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Baseada nas descrições do

Relatório de 1876

Província “[…] onde o elemento feminino mais salientemente predomina” Províncias “onde o [elemento] feminino é mais favorecido [que o

masculino]”. Províncias em que “o equilíbrio entre os dois sexos se mantém

sensivelmente, havendo em geral uma leve diferença a favor do masculino”. Províncias em que “o desequilíbrio em favor do elemento masculino é considerável”.

Fonte: RTE, 1876, p. 10, com dados baseados na apuração do censo de 1872.

337 DGE, 1877, p.9. 338 Ibidem.

Em seguida, atribui à imigração uma das causas da desigualdade nessa proporção: “o recenseamento atesta que as províncias que mais receberam imigrantes são também aquelas em que a população masculina mais predomina. É sabido que os estrangeiros que aqui vêm estabelecer-se são, em grande maioria, varões”.339 Pondera, também, que a Guerra do Paraguai, cujos efeitos ainda eram grandes à época da coleta dos dados, teria influenciado na proporção das “províncias centrais” (interioranas), aumentando a concentração de homens nesses lugares devido à movimentação de tropas.340

O que se pode perceber, desde logo, é que toda essa avaliação foi construída apenas acerca da população livre. Em nenhum momento o relatório menciona a população escrava dividida por sexo, talvez pela presunção de grande masculinidade, mas, mais provavelmente, porque a análise dessa proporção estava vinculada a outros interesses, que ficam evidentes quando se tece a conclusão dessa sub-seção:

O fato da preponderância tão acentuada do elemento masculino sobre o feminino suscita duas importantes considerações: 1ª que o Brasil se achará sempre em condições vantajosas no que se refere à sua defesa; 2ª que o aumento da população pelos meios naturais da fecundidade será mais lento.341

Demonstrando o interesse específico pelo crescimento populacional e defesa nacional, a DGE optou por analisar apenas a proporção de sexo entre os livres, responsáveis ideais pela execução dessas tarefas. Por conseguinte, essa abordagem deixou invisível a população escrava e suas contribuições nesse setor. Desde 1871 o escravismo não mais reproduzia a si mesmo, ou seja, a população escrava não mais gerava escravos. Mas isso não quer dizer que deixassem de ter filhos, e mais importante, filhos livres. Portanto, a população escrava, em suas relações e proporções de sexo, ainda que não mais produzisse filhos escravos, passara a se tornar grande contribuinte na geração de população livre, e com taxas e ritmos bastante diversos da população livre. Ao não considerar a população escrava na análise da categoria de proporção de sexos, a DGE pode ter pretendido dar menor visibilidade ao cativeiro, mas acabou

339

Ibidem, p.10.

340 Ibidem. 341 Ibidem.

apresentando conclusões incompletas quanto às taxas de masculinidade e às possibilidades de aumento populacional.

Se na categoria de condição social, o impacto do cativeiro foi sub-valorizado com a diluição dos libertos em livres, na proporção dos sexos ele foi completamente desconsiderado, reforçando a ideia de o cativeiro ser uma instituição residual, cuja análise seria menos relevante para explicar as tendências futuras da população. Nota-se, portanto, uma preocupação provavelmente mais política do que matemática nessa avaliação.

4.3.3 População por estado civil

Também chamado de “condição doméstica da população”,342

o “estado civil” segmentou aqui homens e mulheres em solteiros/as, casados/as e viúvos/as conforme indicavam as instruções da lista de família. Nos dados dessa sub-seção, encontrou-se uma população majoritariamente solteira, com ligeiro predomínio de homens solteiros sobre mulheres na mesma condição. As províncias mais “celibatárias”, segundo o documento eram o Amazonas, o Pará e o Maranhão, havendo, no primeiro caso, 78 solteiros para cada grupo de 100 pessoas.

Gráfico 2: População quanto ao Estado Civil, 1872

Fonte: DGE, 1877, p. 11.

