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ironia da economia.

Futuro e passado

partilhando a mesma

rodovia.

Livrocorpo sempre

mostrando, na sua

história, evoluções.

Capítulo 7/16 01:06:05/02:00:53 Idem ao primeiro.

com por t am ent o da plat eia, que agora int erfer e na at uação, no desenvolvim ent o e na finalização dos espet áculos t eat rais.

De Volt a a Heiner Müller ( 1929 - 1995) com o j á m encionam os ant er ir m ent e foi dram at ur go, com o t am bém escr it or e dir et or e um dos m ais, im port ant e represent ant e do t eat ro alem ão do século XX. Her deir o dos ensinam ent os e por t a- voz da ar t e de Ber t old Brecht t rabalhou t am bém em conj unt o com Rober t Wilson em m uit os espet áculos, que per passaram e inicit aram a r upt ura do dram a com o t ext o.

Müller est im ulava os espect ador es e os leit or es de suas obras a par t icipar em da ação nar rat iva com o coaut or es, m as não com a int enção de educá- los e m uit o m enos sensibilizá- los, m as sim , com t ot al at r evim ent o de quest ioná- los sobr e a posição que t inham diant e de um a nar rat iva lacunar — um a cit ação dir et a de DDI para ident ificar a nar rat iva lacunar.

Em DDI percebem os um ciclo de evolução e de revolução quando iniciam os a leit ura do t ext o v isual, logo de inicio percebem os um a t ent at iva de descrição para um a possível localização do espaço- t em po da hist ór ia, m as na sequência da leit ura- encenação, a descr ição se rom pe, e som os bom bar deados com inúm eras im agens que est ão lá, m as que ao m esm o t em po não se conect am com o r est ant e no enr edo, com o por

Descrição de Imagem

O que vai acont ecer na mesa de pernas cruzadas com a frut eira cheia e o copo de vinho derrubado quebrado, onde ainda ondeia o rest o de um líquido negro, que pingando sobre a mesa e além da borda se espalha sobre o chão embaixo da mesa e se abre em poças, a cadeira de espaldar alt o à frent e t em uma part icularidade: suas quat ro pernas est ão amarradas a meia alt ura com um arame, como que a evit ar que desabe, uma segunda cadeira est á jogada à direit a at rás da árvore, o espaldar quebrado, a prot eção de arame só um Z, não um quadrilát ero, t alvez uma t ent at iva ant erior de fixação, que peso quebrou a cadeira, desest abilizou a out ra, um assassinat o t alvez, ou um at o sexual selvagem.

exem plo, quando lem os a apar ição do pássar o não se sabe se é um abut r e ou um pavão ou “ pavão ou um abut r e com cabeça de pavão”.

A ident ificação do pássaro42 é im pedida por galhos de árvores, de

42

Descrição de Imagem – o Pássaro, a M ulher e o Homem da Cia Nova de Teat ro - Fundada em 2001, pelo diret or Lenerson Polonini em parceria com a at riz e figurinist a Carina Casuscelli, a Cia. t em como propost a desenvolver um t rabalho de pesquisa cont ínua a part ir da performance, das art es do corpo e do chamado t eat ro visual, valorizando a experim ent ação não apenas de uma dramat urgia de aut or, mas t ambém das mais diversas escolas vanguardist as do século XX. A Cia. iniciou seus t rabalhos a part ir dos est udos da dramat urgia de Samuel Becket t e de encenadores como Edw ard Gordon Craig e M eyerhold, um corpo de experiências de sist emas e mét odos criat ivos relacionados a t oda est rut ura de comunicação cênica: cenário, figurinos, luz, maquiagem, música, videoprojeções, et c. M eios pot encializadores para o desenvolviment o de uma dramat urgia própria do grupo. A Cia. Nova de Teat ro, é um a cia. abert a e a cada novo projet o, convida at ores, bailarinos e art ist as, a colaborarem com suas produções. At ualment e, a Cia. Nova de Teat ro é formada por um núcleo de profissionais de diversas disciplinas art íst icas e serve como plat aform a de pesquisa de linguagens,

repent e, um a j ovem m ulher ent ra na im agem , com o j á m encionado ant es, o Sol dom inava a paisagem , ent ão

presum im os que est ava m uit o quent e naquele dia, m as a m ulher est ava com um casaco de pele que aparent ava ser de um t am anho m aior, não cor r espondia aos seus padr ões físicos.

