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ESTADO DE MATO GROSSO SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DO MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TANGARÁ DA SERRA DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM ACIDÔNIA BARBOSA DE NOVAIS

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ESTADO DE MATO GROSSO

SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DO MATO GROSSO

CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE TANGARÁ DA SERRA DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM

ACIDÔNIA BARBOSA DE NOVAIS

A PERCEPÇÃO DE IDOSOS SOB O USO DE PLANTAS MEDICINAIS, ASSOCIADOS AO USO DE MEDICAMENTOS ANTI-HIPERTENSIVOS E

HIPOGLICEMIANTES

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ACIDÔNIA BARBOSA DE NOVAIS

A PERCEPÇÃO DE IDOSOS SOB O USO DE PLANTAS MEDICINAIS, ASSOCIADOS AO USO DE MEDICAMENTOS ANTI-HIPERTENSIVOS E

HIPOGLICEMIANTES

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Departamento de Enfermagem da Universidade do Estado do Mato Grosso – Campus de Tangará da Serra, como parte dos requisitos para obtenção do título de Bacharel em Enfermagem

Orientador: Prof. Mestre Rogério Alexandre Nunes dos Santos Co-orientadora: Enfermeira Alânda Luciana O. Novaes.

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ACIDÔNIA BARBOSA DE NOVAIS

A PERCEPÇÃO DE IDOSOS SOB O USO DE PLANTAS MEDICINAIS, ASSOCIADOS AO USO DE MEDICAMENTOS ANTI-HIPERTENSIVOS E

HIPOGLICEMIANTES

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade do Estado de Mato Grosso – Campus Tangará da Serra, como requisito parcial, para obtenção do grau de Bacharel em Enfermagem.

Banca Examinadora:

D. Sc.. Rogério Alexandre Nunes dos Santos (Orientador)

___________________________________________________________________________

Wanessa Malacrida (Enfermeira Convidada)

Dr: Prof.Rogério Benedito Anenz (Professor Convidado)

DATA DE APROVAÇÃO: ____/____/____

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DEDICATÓRIA

Minha sincera e exclusiva dedicatória a melhor família que Deus poderia me presentear, os Novais.

Ao patriarca Joaquim Pereira Novais meu querido, amado e velho pai, um homem temente a Deus, um guerreiro, forte com seus valores inconfundíveis e inegociáveis, como marido presente e cuidadoso, no papel de pai o melhor, ao ser avô, carinhoso. Uma mente brilhante, um homem muito a frente do seu tempo, um revolucionário, que hoje fora vencido pelo Alzheimer, porém, aos seus, sempre será um referencial de amor, companheirismo, amizade, conselheiro ou simplesmente Pai.

À minha mãe Lourice Novais, mulher virtuosa de fibra e de coragem, que sempre soubera de seu papel como esposa, mãe e avó. Que com o passar dos anos se tornou ainda melhor, pois, se permitiu ser lapidada pelas mãos do Altíssimo, um espelho para mim como ser humano a qual amo incondicionalmente.

Ao primogênito da família Elias Novais, aquele que certamente é um sonhador futurista que com seu jeito impar é o político em sua sabedoria.

Ao sábio João Cesar Novais, que sempre fora um incentivador, financiador, e um exemplo de caridade e paciência.

Ao empreendedor Joaquim Novais Filho, um incentivador ativo, um financiador, um amigo presente, que assumiu o papel de pai quando o meu fora vencido pelo seu mau.

Ao corajoso e hospitaleiro José Carlos Novais, um homem de caráter que suas palavras sempre tiveram peso para mim.

Ao sonhador Augusto Jean Novais, que com sua alegria e meninice nos ajuda a encarar as barreiras da vida tornando as mais leves.

Ao trabalhador Washington Geovane Novais, que com seu jeito meigo e positivista me incentiva a continuar na caminhada.

Ao caçula Afrânio Novais, o meigo que sem sua ajuda e sua disponibilidade de ajudar ativamente em cuidar de nosso pai jamais teria conseguido chegar ao fim.

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AGRADECIMENTOS

Muito mais que palavras, quero enfatizar com ações através de testemunhos, meus sinceros agradecimentos ao dono da minha vida o Senhor Jesus, ao qual posso perceber suas poderosas mãos sobre a minha historia em cada detalhe. Jamais poderei de fato entender seus cuidados e seus propósitos eternos, mas, os vejo diariamente.

Tentar entender a mente de Deus é impossível para o ser humano, pois, a nossa limitação humana nos impede de entender um Ser Supremo, Soberano, Eterno onde sua essência é o amor. Nós como humanos sentimos amor, ou seja, aprendemos a deixar a divindade do Senhor fluir em nós, mas é apenas isso, nunca seremos como Aquele que simplesmente é a essência do amor em outras palavras é o Amor, porque, Deus é Amor.

E é esse amor que nos constrange quando pela sua Graça temos o primeiro contato genuíno, verdadeiro e impar, onde, após esse encontro sua vida nunca mais será a mesma, sua mente é a cada dia transformada e renovada, seus valores são delicadamente modificados, seus sonhos são ressuscitados, suas esperanças são renovada, suas alegrias voltam para aquelas que perdemos ao algum tempo, simplesmente para as coisas mais simples, porém, as mais importantes, e a paz, nossa a paz, é aquela que transcede todo entendimento, vai muito além da razão e intelecto humano, vem da profundidade do nosso espírito testificado pelo próprio Espírito Santo de Deus, ao qual, é a fonte de Vida, trazendo-nos um jugo leve, suave, agradável, que chega a ser perfumado pelo doce aroma de Jesus.

A vida só tem sentido se tiver vida, parece obvio, no entanto, sua profundidade é tão grande que somente aqueles que de fato as têm serão capazes de me entender ao dizer não mais eu vivo, mas Cristo vive em mim.

A tudo Pai, o meu muitíssimo obrigado. Tu és o Amado da minha alma Jesus.

