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Venire nas fases pré e pós contratuais

No documento DOUTORADO EM DIREITO DAS RELAÇÕES SOCIAS (páginas 185-196)

4 O VENIRE CONTRA FACTUM PROPRIUM E OS DIREITOS

5.5 Venire nas fases pré e pós contratuais

É indiscutível, por decorrência lógica do que já se destacou na análise da boa-fé objetiva, a aplicação do venire contra factum proprium nas fases pré e pós- contratuais.

Como destaca Judith Martins-Costa (2004, p.118) “também tem cabimento invocar-se o venire na fase pré-negocial, quando o comportamento de um dos partícipes das negociações induz o outro a crer, justificadamente, segundo as circunstâncias, que o contrato seria firmado.”

Na esfera trabalhista esse instituto é comumente aplicado para justificar a condenação de empresas no pagamento de dano moral quando sujeitam candidatos a exaustivo processo seletivo para admissão e, após a realização de exame admissional, a contratação não ocorre.107

107 PROMESSA DE EMPREGO. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. QUANTUM INDENIZATÓRIO. VENIRE CONTRA FACTUM PROPRIUM. Ao realizar todos os atos preparatórios para a admissão do autor, exigindo a entrega de diversos documentos e encaminhando-o para realização de exames admissionais, bem como curso de integração e abertura de conta corrente em instituição bancária, a demandada, ao não efetuar sua contratação, praticou conduta temerária e em desacordo com os ditames da boa-fé, que devem permear também a fase pré-contratual, caracterizando venire contra factum proprium. Valor deferido na Origem que efetivamente se encontra

Assim, quando o empregador, na fase pré-contratual, submete o candidato ao emprego a vários testes, sucessivos, inclusive exame médico admissional, e depois deixa de contratá-lo, deve reparar o dano causado, pois gerou no sujeito uma legítima expectativa de contratação.

Nesse sentido, esclarece Luciano Martinez (2012, p.159), “ainda que não se constitua o contrato, a fase de negociação preliminar pode produzir expectativas concretas em decorrência da lealdade e da confiança que um contratante normalmente deposita no outro” e, diante disso, conclui o autor, “se um dos participantes, por ação culposa e violadora da boa-fé objetiva, for conduzido a crer na formação do contrato, poderá postular reparação contra aquele que injustificadamente se retirou das negociações.”

Também por ocasião da rescisão do contrato as partes devem evitar comportamentos contraditórios, em respeito à boa-fé objetiva. Uma empresa não pode despedir um empregado sem justa causa e depois, ao se defender em uma reclamação trabalhista, acusá-lo de um ato de improbidade que ele já conhecia naquela ocasião.

De igual modo, um empregado que, de livre e espontânea vontade, adere a um plano de demissão voluntário e recebe seus benefícios não pode alegar eventual doença ocupacional como óbice ao seu desligamento se, por óbvio, já tivesse conhecimento desse fato quando praticou o factum proprium.

Assim, o contrato de trabalho, mesmo com suas peculiaridades, é um negócio jurídico e os seus sujeitos devem respeitar, seja nas tratativas, seja na execução ou na sua conclusão, a boa-fé objetiva e, dentro desse espectro, a proibição do comportamento contraditório se insere como regra de conduta exigível, tanto do empregado, quanto do empregador.

Como demonstrado nesse capítulo, são infinitas as hipóteses de incidência do venire nas relações trabalhistas, o que permite concluir que esse instituto jurídico é perfeitamente compatível com o Direito do Trabalho e sua diretriz se irradia em todas as fases do contrato, funcionando como mais uma ferramenta para a solução de conflitos causados pela ruptura da boa-fé objetiva.

aquém do devido, considerando o dano suportado pelo autor, a conduta altamente reprovável do demandado, e o fato de se tratar de empresa de considerável capacidade econômica. Apelo do autor parcialmente provido para majorar o valor da indenização por danos morais [...]. (7551820105040202 RS 0000755-18.2010.5.04.0202, Relator: ALEXANDRE CORRÊA DA CRUZ. Julgamento em 06 out. 2011, 2ª Vara do Trabalho de Canoas).

CONCLUSÃO

Diante da linha de pensamento desenvolvida nessa tese, chega-se à inafastável conclusão de completa harmonia entre o instituto do venire contra factum proprium e o direito do trabalho, permitindo a aplicação de diferentes tutelas para proteger a confiança daquele que foi prejudicado pelo comportamento contraditório, em razão de uma determinada relação jurídica.

