• Nenhum resultado encontrado

Rev. bras. ortop. vol.52 número4

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2018

Share "Rev. bras. ortop. vol.52 número4"

Copied!
8
0
0

Texto

(1)

SOCIEDADE BRASILEIRA DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA

w w w . r b o . o r g . b r

Artigo

Original

Luxac¸ão

perilunar

do

carpo.

Avaliac¸ão

clínica

de

casos

operados

com

reduc¸ão

e

fixac¸ão

percutânea,

sem

reparo

cápsulo-ligamentar

Adriano

Bastos

Pinho

e

Roberto

Luiz

Sobania

UniversidadeFederaldoParaná,Curitiba,PR,Brasil

informações

sobre

o

artigo

Históricodoartigo:

Recebidoem27demarçode2016 Aceitoem28dejulhode2016 On-lineem18denovembrode2016

Palavras-chave: Ossodocarpo/lesões Ossodocarpo/cirurgia Fixac¸ãointernadefraturas Traumatismosdopunho

r

e

s

u

m

o

Objetivo:Fazerumaavaliac¸ãoqualitativadascirurgiasfeitasempacientesquesofreram luxac¸ões perilunares,sem fraturas associadas, queforam operados com o método de reduc¸ãoincruentaefixac¸ãopercutânea.Otempodeseguimentovariouentreumesete anos.

Métodos:Foramlevantadosprontuáriosde628pacientes,sobadenominac¸ãodelesões trau-máticasnopunho,operadospelomesmogrupodecirurgiõesdemão,entre2008a2014, comseguimentomédiode3,2anos,devidoatraumasagudos.Desses,51foramcasosde fraturas-luxac¸õesperilunares,38eramluxac¸õesperilunarespuras,semfraturasassociadas; dessas,apenas32tiveramfixac¸ãopercutânea,semreparoligamentar,contemplaramassim osrequisitosdapesquisa.Dosnovepacientescomluxac¸õesperilunaresqueforamtratados pelométododereduc¸ãofechadaefixac¸ãopercutânea,commédiade38anos(26a49),o ladodominantefoioesquerdoem2/3doscasos,omecanismodetraumapredominantefoi odireto.

Resultados:Esteestudoconvergiucomoutrostrabalhosnaliteratura,mostrouqueoscasos tratadosprecocementeapresentambonsresultados.

Conclusão:Mantiveramsuasatividadesdevidadiáriaeforamavaliadoscomoexcelentes oubonspeloClinicalScoringChart88%dospacientesqueforamtratadospelométodode reduc¸ãofechadaefixac¸ãopercutânea

©2016SociedadeBrasileiradeOrtopediaeTraumatologia.PublicadoporElsevierEditora Ltda.Este ´eumartigoOpenAccesssobumalicenc¸aCCBY-NC-ND(http:// creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).

TrabalhodesenvolvidonaUniversidadeFederaldoParaná,HospitaldeClínicasdoParaná,DepartamentodeOrtopediaeTraumatologia, DisciplinadeCirurgiadaMão,Curitiba,PR,Brasil.

Autorparacorrespondência.

E-mails:adrianomed10@yahoo.com.br,adrianobpinho@gmail.com(A.B.Pinho). http://dx.doi.org/10.1016/j.rbo.2016.07.003

(2)

Perilunate

carpal

dislocation.

Clinical

evaluation

of

patients

operated

with

reduction

and

percutaneous

fixation

without

capsular-ligament

repair

Keywords:

Carpalbones/injuries Carpalbones/surgery Fracturefixation,internal Wristinjuries

a

b

s

t

r

a

c

t

Objective: Toqualitativelyassesssurgeriesperformedinpatientswithperilunate dislo-cationswithoutassociatedfractures,whowereoperatedusingtheclosedreductionand percutaneousfixationmethod.Thefollow-uptimerangedfromonetosevenyears. Methods: 628patientrecordswithtraumaticwristinjuries,operatedbythesamegroup ofHandSurgeonsbetween2008-2014duetoacutetraumawerecollected,witha mean follow-upof 3.2years.Of these,51 werecasesofperilunatefracture-dislocations, and 38 were pure perilunate dislocations without associated fractures; of these, only 32underwentpercutaneousfixationwithoutligamentousrepair,thusmeetingthe inclu-sioncriteria.Oftheninepatientswithperilunatedislocationswhoweretreatedusingthe closedreductionandpercutaneousfixationmethod,whosemeanagewas38years(range 26-49years),thedominantsidewastheleftintwo-thirdsofthecases,andthepredominant traumamechanismwasdirecttrauma.

Results: Thisstudyisinagreementwiththeliterature,showingthatcasestreatedearly presentgoodresults.

Conclusion: 88%ofpatientswhoweretreatedbyclosedreductionandpercutaneousfixation methodmaintainedtheirdailyactivitiesandwereassessedasexcellentorgoodbythe ClinicalScoringChart.

©2016SociedadeBrasileiradeOrtopediaeTraumatologia.PublishedbyElsevierEditora Ltda.ThisisanopenaccessarticleundertheCCBY-NC-NDlicense(http:// creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).

Introduc¸ão

Instabilidadedocarpocontinua aserumdesafiona extre-midadesuperior,mesmoporespecialistas,nãosóporquehá aspectosdesuafisiopatologiaqueaindaprecisamser escla-recidos, mas também porque esses problemas podem ter consequênciassociaisadversas substanciais emtermos de incapacidade,quandonãodevidamentetratados.1

Acinemáticadosossosdocarpoécomplexaeos movimen-tosdosossoscarpaissãopredominantementeorientadospelo contatodosossosepelaac¸ãodosligamentosearticulac¸ões, e não pela ac¸ão direta das forc¸as musculares. Por conse-guinte,édifícilpreveromovimentodosossoscarpaisapósas lesõesligamentaresapenascomestudosdeimagemetestes clínicos.2

Opunhoéumaestrutura complexa,compostadeossos, ligamentosetendõesquejuntosedeformaharmoniosa per-mitemovimentosnosplanoscoronaisesagitais.Emvirtude deseuposicionamentoedeseuarcodemovimento,opunhoé suscetívelaconstantesforc¸asaxiaisevetoresdedeformac¸ão.3 A estabilidade carpal é definida como a habilidade do punho de manter o balanc¸o estático e dinâmico entre as articulac¸õessobascargasfisiológicasemovimentos.Jáa ins-tabilidadeéodistúrbiodessebalanc¸o,relacionadoàslesões óssease/ou ligamentares, que resultaem incapacidadede manterasrelac¸õesanatômicasarticulareseocasionando défi-citdaperformancebiomecânica,dorecolapsocarpal.3

Acredita-sequeainstabilidadedocarposejamaiscomum doquesepensavaanteriormenteequeadoenc¸adegenerativa sejaoresultadofinaldeumainstabilidadenãodiagnosticada.2

Asluxac¸õesperilunaressãoincomunsesãolesõesgraves, 61% a65%estão associadascomfraturas doescafoide,são referidascomo“lesõesdoarcomaior”,masessasestãoforado escopodesteartigo,quediscuteapenasaslesõesligamentares puras,ou“lesõesdoarcomenor”.4

Osligamentosescafossemilunar(ES)esemilunarpiramidal (SP)sãoosmaisimportantes,responsáveispelaestabilizac¸ão da fileira proximal. Fixam a margem proximal do esca-foide e o semilunar eo semilunar proximal ao piramidal, respectivamente.3

Estudosanteriorestêminvestigadoosaspectosdinâmicos eestáticosdainstabilidadeescafossemilunar(definidacomo umaumentoradiográficodoespac¸oentreoescafoidee semi-lunar)easconsequênciasdissoparaocarpo.2