A justificativa residiria na “existência de número considerável de indígenas nas três províncias do norte”, o que indica tratar-se de grupos cujas práticas de casamento/união não eram referendadas pelo ritual

católico e, portanto, não foram reconhecidas pelo Estado.343 E a proporção de solteiros só não é maior porque, assim como na proporção de sexos, ignorou-se totalmente a população escrava. A pesquisa apontada no relatório – e sintetizada no gráfico abaixo – refere-se tão somente aos livres. Se aplicado também à população escrava, o número de solteiros aumentaria, aumentando também a proporção de pessoas cujos laços afetivos eram desconsiderados pelo Estado se não fossem antes formalizados pela Igreja.

A análise do estado civil também se considerou que o Brasil “[…] é um dos países em que se nota uma proporção menos avultada de viúvas, fato devido sem dúvida ao nosso estado habitual de tranquilidade interna, e à raridade das guerras externas”.344

Essa afirmação poderia ser válida para 1876, mas talvez nem tanto para 1872, ano da coleta dos dados, visto que a Guerra do Paraguai havia terminado dois anos antes. O próprio relatório, no item anterior, sobre a proporção de sexos, havia comentado que nas províncias centrais a proporção estava distorcida porque a pesquisa, logo após a guerra, foi feita “em condições totalmente desfavoráveis”.345

É um tanto estranho que a mesma guerra tenha interferido na razão de masculinidade, mas não no estado civil da população.

4.3.4 População segundo as raças

Como já mencionado, o termo “cor” que aparecia na lista de família foi, no Relatório de 1876 e na publicação oficial, inteiramente substituído pelo termo “raça”, usando-se as mesmas quatro categorias, conforme explica o texto introdutório dessa sub-seção:

O Brasil é habitado por três raças distintas, a saber:

A branca da qual existem 3.787.289 indivíduos A africana » » » 1.954.452 » A indígena » » » 386.955 » Do cruzamento da raça africana com as outras resultou a classe dos pardos em número de 3.801.782.346 343 Ibidem, p.12. 344 Ibidem. 345 Ibidem, p.10. 346 Ibidem, p.13.

Essa introdução é excepcional, pois racializa o conceito de cor, associando cada uma delas a uma raça, e tornando os pardos uma “classe” mestiça, resultante “do cruzamento da raça africana com as outras”. Não fica claro se a DGE estava realmente propondo a divisão da população em três raças “puras” e uma “mestiça” ou se foi apenas uma forma didática de apresentar a questão no relatório. O estranho é que essa linguagem não aparece explicitamente dessa forma em nenhum outro relatório da DGE na década de 1870 (foram seis edições no total, entre 1872 e 1878). E, curiosamente, era a “classe dos pardos” que compunha o maior grupo populacional no critério cor/raça, compondo 38,3% da população brasileira.

Gráfico 3: População quanto à cor/raça, 1872.

Fonte: DGE, 1877, p. 13.

Logo abaixo dessa introdução, o relatório apresenta uma tabela na qual os números de cada “raça” são divididos em homens e mulheres, tanto em termos absolutos quanto relativos. Essa tabela e o texto explicativo que se segue misturam ainda mais os termos: enquanto que a lista de família pediu para se indicar a cor “preta”, o relatório apresentou uma raça “africana” e a tabela logo abaixo listou uma raça “negra”.347 Da mesma forma, os “indígenas” do texto inicial e da tabela viram “caboclos” no resto da explicação, igualando-se à descrição da lista de família.

