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2. A PARTICIPAÇÃO DO UTILIZADOR E A PRODUÇÃO DE CONTEÚDO NAS

2.2. A produção de conteúdo nas webrádios

2.2.2. A produção de conteúdo visual-verbal

Diferente da rádio hertziana, que se propaga pelo ar e se configura como um processo físico, a webrádio tem como ambiente de propagação a Internet, emergindo como um dos muitos processos existentes dentro da web. “O ambiente da web é, por inerência, hipertextual, multimédia e interactivo, três características indissociáveis da Internet e que estão interconectadas” (Reis, 2012, p.43). Estas três características hoje estão ligadas de forma indissociável, mas nem sempre foi assim. O ponto de partida foi o hipertexto em uma época em que não era possível tecnicamente explorar as potencialidades da multimedialidade e da interatividade. O seu conceito foi suficiente para designar produtos de multimedialidade e da interatividade. (Reis, 2012, p.44-45), os quais passaram a explorar hipervínculos com sons ligados à outros sons. Além disso, estabeleceu-se vínculos sons-sons, sons-imagens, texto-imagem etc. Não apenas o áudio em direto caracteriza as primeiras webrádios, mas hiperligações entre os diversos elementos presentes, incluindo a possibilidade de um feedback por parte do ouvinte por meio da caixa de resposta.

Observando o conceito de multimédia dado por Nuno Ribeiro, podemos perceber que nem sempre a webrádio foi um elemento multimédia. De acordo com Ribeiro (2012, p.10) como

“a combinação, controlada por computador, de texto, gráficos, imagens, vídeo, áudio, animação e qualquer outro meio pelo qual a informação possa ser representada, armazenada, transmitida e processada sob a forma digital, em que existe pelo menos um tipo de media estático (texto, gráfico ou imagens) e um tipo de media dinâmico (vídeo, áudio ou animação)”.

Partindo da definição anterior, podemos verificar que a webrádio não é cem por cento multimédia, pois existem as rádios offline, nas quais não há a presença de media dinâmicos. É verdade que na década de 2010, quando a Internet de banda larga é uma realidade para milhões de pessoas e empresas, rádios offline quase não existem, pois não faz sentido nos dias de hoje transpor uma emissora do dial e não dar a ela sinal na Internet, sendo esta ação algo simples de ser feito. Mas como há a possibilidade de existir pelo menos uma não podemos afirmar categoricamente que a webrádio é multimédia.

Isabel Reis (2012, p.43) afirma que em seus primeiros momentos, os websites das webrádios deram mais ênfase ao texto e mais tarde passaram a explorar com mais frequência, imagens e sons. Para ela, embora o áudio continue a ser o principal elemento da webrádio, emissoras também exploram novas dimensões que ultrapassam a mera transposição da emissão hertziana e que integram o som em novas linguagens possibilitadas pela emergência das emissões em linha.

Com a emergência do suporte digital, tornou–se possível a criação da linguagem de hipermédia, onipresente nos produtos em linha. Santaella (2005, p. 390) afirma que

“antes da era digital, os suportes estavam separados por serem incompatíveis: o desenho, a pintura e a gravura nas telas, o texto e as imagens gráficas no papel, a fotografia e o filme na película química, o som e o vídeo na fita magnética. Depois de passarem pela digitalização, todos estes campos tradicionais da produção de linguagem e processos da comunicação humanos juntaram–se na constituição da hipermídia. Para ela convergem o texto escrito (...), o audiovisual (...), e a informática (...)”.

Os produtores de conteúdo de rádio ao passarem a utilizar a linguagem de hipermédia iniciaram uma nova forma de produção, utilizando uma linguagem que é convergente e que possibilita que eles trabalhem, em um mesmo espaço, diferentes tipos de produtos que fora das emissões em linha estariam em suportes separados, como gravações de áudio, imagens e textos. De Ramos e Rincón (2007, p.326) defendem que na “emergencia de nuevas modalidades para enlazar significados aparecen los hipervínculos o links. Así, quien hace uso de los hipermedios pasa a ser autor de un texto susceptible de múltiples interpretaciones y deconstrucciones”47.