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Aos meus sobrinhos Alânda, Gabriela, Augusto, Joaquim Neto, Jefferson, Elias Jr, Carlos Gabriel e Vitoria que também são meus filhos meus sinceros agradecimentos, pois, o simples fato de vocês existirem traz cor a minha vida.

Aos amigos mais chegados que irmãos, meus preciosos pastores Djonathan e Pastora Erica meus pais espirituais, meus intercessores que o Senhor colocou em minha vida como espelho de como amar a Deus acima de todas as coisas, a minha tão amada filhota espiritual Sônia Rissi, que, diariamente me faz crescer em Deus e que demonstra seu amor por mim de várias formas, sem sua ajuda certamente a jornada seria muito mais difícil, meu querido amigo Liniker Pachego um crente vencedor que me inspira sua corte Luna que muito me serviu com gráficos, ao casal Jhones e Fernanda que me contagia com sua alegria, aos meus pastores presidente Orlando e Wilma um exemplo como ser verdadeiramente soldados de Cristo, a célula num todo, a todos obrigada pelas orações.

Agradeço à família que escolhi meus sinceros amigos: Wesley Lobo que sempre me ajudou em todos os trabalhos dessa faculdade, a Patrícia Costa que é um doce e sua amizade me traz crescimento pessoal, ao Paulo Bezerra que é um amigo integro, leal e me incentivou muitíssimo, ao Bruno Mauricio que somos tão opostos que isso me faz querer sempre protegê-lo, ao Alessandro que admiro muito por sua determinação, e as meigas Suzamar e Priscila ótimas companheira de estágio e a toda terceira turma de Enfermagem a vocês meus sinceros votos de sucesso e sabedoria em vossas jornadas.

Ao prof. Mestre. Rogério Alexandre Nunes dos Santos, meu orientador pelo apoio incondicional, por acreditar no meu trabalho, e que com sua paciência e sabedoria me trouxe a tranqüilidade que necessitava.

À professora da disciplina de TCC Ms. Ana Lúcia Andruchak por fazer acontecer o bem sucedido encontro entre meu orientador e eu, e por suas valiosas dicas na construção dessa monografia.

A todos os professores que lecionaram ao longo destes quatro anos, e que além de nos proporcionar o conhecimento, nos mostraram que isso é apenas o começo da caminhada, a beleza do conhecimento é sua infinidade, e a sabedoria não esta no nível adquirido e sim em como se doa. Em especial aos professores: Alex Borges, Raimundo França, Fábio Moleiro, Lucinéia Dias e Wanessa Malacrida exemplo de profissionais.

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E todos aqueles que não foram citados com seus nomes, porém, são lembrados em minha mente, e que sabem que fizeram parte de uma etapa importante de minha vida, em especial ao Diogo Cesar que sem seu incentivo ativo no inicio, suas orações, seu afeto e cuidado certamente teria sido bem mais árduo a caminhada, e ainda todos que de forma direta ou indireta contribuíram para a concretização desse trabalho, meus agradecimentos e saibam que em minhas orações são lembrados.

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“Não há nada como a Profundidade para que nos

tornemos insatisfeitos com as coisas superficiais,

portanto, viva na dimensão da Eternidade.”

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RESUMO

No Brasil os idosos passam por inúmeros preconceitos, devido a não existência de uma política pública eficiente, que vise atender as necessidades e os anseios desta população tão carecida de atendimentos específicos e periódicos. A cultura e a tradição desta faixa etária são contextos relevantes para a atuação dos profissionais da saúde, pois há mitos e costumes enraizados que devem ser analisados e respeitados na hora do atendimento, visando um bom diálogo para que o idoso entenda a real importância da assistência prestada, assim também a sociedade e seus familiares que geralmente não estão preparados para realizar a atenção necessária. Este trabalho pretende avaliar o uso concomitante das Plantas Medicinais com o tratamento medicamentoso de Hipertensos e Diabéticos, visando compreender se estes possuem uma interação significativa que prejudique o efeito do tratamento medicamentoso ou se possui efeitos colaterais que possam agravar o quadro clínico do paciente. Tratou-se de uma pesquisa quali-quantitativa onde fora realizada nos PSF da Cohab Tarumã, Jardim Presidente, Santa Isabel, Shangrilá e Tangara II e nos Centros Religiosos em grupo denominado geração terceira idade do Município de Tangara da Serra, com aproximadamente 120 idosos. Foi realizada uma pesquisa de campo, com aplicação de questionários semi-estruturados. O presente estudo avaliou 120 idosos frente a diferentes parâmetros que podem influenciar no uso correto de medicamentos e sua associação com plantas medicinais. Dentre os dados obtidos constatou-se que 48 indivíduos fazem uso de plantas medicinais como tratamento complementar, dentre eles 13 associam juntamente medicamentos anti hipertensivos ou hipoglicemiantes e 31 idosos tomam chás visando proporcionar as mesmas ações dos medicamentos. Dados como estes contribuem para a sensibilização da enfermagem quanto a realização da promoção da saúde ao idoso no uso racional de medicamentos no que tange a sua associação com produtos naturais visando a diminuição de agravos em saúde.

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ABSTRACT

In Brazil, the elderly go through many preconceptions, because of the lack of an efficient public policy, aimed at meeting the needs and aspirations of this population that lacked specific and periodic visits. The culture and tradition in this age group are relevant contexts for the actions of health professionals as there are myths and customs that must be analyzed rooted and respected in the hours of care, aiming for a good dialogue that the elderly understand the real importance of assistance, so the society and their families who often are not prepared to take the necessary attention.This work aims to evaluate the concomitant use of medicinal plants with medicinal treatment of hypertension and diabetes, in order to understand whether they have a significant interaction that harms the effect of drug treatment or you have side effects that may worsen the patient's condition. This was a qualitative and quantitative research where he was held in the PSF COHAB Tarumã, Garden Chair, Santa Isabel, and Shangrila II Tangara and religious center in the third generation group called the old city of Tangara da Serra, with approximately 120 patients.We conducted field research, with application of semi-structured questionnaires. This study evaluated 120 patients against different parameters that can influence the correct use of medications and their association with medicinal plants. Among the data found that 48 individuals make use of medicinal plants as a complementary treatment, including 13 members along with antihypertensive or hypoglycemic 31, and older take tea in order to provide the same drug stocks. Data such as these contribute to the awareness of nursing as the realization of health promotion for the elderly in the rational use of drugs with respect to its association with natural products in order to minimize health hazards.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Caracterização do gênero dos entrevistados. ... 29

