• Nenhum resultado encontrado

CAPÍTULO VII: REFLEXOS DA UNIFICAÇÃO DA MOEDA EM OUTROS PROCESSOS DE INTEGRAÇÃO REGIONAL

2. O HIPOTÉTICO SISTEMA GLOBAL DE MOEDAS UNIFICADAS

2.1. Riscos e vantagens

Analisaremos os riscos e vantagens de um sistema hipotético global de moedas unificadas a partir das ponderações feitas pela doutrina em relação à moeda única, transplantando-as para o modelo ora discutido.

Maria de Fátima Ribeiro162 aduziu que a implantação do Euro possibilitou a extração de disposições favoráveis, tais como:

a) favorecimento da unificação política da Europa e a ampliação da influência do continente em organizações econômicas internacionais;

b) diminuição dos custos de transação, pois deixam de existir taxas para conversão de dinheiro;

c) mais transparência e mais concorrência ao mercado europeu, por meio da publicação de todos os preços de bens e serviços em todo o território coberto pela moeda unificada;

d) maior impulso ao comércio interno, exigindo-se dos Estados participantes uma conduta econômica mais rígida;

e) melhor alocação de recursos;

f) favorecimento da poupança e dos investimentos;

g) promoção do crescimento e do emprego.

Paulo de Pitta e Cunha163 argumenta que a idéia base é que, tendo-se criado, entre os países que compõem a União Européia, um ‘mercado interno’ plenamente livre de obstáculos, a implantação da moeda única figuraria como complemento lógico, evitando riscos e sobressaltos decorrentes das variações cambiais verificáveis por ocasião do confronto de moedas diferentes. A adoção da moeda unificada seria, assim, “imperativo

econômico, ligado à operacionalidade do mercado interno.”

Ainda, que também se diz que a soberania monetária, na prática, somente existia no país que definia as políticas, limitando-se os demais a acompanhá-lo, de modo que, “perdida a soberania monetária, porque dentro

do mercado unificado não podia haver políticas monetárias independentes,

estaria aberto o caminho para a moeda única.”

Como vantagens da moeda única, o autor cita a supressão dos custos e riscos cambiais, passando o mercado a funcionar de forma mais perfeita, já que deixam de existir os obstáculos e as áleas da variação monetária; a criação de um clima favorável ao investimento e ao desenvolvimento dos mercados de capitais; a estabilidade de preços; e a

imunidade, aos países, a crises especulativas, evitando-se desequilíbrios externos.

Concordamos com as ponderações feitas pela doutrina citada e agregamos ao raciocínio nossa convicção no sentido de que tais vantagens se potencializariam num hipotético sistema global de moedas unificadas.

Parece-nos que a implantação do Euro pode contribuir para a unificação política da Europa, mas cremos que se está ainda diante de longo caminho a percorrer, pois a resistência à unificação política, fundada na violação ao exercício do poder soberano, é maior do que a aquela encontrada em relação à unificação econômica e monetária. Esta última – entendemos – resolveu-se mediante a flexibilização do conceito de soberania, que atingiu grau de maturidade ainda não alcançado do ponto de vista político.

Num sistema hipotético de moedas unificadas, a redução dos custos de transação alcançaria níveis globais, já que se estaria diante de poucas moedas em circulação (a moeda única instituída por cada uma das uniões monetárias), de forma que os riscos inerentes às oscilações cambiais seriam menores e mais facilmente localizados, o que facilitaria o seu controle. Isso faria com que, ademais, a atuação dos órgãos reguladores e formuladores das políticas monetárias se simplificasse, à vista da existência de menos

variáveis capazes de interferir nas taxas de câmbio entre as moedas unificadas existentes.

A transparência, a concorrência, a conduta econômica rígida dos participantes, a melhor alocação dos recursos e o favorecimento da poupança e dos investimentos ficariam, em nosso sentir, também potencializados num cenário global de moedas unificadas. As oscilações de preços decorrentes dos investimentos produtivos realizados pelos empresários em países com baixo custo de produção, por exemplo, ficariam minoradas, o que acirraria a concorrência e geraria renda ao trabalhador de maneira globalmente mais uniforme – incrementando, a final, poupança, investimento, mercado de capitais, consumo e emprego.

