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A visão dos Professores sobre a atuação da PROEDUC: a atuação que separa e a realidade que os une

ANÁLISE DOS DADOS: MÚLTIPLOS OLHARES SOBRE A ATUAÇÃO DA PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE DEFESA DA EDUCAÇÃO NO DISTRITO

4.3 A visão dos Professores sobre a atuação da PROEDUC: a atuação que separa e a realidade que os une

A escola é a pedra angular da educação formal. É a estrutura que expressa o cotidiano das vivências, dos conflitos e das nuanças do processo educacional. Sua composição básica é organizada pelos seguintes segmentos: gestão, docência, discência e quadro administrativo. Certamente é um complexo que necessita estar bem articulado interna e externamente com aqueles que constroem os pilares norteadores do processo ensino/aprendizado e com os que têm como função garantir o direito do cidadão de acessar a cidadania educacional.

No aspecto externo a articulação da escola com o Ministério Público, Conselho Tutelar, Secretaria de Educação, Conselho de Educação, entre outros, é de fundamental importância. A seguir, será vista qual a percepção que três dos diferentes segmentos que compõem as relações do cotidiano escolar têm sobre a atuação de uma dessas instituições, que no caso em estudo é o Ministério Público – Promotoria de Justiça de Defesa da Educação – PROEDUC. As respostas são diversas, importante é ouvir e analisar os diferentes discursos que se estruturam a partir da prática desses segmentos na escola. A concepção inicial será a do (a) professor (a).

Os professores entrevistados não possuem uma noção exata de qual seria a função atribuída ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, a partir da Constituição de 1988, como também desconhecem a sua subdivisão por meio das diferentes Promotorias especiais. Declaram saber da existência e da atuação da PROEDUC, pois nas reuniões pedagógicas da escola são informados pela direção das determinações da Promotoria com relação à educação, contudo, não sabem quais são as atribuições que foram designadas a este órgão a partir da Portaria nº56/2000, como os mesmos declaram, o que conhecem é o que “ouvem dizer”.

Quanto à atuação da Promotoria, os professores têm conhecimento do trabalho da PROEDUC em casos que envolvem acusação contra o professor; inclusão de menor infrator na escola como medida sócio-educativa; denúncia de falta de professor; anulação de prova; problemas com transporte escolar divulgados pela mídia e transferência de aluno. Nenhum dos professores entrevistados presenciou a atuação do Ministério Público na escola investigada, apenas recebem por meio da direção as orientações determinadas pelo órgão.

“[...] Tudo que eu tomo conhecimento é a respeito do que nos passa a direção em termos de informações, de terminações [...] que chegam de lá [...]”, declara o entrevistado professor 4 (P4).

Dos seis professores entrevistados somente um deles vivenciou, de forma particular, um contato direto com a Promotoria, pois foi acusado de agressão física pela mãe de um aluno e considerou que a situação não foi bem investigada. Na visão do professor, a denúncia não foi devidamente filtrada e analisada pelo Ministério Público – PROEDUC. Durante o andamento do processo foi afastado de suas funções e não houve substituição para suprir sua ausência na regência da disciplina, ficando os alunos três quartos do quarto bimestre sem aula. Deste modo, considerou que 210 alunos foram prejudicados por conta de um aluno que fez a reclamação. Portanto, questiona quais foram as providências tomadas pela Promotoria para defender o direito dos 210 alunos de terem aula de matemática para finalizar o conteúdo e a carga horária prevista para o ano letivo?

Quanto à eficiência da atuação da Promotoria para solucionar alguns problemas que acontecem no cotidiano escolar, sugerem os professores, que seria bom que este órgão estivesse presente na escola para saber quais são as suas demandas, informar como, onde e em que situações podem procurar os seus serviços caso seja necessário, pois acreditam que muitos desses problemas são obstáculos para que a escola disponha das condições necessárias para ofertar uma educação de qualidade. Segundo o entrevistado, professor 1: “[...] Pouquíssimas vezes ou quase nenhuma eu ouvir falar do Ministério Público ter vindo à escola para buscar o anseio, a necessidade do aluno dito normal, o aluno regular e no que tange à melhoria da qualidade do ensino [...].”