Figura 2 - Faixa Etária da população dos idosos pesquisados. ... 30

Figura 3 - Distribuição do nível educacional da população pesquisada. ... 31

Figura 4 - Como são distribuídos os medicamentos nas unidades básicas de saúde do município de Tangara da Serra – MT. ... 33

Figura 5 - Profissional que realizou as orientações dos entrevistados... 35

Figura 6 - Total dos idosos entrevistados que fazem uso das plantas medicinais das unidades básicas de saúde do município de Tangara da Serra – MT... 36

Figura 7 - Número da população que faz associação ou não das plantas com os medicamentos. ... 45

Figura 8 - Número da população que toma o chá para ter a mesma ação do medicamento. .... 46

Figura 9 – População que reduz a quantidade dos medicamentos... 47

Figura 10 - Parte das plantas que são utilizadas pela população idosa estudada. ... 48

Figura 11 - Espelho do etnoconhecimento entre os idosos entrevistados. ... 49

Figura 12 - Demonstração de como é feito o preparo das plantas. ... 50

Figura 13 - Distribuição de como é feito o preparo das plantas. ... 51

Figura 14 - Quantidade diária usada pela população. ... 51

Figura 15 - Percentual da população que repassou esse conhecimento aos seus filhos sobre as plantas que utilizam. ... 52

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LISTA DE ABREVIATURAS

ACS – Agente Comunitário de Saúde

CBHA – Conselho Brasileiro de Hipertensão Arterial CEME – Central de Medicamentos

CID-10 – Classificação Internacional das Doenças (10ª revisão) CIPLAN – Comissão Interministerial de Planejamento e Coordenação DATASUS – Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde CBHA – Consenso Brasileiro de Hipertensão Arterial

CNHD – Comitê Nacional de Hipertensão e Diabetes DM – Diabetes Mellitus

DM1– Diabetes Mellitus tipo 1 DM2 – Diabetes Mellitus tipo 2 DMG – Diabetes Mellitus Gestacional HÁ – Hipertensão Arterial

HAS – Hipertensão Arterial Sistólica

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IDH – Índice de Desenvolvimento Humano

IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada MS – Ministério da Saúde

MT – Mato Grosso

OMS – Organização Mundial da Saúde

PNPICS – Políticas Nacionais: a de Práticas Integrativas e Complementares no Sistema Único de Saúde

UBS – Unidade Básica de Saúde

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LISTA DE TABELAS

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO... 15

1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ... 18

1.1 HIPERTENSÃO ARTERIAL ... 18

1.2 DIABETES MELLITUS ... 19

1.2.1 Diabetes Mellitus Tipo 1... 20

1.2.2 Diabetes Mellitus Tipo 2... 21

1.2.3 Diabetes Gestacional... 22

1.3 PLANTAS MEDICINAIS ... 23

2 METODOLOGIA ... 26

2.1 ÁREA DE ESTUDO ... 27

2.2 ANÁLISE DOS DADOS ... 28

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO... 29

CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 55

CONCLUSÃO ... 56

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 58

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INTRODUÇÃO

O uso terapêutico das plantas tem levantado o interesse da enfermagem, pois cerca de 80% da população mundial já teve alguma experiência de utilização com fins preventivos ou curativos. Objetivamos verificar quais as plantas utilizadas por idosos na prevenção da elevação da pressão arterial ou na redução de valores já elevados, do mesmo modo na prevenção e no poder curativo dos níveis glicêmicos que utilizam as Unidades Básica de Saúde dos bairros, Cohab Tarumã, Santa Isabel e Jardim Presidente, e os Centro de Apoio Religioso Católico da cidade de Tangará da Serra/ MT.Concomitantemente, verificar o nível de conhecimento dos idosos sobre a forma de preparo, reconhecimento, obtenção, conservação e utilização das plantas.

Os vegetais são empregados na cura de doenças desde os primórdios da humanidade (VOLPATO et al., 2002). Ainda hoje, o uso de plantas medicinais, através de chás ou medicamentos fitoterápicos, é uma prática comum em grande parte da população. Usualmente, as plantas são utilizadas como tratamento único ou complementar em diversas patologias, entre elas, a diabetes e hipertensão arterial.

A Organização Mundial de Saúde aponta a disseminação de informação sobre plantas medicinais como uma das estratégias a serem implementadas para assegurar o uso racional destes produtos. Entre os problemas mais comumente citados na literatura encontra-se a interação entre plantas medicinais e os medicamentos, razão pela qual encontra-se constitui o tema desta monografia.

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participação dos países em desenvolvimento nesse processo, já que possuem 67% das espécies vegetais do mundo (Brasil, 1990).

No Brasil, embora anterior à discussão atual e ao crescente interesse pelos produtos fitoterápicos, a ação da Central de Medicamentos, por intermédio do Programa de Pesquisa de Plantas Medicinais possui importância histórica no esforço governamental em pesquisa e desenvolvimento voltado à obtenção e geração de fito medicamento para consumo da população (BRASIL, 1981).

Em sua estratégia global sobre medicina tradicional, complementar e alternativa para o período de 2002-2005, a OMS reforçou o compromisso em estimular o desenvolvimento de políticas públicas com o objetivo de ser inserido o fitoterápico no sistema oficial de saúde dos 191 estados membros (BRASIL, 1981)

“Visando a não proliferação indiscriminada e irracional do uso dos

medicamentos naturais, pois, sabe-se que tal prática tal prática é quase uma herança

cultural.”

