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8Por exemplo: Maomé identificou-se com energias provenientes de GEBURAH, isto é, a Sephira da

No documento Curso Completo Alta Magia (páginas 87-90)

Décimo Segundo Mandamento

8Por exemplo: Maomé identificou-se com energias provenientes de GEBURAH, isto é, a Sephira da

Severidade, de Marte, de Hórus. Portanto, a religião do Islã tende ao senso guerreiro. Já “Jesus”, identificou-se com TIPHARETH, a Sephira do Sol, de Osíris, Mitra.

Deve-se considerar as sociedades e as épocas em que cada um deles viveu, suas dificuldades de expressar o fenômeno vivido ou ainda as peculiaridades de suas interpretações pessoais daquilo que vislumbraram. Do mesmo modo que existe no mundo atual as antipatias, o amor e a amizade, o mesmo ocorria naquelas regiões. Eventualmente o homem de hoje poderá se defrontar com legiões de criaturas hostis.

Essa hostilidade ocorre devido ao simples fato de que certas regiões com suas energias, são contrárias aos padrões estabelecidos (religiosos ou sociais), os quais todos são condicionados durante a formação de seus egos.

Ultrapassando tais condicionamentos do ego, o ser se tornará livre para qualquer tipo de experiência mágica ou mística. Ao contrário do que se supõe, tais entidades hostis não são malignas, pois não existirá nessa hostilidade qualquer sentimento pessoal envolvido.

Não se deve esquecer que tais entidades são moradores dos desconhecidos e fantásticos mundos interiores da Alma humana, energias negativas reinantes. Essas entidades ou energias, são erroneamente consideradas como perversas (diabos ou demônios), sendo-lhes suas características malignas criadas pelos ignorantes teólogos. Mas elas são incontestavelmente idênticas aos deuses, e devem ser classificadas como exóticos moradores de países mais afastados, conseqüentemente menos conhecidos.

Em síntese, tanto os deuses quanto os demônios, existem no âmago do ser humano, sendo puras energias que ainda não são conhecidas pela psique humana, apresentando-se à tela da mente sob formas diversas.

Assim sendo, não se deve jamais exaltar deuses em detrimento de demônios ou fazer o contrário. O Caminho que se deve percorrer é o de aprender como conhecê-los e de como unificá-los em perfeito equilíbrio.

“Essa é a Tarefa do Iniciado, do Homem livre”.

O homem necessita, para seu próprio equilíbrio mental e físico, lidar com seus deuses e com seus demônios. Todo ser humano possui em particular o seu desconhecido Universo, cheio de energias, o Mundo dos Arquétipos – seu campo de ação, seu Jardim Edênico, seu Reino Encantado, onde ele é o Rei ou Deus. Todos os seres existem como concentrações de energias, semelhantes a ilhas interligadas pelo mar eterno do Cosmo, que é um fio de unidade básica. A harmonia Universal rege todos os destinos. Sendo assim, pode-se afirmar que todos, em certo nível de consciência, vivem em estado de empatia uns com os outros. A mente consciente ordinária não percebe em seu estado normal, esta constante comunicação, mas nem por isso o inconsciente deixa de senti-la e experimentá-la.

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Este é o Reino do DEUS-HOMEM ou DEUS-MULHER, IHVH (Jeovah), onde Ele é o Criador, o Conservador e o Destruidor, o Onipresente e o Onisciente.

Por enquanto, na maior parte da humanidade, esses reinos apresentam-se como um espaço assustador, indefinido e inexplorado.

O início do contato consciente com aquela região é exatamente aquilo que a tradição, chama de INICIAÇÃO. Portanto a Iniciação é o começo de uma nova fase ou atitude para com a vida, a entrada em um novo tipo de existência. Sua característica é a abertura da mente ao conhecimento de outros níveis de consciência.

Iniciar-se é lançar-se numa longa e eletrizante viagem aos planos internos da Alma humana, onde o Iniciado defronta-se CONSIGO MESMO, e permanece em contato com o seu VERDADEIRO SER. Essa viagem ao Interior da Terra, (3VITRIOL), essa inédita exploração, deve ser realizada por etapas e em muitos casos,

inicialmente sob supervisão direta de alguém com experiência.