Entende-se que a partir do que foi declarado pela Promotoria quanto ao número excessivo de escolas que representam o todo educacional no Distrito Federal e que a mesma não dispõe de condições adequadas para realizar um trabalho preventivo e de atuação efetiva nas escolas, pois a PROEDUC conta com o trabalho de duas promotoras e três assessores para realizar o atendimento a este amplo universo educacional, o que propõe os professores quanto à presença da PROEDUC na escola, para que os anseios de cada comunidade escolar seja conhecido, se torna inviável.

Quanto às informações solicitadas pelos professores para que a comunidade escolar possa ficar sabendo sobre como e em que situações podem solicitar a atuação da PROEDUC, a promotora entrevistada afirma que a Promotoria solicitou que fossem confeccionados folhetos explicativos com este objetivo para serem distribuídos nas escolas, contudo, por problemas burocráticos e orçamentários os mesmos ainda não ficaram prontos.

Observa-se no discurso da Promotoria que existe uma preocupação da mesma para que as informações solicitadas pelos professores entrevistados cheguem até a escola. Contudo, a PROEDUC se depara com obstáculos de infra-estrutura que inviabilizam que as informações cheguem ao destino previsto e cumpram o objetivo proposto.

Na visão dos professores, os casos que mais demandariam a presença desta instituição nas escolas são: o uso de drogas, distanciamento da família com a realidade escolar, indisciplina no sentido de respeito entre as pessoas, uso indevido das verbas públicas, carência na estrutura física, má distribuição de vagas nas escolas, insuficiência de pessoal, falta de material, número excessivo de turmas para cada professor e quantitativo elevado de alunos por sala de aula. Entendem que, sem a melhoria desses problemas, o aluno da educação básica da Rede Pública de Ensino não está tendo acesso à educação adequada para proporcionar igualdade de oportunidade. O objetivo não está sendo minimizar a desigualdade por meio da educação. Assim, indaga o entrevistado professor 1 (P1):

[...] Por que que a gente tem que trabalhar sempre com o mínimo? [...] Eu quero saber se um engenheiro usa da criatividade para fazer um prédio que não cai, [...] usa de um asfalto que não presta para fazer uma pista de boa qualidade, [...] se um médico vai conseguir cuidar de um paciente [...] sem remédio. [...] eles usam conosco essa argumentação, que você tem que trabalhar com o que tem, [...] a PROEDUC poderia trabalhar junto ao Governo para poder dar condições da escola funcionar em pé de igualdade [...].

As questões que foram colocadas pelos professores entrevistados como demanda para a atuação da PROEDUC no âmbito da escola, reforçam o que foi declarado pela Promotoria quando afirmou que muitos são os problemas que requerem a sua interferência no ambiente escolar, e que os mais recorrentes são: violência escolar num contexto amplo; conflito entre professor/aluno, aluno/direção, direção/família onde a Promotoria muitas vezes atua como mediadora; más condições da estrutura física das escolas; uso indevido de verbas e falta de políticas públicas de educação voltadas para o professor.

De acordo com o histórico da PROEDUC, disponível no link da Promotoria na Internet, a instituição com a função de tutelar os direitos educacionais previstos pela Constituição Federal de 1988 tratou e trata, por meio de Representações, Procedimentos Administrativos, Portarias e outros, vários matérias que permeiam o processo educativo, com o objetivo de defender a efetividade do direito à educação. Assim, a Promotoria tem atuado em diferentes assuntos como: uso de droga na escola; omissão de pais na escola; desvio de professores para funções não pedagógicas; precário atendimento psicopedagógico; falta de condições para a realização das aulas de educação física; discriminação de alunos por professor; insatisfação da comunidade com a gestão efetuada na escola, entre outros. O que foi declarado pelos professores como demanda da atuação da PROEDUC na escola, segundo o que afirma a promotora entrevistada, já existe como procedimento de rotina da Promotoria.