O casaco est ava esgar çado, e com buracos, o r ost o da m ulher est ava com um hem at om a no nariz provavelm ent e ocasionado por um at o de violência. Cont rar iando a pr im eira descr ição da paisagem que m encionava savanas e est epes, m ont anhas invadem a nar rat iva da cena, onde um a j ovem m ulher de “ r ost o suave de cabelos com pr idos e com m echas loir o ou cinza esbranquiçado” est á.

A m ulher um a per sonagem que incit a a cur iosidade do espect ador, um ser m ist er ioso que aos poucos nos r evela m ar cas de um acont ecim ent o que se passou e ao m esm o est á ocorr endo num espaço- t em po paralelo.

Um hom em é inser ido à nar r at iva! Müller resgat a- nos da hist ór ia ao

r evelar que est am os im er sos em um a im agem pr esa a um papel. Vár ias pist as são lançadas ao espect ador que as buscam em seu inconscient e e em out ras obras, com o Heiner Müller indica para expandir a narr at iva de DDI , com o, “Alcest e”, com o t am bém cit a a peça Nô “ Kum asaka”, o 11º propondo o cruzament o ent re t eat ro e out ras mídias. O núcleo é compost o pelos art ist as Lenerson Polonini (encenação, iluminação e produção), Carina Casuscelli (designer de moda e at riz), Wilson Sukorski (música elet rônica experim ent al) e Crist ian Cancino (videoast a, jornalist a e document arist a). Informações disponível em: ht t p:/ / w w w .cianovadet eat ro.com/ #

Descrição de Imagem

A mulher est á at é os joelhos sobre o nada, amput ada pela borda da imagem, ou ela cresce do solo como o homem sai da casa e desaparece nele como o homem na casa, at é que a moviment ação int erminável se inst ala, rompe o limit e, o vôo, o mot or das raízes chovendo pedaços de t erra e água subt errânea, visível a cada olhar, quando o olho VIU TUDO pest anejando se fecha sobre a imagem.

A Tempest ade de

William Shakespeare - 1610 e 1611

Os Pássaros de Hit chcock - 1963

A Odisseia de Homero escrit a no século VIII a.C.

Inspirações para a narrat iva de DDI. Fig. 17

Cant o da Odisseéia, Os Pássar os de Hit chcock e a Tem pest ade de Shakespear e.

I ndecifr ável! É a palavra para

DDI , é o cam inho per cor r ido, é a narrat iva que perm it e com que o espect ador r ecr ie um a per sonagem . A hist ór ia se desenvolve por m eio de vár ias pequenas hist ór ias, com o o pássar o que apar ece m or t o, m as que fez e faz par t e da hist ór ia da m ulher que apar ece j á com hem at om as, ou foi m or t a ou m at ou o hom em que ent r ou na casa com um branco int enso nas m ãos por causa do uso const ant e de luvas, e que quebr ou o espaldar da cadeira num at o de violência sexual, ou com um possível assassinat o. A narrat iva no decor r er da leit ura, ou da encenação vai se expandindo e se

liber t ando do cr oqui cenogr áfico. Segundo Müller, DDI é est r ut urada por quadr os e ao passar de um quadro para o out ro, a nar rat iva vai se quest ionado ao pont o de apagar a hist ór ia ant er ior, t ransfer indo um a alienação e insegurança à pr óxim a

hist ór ia, e obr igando o

espect ador / leit or a se posicionar t am bém com o um quest ionador e cont inuíst a do palim psest o43 — a

43

O palimpsest o é um ant igo mat erial de escrit a, um t ipo de pergaminho. Acredit a-se que, devido à escassez dest e mat erial, ou ao seu alt o preço, ele era usado duas ou t rês vezes, depois de passar por uma

nc ncco iintt enso nas s soo const ant e de o o o esesespapapaldldldararar dddaaa

palavra sobr e a im agem .

Para o dram at urgo Heiner Müller, em Descr ição de I m agem , o m ais im por t ant e era a coaut or ia do espect ador / leit or para que acionasse sent ido à encenação do t ext o visual, que per m anece ao longo do t em po subor dinado as conexões, as consciências, das im pulsões, das decisões de cr iação, das hipót eses de leit ura.