Após desativação da CEME (Central de Medicamentos) em 1997, renasce oficialmente em 2006 duas grandes Políticas Nacionais: a de Práticas Integrativas e Complementares no Sistema Único de Saúde 23 (PNPICS) sob a Portaria nº. 971/07 e a de Plantas Medicinais e Fitoterápicos no SUS (PNPMF), validada pelo Decreto Presidencial nº. 5.813/07 e aprova o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos criando o Comitê Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos com a portaria Interministerial nº 2.960, de 9 de dezembro de 2008, das responsabilidades oficiais do Ministério da Saúde (BRASIL, 2006; BRASIL, 2008).

Para fortalecer as políticas acima descritas e no intuito de unir ciência e tradição, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), regulamentou com a aprovação da Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) nº 10, publicada em 10/03/2010, a popularização desse conhecimento, visando contribuir para a construção do marco regulatório para produção, distribuição e uso de plantas medicinais, particularmente sob a forma de drogas vegetais, a partir da experiência da sociedade civil nas suas diferentes formas de organização, de modo a garantir e promover a segurança, a eficácia e a qualidade no acesso às plantas medicinais que totalizaram 66 espécies (ANVISA, 2010).

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sobre o consumo destes produtos, e muito provavelmente a falta de treinamento dos profissionais da saúde de identificarem tais situações medicamentosas em geral. Todos estes fatores são agravados pela falsa sensação de segurança quanto ao uso de plantas medicinais, característica presente na maioria dos usuários, em especial a população idosa na qual está enraizada a cultura e o costume, provida de uma educação da qual é correto usar os tradicionais chás caseiros.

Diante do exposto, fica nítida a relevância dos profissionais da saúde terem embasamentos cientifico sobre o uso das plantas, pois é sabido a vulnerabilidade que a população idosa esta exposta. Tendo em vista que a promoção da educação em saúde é uma das responsabilidades da Enfermagem, evidencia-nos a necessidade do desenvolvimento desta monografia.

De acordo com Tobar&Yalour (2002):

...uma pesquisa qualitativa deve envolver múltiplas fontes de dados, empregar a observação de primeira mão, interessar-se pelo cotidiano, situar-se num contexto de descobrimento, importar-se mais com os significados do que com a freqüência dos fatos e deve buscar o específico e o local para encontrar padrões, não estando atado ao modelo teórico.

Desta forma, a pesquisa possui punho qualitativo fundamentada em bibliográficas (livros, artigos, revistas, monográficas e outros) e posteriormente questionários semi estruturados mediante a população focada nas localidades já mencionadas, para obtenção das variáveis que possam ser analisadas e visualizadas a partir de gráficos.

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1 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

1.1 HIPERTENSÃO ARTERIAL

Hipertensão Arterial é o resultado final do débito cardíaco multiplicado pela resistência periférica. Sendo que o debito cardíaco é o produto da freqüência multiplicada pelo volume sistólico (BRUNNER & SUDDARTH, 2009).

A hipertensão arterial (HA) é uma patologia com grande incidência na população idosa, fazendo com que, a mesma, seja um fator determinante na elevação da morbilidade e mortalidade dos idosos (LIBERMAN, 2007). Espera-se que com o controle adequado da pressão haja redução dos índices de mortalidade e morbidade e dos custos correlacionados a essa doença (NEAL e col. 2000).

A classificação utilizada, mais recente, é preconizada pela Sociedade Brasileira de Cardiologia baseada em parâmetros norte americanos (CAMPOS JR. et al, 2001). Observou-se que mudanças no estilo de vida, devem Observou-ser altamente incentivadas, tendo em vista a grande possibilidade de evolução futura para o estado de hipertenso arterial com o avançar da idade. Nesta classificação atual, a pressão ideal é aquela menor que 120 sistólica e 80 diastólica. O Ministério da Saúde (MS) considera este valor ideal, onde há menos riscos para o aparelho cardiovascular (BRASIL, 2002).

Não se pode considerar o aumento da pressão arterial como uma questão normal biológica, assim para combater-la a prevenção é o melhor caminho, evitando-se as dificuldades e o elevado custo social de seu tratamento e de suas complicações (COMITE BRASILEIRO de HIPERTENSÃO 2001).

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Fatos epidemiológicos do Framingham Heart Study demonstraram que a HA está diretamente associada ao aumento do risco de doença cardiovascular, com a elevação da Pressão Arterial Sistólica por mmHg com o aumento da idade pelo menos até os 70 anos. Nesse mesmo estudo, após seguimento de 34 anos, o risco de desenvolver insuficiência cardíaca corresponde de 2 a 4 vezes maior nos pacientes com HA. Outro indicativo no estudo de Framingham demonstrou que a hipertensão sistólica aumenta o risco de doença cardiovascular em geral e de infarto do miocárdio em particular (LIBERMAN, 2007).

No Brasil, os estudos de prevalência de hipertensão arterial são poucos e não-representativos, mas mostram alta prevalência, variando de 22% a 44% (FREITAS e COL, 2001).

Sabe-se que não há cura para a Hipertensão Arterial, é possível um controle eficaz, baseando na reformulação de hábitos de vida, na medicação, que permite ao paciente uma melhoria na qualidade de vida (BRUNNER & SUDDARTH, 2009).

Medidas não famocologicas sempre são associadas aos tratamentos medicamentosos e são bem vindas, tais como moderação da ingestão de sal (Cloreto de sódio) e álcool (Etanol), aumento na ingestão de alimentos ricos em potássio, práticas regulares de atividades físicas, evitar práticas de gestão do stress, manutenção do peso ideal (IMC entre 20 e 25 kg/m²), minimizar o uso de medicamentos que possam elevar a pressão arterial, como Anticoncepcionais orais e Anti-inflamatórios (III CONSENSO BRASILERIO HIPERTENSÃO ARTERIAL, 1998).

1.2 DIABETES MELLITUS

A Diabetes Mellitus é considerada uma doença ancestral, estudos sobre o assunto comprovam que essa patologia e conhecida há mais de 2500 anos, e chega afetar aproximadamente 50 milhões de pessoas em todo mundo (ALONSO, 2008).

