• Nenhum resultado encontrado

Gilberto L Fernandes

10. QUESTÕES PARA ESTUDO FUTURO

Assumir que a informação esteja no domínio da realidade objetiva e, portanto, seja uma expressão da natureza e das características essenciais da matéria, implica que a compreen- são definitiva do que seja a informação é dependente da compreensão do que seja a maté- ria e de como a percebemos.

Partindo-se do pressuposto de que a informação, assim como a matéria e a energia sejam os componentes básicos do universo, surgem algumas questões para estudo futuro: • Seria a informação um aspecto das partículas elementares já detectadas ou teria a

informação uma partícula própria, o infon?

• A informação estaria sujeita, de modo geral, às mesmas leis a que estão sujeitas a matéria e a energia, como por exemplo a relatividade ou mecânica quântica?

• As diversas interpretações da mecânica quântica, com pequenos ajustes, seguem a equação de Schrödinger19, que descreve o comportamento de todas as partículas ele- mentares. Matéria e energia têm seu comportamento probabilístico previsto pela equação de Schrödinger. No caso da informação ser um aspecto das partículas elemen- tares existentes, também estaria sujeita a equação de Schrödinger, ou pelo menos de algum modo seria afetada por ela, já que utilizaria como suporte as partículas cujo comportamento é descrito por esta equação?

• Quais seriam as implicações desta extensão da equação de Schrödinger aos aspectos informacionais das partículas subatômicas?

AGRADECIMENTOS

Meus sinceros agradecimentos aos pesquisadores do Centro de Pesquisas em Arquite- tura da Informação/CPAI da Universidade de Brasília/UnB André Siqueira, pela criteriosa revisão e firme posicionamento em questões nem sempre fáceis, e Jackson Maia, pelas con- versas inspiradoras e valiosas sugestões.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BALDO, Marcus Vinícius C.; HADDAD, Hamilton (2003). Ilusões: o olho mágico da percepção. Revista

Brasileira de Psiquiatria, vol. 25, supl. 2. São Paulo, SP: Departamento de Fisiologia e Biofísica, Ins-

tituto de Ciências Biomédicas, Universidade de São Paulo, pp. 3, 4, Disponível em: <http:// dx.doi.org/10.1590/S1516-44462003000600003>. Acesso em: 03 de março de 2012.

BUCKLAND, Michael K. (1991). Information as thing. Journal of the American Society for information

Science, v. 42. n. 5. p. 351-360.

BUSCH, G. (2009). Early history of the Physics and Chemistry of Semiconductors, artigo original- mente publicado no European Journal of Physics, vol. 10.

159

Sobre a natureza da Informação, dado e conhecimento tema 1

19A equação de Schrödinger, que tem para a mecânica quântica um papel similar ao da segunda Lei de Newton para a

mecânica clássica, foi proposta em 1925 pelo físico austríaco Erwin Schrödinger (1887-1961) e descreve a evolução temporal dos estados quânticos de um sistema físico qualquer, composto usualmente por átomos, moléculas e partículas subatômicas, retornando a amplitude de probabilidade de uma posição ou momento dos componentes do sistema. Sistemas quânticos evoluem no tempo em uma superposição probabilística de estados diferentes, previstos de forma determinística pela equação de Schrödinger.

CAPURRO, Rafael; HJØRLAND Birger. (2007). O conceito de informação. Perspectivas em Ciência da

Informação, v. 12, n. 1, p. 148-207, jan./abr.

CERN (Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire). (2013). The Standard Model. Disponível em: <http://home.web.cern.ch/about/physics/standard-model>. Acesso em: 30/05/2013.

FERNANDES, Gilberto L.; LIMA-MARQUES, Mamede. (2012). Em busca de um modelo fenomenoló- gico do mecanismo de apreensão humana. Revista Íbero-Americana de Cência da Informação, Brasília/DF, vol.5, n. 1. Disponível em <http://seer.bce.unb.br/index.php/RICI/article/views/7887. Acesso em 02/12/2012.

FLORIDI, L. (2004). Open problems in the philosophy of information. Metaphilosophy, Blackwell Publishing, Volume 35, n. Number 4, p. pp. 554-582, July 2004.

GIBBS, Philip. Can a human see a single photon? Disponível em http://math.ucr.edu/home/baez/ physics/Quantum/see_a_photon.html. Acesso em 10/02/2013.

GREENE, Brian. (2005). O tecido do cosmo: o espaço, o tempo e a textura da realidade. São Paulo, SP: Companhia das Letras.

HEISENBERG, W. Physics and philosophy. (1962). New York: Penguin Science.