Os discursos dos professores entrevistados, da promotora entrevistada e as informações contidas no histórico da PROEDUC convergem para um mesmo grupo de problemas educacionais. Observa-se que os professores pontuam problemas com os quais a Promotoria se depara constantemente e dentro de suas possibilidades procura solucionar, pois a amplitude da garantia e manutenção do direito do aluno à educação, não se restringe apenas à resolução de pequenos conflitos estabelecidos no cotidiano escolar. À Promotoria cabe lutar em várias frentes para se manter cumprindo sua missão. Diante do que foi exposto, entende-se que para que a Promotoria possa garantir a efetividade do direito a educação, por meio do que prevê a Portaria nº56/200, seria necessário que houvesse a ampliação da sua infra-estrutura, pois, assim, o órgão poderia responder as demandas educacionais que se apresentam no Distrito Federal. Isso convida a uma reflexão sobre o que afirma Mazzilli:

[...] nos últimos anos o Ministério Público tem crescido um tanto desordenadamente, sem a correspondente infra-estrutura para atender às novas funções que lhe foram cometidas. A simples ampliação de quadros de seus membros, sem conceder-lhes, porém, a infra-estrutura adequada, levará a médio e a longo prazos a deformações muito graves, bem como à insatisfação da sociedade com o desempenho institucional. [...]. (MAZZILLI, 2005, p. 28)

Entendem os professores entrevistados que a PROEDUC deve estreitar as relações com as escolas por meio de informações e esclarecimento sobre sua proposta de trabalho, tomando iniciativas para que o diálogo necessário à melhoria da educação se estabeleça entre ambos. Acreditam que este trabalho poderia acontecer se a Promotoria não estivesse tão afastada da realidade escolar. Apesar de os professores entrevistados verem o trabalho da

Promotoria como ineficiente para atender às necessidades da educação, acreditam que ela pode desempenhar um papel de grande importância para a sociedade, basta que reoriente sua atuação. Deve o Ministério Público procurar conhecer a realidade das escolas e ter uma relação mais direta com o corpo docente e discente. Segundo o entrevistado professor 3 (P3), é importante:

[...] a presença desse órgão na escola, para que a gente de fato pudesse estabelecer uma relação mais próxima, porque o que me parece é que são órgãos que estão distantes da nossa realidade cotidiana, acho que visitas, palestras, encontros, seria uma forma [...] para que a gente pudesse entender qual é a função efetiva desse órgão. [...]

O que sugerem acima os professores converge com o que pontua a promotora entrevistada, quando afirma ser importante que se estabeleça um canal de comunicação mais direto entre os membros do Ministério Público e as escolas do Distrito Federal, pois acredita que seria relevante na defesa do direito à educação que a PROEDUC desenvolvesse um trabalho integrado escola/Ministério Público. A promotora, apesar de reconhecer as limitações para a atuação da Promotoria por dispor apenas de duas Promotoras para atender o amplo universo educacional do Distrito Federal, declara que a Promotoria anseia por atuar dentro das escolas, como atuam os Conselhos de Segurança Escolar do Ministério Público, pois na efetivação deste trabalho se estabelece a proximidade da escola com promotores das Regiões Administrativas e promotores da PROEDUC como grupo de apoio, discutindo educação, segurança e paz na escola com os diferentes segmentos da comunidade escolar, com o propósito de construção de diagnósticos que possibilitem pensar soluções para os problemas específicos de cada realidade escolar.

Entende-se que, apesar de os professores reivindicarem a presença da Promotoria de Educação na escola e a promotora entender que esta aproximação é necessária, existe uma longa distância entre o que anseiam os professores, o que sonha a promotora e a realidade que se apresenta como possibilidade para satisfazer os anseios dos professores e a concretização dos sonhos. Com o restrito quadro de funcionários com que a Promotoria de Defesa da Educação conta para cumprir sua função de guardiã dos direitos educacionais, é utópico pensar que esta possa estar presente em todas as 620 escolas da Rede Pública do Distrito Federal, com o objetivo de estreitar as relações, para que se efetive a integração direta entre escola/PROEDUC.