Crises especulativas, por sua vez, seriam praticamente inexistentes, na medida em que, havendo poucas moedas em circulação, seus possíveis focos, além de ser facilmente detectáveis, receberiam tratamento intensificado e fortalecido pela circunstância de serem alvo de atenção de órgãos supranacionais de controle de elevada expertise - composto pelos melhores técnicos de cada um dos países integrantes da união econômica e monetária, todos debruçados sobre o problema.

Todos esses fatores, portanto, parecem sinalizar, no cenário proposto, para o fortalecimento sócio-econômico dos países do globo. Devem ser ponderados, não obstante, os riscos envolvidos no sistema.

Fazendo uma avaliação da experiência da União Européia, George K. Zestos164 observou o seguinte:

Um tempo relativamente curto passou desde o estabelecimento da UEM em 1º de janeiro de 1999. Porém, um período tão curto pode ser tempo suficiente para se formar uma opinião razoavelmente apurada em relação à sobrevivência da UEM e da moeda comum, o euro.

A UEM passou pelo primeiro teste no começo de 1999, quando o euro foi introduzido com sucesso na forma de depósitos de bancos para empresas, pessoas físicas e transações interbancárias. O teste mais crítico da UEM aconteceu no início de janeiro de 2002, quando moedas de euro e notas bancárias foram introduzidas e estusiasmadamente aceitas pelo público dos 12 países da área do euro. O governador do Banco da França naquela época e agora o segundo presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, descreveu o precoce sucesso do euro como ‘... um sucesso inconstestável do ponto de vista técnico e operacional’.

Esta avaliação favorável da UEM baseada na rápida e ampla aceitação do euro não significa que a UEM estará livre de riscos no futuro. A UEM poderia sofrer grandes contratempos por várias razões. A ameaça mais séria à UEM é a possibilidade de que choques assimétricos podem ocorrer na Área do Euro. Neste caso, os países da UEM podem exigir políticas fiscais e monetárias diferentes. Uma política monetária comum que resulta na mesma taxa de juros para toda a Área do Euro não será a política monetária mais apropriada para todos os países se um ou alguns passarem pela experiência de uma recessão e outros não.

Um cenário pior é se as economias de um ou mais países passarem pela experiência de recessão e outras economias expandirem rapidamente. A política monetária de ‘um tamanho serve para todos’ pode não funcionar bem para a Área do Euro. Um exemplo disto ocorreu quando alguns países, como a Alemanha, passaram pela experiência de recessão após 1º de janeiro de 1999, enquanto outros, como a Irlanda e a Grécia, passaram pela experiência do boom.

Também avaliando a experiência européia, Maria de Fátima Ribeiro165 vislumbrou os seguintes aspectos desfavoráveis:

a) falta de maturidade econômica da Europa para a união monetária, pois as economias dos países não se encontram no mesmo nível de desenvolvimento;

b) perda de instrumentos nacionais de controle;

c) falta de fundamento científico para os critérios de convergência, que mais se aproximam de um compromisso de ordem política; e

d) riscos inflacionários e à estabilidade econômica, pois os critérios de convergência não precisam ser cumpridos para sempre.166

164 European monetary..., p. 102-103, grifos nossos. 165 O euro e as perspectivas.., p. 15.

166 Por meio do Pacto de Estabilidade e Crescimento de 1997, os Estados-membros se comprometeram a manter, depois de formada a união econômica e monetária, o mesmo rigor orçamental definido como critério de convergência. Tal Pacto regulamentou a proibição dos ‘déficits orçamentais excessivos’ trazida pelo

