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Capítulo 11/16 01:41:03/02:00:53 Idem ao primeiro.

perfor m ance, o t ext o t am bém nos t raz a noção de um a t eat ralidade em rede ( int ernet ) , e que dispom os no escopo da disser t ação para ilust rar o m om ent o em que a evolução da linguagem videográfica, t elepresenças e os r om pim ent os com as fr ont eiras ent r e as linguagens, e o advent o de novos supor t es t ecnológicos, com a pr esença ou não da int er net se m anifest aram .

( ...) A par t ir dos anos 80, as novas m ídias t ecnológicas ( net - ar t , w eb- ar t , ar t et elem át ica) com novos r ecur sos de m ediat ização, v irt ualização e am plificação de presença passam a im por out ras direções às exper iências radicais da Per for m ance: Johannes Bir r inger nom eia um novo espaço m onádico de per for m ação, a sala t ecnológica, r ecebendo im put s em t em po r eal, em cont raposição à sala inst alação, r em et ida às Ar t es Plást icas. ( ...) As t elas digit ais, de cr ist al líquido, os espaços da cave, os ar t ist as plugados e sint onizados na r ede, passam a subst it uir os espaços m at er ializados das Ar t es Plást icas. Nesse cont ext o, cont em por âneo, a " per for m ação" ( exper im ent ação) cont rapõe- se aos paradigm as da r epr esent ação: aos espaços " aurát icos" da cena ( edifícios- t eat ro, m useus) cont rapõe- se o espaço vivo das r uas, dos galpões, dos dom ínios da r ede ( Web- Ar t ) . À r ecepção passiva da obra nom eia- se um espect ador int erat or. À conhecida equação cênica t ext o- público- at uant e, m at r iz do Teat r o, int er põem - se, na per for m ance cont em por ânea um a cena descont ínua, am plificada, operada em out ros espaço- t em pos , com out r os níveis de pr esencialidade: Kar en O'Rourke per for m a, ao vivo, em t elepr esença para plat eias de out ros países. Eduar do Kac ( Tim e- Capsule) im plant a chips em seu cor po- m et áfora de m em ór ia, subj et ividade e da sociedade de cont role. O apor t e das novas t ecnologias que am plificam os m ecanism os de m ediação, vir t ualização e refrat ação da per cepção e capt ação de códigos sensíveis que dem ar cam t em pos, espaços, cor por iedade vão legit im ar um a sér ie de exper im ent os, event os da ordem de um a cult ura das bor das, que passam a se inscr ever no cam po da cult ura. A quest ão que se pr opõe na ar t e da per for m ance é de um a m ediação e int er venção nos planos de r ealidade, superando os lim it es ent r e os cam pos do r eal e da ficcionalidade, ent re suj eit o e recept or da obra, dando com plex idade e polissem ia a pr odução do event o, que passa a ser cult uralizado. ( COHEN, 2002) .

O t eat r o digit al, ou com o Renat o Cohen cost um ava falar pós- t eat r o inst ala- se com o ar t e, que opera pelo v iés de um a conver gência am bígua, oscilant e ent r e a plena m at er ialidade da pr esença física e das sim ulações do virt ual, e não podendo esquecer- se da fugacidade dos conceit os, que m uit as vezes at rapalham ou im pulsionam o desenvolvim ent o de exper im ent os, que ainda não se explicam por est ar em dent ro de um a quebra de paradigm as. Segundo Leonar do Folet t o é “ im por t ant e ent ender que o “ novo” não é t ão novo assim ”, pois a pr edom inância da represent ação que vem a luz dos paradigm as da conect ividade, do com par t ilham ent o, do colaborador ísm o e da sim ulação vir t ual não sur giu com o advent o da int er net , com o j á m encionam os. Um a vez que, j á pr esenciam os em anos ant er ior es vár ias apr esent ações, exper im ent os com o int uit o de alt erar a repr esent ação com o alicer ce das ar t es cênicas e ent r e out ras linguagens.

Na cit ação abaixo Renat o Cohen expõe t rabalhos, pesquisas e ex per im ent os de alt eração da r epr esent ação, r ealizados por ar t ist as do século XX.

No pr oj et o cont em por âneo, um a cena pré- vir t ual, se desenha nos exper im ent os da Ar t e- Per for m ance em inúm eras int er venções com t ecnologia, j unt ando cor po, nar rat iva e pesquisa de supor t es: dos exper im ent os sonor os de John Cage, à dança aut ogerat iva e num ér ica de Merce Cuningham , dos exper im ent os da fax- art , net - ar t r ealizados pelo Fluxus às v ídeo- per for m ances de Nan June Paik, do vocoder e digit alidade de Laurie Ander son às paisagens t ecnológicas de St efen Haloway. Essa cena produz um a nova t eat ralidade, polifônica e polissêm ica que é devolv ida, t am bém , aos edifícios t eat ro em espet áculos m ult im ídia com o as óperas do encenador Rober t Wilson- Life&Tim es of Joseph St alin ( 1973) , Einst ein on t he Beach ( 1975) , ( ...) , num a cena de int ensidades em que os vár ios pr ocedim ent os cr iat ivos t rafegam sem as hierar quias clássicas t ext o- at or- narrat iva. ( COHEN, 2002; 5)

C a r íc ia s c e n a 1 : M u lh e r J o v e m - D e s c u lp a s ó u m i n s ta n te . H o m e m J o v e m - Q u ê ? ( B E L B E L , 2 0 0 1 ; 1 4 )

O t eat ro digit al é m ediado por novos supor t es, que r einst aura a capacidade m it ificadora e a dem anda por pr odução de novos sent idos que se som am a essas sint axes. “ Há um r et or no ao " t em po r eal”, t em po da ex per iência, t em po do cont at o, m esm o que vir t ualizado ent r e m últ iplas possibilidades de subj et ivação” ( COHEN, 2002) .

Da m esm a for m a, que o t eat r o convencional, est e t eat ro digit al t am bém cr ia operador es que ar t iculam as novas r elações ent r e hom em e seus ex t ensor es vir t uais. “As novas cult uras t ecnológicas, criadas por am bient es de int erat or es e pr odut or es, com acessos as r edes e as novas exper iências de ar t e e com unicação, for m am novos gr upos sociais, onde vida e ar t e, o cot idiano e vir t ualidade, leigos e ar t ist as navegam os novos t er r it ór ios da sociedade t ecnológica” ( COHEN, 2002) .

A ex per iência do deslocam ent o e de suspensão, por m eio, das exper iências dest e t eat ro digit al t am bém propõe um a r ecuperação do t em po r it ual, do t em po dos sent idos, do t em po do ex t raor dinár io m esm o, por m eio da vir t ualidade. “A cena Pós-Teat ral é a cena am pliada, um a

Gesam t kunst w er k onde as cidades, as

r edes, os espaços são com unicant es. Um a cena que alt era as noções de pr esença, cor po, espaço, t em po, t ext ualidade, pela inser ção da

O SEXTO LIVRO

(escrito em Jerome,

transformado no livro de

cabeceira)

O LIVRO DO AMANTE

Local do corpo:

Costas

Ele respira gentilmente