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Capítulo 11/16 01:32:50/02:00:53 Idem ao primeiro.

Geor ge Landow um est udioso e pesquisador, ao im pr im ir sent ido ao conceit o de hiper t ext o, em seu livr o Hiper t ext o 3.0 cit a Roland Bar t hes afir m ando que:

Nest e t ext o ideal, as r edes são m últ iplas e int eragem ent re si, sem que qualquer delas sej a capaz de superar as dem ais; est e t ext o é um a galáx ia de significador es, não um a est r ut ura de significados; não t em início; é r ever sível; se ganha acesso, a ist o por difer ent es ent radas, nenhum a das quais pode ser declarada a pr incipal, com cer t eza; os códigos que m obiliza est endem - se at é onde os olhos podem alcançar, são indet er m ináveis ( ...) ; os sist em as de significação podem t om ar est e t ext o plural, m as seu núm er o não é

finit o, baseado com o é na infinidade da linguagem . ( BARTHES apud LANDOW, 2008; 24) .

O sist em a linear que conceit uava um a hierar quia pr esent e na lit erat ura se subm et e a m ult ilinear idade, que t em seus cont eúdos escoados por links e sist em a de r edes. Michel Foucault em seu livr o Ar queologia do Saber “ afir m a que as fr ont eiras de um livr o não são pr ecisas, pois est á envolt o em um sist em a de r efer ências a out r os livr os, out r os t ext os, out ras sent enças: é um nó em um a rede ( ...) um a rede de r eferências”. ( FOUCAULT, 2012; 20)

Num a leit ura deleuzeana, um a obra r izom át ica possui pr incípios nor t eador es que envolvem a ideia de m ult iplicidade com o diversidade, em que t orna incapaz a possibilidade de reduzir a ideia de gêner o ou est ilo Descrição de Imagem

No vazio da paisagem, hesit ação perant e o cort e, o jat o de sangue fecha os olhos, riso da mulher, que por um inst ant e afrouxa o est rangulament o, faz t remer a

mão com a faca, vôo mergulho do pássaro, engodado pelo brilho do gume, pouso sobre o crânio do homem, duas bicadas à direit a e à esquerda, vert igem e urro dos cegos, sangue chispando no t orvelinho da t empest ade que procura a mulher, medo que o erro acont eça num piscar de o

lhos.

num obj et o cult ural, com o um a unidade, pois as par t es sobram em relação ao t odo. Out ra nat ureza da m ult iplicidade est á na const r ução colet iva da subj et iv idade que ext rapola a subj et iv idade do aut or. A het er ogeneidade do obj et o cult ural, em que podem os envolver o hiper t ext o, apr esent a- se num a diver sidade de linguagens, em que os em aranhados de ar t iculações e desconexões ent re códigos linguíst icos, com

linguagens ver bais e

não ver bais, sedim ent am um a cadeia sem iót ica que envolve releit uras dos obj et os cult urais e do m undo. Esse pr ocesso de releit uras cr ia um a

rupt ura de assignificant es, em que

é possível r om per um t ext o em qualquer pont o e r econfigurar out r os cam inhos capazes de superar com os pr essupost os lógicos da linear idade do t ext o”.( NOJOSA, 2010; 75 e 76)

O hipert ext o é um t ext o plural com um núm er o de infinit as possibilidades de ar t iculação aut ônom a de hist ór ias em um a “ r ede de conexões e novas significações, exist e um a siner gia com as diver sas m ídias: cinem a, program a de t elevisão, t eat ro, novela, peças publicit árias et c.” ( NOJOSA, 2010; 74) . Por t ant o, podem os concluir que o hiper t ex t o est á r elacionado a novas for m as de com unicar, pr oduzir, dist r ibuir, colaborar, e que ao m esm o t em po, exige um a or ganização desse conhecim ent o, que pr oduz um volum e de infor m ação consider ável. E com o j á m encionam os, est e t rabalho t em com o pont o nor t eador de sent ido narrat ivo o hipert ext o, pois em t odos os capít ulos, desenvolvem os um a nar rat iva hiper t ext ual com o int uit o de r om per com a linear idade t ext ual e prom over um a visualização do t odo pelas part es, e assim , am pliando a invest igação sobre conver gência das linguagens.

Ca r ícia s – ce n a 1 :

M u lh e r Jov e m - Bom , e n t ã o t á , m ã os à obr a . I h ! N ã o se i se a in da t e m a lgu m a coisa de sobr e m e sa .

H om e m Jov e m - N ã o sobr ou Pu dim ?

M u lh e r Jov e m - Cla r o, com o e u a n do de sliga da . H oj e , m e sm o com pr e i dois, de m a n h ã . Ah ! E t a m bé m t e m iogu r t e !

H om e m Jov e m - Pr e fir o pu dim . M u lh e r Jov e m - Pois e u u m iogu r t e . H om e m Jov e m - Eu u m pu dim .

Su j e it o pa r t icipa dor

Seguindo com os pensam ent os de Youngblood, a linguagem est á lim it ada ao m undo que v ivem os, e com o est am os v ivendo num m undo onde a im agem se com por t a com o linguagem , e que se subm et e a t ant as passagens, deslizam ent os, que gera e cria, ou const rói um espaço- t em po em v ár ias ar t es, e que est á t ão pr óxim a do espect ador / aut or.

Est e espect ador + aut or = par t icipador23 que at iva o m ecanism o da m et am orfose da im agem , ou sej a, essas novas im agens não necessit am m ais de lit eralidade e m uit o m enos de linear idade, cr iando novas visualidades, j á que coor denam novas for m as e cont at o com o espect ador, que agora t am bém é par t icipador. Segundo Kat ia Maciel o suj eit o par t icipador :

Enuncia não m ais com o um suj eit o im er so na exper iência das im agens, com o aquele que est á diant e de t al qual o suj eit o r enascent ist a, e sim com o aquele que est á no m eio de, com o sist em a de r ealidade virt ual. Desse m odo, o part icipador é part e

23

“ conceit o criado pelo art ist a plást ico brasileiro Hélio Oit icica para t ornar o espect ador part e da obra” . (M ACIEL, 2009; 17)

O SEXTO LIVRO

(escrito em Jerome,

transformado no livro de

cabeceira)

O LIVRO DO AMANTE

Local do corpo:

Peito

Eu pressionei este livro