Paulo de Pitta e Cunha167, por sua vez, arrola os seguintes pontos desfavoráveis:

a) os países que compõem a uma zona de moeda única perdem a autonomia na condução de certas políticas econômicas, de forma que não poderão mais desvalorizar a taxa de câmbio ou alterar a taxa de juros por ação de seu próprio banco central; a taxa de juro passa a ser determinada pelo Banco Central Europeu;

b) possível criação de dificuldades para os países menores ou periféricos, na medida em que o Banco Central Europeu poderá orientar sua atuação tendo em conta as economias de maior peso;

c) a ausência de dispositivo destinado a fazer face aos ‘choques assimétricos’, quais sejam, aqueles que afetam apenas um ou alguns dos países-membros;

d) a perda dos específicos instrumentos monetários e cambiais gera restrições ao uso das políticas orçamentais, que continuam a ser tratadas em

Tratado de Maastrich, que seriam mantidos no percentual máximo de 3% do Produto Interno Bruto do país, sob pena de sanções pecuniárias de alto valor (Paulo de Pitta e Cunha, O Euro, p. 299).

nível nacional, mas sofrendo limitações de déficits orçamentários que condicionam a liberdade de ação dos países-membros; e

e) os países-membros deixam de ter armas cambiais e armas monetárias, além de terem suas armas orçamentais um tanto ‘embotadas’.

Para o autor, a Europa está longe de constituir uma ‘área econômica ótima’, já que não estão presentes os fatores que tornariam dispensável o recurso à variação das taxas de câmbio como instrumento de política econômica nacional, a mobilidade dos trabalhadores – que ficaria prejudicada pela diversidade lingüística e cultural – e mecanismos de compensação financeira a partir de um orçamento central.

Mais adiante, o autor critica a efetividade da moeda única européia:

... uma vantagem tão apregoada da moeda única – a capacidade de vir a ombrear com o dólar como grande moeda internacional de reserva e de transacção – está pelo menos adiada. O euro tem apoio na dimensão e na solidez das economias dos países participantes na união européia, o que lhe abre caminho para uma grande presença internacional. Mas, no contexto actual da UEM, não é de surpreender que os mercados hesitem em considerar que a nova moeda tem por trás de si uma política econômica e monetária unificada e coerente. É que, contrariamente ao dólar, a unificação apenas se processa sob o ângulo da política

monetária, não sob o da política econômica. Por detrás do euro perfila- se a tensão entre muitas economias nacionais com os riscos de se entrechocarem as respectivas políticas econômicas, podendo ser afectada a estabilidade da moeda européia. E aqui o argumento, particularmente caro aos federalistas, de que se impõe uma ‘fuga’ para a frente, pois a união monetária corre o risco de se estilhaçar, se não for completada com os ingredientes do federalismo fiscal e financeiro.” 168

Compreendemos a posição dos autores citados e concordamos com a existência dos riscos apontados.

De fato, parece-nos preocupante a adoção da política monetária de “um tamanho serve para todos”, referida por Zestos, bem como a possibilidade de choques assimétricos.

Entendemos inadmissível que, instaurada a união monetária, a atuação dos órgãos encarregados de fixar suas políticas não se preste a considerar a situação de todos os países-membros. Pautar a formulação da política monetária apenas na situação das economias de maior peso significa, verdadeiramente, negar a própria existência da união monetária, passando ao largo de todo o esforço despendido para a sua instituição.

Todas essas preocupações, porém, só manifestam sentido na hipótese em que a união monetária tenha sido instaurada precocemente. Isso porque, em nosso entendimento, é pressuposto da instauração da união monetária o nivelamento prévio e natural das economias envolvidas. Essa uniformidade de situações econômicas deve preceder à fixação dos critérios de convergência – e não ser obtida por força deles.

Assim, não se pode colocar a união monetária como objetivo a ser alcançado a qualquer custo, propiciando a adoção de medidas impopulares e sofríveis para que se logre atingir os critérios de convergência, se o país não possuir condições de sustentar sua economia conforme os padrões estabelecidos. Torna-se, de fato, discutível a efetividade da união monetária instaurada nessas condições, emergindo daí todos os riscos e desvantagens referidos.

A união monetária, portanto, deve surgir como reflexo da realidade sócio-econômica dos países envolvidos, e não extraída a toda a força, sob pena de malogro.