As luxac¸ões perilunares do carpo são lesões raras, que podem passar despercebidas em 15-50% dos casos. Geral-menteresultantesdechoquesouumtraumadealtaenergia. Elas sãoresponsáveis porlesõesosteocondraise capsuloli-gamentares graves,que podem deixar sequelas funcionais importantes,dominadaspelainstabilidadecrônicadopunho eemlongoprazoporosteoartrite.5

Asluxac¸õesperilunaressãorelativamenteincomuns.São lesõesgravesdocarpoqueocorreremapóstraumasdealta energiaouquandooindivíduocaisobreamãoestendida.Elas produzemumainterrupc¸ãovariável daanatomiadocarpo, masasuacaracterísticaconstanteedefinidoraéumaluxac¸ão dacabec¸adocapitato,distalàsuperfíciedosemilunar,na mai-oriadasvezesdorsaleàsvezesvolar.Elasrepresentamuma formadedanoligamentareósseoprogressivo.6

(3)

mais ou menos em longo prazo. Essa artrite comec¸a pri-meironaarticulac¸ãoradiocárpicaemaistardenaarticulac¸ão intercárpica.7

Mayfielddescreveuquatroestágiosparalesões ligamenta-respuras:7

- I:lesãooudissociac¸ãoescafossemilunar.

- II:rupturaoudeslocamentoentrecapitatoeosemilunar. - III:lesãoouluxac¸ãosemilunopiramidal

- IV:lesãoradiosemilunargrave,comenucleac¸ãodo semilu-nareriscodenecrose.

Omecanismodelesãoenvolveextensãodopunhobrusca, associadacomdesvioulnaresupinac¸ãodaarticulac¸ão inter-carpal.AmaisgravedessaslesõeséaMayfield,tiposIIIeIV, resultadosdeumtraumadealtaenergia.8

Areduc¸ãoanatômicadasrelac¸õesintercarpaiséachave paraseevitarnecroseavascularouinstabilidadecarpaleem última análise colapso avanc¸ado escafossemilunar crônico (SLAC)eosteoartrite.8

Alémdisso, reduc¸õesespontâneassão possíveis,podem subestimaragravidadedalesãoeodanoligamentar.6

Existem três tipos de tratamento descritos: a reduc¸ão fechada eimobilizac¸ãogessada, reduc¸ão fechada efixac¸ão percutânea, associada com imobilizac¸ão e, finalmente, a reparac¸ão ligamentar e óssea, aberta, com fixac¸ão e tam-bémassociadacomimobilizac¸ãopós-operatória.Atualmente, os resultados de reduc¸ões fechadas sem fixac¸ão são insa-tisfatórios enãopermitem orestabelecimento doaparelho capsuloligamentare,portanto,aestabilidadedocarpo.5

Sabe-se que o “padrão ouro” atual dessas lesões seria a reduc¸ão, fixac¸ão e reconstruc¸ão principalmente do liga-mentoescafossemilunar,mas seobservana práticaclínica quemuitosdoscasos, quenãosãofeitas,asreconstruc¸ões ousuturaprimáriadosligamentosintercárpicosdesses paci-entesevoluembem,ospacientespermanecemsemqueixas significativasporlongoperíododetempo.

Emborahajagrandevariac¸ãonosresultadosrelatadospela literaturaparaluxac¸õesperilunaresdocarpo,aexperiênciae oprognósticoemlongoprazonãosãonecessariamente satis-fatórios.Omovimentodopunhoéprejudicadoeaartroseda articulac¸ãomediocárpicaécomum.9

Umtrabalhomostraqueosreflexosoriundosdosistema músculo-ligamentar,queenvolveopunho,têmumpapelna protec¸ãoda articulac¸ãoenaprevenc¸ão daexcursão exces-sivadosossoscarpais,funcionacomoefeitoprotetorparao desenvolvimentodeosteoartritepós-traumática.10

Oresultadodotratamentocirúrgicoparaluxac¸ões perilu-nares ede fraturas-luxac¸õesperilunarespermaneceabaixo do ideal nos pacientes que são submetidos a tratamento ainda dentro de quatro semanas de lesão, com o uso dos princípiosde reduc¸ãoefixac¸ãosemelhantesemumcentro especializado.11