Nota 3 – Visita Interiorem Terrae Rectificandoque Invenies Occultum Lapidem” – Uma Antiga Insigna Rosacruz que significa Visita ao Interior da Terra, retificando, acharás a Pedra Oculta”

Entretanto o uso de um guia não constitui regra rígida, ao contrário, deve ser evitada. O ser humano possui potencialidades muito além do imaginado, estando perfeitamente apto a entrar solitariamente por este caminho. Seu guia ou seu guru será Ele Mesmo.

A partir de determinadas etapas, somente ele e mais ninguém, poderá andar e avançar. Nesses transes, qualquer intromissão pode resultar no fracasso.

Assim sendo, é bem melhor que ele, logo de início, aprenda a trilhar solitário o seu Próprio Caminho Interno. Mestres e Gurus que procuram, de uma maneira direta ou indireta, influenciar na Vontade de outros homens são charlatões. A maior blasfêmia que se pode cometer é abrir mão da própria Vontade, entregando-se a de outrem que não seja o seu DEUS INTERNO.

Liguagem do mundo interno

Enquanto no Plano Material existem as palavras escritas e faladas como veículo de comunicação, nas regiões internas elas pouco valem, a não ser as palavras sagradas. Ali o Mago estará no Reino do Simbolismo que transmite percepções profundas, muito além do intelectualismo. Ali encontra-se coisas ainda desconhecidas pela mente puramente externa e impossíveis de serem transmitidas por qualquer linguajar mundano.

Os símbolos, diferentemente das palavras, transmitem conceitos de uma maneira toda especial, incompreensível para a mente carnal. Estes conceitos tocam as próprias essências das coisas as quais se referem:

“O símbolo impulsiona para além de si mesmo na direção de um sentido ainda mais distante, incompreensível, obscuramente pressentido e que nenhuma palavra poderia exprimir de forma satisfatória”. (Jung).

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Nos Planos Além da Mente, os símbolos superam as palavras, não estando, como estas, subjugadas às convenções puramente arbitrárias.

São os símbolos entidades vivas, possuindo existência própria e representando, nessas regiões, seres reais e tangíveis.

Do acima dito, pode-se perceber claramente quão temerárias são as interpretações dos símbolos unicamente baseadas nos parâmetros do intelecto.

Dentro deste contexto, tome a Cruz Latina com o exemplo.

De início vem a concepção de sacrifício, calcada na apoteótica e alegórica cena do Calvário. Mas esta interpretação encontra-se longe, muito longe, do Real Significado deste particular símbolo.

A experiência leva aos profundos “insights”, que somente são percebidos e apreendidos mediante um profundo mergulho no silencioso mundo interno, após compreender o símbolo como um ser vivo, dinâmico.

Esta será uma das muitas lições que o Aspirante terá o prazer de aprender individualmente, se desejar viajar com segurança através daqueles Mundos Além da Mente. Os Símbolos, sejam geométricos, sonoros, ou cores, possuem mais força que mil palavras em nosso reduzido linguajar.

O simbolismo está intimamente ligado à Cabala e se desenvolve nos diversos níveis dos Reinos Internos, variando na razão direta do maior ou menor grau de Consciência.

Há, por exemplo, grande diferença entre o Pentagrama normal e seu avesso, devido o início do seu traçado. Há também muita diferença entre uma cruz negra e uma Dourada.

Pequenos e sutis detalhes devem ser atentamente observados pelo aspirante que se lança nesta aventura, pois pequenos detalhes podem transformar de maneira radical o significado de um símbolo.

Mesmo palavras ritualísticas não devem ser tomadas pela concepção formada pelo alinhamento de suas letras. Para se absorver o mais íntimo significado de qualquer simbologia que se apresente, o aspirante terá que meditar intensamente sobre seus símbolos, observá-los internamente, permitir que seu mundo interno surja e traga das profundezas de sua Alma a Luz que Ilumina, excluindo todo conceito anteriormente condicionado pelos estudos literários.

É um trabalho penoso e difícil que requer enorme e intensa paciência e vontade, contra a qual a mente indisciplinada rebelar-se-á constantemente até que seja, num esforço supremo, aniquilada.

Mas será um trabalho que valerá a pena realizar, pois, persistindo nele, um dia virá em que, num relâmpago, a Luz Iluminará a pura essência das coisas e tudo desvelar-se-á diante de Si. Então perceberá que ele sempre esteve vivo no limiar de sua consciência, pois sempre foram uma única e só coisa.

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“Durante o caminhar pelo deserto do seu próprio ego, o Aspirante será guiado

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