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Técnicas Argumentativas: Perelman

No documento Livro Proprietário - Redação Instrumental (páginas 166-185)

Argumentativo – Discursivos: Argumentação

3.10 Técnicas Argumentativas: Perelman

A argumentação visa à adesão do auditório a certas teses, as técnicas argumen- tativas (2000, pp. 44-54) se apresentarão sob dois aspectos diferentes: "o aspec- to positivo consistirá no estabelecimento de uma solidariedade entre teses que se procuram promover e as teses já admitidas pelo auditório: trata-se de argu- mentos de ligação. O aspecto negativo visará abalar ou romper a solidariedade constatada ou presumida entre as teses admitidas e as que se opõem às teses do orador: tratando-se da ruptura das ligações e dos argumentos de dissociação" (2000, p.44).

Os argumentos de ligação, a seguir, podem ser agrupados em três classes: os argumentos quase lógicos, os argumentos fundados na estrutura do real, e aqueles que fundam a estrutura do real.

Argumentos quase-lógicos são aqueles cuja estrutura lógica lembra os ar- gumentos da lógica formal, mas que não possuem o mesmo rigor, ou seja, não têm valor conclusivo, já que é impossível extirpar da linguagem comum toda a ambiguidade nem remover do argumento a possibilidade de múltiplas inter- pretações (2000, p.45). Assim, a cada argumento lógico, de validade reconhe- cida e incontestável, corresponderá um argumento quase-lógico de estrutura semelhante, cuja força persuasiva consistirá justamente na sua proximidade com aquele.

Na lógica formal, por exemplo, sempre que alguém for posto em contradi- ção, seu discurso resultará absurdo em virtude do princípio da identidade. Já no campo da argumentação, como não há univocidade na linguagem, não se pode falar em contradição, mas incompatibilidade; já não se poderá acusar o discurso de absurdo, mas no máximo de ridículo, e mesmo assim somente se o orador não conseguir escapar por meio da reinterpretação de termos.

Argumentos baseados na realidade são aqueles cujo fundamento encontra- se na ligação existente entre os diversos elementos da realidade. Como se ad- mite que os elementos do real estão associados entre si, em uma dada ligação, é possível fundar sobre tal relação uma argumentação que permita passar de um destes elementos ao outro. Podem ser de sucessão ou coexistência. Os ar- gumentos fundados na estrutura do real por sucessão são aqueles que dizem respeito à relação de causa e efeito ou causa e consequência; por exemplo, o ar- gumento pragmático, que atribui o valor de uma tese aos resultados causados por sua adoção.

Os argumentos fundados na estrutura do real por sucessão são aqueles que dizem respeito às relações envolvendo realidades de ordens diferentes, em que uma seja a essência e a outra a manifestação exterior dessa essência. É o argu- mento que procura associar o caráter de uma pessoa a seus atos, por exemplo. Argumentos que fundam a estrutura do real são aqueles que "generalizam aquilo que é aceite a propósito de um caso particular (ser, acontecimento, rela- ção) ou transpõem para um outro domínio o que é admitido num domínio de- terminado". Trata-se dos argumentos que se utilizam do exemplo, do modelo, da analogia e da metáfora.

Os argumentos por dissociação são aqueles que, em vez de proceder por meio da ligação e ruptura de associações anteriormente estabelecidas, pro- curam solucionar uma incompatibilidade do discurso, reestabelecendo uma visão coerente da realidade. Quando posto em contradição, o orador procura construir um conceito de realidade capaz de se usado para julgar as aparências: aquelas que se conformarem, são consideradas válidas; as que não se confor- marem, são desconsideradas. A dissociação resulta da depreciação do que era até então um valor aceito e a sua substituição por outro conceito que esteja de acordo com o valor original. É uma técnica fundamental para a filosofia, mas pouco mencionada na retórica tradicional. Está na raiz de todos os pares filo- sóficos, ou seja, todos os conceitos que giram em torno do par "aparência/rea- lidade" e seus correlatos, cujo exemplo mais vívido encontramos na teoria das ideias de Platão (PERELMAN, 2000, p.52).