HIRSCHHEIM, Rudy. (1985). Information systems epistemology: an historical perspective. In: MUM- FORD, E. et. al. (Eds.). Research methods in information systems. Amsterdam: North-Holland Publishers. 320 p, p. 12-35. Disponível em: <http://ifipwg82.org/sites/ifipwg82.org/files/Hirsch heim_0.pdf>. Acesso em 24/05/2012.

HUSSERL, Edmund. (1990). Ideia da fenomenologia. Lisboa: Ed. 70.

HUSSERL, Edmund. (2006). Ideias para uma fenomenologia pura e para uma filosofia fenomenoló- gica. Aparecida/SP: Ideias & Letras. Tradução de Márcio Suzuki.

HUSSERL, Edmund. (2012). Investigações lógicas. Rio de Janeiro, RJ: Editora Forense. Tradução de Pedro M. S. Alves.

JUNIOR, Armando Miguel. Síndrome talâmica: dor de origem cerebral. Campinas, 03/08/2012. http://www.medicinageriatrica.com.br/2012/08/03/sindrome-dolorosa-talamo-sindrome-tala- mica/. Acesso em 15/11/2012.

KANT, Immanuel. (2010). A crítica da razão pura. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkain, 7ª. edição. Tradução de Manuela Pinto dos Santos e Alexandre Fradique Morujão.

KIERNAN, Jonh Alan. (2003). Neuroanatomia humana de Barr. Barueri, SP: Editora Manole. Tradução da 7a. ed. original e revisão científica por Fábio César Prosdocimi e Paulo Laino Cândido.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. (1996). Fundamentos de metodologia cientifica. 3. ed. São Paulo: Atlas. 270 p.

LACERDA, Flavia. (2005). Arquitetura da Informação: aspectos epistemológicos, científicos e práticos. Dissertação de Mestrado – Universidade de Brasília, Brasília, DF.

LANDAUER, Rolf. (1996). The physical nature of information. Elsevier Scienc B. V., Physics Letters, A 217, p. 188-193.

LIMA-MARQUES, Mamede. Outline of a theoretical framework of Architecture of Information: a School of Brasilia proposal, in BEZIAU, Jean-Yves; CONIGLIO, Marcelo Esteban. Logic without Frontiers: Festschrift for Walter Alexandre Carnielli on the Occasion of His 60th Birthday. London: College Publications, 2011, p. 311-319.

MARQUES, Gil da Costa; UETA, Nobuko. (2007). Interações e colisões de fótons. Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada da Universidade de São Paulo, USP, São Paulo, SP. Disponível em: http://efisica.if.usp.br/otica/basico/fotons/interacoes/. Acesso em 11/02/2013.

MERLEAU-PONTY, M. (1999). Fenomenologia da Percepção. 2ª. ed. São Paulo: Martins Fontes. Trad. Carlos Alberto Ribeiro de Moura.

NAGEL, Thomas. (2011). Uma breve introdução à filosofia. 2ª. ed. São Paulo: Martins Fontes. Tradução de Silvana Vieira.

160

NICOLELIS, Miguel. (2011). Muito além do nosso eu. São Paulo: Companhia das Letras.

NOVAES, S. F. (2000). Standard Model: An Introduction. Universidade Estadual Paulista. Disponível em <http://arxiv.org/pdf/hep-ph/0001283v1.pdf>. Acesso em 10/02/2013.

OCDE. 1997. The evaluation of scientific research: selected experiences. Disponível em: <http://www.oecd.org/science/sci-tech/2754549.pdf>. Acesso em: 27/05/2013.

PELZ, J.. (1993). In: Leslie D. Stroebel, Richard D. Zakia. The Focal Encyclopedia of Photography. 3E ed. [S.l.]: Focal Press, p. 467.

PESSOA, Fernando. (2005). Obra poética. Volume único, in Poemas Inconjuntos. Rio de Janeiro, RJ: Editora Nova Aguilar, p. 231. Organização, Introdução e Notas de Maria Aliete Galhoz.

PINKER, Steven. (2004). Tábula rasa: a negação contemporânea da natureza humana. São Paulo: Companhia das Letras. Tradução de Laura Teixeira Motta.

POPPER, Karl R. (1999). Conhecimento Objetivo. Belo Horizonte, MG: Editora Itatiaia. Tradução de Milton Amado, da edição corrigida de 1973 publicada pela Oxford University Press, London. SCHNAPF, Julie. (1987). How Photoreceptors Respond to Light, Scientific American, ed. abril 1987. STONIER, Tom. (1990). Information and the internal structure of the universe: An exploration into

information physics. London: Springer-Verlag.

STONIER, Tom. (1992). Beyond information: a natural history of intelligence. London: Springer-Verlag.

161

A dimensão conceitual