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Sabe-se que o não tratamento certo dessa patologia, é altamente prejudicial, sendo a principal causa de cegueira, retinopatia, nefropatia, neuropatia, amputação dos membros inferiores, distúrbios cardiovasculares, hipertensão, e infarto (CARVALHO et al, 2005).

Dentre as manifestações mais comuns são o tipo 1, tipo 2, e o diabetes gestacional. No tipo 1, é necessário que o paciente utilize a insulina para regularizar suas taxas metabólicas, enquanto no tipo 2, a maioria dos pacientes utiliza os Hipoglicemiantes orais (CARVALHO et al., 2005).

Segundo a OMS o diabetes representa um alto custo para a sociedade, não apenas em relação aos gastos com o tratamento, mas também com a perda de produtividade pelas complicações da doença e a morte prematura (FIGUEIROA, 2009).

A terapia medicamentosa para Diabetes Mellitus exige o uso contínuo de hipoglicemiantes, no Brasil os medicamentos são gratuitamente distribuídos pelo governo federal. Com a implantação dos fitoterápicos no Sistema Único de Saúde (SUS), há uma estimativa de aumento da utilização de plantas medicinais com esta finalidade, (BIESKI, 2010). Conseqüentemente, o número de interações medicamentosas entre estas plantas e os medicamentos hipoglicemiantes sintéticos tende a aumentar.

1.2.1 Diabetes Mellitus Tipo 1

O diabete mellitus tipo 1 é caracterizado pela destruição das células beta pancreáticas, fatores genéticos, imunológicos e possivelmente ambientais como por exemplo vírus combinados contribuem para a destruição das células beta, porém, não se sabe com total clareza os eventos dessa destruição. O tipo de alimentação e o estilo de vida, não têm qualquer influência no aparecimento deste tipo de diabetes. (BRUNNER & SUDDARTH, 2009).

Caracterizado como o tipo mais agressivo, causando emagrecimento rápido. A maior incidência é na infância e adolescência, provocando destruição

auto-imune das células β das Ilhotas de angerhans. Auto-anticorpos contras as células β

contra insulina, contra os tecidos glutâmico descarboxilase, contra tirosina fosfatase. Nesse caso a pessoa não tem produção de insulina, a glicose não entra nas células e o nível de glicose no sangue fica aumentado (SMELTZER; BARE, 2002).

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diárias é variável em função do tratamento escolhido pelo endocrinologista e também em função da quantidade de insulina produzida pelo pâncreas. A insulina sintética pode ser de ação lenta ou rápida: a de ação lenta é ministrada ao acordar e ao dormir (alguns tipos de insulina de ação lenta, porém, são ministradas apenas uma vez por dia); a de ação rápida é indicada logo antes de grandes refeições. Para controlar este tipo de diabetes é necessário o equilíbrio de três fatores: a insulina, a alimentação e o exercício. No organismo desenvolve uma resistência aos seus efeitos e o resultado é um déficit relativo à insulina (COTRAN,1994).

Muitas vezes se ouve que o diabético não pode praticar exercício, esta afirmação é completamente falsa, já que o exercício contribui para um melhor controle da diabetes, queimando excesso de açúcar, gorduras e melhorando a qualidade de vida (VERAS 2008).

O que ocorre é que se torna necessário dobrar atenção as regras: para praticar exercícios que requerem muita energia é preciso consumir muita energia, ou seja, consumir carboidratos lentos e rápidos. É sabido que o exercício em pacientes com diabetes pode causar danos, pois, o paciente, horas após o exercício pode ser levado a um quadro de acidose.

Segundo estudos o exercício em paciente com diabetes tipo 1 é recomendado apenas em jovens, pois estes respondem melhor aos exercícios, não tendo sido observado nenhuma melhora efetiva dos níveis de glicose n o organismo de adultos e idosos (BRUNNER & SUDDARTH, 2009).

1.2.2 Diabetes Mellitus Tipo 2

O diabetes mellitus tipo 2 é uma síndrome heterogênea que resulta de defeitos na secreção e na ação da insulina, sendo que a irregularidade de quaisquer dos mecanismos está relacionada a fatores genéticos e ambientais. Sua incidência e prevalência vêm aumentando em varias populações, tornando-se uma das doenças mais prevalentes no mundo (SMELTZER; BARE, 2002).

O Diabetes não Insulino-dependente, mas sim Diabetes Tardio, tem mecanismo fisiopatológico complexo e não completamente elucidado. Entende -se que há uma diminuição na resposta dos receptores de glicose presentes no tec ido periférico à insulina, que leva ao fenômeno de resistência à insulina. Assim, as células beta do pâncreas aumentam sua produção de insulina e, ao passar dos anos, a resistência à insulina acaba por levar as células beta à exaustão, concordando com (BRUNNER & SUDDARTH, 2009).

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freqüente a associação com a obesidade e idosos. Já para (MARTINEZ 2006) os fatores de riscos estabelecidos para o desenvolvimento do diabetes tipo 2 em geral, aumentam com a idade, obesidade e a falta de atividade física. Outros fatores importantes de risco incluem hipertensão, dislipidemias e doenças vasculares .

Nota-se que o diabetes é a principal causa de amputação traumática de membro inferior por gangrena. O diabetes aumenta a freqüência de amputação do membro inferior de 15 a 40 vezes comparativamente a população sem diabetes. A forma grave da doença arterial ocluvisa nos membros inferiores é responsável, em grande parte, pela incidência aumentada de gangrenas e subseqüente amputação nos pacientes diabéticos (SMELTZER; BARE, 2002). Observa-se que alimentação balanceada, práticas de exercícios físicos, estilo de vida com qualidade, e um acompanhamento e aconselhamento de profissionais capacitados, são agentes importantes aos diabéticos do tipo 2, pois, a consciência do auto cuidado, dever ser muito bem orientada pelos os profissionais de saúde pois é fundamental a terapia dos pacientes (NEVES, 2006).