Perelman (2000,p.472) inclui nesses tipos de argumentos por dissociação o par “aparência-realidade”, explicitado pelo autor da seguinte forma:

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O bastão, parcialmente mergulhado na água, parece curvo, quando o olhamos, e reto, quando o tocamos, mas, na realidade, ele não pode ser simultaneamente curvo e reto. En- quanto as aparências podem opor-se, o real é coerente: sua elaboração terá como efeito dissociar, entre as aparências, as que são enganosas das que correspondem ao real.

Em síntese, a teoria de Perelman tenta superar a Lógica pura do sistema cartesiano que imperava há muitos e muitos anos sem maiores contestações, o que é feito com o resgate da argumentação racional (razão prática) à ideia de universalidade, sem abrir mão de aspectos históricos e sociais. A argumenta- ção não pode começar do nada, nem partir de qualquer lugar. Deve partir de concepções e atitude e, com base em um processo racional, chegar a resultados aceitáveis de modo geral:

Em síntese, assim se processa a estrutura da teoria da argumentação de Perelman (2000, p.472): Estrutura de argumentação de Perelman Premissas de argumentação Técnicas argumentativas Real Preferível Argumentos associativos Fatos e verdades Presunções Valores Hierarquia Lugares Quase - lógicos Que se baseiam na estrutura do real Que se fundamentam na estrutura do real Argumentos dissociativos Figura 3.4 –

Por fim, reitera-se que a teoria da argumentação de Perelman não abre mão dos aspectos históricos e sociais e não pode começar do nada, nem partir de qualquer lugar, superando assim a lógica pura do sistema cartesiano.

ATENÇÃO

A utilização dos argumentos depende de certas condições. Há argumentos que podem ser de- cisivos num caso, mas não terem aplicação em outro, por conta da mudança do contexto fático. É fato que a análise de determinada norma ou fato, deve dar primazia à interpretação que melhor acolha os valores retratados em princípios constitucionais.

CONCEITO

Pode-se identificar o raciocínio jurídico sob dois prismas, sendo eles:

a) raciocínio dedutivo (norma-fato), analítico ou silogismo lógico-formal: com base em premissas categóricas de uma preposição, se obtêm elementos para uma conclusão válida, apontando e separando o correto do falso, em forma de axioma.

b) raciocínio indutivo (descritivo/valorativo/normativo ou fato/valor/norma), partindo-se do particular para o geral por meio da axiologia: terá que se chegar o mais próximo do razoavel- mente necessário para um bom e justo raciocínio.

ATIVIDADES

01. Partindo das noções acerca da Lógica Formal e Lógica Jurídica (Lógica do Razoável) e dos tipos de raciocínio apresentados, analise os casos concretos aparentemente simples, a seguir, aplicando-lhes as informações recebidas (GRANZINOLI,2009, p.142).

Caso concreto 1

Existe uma regra de trânsito que não permite buzinar perto de hospitais. Suponha-se que um motorista, parado em um sinal de trânsito próximo a um hospital, vê-se obrigado a utilizar a buzina para chamar a atenção de um policial do outro lado da rua, pois está na iminência de ser sequestrado por dois homens armados.

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Caso concreto 2

Há uma regra que proíbe o uso de rádios, telefones celulares e outros aparelhos sonoros nas bibliotecas públicas. Suponha que o faxineiro escute rádio antes da abertura da biblio- teca, enquanto a limpa, ou que a bibliotecária, por conta de um princípio de incêndio, utilize o celular, durante o expediente para chamar o Corpo de Bombeiros.

Caso concreto 3

Existem regras de trânsito que proíbem o tráfego de veículos acima de determinada ve- locidade em certas vias (Placa- velocidade máxima 60 km/h). Imagine que um motorista de táxi, conduzindo uma pessoa gravemente enferma ao hospital ultrapasse essa velocidade e é multada pelo radar eletrônico (ÁVILA, Humberto, 1999, p.18).

02. Argumentar é fornecer argumentos, isto é, razões a favor ou contra uma determinada tese. A tese é o posicionamento defendido diante do caso concreto. Pois bem, faça a leitura e o entendimento do texto abaixo e depois identifique as teses e os argumentos que as sus- tentam no texto apresentado.

Texto

No conceito de justa causa de indenização, insere-se também o pagamento dos juros compensatórios como forma de ressarcir os prejuízos decorrentes da antecipada imissão judicial na posse.

