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Kedward.

* Idem ao 1º

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Diário online, dia 21.

"Com as dicas desse moreno você vai chegar até ela. Está viva e você vai encontrá-la. Ela está aqui, em Belo Horizonte."

"Aí diz se vai diz se vai demorar?"

"quando muito até terça você tem uma notícia concreta. O encontro vai ser bom."

Kiko Goifman

Idem ao primeiro. suj eit o e, na m aior ia dos casos, é im possível v ivenciar as narrat ivas

int erat ivas de out r o m odo que encarnando a sua personagem principal, aquela em função da qual os event os acont ecem ”. ( MACHADO, 2009; 75)

A im er são em am bient es digit ais é ex t r em am ent e at raent e, perm it indo que o suj eit o t enha duas opções de m ergulho nest e univer so virt ual. A prim eira seria a im er são do suj eit o par t icipador int eragindo com a obra e produzindo novos m odos de agenciam ent os, ou sej a, est e par t icipador se t or na obser vador da per sonagem de sua pr efer ência e que o r epresent a no am bient e vir t ual. Est e

ser ia um pont o de v ist a ext er no.

A segunda opção ser ia de um pont o de vist a int erno, onde o par t icipador vivencia as ações de um a per sonagem , at ravés de um a per spect iva subj et iva, a qual se m ovim ent a, por m eio de um a câm era subj et iva que per m it e ao obser vador a sensação de est ar pr esent e na cena. Pr esenciam os est es pont os de vist a quando som os convidados a assist ir um a Webpeça25, por exem plo, as

w ebpeças do Teat ro Para Alguém ,

onde o suj eit o int erat or t em a opor t unidade de assist i- las independent e do espaço, local podendo ver e r ever a qualquer t em po. Um bom exem plo, dessa int erat ividade acont eceu com Vozes Urbanas, proj et o desenvolvido pelo

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TPA, onde o espect ador pode assist ir as encenações, t ant o pr esencialm ent e, quant o v ir t ualm ent e, pois as cenas foram apr esent adas diant e de um a plat eia, e em out r o am bient e, sendo assim , t ransm it ida e pr oj et ada em um t elão e sim ult aneam ent e t ransm it ida v ia int er net para um público v ir t ual. Est e per fil de espect ador é quem at ualm ent e busca e ar t icula e pr opor ciona a convergência ent re as linguagens.

D ido & Aeneas Ato I

Belinda: Afastai essa nuvem da vossa fronte, o destino favorece os vossos desejos; Um império que se expande, prazeres que fluem. A fortuna sorri, sorria também.

Libreto Nahum Tate, Tradução: Eduardo Oliva e Jorge de Godoi, 2012. H ibr idism o e Con v e r gê n cia .

Ao obser var a exist ência de confusão r elat iva às propriedades de cada um dest es t erm os, o hibr idism o e a conver gência,

per gunt am os qual ser ia a difer ença ent r e conver gência e hibr idism o? Recor r em os a algum as considerações feit as por Lucia Sant aella em seu ar t igo A

ecologia pluralist a das m ídias locat ivas ( 2008) e por Agnus

Valent e com o seu pr oj et o denom inado Út er o, por t ant o Cosm os: Hibr idação de Meios, Sist em as e Poét icas de um Sky - Ar t

I NTERATI VO ( 2008) , e por Henr y Jenkins e seu livr o

Cult ura da Conver gência ( 2009) , e finalm ent e por McLuhan em Os Meios de Com unicação com o Ex t ensões do Hom em ( 2007) . Nest e liv r o McLuhan

est abelece r elações com o hibr idism o e t am bém levant a quest ões sobr e a conver gência.

H ibr idism o

Para com eçar vam os t rat ar do conceit o de hibridism o segundo Lucia Sant aella, que em seu ar t igo A ecologia pluralist a das m ídias locat ivas de

2008, afir m a que:

Híbr ido, hibr idism o, hibr idação e hibr idização são os at ribut os que m ais fr equent em ent e t êm sido ut ilizados para caract er izar var iadas facet as das sociedades cont em por âneas. Essas palav ras podem ser aplicadas, por exem plo, às for m ações sociais, às m ist uras

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Diário online, dia 21.

Perguntei se mais alguém iria me ajudar. Aí ela foi picareta.

"Mais 3 homens, só que mais claros que o outro."

