1991.

540 EMPRESA DE NAVEGAÇÃO MARÍTIMA, FLUVIAL OU LACUSTRE - AGÊNCIA DE

ADMINISTRAÇÃO E EXPLORAÇÃO DE PORTOS - SERVIÇOS PORTUÁRIOS - ÓRGÃO DE GESTÃO DE MÃO DE OBRA - EMPRESA DE CAPTURA DE PESCADO (inclusive armador de pesca em relação aos empregados envolvidos na atividade de captura de pescado e do escritório).

558

EMPRESA AEROVIÁRIA, INCLUSIVE TÁXI-AÉREO - EMPRESA DE SERVIÇO AÉREO ESPECIALIZADO - EMPRESA DE TELECOMUNICAÇÕES AERONÁUTICAS - IMPLANTAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO, OPERAÇÃO E EXPLORAÇÃO DE INFRA- ESTRUTURA AEROPORTUÁRIA E DE SERVIÇOS AUXILIARES - EMPRESA DE FABRICAÇÃO, REPARO E MANUTENÇÃO OU REPRESENTAÇÃO DE AERONAVE, SUAS PEÇAS E ACESSÓRIOS - EMPRESA DE EQUIPAMENTO AERONÁUTICO. -

566

EMPRESA DE COMUNICAÇÃO - EMPRESA DE PUBLICIDADE - EMPRESA JORNALÍSTICA - EMPRESA DE DIFUSÃO CULTURAL E ARTÍSTICA - ESTABELECIMENTO DE CULTURA FÍSICA - ESTABELECIMENTO HÍPICO - ESCRITÓRIO, CONSULTÓRIO DE PROFISSIONAL LIBERAL - SINDICATO OU

ASSOCIAÇÃO DE PROFISSIONAL, EMPREGADO OU EMPREGADOR,

PERTENCENTE A ATIVIDADE OUTRORA VINCULADA AO ex-IAPC - CONDOMÍNIO - CRECHE -CLUBES RECREATIVOS E ASSOCIAÇÕES DESPORTIVAS - COOPERATIVA

574 ESTABELECIMENTO DE ENSINO - SOCIEDADE COOPERATIVA

582

ÓRGÃO DO PODER PÚBLICO (União, Estado, Distrito Federal e Município, inclusive suas respectivas Autarquias e as Fundações com personalidade jurídica de direito público.) - ORGANISMO OFICIAL BRASILEIRO E INTERNACIONAL do qual o Brasil seja membro efetivo e mantenha, no exterior, brasileiro civil que trabalha para a união ainda que lá domiciliado e contratado.

REPARTIÇÃO DIPLOMÁTICA BRASILEIRA sediada no exterior que contrata auxiliares locais - MISSÃO DIPLOMÁTICA OU REPARTIÇÃO CONSULAR de carreira estrangeira e órgão a ela subordinado no Brasil, ou a membro dessa missão e repartição, observadas as exclusões legais (Decreto-Lei nº 2.253/85), ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL - CONSELHO DE FISCALIZAÇÃO DE PROFISSÃO REGULAMENTADA - EMPRESA QUE CONTRATA NO BRASIL BRASILEIRO PARA PRESTAR SEVIÇOS NO EXTERIOR.

590 CARTÓRIO, oficializado ou não.

604

PRODUTOR RURAL, inclusive na atividade de criação de pescado em cativeiro, em relação a todos os seus empregados - CONSÓRCIO SIMPLIFICADO DE PRODUTORES RURAIS - AGROINDÚSTRIA não relacionada no caput do art. 2º do Decreto-Lei nº 1.146/70 (relativamente aos segurados e envolvidos no processo de produção própria, setor rural), a partir da competência novembro/2001, exceto as sociedades cooperativas e agroindústrias de piscicultura, carcinicultura, suinocultura e avicultura, exceto a prestação de serviços a terceiros - SOCIEDADE COOPERATIVA DE PRODUÇÃO RURAL (relativamente em relação aos segurados contratados para a colheita da produção de seus cooperados), a partir da competência novembro/2001.