Ao contrário do que supõe o Município-réu, o fato de o bem expropriado ser lote vago não subtrai do proprietário o direito aos juros compensatórios. Isto porque, pelo menos potencialmente, houve lucros cessantes, uma vez que o lote vago poderia, por exem- plo, ser alugado e produzir renda.

E, ocorrendo lucros cessantes, os juros compensatórios devem ser contados como forma de indenização. Aliás, a indenização a que faz jus o expropriado, para ser justa, há de recompor seu patrimônio com quantia que corresponda exatamente ao desfalque, produzido pela desapropriação.

Indenizar somente o bem expropriado, sem levar em conta as perdas e danos sofridos pelo proprietário (incluídos nestes os danos emergentes e os lucros cessantes), tornaria insuficiente o ressarcimento, representando tal fato visível descumprimento da norma constitucional que determina seja justa a indenização. (CRFB/88, art. 5º, XXIV).

03. Leia o caso concreto abaixo e, a seguir, resolva a questão proposta.

“Amar é faculdade, cuidar é dever” – STJ obriga pai a indenizar filha em R$ 200 mil por abandono afetivo.

“Amar é faculdade, cuidar é dever.” Com essa frase, da ministra Nancy Andrighi, a Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) asseverou ser possível exigir indenização por dano moral decorrente de abandono afetivo pelos pais. A decisão é inédita. Em 2005, a Quarta Turma do STJ, que também analisa o tema, havia rejeitado a possibilidade de ocorrência de dano moral por abandono afetivo.

No caso mais recente, a autora entrou com ação contra o pai, após ter obtido reco- nhecimento judicial da paternidade, por ter sofrido abandono material e afetivo duran- te a infância e adolescência. Na primeira instância, o pedido foi julgado improcedente, tendo o juiz entendido que o distanciamento se deveu ao comportamento agressivo da mãe em relação ao pai.

Ilícito não indenizável

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), porém, reformou a sentença. Em apela- ção, afirmou que o pai era “abastado e próspero” e reconheceu o abandono afetivo. A compensação pelos danos morais foi fixada em R$ 415 mil.

No STJ, o pai alegou violação a diversos dispositivos do Código Civil e divergência com outras decisões do tribunal. Ele afirmava não ter abandonado a filha. Além disso, mesmo que tivesse feito isso, não haveria ilícito indenizável. Para ele, a única punição possível pela falta com as obrigações paternas seria a perda do poder familiar. Dano familiar

Para a ministra, porém, não há por que excluir os danos decorrentes das relações familiares dos ilícitos civis em geral. “Muitos, calcados em axiomas que se focam na existência de singularidades na relação familiar – sentimentos e emoções –, negam a possibilidade de se indenizar ou compensar os danos decorrentes do descumprimen- to das obrigações parentais a que estão sujeitos os genitores”, afirmou.

“Contudo, não existem restrições legais à aplicação das regras relativas à responsa- bilidade civil e o consequente dever de indenizar/compensar, no direito de família”, completou a ministra Nancy. Segundo ela, a interpretação técnica e sistemática do Código Civil e da Constituição Federal apontam que o tema dos danos morais é

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Liberdade e responsabilidade

A ministra apontou que, nas relações familiares, o dano moral pode envolver ques- tões extremamente subjetivas, como afetividade, mágoa, amor e outros. Isso tornaria bastante difícil a identificação dos elementos que tradicionalmente compõem o dano moral indenizável: dano, culpa do autor e nexo causal.

Porém, ela entendeu que a par desses elementos intangíveis, existem relações que trazem vínculos objetivos, para os quais há previsões legais e constitucionais de obri- gações mínimas. É o caso da paternidade.

Segundo a ministra, o vínculo – biológico ou autoimposto, por adoção – decorre sem- pre de ato de vontade do agente, acarretando a quem contribuiu com o nascimento ou adoção a responsabilidade por suas ações e escolhas. À liberdade de exercício das ações humanas corresponde à responsabilidade do agente pelos ônus decorren- tes, entendeu a relatora.