Lesões do nervo mediano podem estar presentes no momentodoatendimentoinicial,pelacompressãodele, nor-malmenteregridemapósareduc¸ão,hárelatonaliteraturade persistênciadossintomasatéseismesesapósareduc¸ão.12

Emtrabalhosobrefraturadaextremidadedistaldorádio, comatenc¸ãonasinstabilidadescarpais,foiprovadoqueas ins-tabilidadescarpaisdecorrentesdomaualinhamentodoeixo

rádio-semilunar-capitatodevemsercorrigidas,poiselasserão responsáveis,emlongoprazo,poralterac¸õesdegenerativasdo punho.13

Algunsfatoresqueafetamoprognósticoaindasão discuti-doseoobjetivodestapesquisaélevantardadosqualitativos, tantoclínicoscomoradiográficos,dessespacientes,paraque sepossaavaliaroresultadodospacientesqueforam opera-dospelométododereduc¸ãofechadaefixac¸ãopercutâneade lesõesperilunaresdocarpo.

Casuística

e

método

Emrelac¸ãoaolevantamentoouàselec¸ãodospaciente,foram levantados628prontuáriosdepacientes,sobadenominac¸ão de lesões traumáticas no punho, operados pelo mesmo grupo de cirurgiõesdemão, entre2008a 2014,com segui-mentoentreumeseteanos,devidoatraumasagudos.Desses, 51 foram casos de fraturas-luxac¸ões perilunares, 38 eram luxac¸ões perilunarespuras,semfraturasassociadas,e des-sasapenas32comfixac¸ãopercutânea,semreparoligamentar, contemplavamosquesitosdapesquisa(fig.1).

Os628prontuáriosforamdivididosemtrêsgrupos,trauma no punho (fraturas de rádio distal, lesões fisárias e lesões carpometacarpais),fraturasluxac¸ões(fraturas transestilope-rilunar,transescafoperilunaretranscapitatooucombinac¸ões) eluxac¸õesperilunaresoulesãodoarcomenordocarpo.

Dos38pacientescomluxac¸õesperilunaressemassociac¸ão com fratura,foram excluídos aqueles que foram operados com mais de sete dias de evoluc¸ão ou que passaram por reconstruc¸ãooureparocapsuloligamentar (inclusiveo liga-mento escafossemilunar) e os pacientes com menos de 18anosnaépocadalesãoerestaram32casos.

Houvedificuldadedelocalizac¸ão,poisonúmerodetelefone quehaviasidoregistradonosprontuáriosemmuitoscasosjá haviasidotrocadopelospacientes.Emoutroscasos,mesmo quandoseconseguiucontatocomoospacientes,muitos refe-riamestarbemedessaformanãocooperavam,poisdeveriam retornaraoambulatórioparaoestudo.Emalgunscasoshouve perdadesegmento,trocadeenderec¸o,comotambémrecusa emcolaborarcomapesquisa.Dessaforma,conseguiu-se ava-liarnovepacientes.

Metodologia

Os pacientes selecionados foram os submetidos à reduc¸ão fechadaefixac¸ãopercutânea,entreeescafoideeosemilunar,

Traum a punho

Fx luxações

Luxações 88%

7% 5%

(4)

escafoideecapitato,piramidalesemilunareentreorádioe semilunar,comalgumasvariac¸ões,conformeserámostrado. AmédiaderetiradadosfiosKirschnerfoide10semanas, con-formetambéméevidenciadoemoutrostrabalhos,2,9,14porém osfiosentre orádio esemilunar foramretirados com seis semanas.

Em todos os pacientes foram feitos avaliac¸ão clínica e radiográfica,pormeiodoClinicalScoringChart,6eperfil epide-miológico(idade,sexo,ocupac¸ão,traumasassociados),com autorizac¸ão prévia do Comitê de Ética (n◦ 999.765), CAAE:

43106315800005225,eospacientesassinaramotermode con-sentimentolivreeesclarecido(TCLE).