TOMADOR DE SERVIÇO DE TRABALHADOR AVULSO - contribuição sobre a remuneração de trabalhador avulso vinculado à área rural

612 EMPRESA DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO - EMPRESA DE TRANSPORTE DE

DE PETRÓLEO (exclusivamente em relação à folha de pagamento dos empregados envolvidos diretamente na atividade de transporte) - SOCIEDADE COOPERATIVA

620

TOMADOR DE SERVIÇO DE TRANSPORTADOR RODOVIÁRIO AUTÔNOMO (contribuição previdenciária a cargo da empresa tomadora e a contribuição descontada do transportador autônomo para o SEST e o SENAT).

639 ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTÊNCIA SOCIAL .

647

ASSOCIAÇÃO DESPORTIVA QUE MANTÉM EQUIPE DE FUTEBOL

PROFISSIONAL, em qualquer modalidade desportiva e CLUBE DE FUTEBOL PROFISSIONAL - contribuição descontada dos empregados, atletas ou não, e as destinadas a outras entidades ou fundos.

655 EMPRESA DE TRABALHO TEMPORÁRIO (Lei nº 6.019/74) - contribuição sobre a folha de salários do trabalhador temporário.

680 ÓRGÃO GESTOR DE MÃO DE OBRA com relação a contribuição sobre a remuneração de trabalhador avulso vinculado à Diretoria de Portos e Costas.

736

BANCO COMERCIAL - BANCO DE INVESTIMENTO - BANCO DE DESENVOLVIMENTO - CAIXA ECONÔMICA - SOCIEDADE DE CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO SOCIEDADE DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO - SOCIEDADE CORRETORA.

DISTRIBUIDORA DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS - EMPRESA DE ARRENDAMENTO MERCANTIL - SOCIEDADE COOPERATIVA DE CRÉDITO - EMPRESA DE SEGURO PRIVADO E DE CAPITALIZAÇÃO (inclusive seguro saúde) - AGENTE AUTÔNOMO DE SEGURO PRIVADO E DE CRÉDITO - ENTIDADE DE PREVIDÊNCIA PRIVADA (aberta e fechada).

744

CONTRIBUIÇÃO SOBRE A RECEITA BRUTA PROVENIENTE DA

COMERCIALIZAÇÃO DA PRODUÇÃO RURAL , a ser recolhida: a) PELA EMPRESA ADQUIRENTE, CONSUMIDORA, CONSIGNATÁRIA OU COOPERATIVA, b) PELO PRODUTOR RURAL PESSOA FÍSICA , quando venderem seus produtos no varejo, diretamente ao consumidor ou a adquirente domiciliado no exterior, c) PELO PRODUTOR RURAL PESSOA JURÍDICA - CONTRIBUIÇÃO DA AGROINDÚSTRIA incidente sobre a receita bruta proveniente da comercialização da produção própria e adquirida de terceiros, industrializada ou não, a partir de novembro/2001, exceto as sociedades cooperativas e as agroindústrias de piscicultura, carcinicultura, suinocultura e avicultura.

779

ASSOCIAÇÃO DESPORTIVA QUE MANTÉM EQUIPE DE FUTEBOL PROFISSIONAL - contribuição de 5% da receita bruta, decorrente de espetáculo desportivo de que participe em todo território nacional em qualquer modalidade, inclusive jogos internacionais, a ser recolhida pela ENTIDADE PROMOTORA DO EVENTO (federação ou confederação), e de QUALQUER FORMA DE PATROCÍNIO, LICENCIAMENTO DE USO DE MARCAS E SÍMBOLOS, PUBLICIDADE, PROPAGANDA E TRANSMISSÃO DE ESPETÁCULOS DESPORTIVOS, a ser recolhida pela empresa ou entidade patrocinadora.

787

SINDICATO, FEDERAÇÃO E CONFEDERAÇÃO PATRONAL RURAL - ATIVIDADE COOPERATIVISTA RURAL - COOPERATIVA RURAL não enquadrada no Decreto-Lei nº 1.146/70.

empregados que atuem diretamente na produção primária de origem animal ou vegetal) PRESTADOR DE MÃO DE OBRA RURAL LEGALMENTE CONSTITUÍDO COMO PESSOA JURÍDICA, a partir de 08/94 - PRODUTOR RURAL PESSOA JURÍDICA, inclusive a AGROINDÚSTRIA, na prestação de serviços rurais ou agroindustriais, a partir de novembro/2001.