Dever de cuidar

“Sob esse aspecto, indiscutível o vínculo não apenas afetivo, mas também legal que une pais e filhos, sendo monótono o entendimento doutrinário de que, entre os deveres inerentes ao poder familiar, destacam-se o dever de convívio, de cuidado, de criação e educação dos filhos, vetores que, por óbvio, envolvem a necessária transmissão de aten- ção e o acompanhamento do desenvolvimento sóciopsicológico da criança”, explicou. “E é esse vínculo que deve ser buscado e mensurado, para garantir a proteção do filho quando o sentimento for tão tênue a ponto de não sustentar, por si só, a manu- tenção física e psíquica do filho, por seus pais – biológicos ou não”, acrescentou a ministra Nancy.

Para a relatora, o cuidado é um valor jurídico apreciável e com repercussão no âmbito da responsabilidade civil, porque constitui fator essencial – e não acessório – no desenvol- vimento da personalidade da criança. “Nessa linha de pensamento, é possível se afirmar que tanto pela concepção, quanto pela adoção, os pais assumem obrigações jurídicas em relação à sua prole, que vão além daquelas chamadas necessarium vitae”, asseverou. Amor

“Aqui não se fala ou se discute o amar e, sim, a imposição biológica e legal de cuidar, que é dever jurídico, corolário da liberdade das pessoas de gerarem ou adotarem filhos”, ponderou a ministra. O amor estaria alheio ao campo legal, situando-se no metajurídico, filosófico, psicológico ou religioso.

“O cuidado, distintamente, é tisnado por elementos objetivos, distinguindo-se do amar pela possibilidade de verificação e comprovação de seu cumprimento, que exsurge da avaliação de ações concretas: presença; contatos, mesmo que não presenciais; ações voluntárias em favor da prole; comparações entre o tratamento dado aos demais filhos – quando existirem –, entre outras fórmulas possíveis que serão trazidas à apreciação do julgador, pelas partes”, justificou.

Alienação parental

A ministra ressalvou que o ato ilícito deve ser demonstrado, assim como o dolo ou culpa do agente. Dessa forma, não bastaria o simples afastamento do pai ou mãe, de- corrente de separação, reconhecimento de orientação sexual ou constituição de nova família. “Quem usa de um direito seu não causa dano a ninguém”, ponderou.

Conforme a relatora, algumas hipóteses trazem ainda impossibilidade prática de pres- tação do cuidado por um dos genitores: limitações financeiras, distâncias geográficas e mesmo alienação parental deveriam servir de excludentes de ilicitude civil.

Ela destacou que cabe ao julgador, diante dos casos concretos, ponderar também no campo do dano moral, como ocorre no material, a necessidade do demandante e a possibilidade do réu na situação fática posta em juízo, mas sem nunca deixar de prestar efetividade à norma constitucional de proteção dos menores.

“Apesar das inúmeras hipóteses que poderiam justificar a ausência de pleno cuidado de um dos genitores em relação à sua prole, não pode o julgador se olvidar que deve existir um núcleo mínimo de cuidados parentais com o menor que, para além do mero cumprimento da lei, garantam aos filhos, ao menos quanto à afetividade, condições para uma adequada formação psicológica e inserção social”, concluiu.

Filha de segunda classe

No caso analisado, a ministra ressaltou que a filha superou as dificuldades sentimentais ocasionadas pelo tratamento como “filha de segunda classe”, sem que fossem oferecidas as mesmas condições de desenvolvimento dadas aos filhos posteriores, mesmo diante da “evidente” presunção de paternidade e até depois de seu reconhecimento judicial. Alcançou inserção profissional, constituiu família e filhos e conseguiu “crescer com razoável prumo”. Porém, os sentimentos de mágoa e tristeza causados pela negligên- cia paterna perduraram.

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“Esse sentimento íntimo que a recorrida levará, ad perpetuam, é perfeitamente apreensível e exsurge, inexoravelmente, das omissões do recorrente no exercício de seu dever de cuidado em relação à recorrida e também de suas ações, que privilegia- ram parte de sua prole em detrimento dela, caracterizando o dano in reipsa e traduzin- do-se, assim, em causa eficiente à compensação”, concluiu a ministra.

A relatora considerou que tais aspectos fáticos foram devidamente estabelecidos pelo TJSP, não sendo cabível ao STJ alterá-los em recurso especial. Para o TJSP, o pai ainda teria consciência de sua omissão e das consequências desse ato.