OdinamômetroJamaréconsideradouminstrumentopara validac¸ãode forc¸ade preensãomanual, maisaceito desde 1954,erecomendadopelaSociedadeAmericanadeTerapeutas deMão(SATM)paramensuraraforc¸adepreensãoem pacien-tescomdiversasdesordensquecomprometemosmembros superiores.Umtrabalhomostraavalidadeeconfiabilidadedo dinamômetroSaehan,combaseemtestesdeforc¸ae compa-rativoentreoJamareoSaehan.Neste trabalhofoiusadoo Saehan(fig.2).14

Os pacientes foram avaliados sentados, com os brac¸os apoiadossobreascoxas, segundo recomendac¸ãoda SATM. Foramfeitastrêsmensurac¸õesdeforc¸adepreensãoemcada lado,alternadamente,elesforaminstruídosafazercontrac¸ão máximaportrêssegundosecomintervalosde30segundos entrecadateste(fig.3).Foiusadaamédiadosvaloresdostrês testes,paracadamão,paraanálisedosdados.14

Aavaliac¸ãoradiográfica,partedestetrabalho,foicomposta pelaanálisedosArcosdeGilula(fig.4),naradiografiaemPA (posteroanterior)edoânguloescafossemilunar,medidopor meiodaradiografiaemperfil.

NaradiografiaemPA,deve-seobservar: ArcoI-Superfíciearticularproximalda1a

fileiradocarpo; ArcoII-Superfíciearticulardistalda1a

fileiradocarpo; ArcoIII-Superfícieproximalda2a

fileiradocarpo.15

Figura2–DinamômetroSaehan,usadonapesquisa.

Nasradiografiasemperfil,mede-seoângulo escafossemi-lunar,consideradonormalentre30-60◦.

Afigura5mostraumarepresentac¸ãodecomofoiavaliado oânguloescafossemilunaremperfil,nasradiografias.

Avaliac¸ãoradiográficaatual

• Manutenc¸ãodosarcosdeGilula.

• Ânguloescafossemilunaremgraus(radiografiaemperfil).

• Espac¸oescafossemilunar:menorouiguala3mm,oumaior

doque3mm.(radiografiascomparativascomolado contra-lateral).

(5)

Figura4–ArcosdeGilula.15

Figura5–Desenhoesquemático.15

Parâmetrosdeavaliac¸ãodasluxac¸õesperilunaresdocarpo:

ClinicalScoringChart6

Dor:

- Semdor...25pontos. - Dorocasional...20pontos. - Dorsevera...10pontos. - Dorconstante...0ponto.

ADM:somatóriaentregrausdeflexãoeextensãodopunho.

- Maiordoque140◦...25pontos. - Entre100◦-140◦...20pontos. - Entre70◦-99◦...15pontos. - Entre40◦-69◦...10pontos. - Menordoque40◦...0ponto.

Forc¸adepreensão:avaliadapelodinamômetro(referência oladosadio).

- Normal... 25pontos.

Tabela1–Primeirapartedosresultadosdospacientes

Dadosdemográficos

Paciente Sexo Mês/ano Mecanismotrauma

1 M nov/13 Esmagamento

2 M jul/13 Traumadireto

3 M out/13 Traumadireto

4 M set/13 Traumadireto

5 M mai/13 Traumadireto

6 M jun/14 Traumadireto

7 M set/12 Traumadireto

8 M fev/12 Traumadireto

9 M abr/08 Traumadireto

- Diminuída,masmaiordoque50%,donormal... 15pontos.

- Menor do que 50% do normal... 0ponto.

Atividades

- Faz as mesmas atividades... 25pontos.

- Atividades restritas devido à lesão... 15pontos.

- Mudanc¸adetrabalhoouesporte,devidoàlesão... 0ponto.

Resultadofinaldopaciente:somatóriadosquesitos ante-riores.