795

AGROINDÚSTRIA enquadrada no Decreto-Lei nº 1.146/70 (somente em relação aos empregados que atuem diretamente na produção primária de origem animal ou vegetal) – AGRO-INDÚSTRIAS de piscicultura, carcinicultura, suinocultura e avicultura, a partir de novembro/2001(somente em relação aos empregados que atuem diretamente na produção primária de origem animal ou vegetal) -. COOPERATIVA RURAL enquadrada no Decreto- Lei nº 1.146/70. AGROINDÚSTRIA que se dedique apenas ao florestamento e reflorestamento como fonte de matéria-prima para industrialização própria mediante a utilização de processo industrial que modifique a natureza química da madeira ou a transforme em pasta celulósica, a partir de setembro/2003, na forma dos §§ 6º e 7º do art. 22 A da Lei nº 8.212/1991.

825

AGROINDÚSTRIA relacionada no caput do art. 2º do Decreto-Lei nº 1.146/70, a partir da competência novembro/2001, exceto as sociedades cooperativas e agroindústrias de piscicultura, carcinicultura, suinocultura e avicultura - TOMADOR DE SERVIÇO DE TRABALHADOR AVULSO - contribuição sobre a remuneração de trabalhador avulso vinculado à agroindústria relacionada no caput do art. 2º do Decreto-Lei nº 1.146/70.

868

AGROINDÚSTRIA não relacionada no caput do art. 2º do Decreto-Lei nº 1.146/70, a partir da competência novembro/2001, relativamente aos segurados envolvidos no processo de produção própria, setor industrial, exceto as sociedades cooperativas e agroindústrias de piscicultura, carcinicultura, suinocultura e avicultura - TOMADOR DE SERVIÇO DE TRABALHADOR AVULSO - contribuição sobre a remuneração de trabalhador avulso vinculado à agroindústria não relacionada no caput do art. 2º do Decreto-Lei nº 1.146/70. - Exclui-se deste código a prestação de serviços a terceiros.

EMPREGADOR DOMÉSTICO - instituído para possibilitar o depósito do FGTS do empregado doméstico por meio da GFIP.

Fonte: IN/INSS/100/2003.

O Código FPAS indica a atividade social da empresa. Por exemplo, o código 515, que aparece na tabela de alíquotas, na tabela seguinte terá a sua definição e o que representa.

Vejamos que o código 515 aplica-se às empresas ligadas ao “COMÉRCIO ATACADISTA -

COMÉRCIO VAREJISTA - AGENTE AUTÔNOMO DO COMÉRCIO - COMÉRCIO ARMAZENADOR - TURISMO E HOSPITALIDADE (inclusive salão de barbeiro, instituto de beleza, empresa de compra, venda, locação e administração de imóvel, engraxate, empresa de asseio e conservação, sociedade beneficente e religiosa etc.).

- ESTABELECIMENTO DE SERVIÇO DE SAÚDE (hospital, clínica, casa de saúde, laboratório de pesquisas e análises clínicas, cooperativa de serviço médico, banco de sangue, estabelecimento de ducha, massagem e fisioterapia e empresa de prótese)

- COMÉRCIO TRANSPORTADOR, REVENDEDOR, RETALHISTA DE ÓLEO DIESEL, ÓLEO COMBUSTÍVEL E QUEROSENE (exceto quanto aos empregados envolvidos diretamente na atividade de transporte - Dec. 1.092/94 - FPAS 612).

- EMPRESA E SERVIÇOS DE PROCESSAMENTO DE DADOS - ESCRITÓRIO, CONSULTÓRIO OU LABORATÓRIO DE PROFISSIONAIS LIBERAIS CONSÓRCIO - AUTO ESCOLA - CURSO LIVRE - LOCAÇÕES DIVERSAS - PARTIDO POLÍTICO - EMPRESA DE TRABALHO TEMPORÁRIO - SOCIEDADE COOPERATIVA -

TOMADOR DE S”

A segunda coluna nos traz as alíquotas a que essas empresas, enquadradas nos códigos FPAS estão sujeitas. Por exemplo, a atividade 515 está sujeita a 20% sobre os valores pagos a qualquer pessoa que lhes preste serviços, com vínculo empregatício ou não. Essas alíquotas variam desde zero até 20 por cento.