1.2.3 Diabetes Gestacional

O diabetes mellitus gestacional é uma situação caracterizada por intolerância a glicose, em variados níveis e graus de intensidade, com início ou diagnosticada pela primeira vez na gravidez. Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, recomenda que na primeira consulta do pré-natal, sejam identificadas ou rastreadas todas as gestantes, através de glicemia de jejum, sendo este repetido na vigésima semana. Se a glicemia for superior a 90mg/dL e encontrar-se na faixa entre > 90mg/dL e < 109mg/dL, a gestante deverá ser encaminhada para um teste de sobrecarga de duas horas, com 75g de glicose (GUYTON et all ,2002).

Segundo (RUNNER et all, 2009) o diabetes mellitus gestacional é qualquer grau de intolerância a glicose com o início da gravidez”. Ela se desenvolve durante a gravidez e pode melhorar ou desaparecer após o nascimento do bebê. Embora possa ser temporária, a diabetes gestacional pode trazer danos à saúde do feto e/ou da mãe, e cerca de 20% a 50% das mulheres com diabetes gestacional desenvolvem diabetes tipo 2 mais tardiamente no período pós parto.

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pode causar problemas com na gestação, incluindo macrossomia fetal (peso elevado do bebê ao nascer), malformações fetais e doença cardíaca congênita.

A diabetes mellitus requer supervisão médica cuidadosa durante a gravidez, pois, as malformações cardíacas, no sistema nervoso central e nos músculos esqueléticos, no sistema respiratório podem provocar a morte perinatal, sendo um resultado da má profusão placentária devido a um prejuízo vascular ( DOTE, Aline et al, 2009).

1.3 PLANTAS MEDICINAIS

Ao longo da evolução humana, através de seus traços arqueológicos, seus manuscritos deixados ao longo do tempo, estudos de culturas e civilizações, e ainda o próprio conhecimento da Terra, relatam e são afirmados pelos cientistas a afirmação de uma real convivência entre as plantas e o ser humano (QUEIROZ, 1986). A íntima relação com os reinos vegetal e animal, com a humanidade é algo muito antigo, pois, é sabido que essa relação fora estabelecida desde os anos remotos de sua evolução. (MACHADO, 1945; MATOS, 1985).

A Organização Mundial da Saúde, em 1970, criou o Programa de Medicina Tradicional que recomendou aos estados membros o desenvolvimento de políticas públicas para facilitar a integração da medicina tradicional e da medicina complementar alternativa nos sistemas nacionais de atenção à saúde, com isso promover o uso racional dessa integração (OMS, 2000).

A Declaração de Alma-Ata de 1978, realizada no Cazaquistão (antiga URSS), a OMS, em sua 40ª Assembléia Mundial de Saúde (1987), discutiram sobre a posição a respeito da necessidade de valorizar a utilização de plantas medicinais no âmbito sanitário, considerando que 80% da população mundial utiliza plantas medicinais na preparação para cuidados primários de saúde. Ao lado disso, destaca-se a participação dos paídestaca-ses em dedestaca-senvolvimento nesdestaca-se processo, já que possuem 67% das espécies vegetais do mundo (BIESKI, 2010).

A OMS em sua estratégia global sobre medicina tradicional, complementar e alternativa para o período de 2002-2005, reforçou o compromisso em estimular o desenvolvimento dos fitoterápicos nas políticas públicas e no sistema oficial de saúde dos 191 estados membros (BRASIL, 1981).Após desativação da CEME em 1997, renasce oficialmente em 2006 duas grandes Políticas Nacionais: a de Práticas Integrativas e Complementares no Sistema Único de Saúde (PNPICS) sob a seguinte portaria:

(24)

Plantas Medicinais e Fitoterápicos com a portaria Interministerial nº 2.960, de 9 de dezembro de 2008, das responsabilidades oficiais do Ministério da Saúde (BRASIL, 2006; BRASIL, 2008). Para fortalecer as políticas acima descritas e no intuito de unir ciência e tradição, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), regulamentou com a aprovação da Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) nº 10, publicada em 10/03/2010, a popularização desse conhecimento, visando contribuir para a construção do marco regulatório para produção, distribu ição e uso de plantas medicinais, particularmente sob a forma de drogas vegetais, a partir da experiência da sociedade civil nas suas diferentes formas de organização, de modo a garantir e promover a segurança, a eficácia e a qualidade no acesso as plantas medicinais que totalizaram 66 espécies (ANVISA, 2010).

Considera-se a necessidade de ampliação da oferta(s) de fitoterápicos e de plantas medicinais que atendam às demandas e às necessidades locais, respeitando a legislação pertinente às necessidades do SUS é que o Ministério da Saúde institui oficialmente no SUS a (BRASIL, 2006).

O Brasil é o país da mega diversidade, possuindo 35% das florestas tropicais existentes na Terra, com cerca de 60 mil espécies de plantas superiores. Foram identificadas mais de 3.000 espécies vegetais nativas, com potencial para 10 mil, sendo muitas de interesse econômico como medicinais, oleaginosas, alimentícias, pesticidas naturais e fertilizantes (FERREIRA, 1998).

O imenso e amplo patrimônio genético e sua diversidade etnocultural brasileira têm em mãos a oportunidade para estabelecer um modelo de desenvolvimento próprio e soberano na área de saúde e uso de plantas medicinais e fitoterápicas, pois, o Brasil possui a maior diversidade vegetal do mundo, com cerca de 60.000 espécies vegetais superiores catalogadas (BIESK, 2011), sendo que apenas 8% foram estudadas para pesquisas de compostos bioativos e 1.100 espécies foram avaliadas em suas propriedades medicinais (GUERRA et al., 2001).

O desenvolvimento dos setores de plantas medicinais e fitoterápicos podem se configurar como importante estratégia para o enfrentamento das desigualdades regionais existentes em nosso país, podendo prover a necessária oportunidade de inserção socioeconômica das populações de territórios caracterizados pelo baixo dinamismo econômico e indicadores sociais precários (BRASIL, 2007).

A diversidade dos solos e climas brasileiros muito coopera para a grande variedade de tipos de vegetação e espécies da flora, distribuídas em diversos ecossistemas e biomas por todo o território brasileiro, (BRASIL, 2000).