Quando perguntados sobre a existência e eficácia do Conselho Escolar, declaram os professores entrevistados que, apesar de ele existir, não conhecem a sua função e consideram sua atuação apagada e periférica. Sobre a atuação do Conselho Tutelar na escola, afirmam que desconhecem qualquer atuação do órgão e que quando ouvem falar do mesmo é com relação às determinações para serem cumpridas pela escola. A promotora entrevistada acredita ser de competência da PROEDUC fiscalizar o funcionamento dos Conselhos Escolares, para saber se estes estão respondendo ao que prevê a Lei.

É preocupante que um grupo de professores responsáveis por mediar a construção dos valores e do conhecimento formal a um número significativo de alunos do terceiro ano do ensino médio, não tenham tido no desempenho de sua prática docente o menor interesse de saber quais são as funções que devem desempenhar o Conselho Escolar e o Conselho Tutelar no âmbito da escola. Essa declaração mostra os obstáculos enfrentados no campo educacional para que se faça cumprir o que prevê a Lei. O artigo 205 da Constituição Federal de 1988 dispõe que o ensino público deve se estruturar a partir do princípio de gestão democrática; o artigo 14 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional estabelece que a partir da gestão democrática cada realidade educacional seja pensada dentro de suas particularidades e o Plano Nacional de Educação-2001, apresenta como meta da gestão democrática no ensino público a criação dos Conselhos Escolares na educação infantil, ensino fundamental e médio.

Com esse desconhecimento por parte dos professores, como pode o Conselho Escolar cumprir suas funções pedagógicas e disciplinares como está previsto em Lei? Como pode a escola concretizar uma gestão democrática quando os professores, atores fundamentais do processo desconhecem as funções que devem desempenhar no Conselho Escolar no âmbito da escola da qual eles são parte? Não podem os professores entrevistados fazer considerações sobre a atuação do mesmo, quando desconhecem por completo suas funções e nem ao menos demonstraram interesse em conhecê-las.

Entende-se ser de fundamental importância que se efetive a articulação entre os diferentes grupos de atores que compõem a realidade educacional, pois esta levaria ao fortalecimento da escola possibilitando a realização de ações efetivas em conjunto, com o objetivo de transformação social por meio da educação. Como mostra Semeraro (2001) citando Gramsci, no Estado Moderno a sociedade civil tem papel e força decisiva na construção de uma sociedade democrática de direito, pois será a partir da conexão entre

sociedade civil e sociedade política e da relação de pertencimento entre ambas que acontecerá o equilíbrio de interesses necessário à promoção do bem-estar social.

A distância que separa os professores entrevistados e as possibilidades de efetivação de uma gestão democrática na escola a partir do funcionamento eficaz do Conselho Escolar, parece existir pela falta de interesse que os professores têm de participar de ações integradas, com o objetivo de contribuir para que a escola se constitua como um espaço verdadeiramente democrático. É importante que os professores estejam pré-dispostos a estabelecer um sentimento de pertencimento com a escola da qual são parte, pois isso possibilita o fortalecimento da comunidade escolar para a construção de uma identidade particular, sem contudo perder de vista os parâmetros gerais.

Os professores entrevistados entendem que há uma relação direta entre as condições de trabalho que são ofertadas nas escolas e a qualidade do aprendizado do aluno. Essas condições incluem a existência de ferramentas e recursos adequados para atender o aluno em diferentes situações, ou seja, tanto o aluno regular, aquele que responde aos padrões estabelecidos, como aqueles que apresentam qualquer tipo de problemas, comportamentos inadequados e desvios.