- Excelente:maiorouiguala95pontos. - Bom:maiorouiguala75pontos. - Regular:maiorouiguala60pontos. - Ruimoupobre:menordoque60pontos.

Asavaliac¸õesclinicaseradiográficasforamfeitasdemodo comparativo.Oladocontralateral,normalesemlesões,serviu deparâmetrodenormalidadeparaopaciente.

ApósopreenchimentodoClinicalScoringChart,6essevalor foi dadocomo resultadoparacadapacientedeacordocom ocritérioanteriormentedescrito(Excelente,Bom,Regularou Ruim/Pobre).

Afigura6mostraumaradiografiadeumcasodeluxac¸ão perilunaroulesãodoarcomenor.

Afigura7mostraumexemploderadiografiadeum paci-ente após a reduc¸ão fechada e fixac¸ão percutânea. Nesse casofoifixadopercutaneamenteoescafoidecomo semilu-nar,oescafoidecomocapitato,opiramidalcomosemilunar eopiramidalcomocapitato.

Resultado

Dosnovepacientesavaliados,todosforamdosexomasculino, commédiade38anos(26a49),comseguimentomédiode 3,2anos(1,5aseteanos),oladodominantefoiesquerdoem 2/3doscasos, omecanismode traumapredominantefoi o direto.

(6)

Figura6–Radiografiadeumcasodeluxac¸ãoperilunardocarpo.

Emrelac¸ãoaoânguloescafossemilunar,houveumamédia de54grausentreoscasos(35◦a70),com67%doscasosdentro

dopadrãodenormalidade.

Apesardeoespac¸oescafossemilunarnãoterentradocomo critériodeavaliac¸ãodestetrabalho,foiobservadoque77%dos

casos apresentavamvaloresmaiores doque3mm,quando comparado comolado contralateral, apesardealiteratura mencionardiástase superiora3mm, compior prognóstico se não for corrigido.14 e valores superiores a 4mm como preditores.15

(7)

Tabela2–Segundapartedosresultadosdospacientes

Resultadosdapesquisa Resultadosradiográficoeclínico

Paciente Espac¸oE-S ÂnguloE-S ResultadoScortChart RetiradaFKssemanas Art.fixadas Manutenc¸ãoarcosGilula

1 Maior3mm 50◦ Pobre 8s RS/ES Sim

2 Maior3mm 50◦ Excelente 8s RS/ES/EC Sim

3 Maior3mm 50◦ Excelente 10s ES/PS Sim

4 Maior3mm 70◦ Excelente 10s RS/ES/EC Sim

5 Maior3mm 56◦ Bom 8s RS/ES/EC Sim

6 Menor3mm 70◦ Bom 10s RS/ES/EC/PS Não

7 Maior3mm 40◦ Bom 10s RS/ES/EC/PS Sim

8 Maior3mm 35◦ Excelente 12s RS/ES/EC/PS Sim

9 Menor3mm 67◦ Bom 10s ES/EC/PS Sim

EC,fixac¸ãoentreoescafoideecapitato;ES,fixac¸ãoentreescafoideeosemilunar;FK,fiodeKirschner;PS,fixac¸ãoentrepiramidalesemilunar; RS,fixac¸ãodaarticulac¸ãoentreorádio-semilunar;S,semanas.

Figura8–Radiografiaapósseteanosdalesão.

Dos pacientes avaliados, quatro continuam a praticar atividades físicas com pequenas adaptac¸ões ou limitac¸ões (44%dototal).

OresultadodoScortChartmostrou que88%dos pacien-tesestãobonsouexcelenteseapenasumpacienteficoucom resultadofinalpobre(tabela2).

Afigura8mostraaradiografiadeumcasodeluxac¸ão peri-lunar docarpo,tratada pelo método dereduc¸ão fechada e fixac¸ãopercutânea,apósseteanosdalesão.

Dospacientes,88%foramclassificadoscomoexcelentesou bons(fig.9).