Na terceira coluna da tabela de alíquotas, para todos os códigos FPAS vemos a expressão Variável. Para identificação dessa alíquota que se presta a acobertar os riscos de

acidentes do trabalho (RAT ou Gilrat – Grau de Incidência Laboral dos Riscos de Acidentes

do Trabalho), teremos que recorrer ao cartão do CNPJ da empresa, verificando nele o Código

Nacional da Atividade Econômica – CNAE, atribuído pela Receita Federal à empresa,

segundo o seu objeto e atividade social. Uma vez conhecido esse código, teremos que buscar a alíquota correspondente nos atos que tratam de enquadramento das empresas.

Muito embora a tabela de alíquotas para custeio dos acidentes do trabalho pelas empresas exista há décadas, a partir da competência julho de 1997 - Decreto nº. 2.173, de

05/03/97 – Regulamento da Organização e do Custeio da Seguridade Social – ROCSS, foi

publicado o último enquadramento de taxa de acidentes do trabalho de acordo com o CNAE. De novembro de 1991 até junho de 1997, utiliza-se a tabela criada pela Lei nº. 8.212/91, regulamentada pelo Decreto nº. 356/91, atualizada pela Ordem de Serviço nº. 57, de 20/11/92. As alíquotas para contribuição do Acidente do Trabalho estão relacionadas ao grau de risco a que as empresas submetem os seus empregados e a tabela que as obriga a contribuir sobre determinada alíquota pode ser vista no quadro adiante, cujo fundamento legal se

encontra no art. 22, II, alíneas a, b e c, da Lei nº. 8212/199191. Vejamos:

91 Lei 8212/1991, Art. 22. A contribuição a cargo da empresa, destinada à Seguridade Social, além do disposto

no art. 23, é de: II - para o financiamento do benefício previsto nos arts. 57 e 58 da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, e daqueles concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho, sobre o total das remunerações pagas ou creditadas, no decorrer do mês, aos segurados empregados e trabalhadores avulsos: (Redação dada pela Lei nº 9.732, de 1998).

a) 1% (um por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante o risco de acidentes do trabalho seja considerado leve;

Quadro 07 - Demonstrativo dos graus, denominação de seus riscos e respectivas alíquotas

Grau Risco Alíquota

1 Leve 1%

2 Médio 2%

3 Grave 3%

Organização: PEREIRA, José Maercio, 2012.

A relação de atividades trazida pelo último decreto é enorme em face de uma infinidade de especificidades, que podem ser desenvolvidas pelas empresas existentes no país. Adiante, somente à guisa de exemplificação, reproduziremos uma diminuta parte da tabela que envolve esse procedimento.

Quadro 08 - Demonstrativo dos riscos segundo a CNAE – Classificação Nacional de Atividades Econômicas

Tabela RAT - Risco Acidente do Trabalho

RELAÇÃO DE ATIVIDADES PREPONDERANTES E CORRESPONDENTES GRAUS DE RISCO (CONFORME A CLASSIFICAÇÃO NACIONAL DE ATIVIDADES ECONÔMICAS)

CNAE 2.0 Descrição Alíquota

0111-3/01 Cultivo de arroz 3

0111-3/02 Cultivo de milho 3

0111-3/03 Cultivo de trigo 2

0111-3/99 Cultivo de outros cereais não especificados anteriormente 3

0112-1/01 Cultivo de algodão herbáceo 3

0112-1/02 Cultivo de juta 3

0112-1/99 Cultivo de outras fibras de lavoura temporária não especificadas anteriormente 3

0113-0/00 Cultivo de cana-de-açúcar 3 0114-8/00 Cultivo de fumo 3 0115-6/00 Cultivo de soja 3 0116-4/01 Cultivo de amendoim 2 0116-4/02 Cultivo de girassol 2 0116-4/03 Cultivo de mamona 3

Fonte: Decreto 3048/1999 – Anexo V.

b) 2% (dois por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado médio; c) 3% (três por cento) para as empresas em cuja atividade preponderante esse risco seja considerado grave.