(25)
(26)

2 METODOLOGIA

Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa e quantitativa, sendo que a pesquisa quantitativa segundo Minayo& Sanches (1993) apud Serapioni (2000), interpreta como uma investigação que atua em níveis de realidade e objetivando trazer à luz dados, indicadores a tendências observáveis. Segundo Maanen (1979) apud Neves (1996) a pesquisa tem como finalidade a tradução e expressão do sentido dos fenômenos do mundo social; e reduzir a distância entre indicador e indicado, entre teoria e dados, entre contexto e ação.

As pesquisas foram realizadas nas Unidades de Saúde (PSF – Programa de Saúde da Família Cohab Tarumã PSF –Programa de Saúde da Família Vila Santa Izabel e PSF – Programa da Família Jardim Presidente - Programa da Saúde da Família Tangara II ,e Programa da Família Shangrilá) de Tangará da Serra e Centro de Apoio Religio so ao Idoso.

No processo de montagem da monografia, foram estudados bibliografias para fundamentação conceitual e científica, através de literaturas especializadas no assunto, e buscas em base eletrônica de dados.

Para Lakatos & Marconi (2001):

...a pesquisa bibliográfica objetiva explicar um determinado assunto, a partir de referências teóricas as quais já foram publicadas. Tendo como objetivo favorecer a integração do pesquisador com tudo ao redor do que é escrito, falado ou filmado para o assunto em questão.

(27)

Os questionários foram aplicados aos idosos, mediante aos que voluntariamente concordaram em participar do estudo monográfico, mediante termo de consentimento livre e esclarecido conforme modelo do comitê de ética da Universidade do Estado de Mato Grosso. Visando ter a percepção da freqüência do uso dos medicamentos para Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus juntamente com plantas medicinais. Os dados foram analisados quali-quantitativamente a partir de tabelas, e análise descritiva, onde foram demonstradas a freqüência do uso das plantas medicinais, com os fármacos anti hipertensos e hipoglicemiantes e as possíveis interações medicamentosas ou ausência de qualquer interação.

Os dados sobre a população foram disponibilizados pelos entrevistados, coletados pela própria entrevistadora acadêmica de Enfermagem da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), Campus de Tangará da Serra, localizado geograficamente a 14º37’10’’ S e 57º29’09’’ W, com altitude média de 321,5 metros. As estimativas populacionais foram obtidas do site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2007).

2.1 ÁREA DE ESTUDO

O município de Tangará da Serra está localizado na região Sudoeste do Estado de Mato Grosso conhecida como Médio Norte à 240 quilômetros da capital de Cuiabá. E localiza-se nas coordenadas geográficas Latitude 14º 04' 38'' S - Longitude 57º 03' 45'' W; a 423 metros acima do nível do mar. As principais atividades econômicas são a pecuária de corte e a agricultura de soja, algodão, café, arroz e cana-de-açúcar (ROSA, 2008).

Tangará da Serra possui uma área de aproximadamente 11.565.976 Km² e uma população de 81.960 habitantes (IBGE, 2009), do quais mais de 90,0% residentes na área urbana. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) em 2000 era de 0,780 (IBGE, 2010).

(28)

igreja Católica do município de Tangara da Serra /M T, e uma população de idosos de 120 indivíduos, que fazem o uso continuo dos medicamentos anti hipertenso e hipoglicemiantes e ainda utilizam plantas medicinais como um agente complementar.

2.2 ANÁLISE DOS DADOS

Uma vez recolhidos os questionários respondidos, os dados amostrais foram tabulados na planilha Excel, logo após, foram calculadas as distribuições das freqüências amostrais e as estatísticas descritivas amostrais de cada variável aleatória, bem como elaborados os gráficos e tabelas correspondentes.

Em cada caso, elaborou-se uma interpretação dos valores amostrais, tanto digitais (estatísticas) como analógicos (gráficos).

(29)

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Figura 1 - Caracterização do gênero dos entrevistados.

Segundo os dados fornecidos pelos idosos das Unidades Básicas de Saúde, verificou-se que as mulheres possuem uma pequena diferença percentual no total de entrevistados verificou-sendo de aproximadamente 16,66% a mais que o dos homens.

Pesquisas comprovam que as mulheres cuidam mais de sua saúde do que os homens, sendo que, os mesmos têm uma media de vida de sete anos a menos do que suas mulheres, explicado a partir de números percentuais que indicam que mais de 60% da população dita idosa é formada por mulheres. Conforme estudos por Camarano et. al (2003), a população de idosos/as no Brasil era de três milhões em 1960 e de 14 milhões em 2002; os estudos estatísticos prevêem um total de 32 milhões de indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos em 2020. Esses estudos também demonstram que, o aumento da idade é proporcional ao número de mulheres nesse segmento da população. Além do mais outros estudos indicam que a “qualidade de vida” dessas idosas não é a mesma, variando, principalmente, em função de conexões com raça e classe social. (REF) Mulheres brancas e de classe média ou alta vivem mais e melhor. Existem mais viúvas do que viúvos, uma situação semelhante à encontrada no grupo estudado. Alguns desses estudos argumentam que os homens morrem mais cedo do que deveriam e não por que as mulheres, biologicamente, estariam capacitadas a viver mais.

Homens Mulheres Total

N° de idosos 50 70 120

% total 41,67 58,33 100

Idosos que associam o uso de plantas medicinais com

medicamentos

16 32 48

% da amostra 33,33 66,67 100

(30)

Além disso, estudiosas como Sônia Correa (2002) afirmam que as mulheres vivem mais, mas não são, necessariamente, mais saudáveis do que os homens que permanecem vivos; ou seja, elas desenvolvem e convivem com variadas “doenças crônicas” nessa etapa de suas vidas, e tais doenças estão profundamente vinculadas com suas condições de vida.

Figura 1 - Faixa Etária da população dos idosos pesquisados.