Uma metáfora que podemos utilizar para a linguagem de hipermédia é a do jogo. Sérgio Bairon (2005, p.46) afirma que

“jogar o jogo da hipermídia é construir telas, imagens, sonoridades de todos os tipos possíveis e cabíveis, vídeos e animações e, principalmente, programar o encontro e as possibilidades de todos esses eventos ocorrerem conjuntamente ou não. O caminho do pensamento hipermidiático não pode ser ensinado somente a partir da análise de suas características, pois não posso ensinar alguém um jogo que eu próprio não consigo aprender. Daí ser o conceito de jogo, o melhor caminho para definir a ação da experiência estética; ou se preferirmos, a experiência hipermidiática na construção dos nossos conceitos”.

47 “emergência de novas modalidades para ligar significados aparecem as hiperligações ou links. Assim, quem faz uso de hipermédia passa a ser autor de um texto susceptível de múltiplas interpretações e desconstruções” [Tradução do autor]

Então, para produtores e consumidores de produtos em linha, o conceito de jogo é importante para observar as ações que acontecem na rede. O criador joga com as possibilidades que quer explorar utilizando todas as linguagens e suas misturas e os utilizadores experimentam navegar nesse mar de possibilidades dos produtos de linguagem de hipermídia: vendo, ouvindo e aprendendo em uma experiência estética radicalmente diferente do que tínhamos antes da emergência dos produtos em linha. É o que acontece com o universo da radiofonia com a emergência das emissões em linha. Há uma reconfiguração drástica, que quebra diversos paradigmas, inclusive o da cegueira da rádio, permitindo um novo tipo de produção, que passa a incluir as matrizes visual-verbais (Van Haandel, 2009) e uma nova fruição, que materializa-se no uso das possibilidades da linguagem de hipermédia.

No atual cenário da produção da webrádio, ela possui o mesmo grande desafio que os media em geral, que é

“encontrar lugar na ecologia do ambiente emergente e reinventar o seu desempenho em conformidade, captando a essência do que muda sem perder de vista o que os constitui como referência reconhecida. Num contexto de abundância de informação, o foco em projetos sintonizados com o novo ambiente torna-se condição de sobrevivência, exigindo a reinvenção de tudo o que tiver que ser mudado para se tornarem viáveis e consistentes na resposta aos desafios emergentes” (Barreiros 2012, p.150).

Neste cenário de recriação do rádio na era das emissoras em linha para ser criativo, devemos explorar as possibilidades dadas pela emissora em um novo meio, a Internet. Cebrián Herreros (2008a, p. 347) defende que

“a renovação está chegando pela criação de programações específicas para esta modalidade de rádio, Se busca a autêntica rádio de comunicação interativa com a audiência para criar espaços radiofônicos, intercâmbios de conteúdo, participação na produção, aplicação dos gêneros da Internet: correio eletrônico, chats, fóruns, intercâmbios de música, audioconferências e, principalmente, para contribuir com novas modalidades de grades abertas a autoprogramação do usuário e novos serviços de incorporação ao produto radiofônico de outras informações. É uma linha aberta à criatividade dos profissionais”.

Os responsáveis pelos conteúdos que serão expostos e consumidos nos fluxos internos dos utilizadores geralmente são feitos pelos produtores da rádio. São eles os responsáveis não só pela criação intelectual do que será exposto como material sonoro-verbal, como, por exemplo, os conceitos dos programas e da programação e a elaboração de jingles, vinhetas e spots, mas também pelo conteúdo visual-verbal que é exposto. Em alguns casos os locutores e operadores também podem realizar esta ação. Já a leitura do que é exposto pelo utilizador pode ser feita

pelos produtores quanto pelos locutores da emissora. As emissoras têm estratégias próprias para lidar com a postagem vinda do utilizador. Em algumas emissoras só a produção lê as mensagens dos utilizadores e repassam aos locutores o essencial. Outras emissoras possibilitam que o locutor leia sozinho todas as mensagens, sem ter a interferência dos membros da produção, e atenda os pedidos, muitas vezes lendo no ar o que foi pedido, como, por exemplo, realizando a locução do nome do ouvinte ou executando de uma música.