Essa sub-seção é a primeira até o momento em que não se tecem comparações com outros países. A questão da raça, tal como se

apresentou, parece ser um fenômeno brasileiro, uma peculiaridade que não se procurou comparar nem com os Estados Unidos ou outros países que apresentavam composições “raciais” ou “de cor” análogas às do Brasil. E, embora o texto introdutório pareça dar um caráter definido às “raças” que compunham a população brasileira, parecendo associar-se a alguma teoria científica racialista, a variação de termos como “negro”, “preto” e “africano” indica, ao contrário, uma despreocupação terminológica quase absurda para uma instituição responsável pela definição estatística do país. É claro que os termos costumavam ser fluidos em muitos casos, mas, na década de 1870 a repartição oficial de estatística do país poderia ter mais clareza na distinção de “cor” e “raça” bem como entre os termos “africano” e “preto/negro”. No entanto, seguindo a periodização proposta por Lilia Schwarcz, essa década foi apenas o começo da disseminação de ideias racialistas importadas da Europa para justificar as diferenças internas brasileiras.348 Talvez por isso a oscilação de termos seja ainda característica do período anterior, pautando a atribuição de raça/cor mais no costume e na classificação visual do que em critérios tidos por científicos.

De todo modo, essa sub-seção é curta: uma introdução (citada acima), uma tabela, um parágrafo de explicação e pontos finais, sem maiores atenções a essa questão. Talvez o “descuido” com os termos refletisse o próprio desinteresse em aprofundar essa classificação, ao menos no momento dessa divulgação – já que na publicação oficial, o critério de “raça” é frequentemente vital nas distinções entre as pessoas e que na lista de família a “cor” era a primeira coluna logo após o nome dos indivíduos.

4.3.5 Religião

Mais um item bastante curto das Considerações Estatísticas, a “religião” foi assim descrita:

Predomina entre nós o catolicismo. As outras religiões contam poucos adeptos: 16.313 homens, 11.453 mulheres, eis os que em uma população de quase 10.000.000 de habitantes deixam de professar a religião católica.349

348

SCHWARCZ, Lilia M. O espetáculo das raças: cientistas, instituições e questão racial no Brasil – 1870-1930. São Paulo: Companhia das Letras, 1993, p. 27-28.

Seguem-se apenas as proporções – “1 acatólico para 314 católicos” entre os homens e “1 [acatólica] para 419 [católicas]” entre as mulheres – e encerra-se esta parte.

Com uma população 99,72% católica, o Relatório dedicou pouco espaço à questão religiosa, sendo o catolicismo tratado praticamente como uma característica naturalizada dos brasileiros. Dada a aparente obviedade do catolicismo, temos aqui uma das características mais homogêneas da população, o que nos motiva a questioná-la. Lembremos que as informações da família eram cedidas pelo chefe – pai ou mãe de família – e aplicavam-se a uma estrutura que se reconhecia ordenada ou hierárquica: filhos, criados, agregados, escravos. Ser ou declarar-se católico era sinal de pertencimento, de integração ao corpo social há vários séculos na sociedade brasileira. A prática fora estendida não só aos portugueses como aos africanos e indígenas, e seus efeitos certamente ainda se faziam sentir no momento do recenseamento. As fugas do padrão católico encontram-se nas próprias listas de família, sem precisarmos dialogar com fontes muito distantes: nas casas dos Gravatá e dos Galvão, os pretos são todos solteiros, mesmo que haja várias crianças. A desconsideração de casamentos indígenas citada anteriormente e os escravos geralmente solteiros indicam que, embora inclusos no corpo dos católicos, suas relações não necessariamente se conformavam aos preceitos da Igreja, como no caso das uniões conjugais. Da mesma forma, tantas outras práticas significativas de vários grupos diferentes podem não ter se ajustado aos cânones católicos, o que não impediu o recenseamento sob a insígnia dessa denominação.

Entendemos que há um sem-número de católicos não-conformes em toda essa população: praticantes de outros rituais, crentes de outras manifestações espirituais, alheios ou desinteressados, convertidos ou identificados católicos por pressões sociais variadas. Nesse sentido, sabemos ser esse grupo aparentemente maciço de 99,72% da população não tão homogêneo quanto representado pelo censo. Mais uma vez, a simplificação foi radical, desde a lista de família até a exibição de resultados.