“As linguagens hum anas vir t ualizam o t em po r eal, as coisas m at er iais, os acont ecim ent os at uais e as sit uações em cur so. Da desint egração do present e absolut o sur gem com o as duas faces da m esm a cr iação, o t em po e o fora- do- t em po, o univer so e o r ever so da ex ist ência.” ( LÉVY, 2011; 73) . Nest e cont ext o DDI se desenvolve por int erm édio das relações ent re espect ador e aut or, onde o papel do espect ador est á suj eit o ao com par t ilham ent o de saber es ant er ior es, suas m em ór ias e vivências, para aí se conect ar com a nar rat iva, int eragindo com as var iáveis int er pr et ações, dependendo das possíveis leit uras que DDI pr opõe, um a nar rat iva cr escent e, com a com plexidade de um a linguagem , que quest iona, pr oblem at iza, cr ia hipót eses, que abr em buracos no aqui e agora, desem bocando no r eferencial do espect ador, e na exist ência do v irt ual.

raspagem do t ext o ant erior. Disponível em w ww .dicionarioinformal.com.br/ palimpsest o/. Acesso em 20/ 4/ 2012

in e m a Viv o

O cineast a Alex andr e Car v alho dir igiu em 2009, FLUI DOS, o pr im eir o longa- m et r agem t r ansm it ido ao v iv o. Com r ot eir o baseado em

t rês hist ór ias, t rês sit uações que t inham em com um a t ecnologia que dist anciava as r elações hum anas, ou m elhor , t r ês r elacionam ent os que t inham em com um a dependência pela im agem sint ét ica e a inst abilidade de um present e fugaz. A prim eira hist ór ia cont ava as invest idas de um casal escravo de seus pr ópr ios fet iches, a segunda r elat ava a vida de um a m ulher que se r elacionava com o m ar ido apenas pela int er net e a t er ceira e ult im a hist or ia, apresent ava um garot o que expõe sua vida num pr ogram a de t elevisão sensacionalist a.

Escr it o de for m a colabor at iva sua nar r at iva foi desenvolvida a par t ir das locações e do cot idiano que se apr esent ava em cada local escolhido. As per sonagens for am cr iadas com o m esm o int uit o, ou sej a, após ident ificar e definir as locações, as invest igações r ecaiam sobr e o per fil psicológico, car act er íst icas físicas e sociais dos possíveis m or ador es da r egião, e consequent em ent e pela t ecnologia que ser ia usada par a cada espaço cênico.

Post o t odos os pr ocessos de pesquisa e colabor ação, o rot eir o foi definido dent ro da pr em issa de um Cinem a Vivo, e respeit ando t odas as at r ibulações que o ao vivo poder ia t r azer a um a t r ansm issão via cabo e ant ena de TV. Fluidos possui um rot eiro dependent e do im ponder ável, que im punha um a aber t ura na narr at iva, que se suj eit ava a const ant es m ovim ent ações or iundas das influências do cot idiano das locações.

Nest e film e obser vam os um a linguagem que busca no nat uralism o sua r epr esent ação pr im eir a, onde o cot idiano é quem r ege t odos os acont ecim ent os — com o a câm er a na m ão em plano- sequência. Assist im os

o fluir de um com por t am ent o ur bano e cont em por âneo, a dir eção de ar t e e a fot ogr afia for am do pr ópr io local, um am bient e r eal onde os “ figur ant es” são os pr ópr ios m or ador es e os t r anseunt es da r egião. Em busca de um a nova m aneir a de cont ar hist ór ias, o cinem a vivo nos t r az um a linguagem pixelizada, fr agm ent ada de um a r ealidade im agét ica, com est ét ica nat uralist a.

Cinevivo – É assim , que podem os cham ar est e t ipo de exper im ent ação cinem at ogr áfica. Um a t ela e um proj et or num a sala de cinem a com um , não é o que bast a par a que sur j a um a cinem at ogr afia viva diant e dos olhos de um público sedent o por novidades. Do lado de for a da sala de cinem a, o público assist ia e int er agia com as hist ór ias de um a noit e paulist ana.

Fluidos44 — foi t r ansm it ido em t em po r eal par a um a ilha de edição, que o lançava im ediat am ent e para a t ela de cinem a do CCSP45. Os at or es se sent ir am r ealizando um a peça t eat ral, a equipe de produção se sent iu r ealizando um a t r ansm issão de TV, os espect ador es que est avam na sala de cinem a t iver am a sensação de est ar em assist indo um a exibição cinem at ogr áfica e,

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FLUIDOS (2009) primeiro longa-met ragem do cineast a Alexandre Carvalho, foi t ransmit ido ao vivo em São Paulo.

45

CCSP – Cent ro Cult ural São Paulo.

FG

* 20 de outubro de

1994

Alunos da Faculdade

Montgomery,

Heather Donahue,

Joshua Leonard e

Michael Williams

chegam em

Burkittsville para

entrevistar seus

habitantes sobre a

lenda da Bruxa de

Blair para um projeto

de aula. Heather