Em relação ao primeiro contacto com os elementos apresentados, Isabel Reis (2012, p.46-47) relata uma diferença crucial entre a rádio que tínhamos antes da emergência da Internet, a que emitia em ondas hertzianas, e a rádio possível pelas emissões em linha:

“É certo que na rádio (hertziana), o contacto com o ouvinte apenas se faz através do som, na Internet a primeira ligação que se estabelece é visual e não auditiva (mesmo nas webrádios na qual carrega-se o som automaticamente ao mesmo tempo em que acede-se à página da emissora)”.

Podemos afirmar que no atual cenário das webrádios devemos buscar estratégias para capturar pelo que se vê, além de capturar pelo conteúdo que ouve, pois a webrádio não é apenas som, mas apresenta-se com a linguagem de hipermédia, a qual combina as três matrizes de linguagem e pensamento, sonora, visual e verbal, como define Santaella (2005). A webrádio apresenta diferentes elementos visual-verbais, tais como fotos, textos, vídeos etc. Além disso, ela, por meio de sua narrativa transmedia, apropria-se de outros recursos da Internet, em especial as redes sociais, para difundir suas mensagens e interagir com o seu público.

Além disso, “(...) building a site that help stations connect with and serve their audiences isn't [...] simple. Stations must understand who their online users are, why they visit and what features they use”48 (Moody, Greer e Linn, 2003, p.255).

Sustentamos que apesar de explorar de diversas formas as várias formas das matrizes visual-verbais, é ainda na matriz sonoro-verbal que ela se identifica. Em outras palavras, é ainda o conteúdo de áudio em direto que a identifica como rádio. “O som é ainda aquilo que diferencia os conteúdos dos sites das rádios dos sites dos outros meios” (Reis, 2012, p.47).

48 "construir um website que ajude as estações a conectar-se e a servir suas audiências não é [...] simples. Estações devem entender quem são os seus utilizadores em linha, porque eles visitam e o que conteúdos eles usam" [Tradução do autor].

Entre as várias diferenças entre a rádio hertziana e a em linha temos aquilo que influencia o conteúdo das mensagens. Kaplún (2008, p. 82) nos lembra que

“em todo meio de comunicação coletiva, a mensagem é ofertada pelas características do meio transmissor. Isto é, o meio radiofônico influi necessariamente sobre a mensagem, condiciona-o, impõe determinadas regras de jogo: obriga a adequar a comunicação educativa e cultural à natureza e às características específicas do meio”.

Baseado em Beiguelman (2003; 2005), que sustenta que a interface não é um atributo da tela, mas que faz a mediação entre o homem e a máquina e que deve ser entendida como a mensagem, podemos afirmar que para a webrádio a interface é a mensagem (Van Haandel, 2009). É na interface que se apresentam os elementos da webrádio, sejam eles visual-verbais, como, por exemplo, o seu website, ou sonoro- verbais, como, por exemplo, o seu conteúdo de áudio transmitido em direto.

A mensagem do radialista por meio da Internet pode ser um texto ou uma imagem, com ligação ou não para outro sítio da Internet. O mesmo vale para a mensagem partilhada pelo utilizador, quando, por exemplo, insere uma ligação do You Tube para pedir sua música favorita exibindo o teledisco dela ou utiliza um espaço do website da emissora ou de alguma rede social na qual a emissora tem um espaço para realizar algum comentário, seja elogio, pedido ou algo relacionado à mensagem repassada pelo radialista ou pela emissora.

O espaço virtual reelabora conceitos da rádio. Um exemplo é o endereço de acesso. Antes, na era da radiodifusão analógica, a emissora era identificada por seu prefixo e faixa de frequência. No espaço virtual, ela é identificada por seu endereço virtual, onde ela pode ser encontrada dentro do ciberespaço (Van Haandel, 2009). Este endereço virtual pode ser entendido como o “novo prefixo” da emissora, como defendem Barbeiro e Lima (2001, p. 46). É por meio do seu nome e do seu endereço virtual que a emissora pode ser acedida pelos seus utilizadores. Por isso, sugere-se que estes sejam reforçados na divulgação da emissora, para que o utilizador tenha- os em mente para ter acesso ao que é produzido pela emissora (Van Haandel, 2009).