Nesse sistema que poderia englobar tantas formas de vivenciar a fé sob uma mesma denominação dominante, podemos nos perguntar, afinal, quem seriam os quase 28 mil acatólicos recenseados no Brasil em 1872? Que grupos poderiam ter o privilégio de declarar-se não- católicos? A publicação oficial dá algumas respostas. Primeiramente, todos eram livres. Nos quadros da população escrava, não há nenhum acatólico. Em segundo lugar, todos eram estrangeiros. Essa informação

é mais complicada de interpretar. A tabela sinóptica geral na primeira página da publicação nacional indica que na população havia 27.766 acatólicos, divididos em 16 mil homens e 11 mil mulheres, concordando com o Relatório, sem dividi-los por nacionalidade.350 No quadro “população considerada quanto à nacionalidade estrangeira”, encontramos mais de 350.000 católicos e os tais 27.776 acatólicos, não deixando espaço para encontrar acatólicos na população brasileira nata.351

Toda a população nascida em solo brasileiro era católica? Somente entre os estrangeiros havia acatólicos? Onde entrariam os filhos já nascidos no Brasil de imigrantes não-católicos? Seriam eles considerados estrangeiros como os pais ou seriam considerados católicos por terem nascido no Brasil? O quadro religioso dos brasileiros natos é difícil de compreender. Ou muitos dados foram desconsiderados por descuido, ou a generalização foi verdadeiramente radical.

De todo modo, atendo-nos apenas aos dados dos estrangeiros, que diferenciam católicos e acatólicos, podemos, grosseiramente, presumir que, dadas as origens dos imigrantes acatólicos, eles fossem majoritariamente protestantes: alemães (23.206), ingleses (1.874), suíços (800), norte-americanos (546) e outras com menos de 500 indivíduos: austríacos, holandeses, dinamarqueses. Também há que se considerar a possibilidade de haver uma parcela de judeus dentro dessas populações. Há, nas tabelas censitárias, ainda dentre os acatólicos, uns poucos chins, persas e turcos, bem como 198 africanos livres, o que pode sugerir que outras religiões não-cristãs também foram recenseadas, mais uma vez, utilizando a nacionalidade para presumir a religião, num exercício de hipóteses, mas sem querer abusar dos estereótipos.

De qualquer modo, nenhuma dessas hipóteses teve valor algum para a DGE, mais preocupada em separar os católicos dos que “deixam de professar” essa religião, do que em detalhar as variações, tanto dos grupos acatólicos, quanto do próprio grupo que compôs 99,72% da população.

4.3.6 População segundo a nacionalidade

Considerou a DGE “digno de atenção” o estudo sobre os estrangeiros, “[…] daqueles que não tendo nascido no país, fixaram

350

IBGE, Recenseamento do Brazil em 1872, “População considerada em relação à nacionalidade estrangeira”, sem página.

entre nós a sua residência”.352

Representando cerca de 4% da população residente no Brasil, os estrangeiros (382.041 indivíduos) são rapidamente associados, nesta sub-seção, às profissões que passaram a ocupar, o que guarda relação com as tabelas paroquiais de profissão na publicação oficial. Fica claro o interesse em perceber de que maneira tais pessoas estariam se integrando na produção econômica, apontando o censo que 8% dessa população não teria ocupação definida. A maior parte ocupada estaria vinculada à agricultura e ao comércio, “não incluindo os escravos africanos”.353

Mais uma vez, a existência de um contingente escravo dentro do grupo de estrangeiros requereu várias escolhas por parte da DGE, sobre como representá-los e se considerá-los em seus cálculos: “Os africanos escravos entram em todos esses cálculos como estrangeiros. Deduzidos os escravos, que eram na época do recenseamento 138.560, o número dos estrangeiros ficará reduzido a 243.481 […]”.354

Percebe-se que a frase que cita os africanos escravos é a mesma que já os exclui deixando para análise apenas os estrangeiros livres (grupo que continha africanos também).