A Turma considerou apenas o valor fixado pelo TJSP elevado, mesmo diante do grau das agressões ao dever de cuidado presentes no caso, e reduziu a compensação para R$ 200 mil. Esse valor deve ser atualizado a partir de 26 de novembro de 2008, data do julgamento pelo tribunal paulista. No julgamento do STJ, ficou vencido o ministro Massami Uyeda, que divergiu da maioria.

Fonte: Superior Tribunal de Justiça. Endereço eletrônico: <http://camargopereira. blogspot.com.br/2012/05/amar-e-faculdade-cuidar-e-dever-stj.html>. Acesso em: 15 out. 2015

No caso concreto “Amar é faculdade, cuidar é dever”, nota-se que o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) reconheceu o direito à indenização por danos morais decorrentes de aban- dono afetivo. Em um passado muito recente, entendia-se que o amor é um bem jurídico não exigível, razão por que as indenizações eram regularmente negadas.

Releia a fundamentação da Ministra Nancy Andrighi acerca da matéria do caso concreto, e, em seguida, fundamente o seu entendimento, em até 15 linhas, sobre o fragmento abaixo, aplicando as informações recebidas acerca do Silogismo Lógico-Formal, silogismo Retórico, Lógica Formal e Lógica Jurídica:

"Muitos magistrados, calcados em axiomas que se focam na existência de singularidades na relação familiar - sentimentos e emoções -, negam a possibilidade de se indenizar ou compensar os danos decorrentes do descumprimento das obrigações parentais a que estão sujeitos os genitores".

04. Leia o texto, a seguir, “Propaganda de mau gosto” e responda à questão proposta: A polícia federal exigiu a retirada de três outdoors da cidade de Porto Alegre sob acu- sação de que poderiam incentivar o uso de drogas. Os anúncios traziam a seguinte frase: “um jeans Di Trevi custa o mesmo que três gramas de cocaína e você agita mui- to mais”. Como se não bastasse a infeliz frase, o anúncio também exibia uma imensa seringa. (“Isto É”, 15/10/2007)

a) Havia base legal para exigir a retirada do anúncio? Que norma ou normas foram violadas pela empresa que promoveu o anúncio?

b) Construa um parágrafo argumentativo com 10 linhas, defendendo a sua tese diante do recorte apresentado.

05. Analise o caso concreto abaixo, seguido de uma pesquisa na internet ou outras fontes, de matérias que o orientem acerca da problematização do caso, ou seja, o ponto de vista da família da criança. Algum direito dela ou do filho foi violado? Qual? Qual a norma jurídica aplicada ao caso? Com base nessa(s) norma(s), o que pode a família do aluno pleitear? Que argumentos pode a escola usar em sua defesa?

Caso Concreto

Os pais conseguiram a ajuda de um policial, que foi até a escola e pulou o muro, con- seguiu o número do telefone de uma funcionária e fez contato com ela. A proprietária da escola chegou ao local por volta das 20h30 e abriu o prédio. O menino estava dormindo, mas havia chorado muito e estava assustado. (“Agência Estado”, 2001)

Criança é trancada sozinha em escola.

São Paulo- Um menino de um ano e quatro meses foi deixado sozinho em uma escola no Bairro de Santana, zona norte da cidade. A mãe costuma buscar seu filho às 7h, mas, por causa da chuva, só conseguiu chegar ao local por volta das 20h.

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06. A partir do caso concreto apresentado, faça uma pesquisa sobre a matéria em questão, escolha uma tese a ser defendida e apresente uma argumentação jurídica em, pelo menos, três parágrafos argumentativos, aproximadamente, com seis linhas, no mínimo, cada um de- les. O tipo de argumento a ser utilizado a cada parágrafo é de sua livre escolha.

Em 21/08/2012, foi noticiado que foi lavrada uma escritura de união estável poliafe- tiva entre um homem e duas mulheres na cidade de Tupã/SP, na qual a Nobre Tabeliã asseverou a ausência de proibição legal e a influência dos princípios constitucionais da igualdade, da dignidade da pessoa humana e da liberdade para justificar a juridici- dade de tal escritura. Em decorrência desse caso, alguns escritos foram divulgados na internet comentando o fato – ressalvada a posição sempre vanguardista de Maria Berenice Dias (na notícia supracitada), em geral tem sido negada juridicidade a tal escritura, por considerada como contrária ao ordenamento jurídico pela consideração de seus defensores de que a família brasileira teria “natureza monogâmica”.

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