Em meados de 2008 foram desenvolvidos os primeiros aplicativos de acesso em aparelhos móvel para acesso do conteúdo de áudio em direto emitido por meio da tecnologia streaming. Foi a partir deste desenvolvimento que o consumo das webrádios passou a ser em trânsito como a da rádio hertziana. Mas devemos observar que o cenário no qual esta emissão ocorre não é a mesma a qual nasceu a Internet

fixa. Giselle Beiguelman (2005, p.154) nos adverte que o contexto das transmissão de dados sem fio é muito diferente do que o contexto da Internet fixa, pois as transmissões sem fio nasceram em universo corporativo, no qual o produtor e o utilizador tornam-se reféns das demandas corporativas das empresas de telefonia, de hardware ou ambas, um cenário que é diferente do início da Internet fixa, a qual as empresas que trabalham com informática se uniram mais tarde. O produtor de conteúdo da webrádio tem que ter em conta a noção deste cenário para a produção de conteúdo. Um exemplo é noção da velocidade média de acesso de dados possibilitado pelos provedores de Internet para produzir material em fluxo que esteja dentro da capacidade média de acesso da maioria dos utilizadores. Outro exemplo é uso de redes sociais pelas emissoras de rádio. Os radialistas necessitam ter em mente que uma rede social, como o Facebook, é desenvolvida por uma empresa informática, que tem seus próprios valores e seus próprios interesses.

Hoje está difundido o acesso do conteúdo das webrádios por telemóveis e tablets, o que nos faz concluir que hoje a webrádio está inscrita em um cenário cíbrido, nos quais tanto os aparelhos de receção podem estar ligados às redes em linhas para acesso das webrádios, quanto não acessá-las e ficar restrito ao conteúdo salvo nos aparelhos, como, por exemplo, o banco de músicas prediletas do utilizados salvas em arquivos de áudio compactados. A produção da webrádio tem que elaborar uma criação de conteúdo que tenha em conta que o utilizador passou a estar em trânsito, possibilitando a ele um fácil acesso aos conteúdos de áudio e de imagem, ambos acessíveis por meio de elementos visual-verbais.

Mas no cenário atual, mesmo com toda a facilidade de criação do espaço virtual no qual pode ser alocada a webrádio, nem todas as emissoras tem seu espaço na Internet. Algumas emissoras apenas têm disponível a sua ligação para o acesso do áudio em direto. Estas ligações são geralmente disponibilizadas em portais de rádio, sejam ligados à emissora, como, por exemplo, o portal da Rádio e Televisão Portuguesa (RTP)49, que oferece diversas webrádios; ou gerais, como o Tune In50, o

49 Disponível em WWW: http://www.rtp.pt/radio/ - Último acesso em 19 Jun. 2014. 50 Disponível em WWW: http://tunein.com/ - Último acesso em 26 Fev. 2014.

Radios.com.br51 ou o Cotonete52, que reúnem milhares de ligações de webrádios em

um único espaço.

Além de reunir nestes espaços as emissoras que não tem website próprio, os portais de áudio também reúnem milhares de webrádios que têm websites próprios. Por um lado pode ser uma vantagem para uma emissora, pois ela pode ser ‘descoberta’ pelo utilizador no uso do serviço, por outro lado o utilizador ao acessar a webrádio pelo portal de áudio deixa de acessar o espaço virtual da emissora, fazendo com que todo o material visual-verbal realizado pela emissora não seja consumido pelo utilizador.

O conteúdo visual-verbal da emissora consiste não apenas no espaço virtual do website da emissora, mas se expandiu para além, ocupando novos espaços na rede, sobretudo nas redes sociais, onde estabelecem uma comunicação mais próxima com os ouvintes por meio das múltiplas possibilidades de interação que estes serviços possibilitam. Esta ocupação de espaço ocorreu gradualmente durante a década de 2000, na qual as redes sociais foram gradualmente sendo criadas e as rádios gradualmente aderindo a estes espaços.

Em relação ao cenário português, Bonixe (2012, p. 186) afirma que “a presença da radio informativa portuguesa nas redes sociais Twitter e Facebook começou a ser realidade no final de 2009 e tem sido cada vez mais significativa”. Não só a rádio informativa, mas as rádios consideradas nacionais migraram para as redes sociais no período entre 2009 e 2010. Por exemplo, podemos conferir na tabela 1 abaixo as adesões ao Facebook pelas emissoras nacionais no período entre janeiro de 2009 e janeiro de 2010.