Discussão

Oprincipalproblemadaslesõesligamentaresdocarpoéseu potencialparadesenvolverartriteaolongodotempo,7porisso asluxac¸õesperilunaresdocarposãocomplexase,devidoasua inerenteinstabilidade,tratadascirurgicamente.1

Àsvezes,observa-senapráticaclínicadivergênciaentre o estado clínico do punho do paciente e sua avaliac¸ão radiográfica, por isso tornou-se importante este tipo de trabalho.

45%

Excelente

Bom

Regular

Ruim/pobre

11%

44%

(8)

Dos prontuários levantados com lesões traumáticas do punho, amaioria foi de fraturas luxac¸ões docarpo (lesões do arco maior), o escafoide foi o principal osso fraturado, eaminoriadeluxac¸ões ligamentarespuras(lesõesdoarco menor),basedestetrabalho,manteve-seaproporc¸ãoreferida emoutrostrabalhosnaliteratura.6

Apesardopequenonúmero depacientesavaliados,este trabalho teve como meta uma avaliac¸ão qualitativa dos casos operados por luxac¸ões perilunares do carpo trata-dos agudamente, em até sete dias, pela mesma equipe de cirurgiões. Os pacientes, com seguimento médio de 3,2anos(1,5asete),foramsubmetidosàreduc¸ãoincruenta e fixac¸ão percutânea, sem reparo do ligamento escafosse-milunar, com média de retirada dos fios de Kirschner de 10semanas.Esse prazotambémfoiusadoporoutros auto-res,variou de oito a12 semanas pararetirada dos fiosde Kirschner.1,6,9

Em relac¸ão às características demográficas, houve um predomínio de homens, jovens ativose lesões portrauma de alta energia (maioria por acidentes motociclísticos). Do total desses pacientes foi observado que em 77% foi fixada a RS (rádio-semilunar), que também é sugerida por alguns trabalhos, como meio de evitar a perda da reduc¸ão.7

Ospacientesdestetrabalhoapresentarammanutenc¸ãodos arcosdeGilulaem88%doscasosedoângulo escafossemi-lunarnaradiografiaemperfilem67%doscasos,dentrodo padrãodenormalidade(30◦a60).15

Dosnovepacientesavaliados,quatrosãopraticantesde ati-vidadesfísicas(doismilitares,umdesportistaamadoreum professordeartesmarciais).Essescontinuamassuaspráticas deexercícioscomlevesalterac¸õesouadaptac¸ões.

Apenasumpacienteficoucomescorepobre,tevedemudar assuasatividades físicas(motocross)para atividades mais leves,devidoaslimitac¸õesdeADM(arcodemovimento)do referidopunho.

Conclusão

Estetrabalhoconvergiucomoutrostrabalhos,mostrouqueos casostratadosprecocementeapresentambonsresultados.6

Dessa forma, o trabalho mostrou que 88% dos pacien-tes queforam tratados pelométodo de reduc¸ão fechada e fixac¸ãopercutâneamantiveramsuasatividadesdevidadiária eforamavaliadoscomoexcelentesoubonspeloClinicalScoring Chart.

Conflitos

de

interesse

Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.

Agradecimentos

AoDr.LucianoDrigoPereseàterapeutaocupacionalDébora Machadopeloapoioeincentivo.

r

e

f

e

r

ê

n

c

i

a

s

1.WolfeSW,PedersonWC,HotchkissRN,KozinSH.Green’s operativehandsurgery.6thed.Philadelphia:Churchill

Livingstone;2010.

2.PattersonRM,YazakiN,AndersenCR,ViegasSF.Predictionof ligamentlengthandcarpaldiastasisduringwrist

flexion-extensionandaftersimulatedscapholunate instability.JHandSurgAm.2013;38(3):509–18.

3.SugawaraLM,YanaguizawaM,IkawaMH,TakahashiRD, NatourJ,FernandesARC.Instabilidadedocarpo.RevBras Reumatol.2008;48(1):34–8.

