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Tipos de interjeição

No documento Portugues (páginas 100-103)

As interjeições são classificadas conforme o seu sentido, relacionado à emoção que expres- sam. No contexto de uso, uma mesma interjeição pode assumir sentidos muito variados. Veja alguns exemplos no quadro a seguir.

Algumas interjeições

ƒ De admiração: ah!, oh!, que incrível!

ƒ De animação: coragem!, força!, ânimo!

ƒ De aplauso: bravo!, urra!, viva!, bis!

ƒ De dor: ai!, ui!, au!

ƒ De dúvida: hem?, hein?, hum...

ƒ De espanto: ah!, o quê?!, oh!

ƒ De invocação: ei!, oi?!, olá!, psiu!, alô!

ƒ De silêncio: shhh!, psiu!

ƒ De suspensão: chega!, basta!, alto lá!

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Questões

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Texto para a questão 1.

O boi

Ó solidão do boi no campo, ó solidão do homem na rua! Entre carros, trens, telefones, entre gritos, o ermo profundo. Ó solidão do boi no campo, ó milhões sofrendo sem praga! se há noite ou sol, é indiferente, a escuridão rompe com o dia. Ó solidão do boi no campo, homens torcendo-se calados! A cidade é inexplicável

e as casas não têm sentido algum. Ó solidão do boi no campo! O navio-fantasma passa em silêncio na rua cheia.

Se uma tempestade de amor caísse! As mãos unidas, a vida salva... Mas o tempo é firme. O boi é só. No campo imenso a torre de petróleo.

AndrAde, C. Drummond de. In: Poesia e prosa em um volume.

1. (UFTM-MG) Observe os versos:

“Se há noite ou sol, é indiferente, a escuridão rompe com o dia.”

A expressão que, empregada para ligar esses versos, expressa noção adequa- da ao contexto é:

a) portanto, com sentido de conclusão. b) desde que, com sentido de condição. c) embora, com sentido de concessão. d) pois, com sentido de explicação. e) que, com sentido de consequência.

2. (Unifesp)

O crack vicia para sempre na primeira vez em que seus componentes químicos inundam o cérebro do usuário. A pessoa passa a roubar e ma- tar, se preciso, para satisfazer as demandas psíquicas e físicas impostas pela abstinência. Famílias inteiras são tragadas pelas assustadoras cri-

ses dos viciados, fúria desfaz os laços domésticos mais estáveis,

renega as normas básicas da convivência social e anula mesmo a edu-

cação mais primorosa. isso, as autoridades em Brasília sentem-

-se modernas e libertárias ao atender a anseios dos organizadores das “marchas da maconha”. Tudo a favor da liberdade de expressão, mas sem esquecer que as drogas leves são a porta de entrada para o crack e sua trágica rota sem volta.

Veja, 22 jun. 2011 (adaptado).

As lacunas do texto são preenchidas, correta e respectivamente, por: a) de que a – Sobre b) que a – Para c) cuja – Enquanto d) em que a – Com e) onde a – Após 1. Resposta: d

O poema trata de um tempo de sofrimento, com homens “torcendo-se calados” e “mi- lhões sofrendo sem praga”. Nesse contexto, é indiferente ser noite ou dia, porque a escuri- dão, termo que remete conotativamente a es- se tempo, predomina. A relação entre os dois versos é, portanto, de explicação, podendo ser expressa pelo conector “pois”.

2. Resposta: c

A primeira lacuna deve ser preenchida com “cuja”, pronome relativo que retoma o termo anterior e, simultaneamente, estabelece rela- ção de posse: “viciados, cuja fúria” equivale a “fúria dos viciados”. A segunda lacuna deve ser preenchida com “enquanto”, conjunção que estabelece relação de tempo simultâneo: o evento do crack prejudicando irremediavel- mente os viciados e suas famílias é paralelo às autoridades atenderem aos desejos de organi- zadores de manifestações pela liberação de al- guns tipos de drogas.

101 Pr epo siçõe s, c onjunçõe s e in terjeiçõe s

3. (FGV-SP) Assinale a alternativa em que a substituição da conjunção “embora”

nas frases dadas torna-as corretas, de acordo com a norma culta.

– As novas medidas para avaliar o crescimento da economia não bastam, em- bora sejam bem-vindas.