Ao fim de cada capítulo foram apresentadas conclusões, as quais são retomadas nesse epílogo com o intuito de delimitar o campo de atuação do venire, uma vez que, como já ressaltado, não se pode invocar este instituto quando existe no direito positivo sanção para a conduta objetivamente contraditória. Daí a afirmação final de que a regra que proíbe alguém de agir contra seus próprios atos tem aplicação restrita às situações não regulamentadas por lei.

Firmou-se o entendimento, através do estudo da boa-fé objetiva nas relações obrigacionais, que as partes devem direcionar suas condutas de modo ético e leal em todas as fases do contrato. Sob essa ótica se desenvolveram as funções desse princípio e dentre elas a que guiou esse trabalho, que é a limitadora do exercício de direitos subjetivos.

A boa-fé objetiva é o instituto jurídico que tornou possível desenvolver o que se denominou ilicitude de meios – teoria que determina a análise contextual dos atos. Pois muitos destes, quando isoladamente avaliados, eram considerados lícitos, mas confrontados com outra conduta, do mesmo sujeito e na mesma relação jurídica, mostravam-se incoerentes e lesivos à confiança despertada.

Essa primeira conduta, que despertou a confiança, não encontra no direito positivo nenhuma consequência ou efeito jurídico, contudo, por estabelecer esse elo, tutelado pelo direito, torna a segunda conduta abusiva e, portanto, ilícita.

Assim, conclui-se que mesmo o exercício de um direito, ainda que na esfera judicial, pode ser considerado ilícito, se contrariar um comportamento anterior que despertou em alguém uma justa expectativa, frustrada com a incoerência.

O venire se apresenta, nesse propósito de tutelar a confiança, como um mecanismo viabilizador da limitação do exercício de direitos, que passa a considerar abusivo comportamentos que violem a boa-fé objetiva.

A teoria do venire volta-se àquelas condutas que não se enquadram como ato jurídico, ou seja, não possuem consequências pré-estabelecidas à luz do sistema positivado, mas se mostram lesivas por violarem a confiança – elemento essencial em uma dada relação jurídica. Esse foi o primeiro requisito apresentado: o factum proprium.

Através da proibição do venire protege-se a boa-fé dos sujeitos, alcançando, assim, a tutela da confiança despertada por um comportamento anterior, que foi contrariado pela conduta seguinte. Importa ressaltar também que não se trata de sancionar a má-fé, que sequer precisa ser investigada. A preocupação do venire é proteger a confiança.

A boa-fé objetiva se coloca como um elemento de interseção entre as figuras do venire e do abuso de direito, pois incorre em abuso aquele que, ao exercer seu direito, viola a boa-fé objetiva. O venire se insere como uma das hipóteses de concretização dessa ilicitude.

Importa afirmar também que o venire encontra respaldo no princípio constitucional da solidariedade social, o que lhe confere status para enfrentar eventual conflito quando o comportamento contraditório estiver vinculado a um direito fundamental. Nessa hipótese, há de ser aplicada a técnica da ponderação de interesses, que permite a sobreposição momentânea de um dos valores constitucionais, sem eliminar inteiramente o outro, mas de modo a jamais atingir o núcleo essencial dos direitos fundamentais: a dignidade da pessoa humana.

Nas relações trabalhistas, no campo individual e coletivo, exige-se o comportamento leal e ético. O empregador, o empregado e os respectivos sindicatos que representam as categorias devem guiar suas condutas pautadas na boa-fé objetiva e, dentro dessa diretriz, evitar comportamentos contraditórios que violem a confiança despertada em razão de um comportamento anterior.

A aplicação desse instituto do direito civil exige, todavia, alguns cuidados e atenção do intérprete às peculiaridades trabalhistas, procedendo-se à necessária adaptação na análise dos casos concretos. Ao se discutir o venire do trabalhador, por exemplo, a desigualdade econômica e relação de hierarquia podem comprometer a validade do ato ou da conduta inicial, não se configurando, nesses casos, a geração de legítima confiança.

Chega-se ao final desse estudo, portanto, com a convicção de que o direito do trabalho, mesmo diante de todas as suas características peculiares, não está imune à máxima do venire contra factum proprium.

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