51 Disponível em WWW: http://www.radios.com.br/ - Último acesso em 26 Fev. 2014. 52 Disponível em WWW: http://www.cotonete.iol.pt/ - Último acesso em 26. Fev. 2014.

Tabela 1: Início de operação no Facebook nas rádios nacionais portuguesas

Emissora Início de operação no Facebook

Antena 3 7 de Janeiro de 2009 53

RFM 25 de Fevereiro de 2009 54

Rádio Comercial 25 de Março de 2009 55 Rádio Renascença 22 de Julho de 2009 56

Antena 2 21 de Novembro de 2009 57

Antena 1 7 de Janeiro de 2010 58

Luis Bonixe (2012, p. 186-187) define que há dois tipos de presença da rádio: a institucional e a formal. A primeira está relacionada com a presença da própria rádio, a qual utiliza os seus elementos como marca legitima e imagem nas redes sociais possibilitando que o utilizador tenha acesso a dados dos programas exibidos, a disponibilização de alguns conteúdos nas redes sociais (como notícias) nos quais os ouvintes são convidados a participar nas ligações, e navegar nos conteúdos, a disponibilização de ligação para acesso em direto do conteúdo transmitido, o acompanhamento através das redes sociais utilizadas pela emissora de um evento (como, por exemplo, um jogo) e como fonte de informação de algo que está a ocorrer. A segunda está relacionada á presença do radialista (e não da emissora) que apresenta conteúdos em nome da empresa que que trabalha ou do programa que apresenta, o qual pode aproveitar o espaço virtual para divulgar programa ou para manter um canal para diálogo com o ouvinte sobre o que é ou o que vai ser emitido.

As emissoras disponibilizam diversos conteúdos nas redes que utiliza, como informações sobre sua programação – horários de programas, estreias, mudanças de horário etc. – ou promoções que realiza; informações sobre artistas musicais que são exibidos em sua grelha de programação – como posição no hit parade ou data de lançamento – ou imagens que exibem algo engraçado. Estas imagens costumam ser bastante partilhadas nas redes e podem, a partir do partilhamento, servir como forma

53 Informação disponível em WWW: https://www.facebook.com/rtpantena3?fref=ts Acedida em 14 de Dezembro de 2014.

54 Informação disponível em WWW: https://www.facebook.com/rfmoficial?fref=ts Acedida em 14 de Dezembro de 2014.

55 Informação disponível em WWW: https://www.facebook.com/RadioComercial?fref=ts Acedida em 14 de Dezembro de 2014.

56 Informação dipsonível em WWW: https://www.facebook.com/renascenca?fref=ts Acedida em 14 de Dezembro de 2014.

57 Informação disponível em WWW: https://www.facebook.com/antena2?ref=ts&fref=ts Acedida em 14 de Dezembro de 2014.

58 Informação disponível em WWW: https://www.facebook.com/antena1?ref=ts&fref=ts Acedida em 14 de Dezembro de 2014.

de divulgação da emissora, chamando a atenção do utilizador e fazendo com que ele visite o perfil da emissora para ver mais imagens engraçadas ou aceda à ligação disponibilizada para ouvir a programação da rádio.

Figura 1: Imagem partilhada em 01 Abr. 2014 no perfil da Hiper FM no Facebook Fonte: Álbum de fotos da Hiper FM, webrádio transposta portuguesa. Disponível em

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=10152307616820586&set=a.284761820585.189254.9946 9995585&type=1&relevant_count=1 Último acesso em 02 Abr. 2014.

A figura 1 é um típico exemplo de imagens que se comportam como elementos virais, as quais são disponibilizadas pelas emissoras, tanto transpostas quanto nativas, nas redes socias para serem partilhadas pelos utilizadores. A forma mais comum deste tipo de imagem é aquela que apresenta humor, como o exemplo ilustrado na figura.

O fenómeno do uso de imagens com humor para o partilhamento pelos utilizadores é bem presente em emissoras em todo o mundo, podendo ser observadas também tanto em emissoras brasileiras quanto portuguesas. Ele pode ser observado regularmente tanto em emissoras transpostas (como, por exemplo, as portuguesas