Ora, Conceição!!! Eu havia dito que eram quatro detetives e um deles era meio moreno. Fiz uma

batelada de perguntas. Ela pediu

para eu cortar o baralho de novo. Obedeci.

Kiko Goifman

Idem ao primeiro.

cult urais, à conver gência das m ídias, à com binação eclét ica de linguagens e signos e at é m esm o à const it uição da m ent e hum ana. No sent ido dicionar izado, “ hibr idism o” ou “ hibr idez” designa um a palavra que é for m ada com elem ent os t om ados de línguas diver sas. “ Hibr idação” r efer e- se à produção de plant as ou anim ais híbr idos. “ Hibr idização”, pr ovenient e do cam po da física e da quím ica, significa a com binação linear de dois or bit ais at ôm icos cor r espondent es a difer ent es elét r ons de um át om o para a for m ação de um novo or bit al. O adj et ivo “ híbr ido”, por sua vez, significa m iscigenação, aquilo que é or iginár io de duas espécies difer ent es. Na gram át ica, esse adj et ivo se refere a um vocábulo que é com post o de elem ent os pr ov indos de línguas diver sas. ( SANTAELLA, 2008; 20)

Post o isso, podem os obser var o que ex ist e de sem elhant e ent r e t odas est as for m ações de palav ras, é que t odas se r efer em e t em o m esm o sent ido de “ m ist ura”. Mist ura essa com post a por inúm eras for m as, linguagens e or ganism os. Ver ificam os que após sua for m ação nos deparam os com o sur gim ent o de algo novo e com post o.

Segundo Agnus Valent e o m elhor t er m o a ser usado é a hibr idação, e em seu pr oj et o denom inado Út er o,

por t ant o Cosm os: Hibr idação de Meios, Sist em as e Poét icas de um Sky - Ar t I NTERATI VO ( 2008) . Agnus Valent e nos apr esent ou t r ês t ipos de

hibr idação em um am bient e ar t íst ico v isual, sej a ele pr esencial ou digit al,

D ido & Aeneas Ato I

Belinda: A dor aumenta quando se tenta calá-la

H ibr ida çõe s in t e r for m a t iv a s.

9 Hibr idação int er sensor ial – “ São operações que ocor r em na m edida em que os r ecur sos dos m eios em pr egados envolvem efet ivam ent e m ais de um dos sent idos hum anos - visão, audição, t at o et c. - ar t iculando- os conj unt am ent e na m esm a obra”. ( VALENTE, 2008; 28)

9 Hibr idação I nt er t ext ual- sem iót ica – “ É um a hibridação de cunho int ert ext ual e int ersem iót ica. Essas hibr idações são concebidas a part ir do conceit o am pliado de t ext o, da int er t ext ualidade cr ít ica e poét ica, e da t radução int ersem iót ica, que viabilizam as relações int er sígnicas ent r e sist em as ou aquelas decor r ent es das passagens de um m eio, ou sist em a a out ro”. ( VALENTE, 2008; 230)

9 Hibr idações int er for m at ivas: “ são as operações que pr opor cionam um a dinâm ica ent re est ilos dist int os, que det er m inam um a cr iação- sínt ese sob o signo da for m at ividade ( ...) . Enfim , operando na int erfor m at iv idade, as hibr idações de poét icas m obilizam as relações ar t ist a/ ar t ist a ou ar t ist a/ público, pr om ovendo encont r os inusit ados cuj a som at ór ia expande o r eper t ór io de signos e edifica um a poiesis enquant o lógica, ét ica

e est ét ica”. ( VALENTE, 2008; 231) .

E Agnus Valent e ressalt a que o ar t ist a t am bém sej a um ser híbr ido para que faça a sua obra operant e e fér t il diant e de um a hibr idação de

m eios, sist em as e poét icas. Já McLuhan

at r ibui ao conceit o o sent ido de que o “ híbr ido, ou encont ro de dois m eios, const it ui um m om ent o de ver dade e r evelação, do

qual nasce a for m a nova. I st o por que o paralelo de dois m eios nos m ant ém nas fr ont eir as ent r e for m as que nos desper t am da nar cose nar císica. O m om ent o do encont r o dos m eios é um m om ent o de liber dade e liber t ação do ent or pecim ent o e do t r anse que eles im põem aos nossos sent idos” . ( 2007; 43) .