4.BudoffJE.Treatmentofacutelunateandperilunate dislocations.JHandSurgAm.2008;33(8):1424–32. 5.ElouakiliI,OuchrifY,NajibA,OuakrimR,LamraniO,

KharmazM,etal.Anexceptionalformofperilunarcarpal dislocation.PanAfrMedJ.2014;18:108.

6.HerzbergG,ComtetJJ,LinscheidRL,AmadioPC,CooneyWP, StalderJ.Perilunatedislocationsandfracture-dislocations:a multicenterstudy.JHandSurgAm.1993;18(5):768–79. 7.ChantelotC.Post-traumaticcarpalinstability.Orthop

TraumatolSurgRes.2014;1001Suppl:S45–53. 8.SotereanosDG,MitsionisGJ,GiannakopoulosPN,

TomainoMM,HerndonJH.Perilunatedislocationandfracture dislocation:acriticalanalysisofthevolar-dorsalapproach.J HandSurgAm.1997;22(1):49–56.

9.VitaleMA,SeetharamanM,RuchelsmanDE.Perilunate dislocations.JHandSurgAm.2015;40(2):358–62. 10.Salva-CollG,Garcia-EliasM,HagertE.Scapholunate

instability:proprioceptionandneuromuscularcontrol.JWrist Surg.2013;2(2):136–40.

11.HildebrandKA,RossDC,PattersonSD,RothJH,

MacDermidJC,KingGJ.Dorsalperilunatedislocationsand fracture-dislocations:questionnaire,clinical,and

radiographicevaluation.JHandSurgAm.2000;25(6):1069–79. 12.GreenDP,O’BrienET.Openreductionofcarpaldislocations:

indicationsandoperativetechniques.JHandSurgAm. 1978;3(3):250–65.

13.BarbieriCH,MazerN,SantiagoGR.Avaliac¸ãotardiade fraturasdaextremidadedistaldorádio,comparticular atenc¸ãoparaasinstabilidadescarpaisassociadas.RevBras Ortop.1994;29(8):591–6.

14.ReisMM.Estudodavalidadeeconfiabilidade,entreos dinamômetrosSaehaneJamar[dissertac¸ão].SãoJosédos Campos:UniversidadedoValedoParaíba,Institutode PesquisaeDesenvolvimento;2009.

Imagem

Figura 1 – Gráfico referente ao total percentual dos prontuários, segundo as patologias.
Figura 3 – Posic¸ão do paciente, durante o teste de preensão de forc¸a.
Figura 4 – Arcos de Gilula. 15
Figura 6 – Radiografia de um caso de luxac¸ão perilunar do carpo.
+2

Referências

Documentos relacionados

A análise do comportamento do estresse mecânico e da deformac¸ão elástica exercida na transic¸ão rosca-talo liso dos pinos de Schanz do distrator femoral de fraturas mostrou

The distance between the Schanz screws anchorage at the entrance to the bone cortex and the smooth thread/shaft transition of the screws used in a femoral distractor during

Of the nine patients with perilunate dislocations who were treated using the closed reduc- tion and percutaneous fixation method, whose mean age was 38 years (range 26–49 years),

Observou-se que, na análise global, mesmo dentro de um mesmo grupo (casos de mesma complexidade), não foi verifi- cado um padrão específico de indicac¸ão nas regiões do Brasil..

The Mid-West, North, and Northeast regions presented percentages of surgical indi- cations below the global proportion, except in group 1 cases, where Mid-West evaluators

No pré-operatório todos os sete pacientes foram categori- zados como ruim pelo escore de Lysholm 13 e no pós-operatório encontramos dois casos considerados excelentes e cinco casos

The technique described in this study pre- sented satisfactory results, demonstrating the possibility of combined MPFL and MPTL reconstruction in skeletally imma- ture patients

Após a classificac¸ão aplicou-se o teste de qui-quadrado para verificar se havia relac¸ão de dependência entre o grupo a que pertencia o paciente e sua situac¸ão de