Os mesmos riscos e desvantagens apontados incorrerão, com mesma ou maior intensidade, no cenário global de moedas unificadas se, como se advertiu, esse fenômeno não for oriundo da natural evolução sócio-

econômica dos países do globo. E esses mesmos riscos e desvantagens serão minorados num cenário em que a união simplesmente espelhe a realidade sócio-econômica dos países integrantes.

Não somos, não obstante, ingênuos a ponto de acreditar que se está a um passo de atingir o cenário imaginado. Sabemos que o sistema global de moedas unificadas depende não apenas de vontade, mas, essencialmente, de maturidade política e econômica. E os maiores aliados da maturidade política e econômica são: tempo e experimento.

Tempo, para que cada país possa analisar a conjuntura política e econômica, própria e de seus pares, e re-visitar seus próprios conceitos.

E experimento para que todos os países tenham a oportunidade de testar e contra-testar idéias e soluções construídas pela criatividade humana, avaliando sua efetividade a partir da ponderação dos riscos e vantagens delas advindos.

Em suma, percorremos um longo e complexo caminho para chegar onde estamos – e foi inevitável que aqui chegássemos. Portanto, não se há de pretender, agora, atingir um sistema global de moedas unificadas enveredando por algum atalho que se ponha à frente.

CONCLUSÃO

A crescente tendência integracionista parece-nos consistir em caminho inevitável na evolução da civilização moderna. A unificação da moeda se insere nesse cenário, como elemento dele integrante. Em outras palavras, a unificação monetária é natural e resulta da evolução dos tempos.

Em nosso sentir, essa tendência deve ser enfocada não só sob a ótica da inserção dos países no mercado internacional, mas também do ponto de vista da obrigação que tem cada Estado de proporcionar aos seus cidadãos as melhores condições sócio-econômico-culturais.

Nesta medida, a adoção de uma moeda única regional envolve necessariamente o redimensionamento do conceito de soberania. Entendemos que o conceito clássico de soberania, como poder uno, indivisível e inalienável, na extensão que lhe vem sendo dada, não é adequado aos dias atuais.

Não se pode defender o exercício da soberania, como poder que não se submete a nenhum outro, a custa do isolamento do país. Impõe-se focá-lo como poder uno, indivisível e inalienável sim, mas exercido tanto pelo

Estado quanto pelo bloco regional em que este se integra, cada qual em sua esfera de competência.

A postura isolacionista do governante traz ao povo conseqüências graves. O isolamento econômico e político conduz à miséria e às precárias condições de vida e deve ser debelado com todos as forças pelos detentores do poder soberano – o que envolve, como visto, o redimensionamento do conceito de soberania, para enfocar a integração como exercício mesmo desse poder, e não sua negação.

Em visão ampliada, todos os países devem trilhar o caminho sem volta da integração regional, culminando com a instituição da união monetária. Não sem o percurso de uma longa estrada, chegaremos, ao final, a um cenário global composto de algumas uniões monetárias, com poucas moedas – as moedas unificadas – em circulação.

Esse cenário nos parece benéfico às civilizações. Deveras, o comércio de produtos e serviços se mostraria mais fluido, na medida em que não mais se estaria diante de grande variedade de moedas, com paridades sujeitas a oscilações em que atuariam muitas variáveis.

As autoridades monetárias poderiam, por sua vez, voltar suas atenções para oportunidades de melhoria das economias integrantes do bloco e pontos de crise potencial, aplicando mais acertada e eficazmente medidas corretivas.

Os fluxos de capital diminuiriam de intensidade, assim como as operações de câmbio e aquelas operações relacionadas à proteção do valor das moedas de troca.

Num cenário hipotético de moedas unificadas, parece-nos que será tendência a redução de desigualdades regionais e a diminuição das diversidades sócio-econômicas. Isso, por sua vez, possivelmente abrandará as desigualdades políticas e conduzirá a integração regional para a integração política, desembocando no modelo federativo dos Estados.

Vemos, porém, grandes riscos inerentes à empreitada, tais quais as crises sistêmicas, pois a política de adotar um só modelo para todos os países envolvidos pode incidir em graves distorções, na medida em que as realidades sócio-econômicas sejam diversas.