No seu depoimento a promotora afirma existir uma preocupação da Promotoria em atuar no sentido de garantir que o aluno seja atendido da melhor forma possível na escola a partir de diferentes particularidades, como também entende que isso é possível quando se trabalha em rede, pois muitas vezes a escola vai precisar contar com a colaboração do serviço de saúde, serviço social, Conselho Tutelar, família e Ministério Público para que a mesma possa dar um atendimento adequado ao aluno. Afirma ser precário o atendimento psicológico e psiquiátrico oferecido no Distrito Federal às crianças e adolescentes com problema de alcoolismo e droga. Em muitos desses casos a Promotoria atua no sentido de discutir com a escola a situação do aluno e com a família os seus deveres para com a formação do mesmo. Segundo a Promotora:

[...] Muitas vezes sentamos família/escola para tentar buscar soluções. Agora é claro que muitas vezes não se chega no ponto que gostaríamos, muitas vezes por falha do próprio serviço público. Mas a gente tenta sempre conseguir o melhor atendimento para o aluno.

Entende-se que a Promotoria de Defesa da Educação na função de defender o direito à educação, tem procurado por meio das Recomendações ou se necessário por Ação Judicial garantir o atendimento adequado ao aluno nas diferentes fases da educação básica. As questões são tratadas com as várias instâncias tendo como princípio primeiro à efetivação do que dispõe a Lei com relação aos direitos educacionais. O objetivo é fazer com que os Poderes Públicos, a família, a escola e a sociedade cumpram seus deveres no sentido de possibilitar condições para que os indivíduos acessem o direito a uma educação escolar de qualidade.

Contudo, percebe-se que muitos são os entraves enfrentados pela PROEDUC para garantir e proteger o direito a uma educação gratuita e de qualidade para todos, pois, para que a escola se transforme num espaço para construção da cidadania, é necessário que esta conte com uma melhor infra-estrutura de trabalho, como já foi comentado anteriormente, como também com uma verdadeira gestão democrática na escola.

Entendem os professores entrevistados ser necessário que a Promotoria de Defesa da Educação, sem fazer concessões de direitos procure na medida do possível olhar o professor como parceiro na defesa da educação e não como um inimigo que permanece em campo oposto, pois o mesmo pode representar um forte aliado para que o direito a educação de qualidade se efetive. Os mesmos gostariam de ser vistos como agentes colaboradores e não ameaçadores, pois é assim que se percebem quando apenas são procurados pela Promotoria a partir de medidas coercitivas. A visão dos professores é de que a Promotoria estabelece uma relação verticalizada, ao determinar o que pode e o que não pode ser feito em relação ao aluno, como se a escola fosse negligente na sua função de educar. Segundo o entrevistado professor 4: “[...] não tem uma atuação que influencia no sentido de melhorar a qualidade do nosso ensino [...]”

Afirma a promotora ser de competência da PROEDUC atuar no sentido de garantir que se cumpra o princípio de valorização do professor como previsto pela Constituição Federal de 1988, mas que não tem competência para atuar em defesa dos direitos individuais dos professores, dos funcionários e da administração da escola, mas sim na defesa do direito indisponível do aluno a educação básica de qualidade. Contudo, entende que as condições de trabalho ofertadas aos professores são importantes para se obter bons resultados no processo educativo. A intenção da Promotoria é trabalhar no sentido de oportunizar o desenvolvimento

de uma escola aberta e democrática, mas chama a atenção para a existência de normas legais que precisam ser cumpridas e é este o papel que tem que desempenhar a Promotoria de Defesa da Educação para que o direito a educação seja garantido.

Constata-se que existe uma grande limitação de infra-estrutura para que a PROEDUC desempenhe suas funções dentro das expectativas da comunidade escolar e cumpram o que lhe foi atribuído pela Portaria nº56/200. Muitas são suas atribuições e a vontade da Promotoria de poder garantir não só o direito de acesso, mas também a garantia de oferta de uma educação de qualidade, para que se torne real o que Portela, Moura e Bastos (2000) chamam de: “o direito de aprender direito”, garantia da qualidade da educação escolar. Contudo, acredita-se que, sem uma melhora significativa de infra-estrutura, fica difícil que o PROEDUC consiga passar do ideal para o real.

A pesquisa mostra que existe por parte dos professores entrevistados um desconhecimento, referente às funções da Promotoria de Defesa da Educação, órgão fundamental na defesa do direito à educação, ao Conselho Escolar, importante instrumento