Logo, não seria verdadeiro que todos os estrangeiros, nem mesmo os que eram tidos por “livres” à época do censo, de fato “fixaram entre nós a sua residência”, não de forma espontânea ao menos. Dos nascidos “fora do Brasil”, os 138.560 africanos cativos representavam 36% dos estrangeiros, mas foram rapidamente suprimidos da análise, muito mais preocupada com a população livre. Se eles não são nacionais e não lhes é dada muita atenção enquanto estrangeiros, quando é que os africanos escravizados têm vez no censo? E mesmo os africanos livres, como podem ser “lidos” como um meros estrangeiros sendo conhecido o contexto de sua “fixação de residência” no país?

Ao tomar essa postura, os funcionários da DGE acabaram criando mais um instrumento oficial que reforçava a separação entre africanos e brasileiros. Conforme indicou Beatriz Mamigonian, os africanos, mesmo quando alforriados, continuavam sendo considerados estrangeiros, ainda que sem uma nacionalidade definida visto serem originais de unidades políticas que não eram reconhecidas como Estados àquela altura do século XIX.355 Ao criar uma África para fins

352 DGE, 1877, p.14. 353 Ibidem, p.15. 354 Ibidem, p.16. 355

MAMIGONIAN, Beatriz Gallotti. Razões de Direito e Considerações Políticas: os direitos dos africanos no Brasil oitocentista em contexto atlântico. V Encontro Escravidão e Liberdade no Brasil Meridional. Porto Alegre, maio de 2011.

estatísticos, o censo colaborou para o fortalecimento dessa visão, pois estabeleceu uma distinção clara entre esses indivíduos e os brasileiros. Os africanos não pertenciam à nacionalidade brasileira, da mesma forma que alemães ou turcos.

Não parece que a DGE tenha pretendido esconder os africanos, mas sua posição no quadro dos estrangeiros certamente foi conveniente, pois os distanciou dos “filhos do país”, deixando-os na coluna “fora do Brasil” na lista de família, no apêndice do corpo social brasileiro nato. E, quando chega a vez de falar do estrangeiro, a publicação oficial, conforme visualizado na tabela abaixo, por exemplo, abre a coluna interna de “condição social” para o africano mas, por nenhuma palavra mencionar, essa especificidade permanece tímida.

Tabela 5: Excerto de “População considerada quanto à nacionalidade estrangeira”

Fonte: IBGE, Recenseamento do Brazil em 1872, s/p,

As Considerações Estatísticas, por sua vez, empregam muitas palavras, dotadas de intenção e direção e, ao optar tratar dos estrangeiros “não incluindo os escravos africanos”, as acabam explicitando. Ora, a tabela que se segue ao texto explicativo divide os estrangeiros livres em suas ocupações e modos de vida, como que para inventariar as aptidões que estavam sendo importadas por meio da imigração. Não só ficamos privados de saber as possíveis aptidões dos africanos, como os ignoramos por completo enquanto possibilidade de imigrante. Esse grupo de indivíduos, importado ilegalmente por décadas e vital para a economia nacional, torna-se, no final do século XIX, um elemento

indesejado, cujos atributos morais, culturais e mesmo genéticos passam a ser crescentemente desprezados. Aqui percebemos claramente os efeitos de “ler” as contribuições do elemento estrangeiro para a economia nacional sem considerar os africanos escravizados.

O único momento em que esse grupo é considerado nas contagens desta sub-seção é na proporção de estrangeiros em relação à população brasileira. Nesse caso, sendo capital do Império e movimentado porto, a Corte dispara em absoluta exceção, com 44,1% de população estrangeira vivendo em sua jurisdição. Seguem-se as províncias do Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Espírito Santo, com mais de 10% da população sendo estrangeira em seus domínios. No lado oposto, algumas “províncias do norte” (Ceará, Paraíba, Piauí e Rio Grande do Norte) além de Goiás, apresentaram menos de 1% de suas populações composta por estrangeiros.

Mapa 4: Proporção de estrangeiros em relação à população brasileira, 1872.