– Embora não se defendam mais as regras da economia clássica, as empresas continuam aplicando-as.

a) As novas medidas para avaliar o crescimento da economia não bastam, apesar de serem bem-vindas. Mesmo que não se defendam mais as regras da economia clássica, as empresas continuam aplicando-as.

b) As novas medidas para avaliar o crescimento da economia não bastam, apesar de ser bem-vindas. Mesmo sem se defenderem mais as regras da economia clássica, as empresas continuam aplicando-as.

c) As novas medidas para avaliar o crescimento da economia não bastam, apesar de serem bem-vindas. Ainda que não se defenda mais as regras da economia clássica, as empresas continuam aplicando-as.

d) As novas medidas para avaliar o crescimento da economia não bastam, embora fossem bem-vindas. Apesar de que não se defende mais as regras da economia clássica, as empresas continuam aplicando-as.

e) As novas medidas para avaliar o crescimento da economia não bastam, ainda que tivesse sido bem-vindas. Apesar de não mais se defender as re- gras da economia clássica, as empresas continuam aplicando-as.

Texto para a questão 4.

Sua excelência

[O ministro] vinha absorvido e tangido por uma chusma de senti- mentos atinentes a si mesmo que quase lhe falavam a um tempo na consciência: orgulho, força, valor, satisfação própria etc. etc.

Não havia um negativo, não havia nele uma dúvida; todo ele esta- va embriagado de certeza de seu valor intrínseco, das suas qualidades extraordinárias e excepcionais de condutor dos povos. A respeitosa ati- tude de todos e a deferência universal que o cercavam, reafirmadas tão eloquentemente naquele banquete, eram nada mais, nada menos que o sinal da convicção dos povos de ser ele o resumo do país, vendo nele o solucionador das suas dificuldades presentes e o agente eficaz do seu futuro e constante progresso.

Na sua ação repousavam as pequenas esperanças dos humildes e as desmarcadas ambições dos ricos.

Era tal o seu inebriamento que chegou a esquecer as coisas feias do seu ofício... Ele se julgava, e só o que lhe parecia grande entrava nesse julgamento.

As obscuras determinações das coisas, acertadamente, haviam-no erguido até ali, e mais alto levá-lo-iam, visto que, só ele, ele só e unica- mente, seria capaz de fazer o país chegar ao destino que os anteceden- tes dele impunham.

LimA BArreto. Os bruzundangas. Porto Alegre: L&PM, 1998. p. 15-6.

4. (FGV-SP) A relação de sentido que a expressão visto que imprime ao contex-

to em que se encontra, no último parágrafo, equivale à destacada em: a) A memória às vezes falha, mesmo a dos mais jovens.

b) Contanto que nada falte aos filhos, ele pode deixar a casa. c) Tudo fez para nos agradar.

d) O auditório ficou lotado, tão logo se abriram suas portas.

e) Pode ter um ou dois amigos apenas, pois está quase sempre sozinho.

3. Resposta: a

A – CERTA – Não há desvios em relação à nor- ma culta nem alteração de sentido.

B – ERRADA – Há falha na concordância verbal em “As novas medidas [...] apesar de ser bem- -vindas”. O verbo “ser” deveria concordar com o sujeito “as novas medidas”.

C – ERRADA – Há falha na concordância verbal na oração em voz passiva sintética “não se defenda mais as regras da economia clássica”; o verbo “defender” deveria concordar com o sujeito “regras”.

D – ERRADA – A forma verbal “fossem”, no pretérito imperfeito do subjuntivo, não apre- senta correlação temporal com “bastam”. Há falha na concordância verbal na oração em voz passiva sintética “não se defende mais as regras da economia clássica”; o verbo “defender” deveria concordar com o sujeito “regras”.

E – ERRADA – Há erro na concordância verbal, pois “tivesse sido” deveria flexionar no plural para concordar com o sujeito “as novas medi- das”. Além disso, o tempo verbal não está em correção temporal com “bastam”. Também há falha na concordância verbal na oração em voz passiva sintética “não mais se defender as re- gras da economia clássica”; o verbo “defender” deveria concordar com o sujeito “regras”.

4. Resposta: e

A – ERRADA – Relação de inclusão: “mesmo” equivale a “inclusive”.

B – ERRADA – Relação de condição: “contanto que” poderia ser substituído por “caso”. C – ERRADA – Relação de finalidade: “para” equivale a “a fim de”

D – ERRADA – Relação de tempo: “tão logo” tem o mesmo valor de “assim que”. E – CERTA – “Pois” estabelece um sentido expli- cativo, o mesmo que se pode ver no texto. Equivale a “porque”, “uma vez que” e sinônimos.

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No documento Portugues (páginas 100-103)