Também não vemos com bons olhos a adoção da moeda única a qualquer custo. Tanto quanto a defesa do poder soberano não pode conduzir

ao isolamento dos povos, seu exercício não deve ignorar as peculiaridades de cada país e carrear aos seus cidadãos sacrifícios desmedidos, especialmente relacionados às suas condições de vida.

Por tais razões é que concluímos que o sistema hipotético de moedas unificadas deve advir da realidade política e econômica dos países do globo terrestre. Em outras palavras, seu surgimento, em momento certo, defluirá dos anseios do povo, como decorrência natural do processo evolutivo, e desde que constatada a necessária maturidade política e econômica.

O caminho, porém, será bastante longo. Não vislumbramos esse cenário em futuro próximo, especialmente porque o redimensionamento do conceito de soberania, do ponto de vista de sua relação com o exercício do direito de cunhar e regular sua própria moeda, exigirá ainda a transposição de muitos obstáculos postos pelos Estados, especialmente de natureza ideológica.

Não vemos, não obstante, possibilidade de evitar que, no futuro distante, se chegue a tanto. E vislumbramos nesse cenário, desde que não se pretenda impor à realidade sócio-econômica conformação política que não reflita seus anseios, conseqüências vantajosas para a civilização, tais quais a redução de desigualdades entre os povos, a melhor distribuição de riquezas e o incremento no desenvolvimento sócio-cultural.

Com essas cautelas, a unificação monetária atuará, em nosso entendimento, como elemento catalisador, carreando mais soluções do que problemas para o desenvolvimento global.

Ter-se-á, apenas e em contrapartida, de ter a paciência de, com pedra sobre pedra, construir o castelo.

ANEXO I

CRITÉRIOS DE CONVERGÊNCIA – STATUS, EM 1997, DOS PAÍSES INTEGRANTES DA COMUNIDADE ECONÔMICA EUROPÉIA169

País Status Observação

Alemanha Inadimplente Dívida pública superior a 60% do PIB. Áustria Inadimplente Dívida pública superior a 60% do PIB.

Bélgica Inadimplente Déficit orçamentário superior a 3% do PIB; dívida pública superior a 60% do PIB.

Espanha Inadimplente Déficit orçamentário superior a 3% do PIB; dívida pública superior a 60% do PIB.

Finlândia Inadimplente Dívida pública superior a 60% do PIB.

França Adimplente Adotou medidas duras e impopulares para cumprir os critérios.

Grécia Inadimplente Déficit orçamentário superior a 3% do PIB; dívida pública superior a 60% do PIB.

Irlanda Inadimplente Dívida pública superior a 60% do PIB.

Itália Inadimplente Déficit orçamentário superior a 3% do PIB; dívida pública superior a 60% do PIB.

Luxemburgo Adimplente “Estado-membro modelo”, sem déficit orçamentário e com dívida pública de 6,2% do PIB.

Holanda Inadimplente Dívida pública superior a 60% do PIB.

Portugal Inadimplente Déficit orçamentário superior a 3% do PIB; dívida pública superior a 60% do PIB.

Reino Unido Inadimplente Dívida pública superior a 3% do PIB. Suécia Inadimplente Dívida pública superior a 60% do PIB.

ANEXO II

CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO DO EURO170

DATA AÇÃO

1º de julho de 1990 Início da primeira fase da União Econômica e Monetária, com a livre movimentação do capital entre os Estados-membros.

1º de janeiro de 1993 O Mercado Comum passou a ser pleno.

1º de novembro de 1993 Início da segunda fase da União Econômica e Monetária, com a entrada em vigor do Tratado de Maastrich.

Definição do uso do European Community Unit – ECU - como meio de transição, criado para proteger a Europa contra as flutuações súbitas de moeda durante a fase da convergência econômica.

1º de janeiro de 1994 Nasce o Instituto Monetário Europeu – IME.

Os procedimentos de coordenação das políticas monetárias são incrementados e inicia-se a luta contra os déficits excessivos (política de convergência dos Estados-membro).

31 de maio de 1995 A Comissão adota o “livro verde” sobre a moeda única, que se constitui em cenário de referência do período de transição.