A Figura 2 apresenta a faixa etária distribuída com maior índice na faixa entre sessenta e seis à setenta e cinco anos, os brasileiros estão vivendo mais.

É o que revela pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estudo mostra que a expectativa média de vida dos brasileiros passou de 70 anos, em 1999, para 73,1 anos em 2009, o que representa um aumento de 3,1 anos em uma década. As mulheres continuam vivendo mais que os homens e o Distrito Federal é o que tem melhores condições para os idosos . (IBGE, 2010)

Diante disso, os resultados obtidos coadunam com a realidade para com o restante do país, onde, nossos idosos estão vivendo mais e a qualidade de vida vem sofrendo um melhoramento após uma postura mais atuante das políticas publicas.

0 10 20 30 40 50 60 70

60-65 anos 66-75 anos acima 76 anos

Faixa etária

(31)

Figura 2 - Distribuição do nível educacional da população pesquisada.

A erradicação do analfabetismo no Brasil ainda é um sonho distante, que deverá esperar por cerca de vinte anos para se concretizar. Essa é uma das conclusões do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) ao analisar os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad 2007) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2010).

Estas informações, segundo análise dos pesquisadores do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, revelam os problemas de acesso à escola sendo um dos fatores de maior relevância na grande parte da população mais velha em sua idade escolar. Conseqüentemente, os dados da pesquisa mostram que os programas de alfabetização de adultos e idosos não estão tendo uma cobertura eficaz, o que torna cada vez mais difícil a erradicação do analfabetismo no Brasil,( IPEA,2011).

Averiguou-se no gráfico que o índice de analfabetos corresponde a um total de vinte e nove pessoas o que corresponde a 21,6% da população estudada, demonstrando a fragilidade educacional dos nossos idosos, ainda observamos que são nas mulheres a maior incidência de analfabetas com um total de dezoitos contra onze dos homens, isso se deve há uma herança socioeconômica e cultural dos pais, onde, as mulheres eram proibidas de estudar e não tinha poder de voto, sabemos que somente após 1932 ano o qual a mulher teve seu direito de voto garantido, ao completa a idade de 21 anos, inclusive a de estudar, iniciou-se sua trajetória de transformação civil.

A transformaçao evolutiva da condição jurídica da mulher foi muito lenta no Brasil, s teve marcos básicos, dentre os quais podemos citar o Estatuto da Mulher Casada, que alterou o Código Civil; a Consolidação das Leis do Trabalho; a Consolidação das Leis da Previdência

Analfabetos Primário completo Primário incompleto Fundamenta l completo Fundamenta l incompleto Médio completo Médio incompleto

Total 29 10 65 3 4 5 4

Mulheres 18 1 29 3 2 4 2

Homens 11 9 36 0 2 1 2

0 10 20 30 40 50 60

(32)

Social e as anteriores Cartas Magnas culminando com a atual Constituição Federal (COELHO, 2005).

Para as mulheres não era permitido estudar nem tão pouco aprender a ler, nas escolas, administradas pela igreja, ensinavam apenas técnicas manuais e domésticas. A ignorância não era uma opção e sim uma condição imposta de forma a mantê-la subjugada privando-as de conhecimentos que lhe permitissem pensar em igualdade de direitos, sendo sua educação focada em apenas para sentir-se feliz e realizada como "mero objeto" porquanto só conhecia e entendia de obrigações.(MELLO, 2005)

As Constituições brasileiras, desde 1824, dispõem sobre o princípio da igualdade. A Constituição de 1891 (art. 72, § 2º): Todos são iguais perante a lei. A República não admite privilégios de nascimento, desconhece foros de nobreza e extingue as ordens honoríficas existentes e todas as suas prerrogativas e regalias, bem como os títulos nobiliárquicos e de conselho. Constituição de 1934 (art. 113, § 1º): Todos são iguais perante a lei. Não haverá privilégios, nem distinções, por motivo de nascimento, sexo, raça, profissões próprias ou do país, classe social, riqueza, crenças religiosas ou idéias políticas. Constituição de 1937 (art. 122, § 1º): Todos são iguais perante a lei. Constituição de 1946 (art. 141, § 1º): Todos são iguais perante a lei. Constituição de 1967 (art. 153): Todos são iguais perante a lei, sem distinção de sexo, raça, trabalho, credo religioso e convicções políticas. O preconceito de raça será punido pela lei. Emenda Constitucional nº 1, de 1969 (art. 153, § 1º): Todos são iguais perante a lei, sem distinção de sexo, raça, trabalho, credo religioso e convicções políticas. Será punido pela lei o preconceito raça

(COELHO, 2005).

“Constituição de 1988 (art. 5º): Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição.”

(33)

Figura 3 - Como são distribuídos os medicamentos nas unidades básicas de saúde do município de Tangara da Serra – MT.

Pesquisas demonstram que a realidade brasileira se resume em quem ganha mais, compra mais medicamentos nas farmácias: 15% A população mais rica (15% da população) consome 48% dos medicamentos; a Classe média (34%) consome 36%; e classe pobre (51%), consomem apenas 16% dos medicamentos vendidos no país, sendo que 50% dos pacientes que precisam de um medicamento não podem comprá-lo. E muitos destes pacientes também não encontram o remédio na rede pública de saúde e, por isso, adoecem ou abandonam o tratamento. Entre 15 e 20% da população não tem acesso a nenhum tipo de medicamento.

Segundo o Consenso Brasileiro de Atenção Farmacêutica, 2002:

os gastos com saúde aparecem em quarto lugar entre os gastos familiares do brasileiro. Ficam atrás apenas dos gastos com habitação, alimentação e transporte. A maior parcela desses gastos é representada pela compra de medicamentos, sendo que esse item chega a comprometer 90% dos gastos em saúde das camadas mais pobres da população.

Enquanto nas últimas décadas nota-se que vários avanços na questão, por exemplo, dos medicamentos antiretrovirais, que são distribuídos gratuitamente aos que necessitam, percebemos grandes dificuldades relacionadas aos medicamentos essenciais a serem utilizados na atenção básica. A disponibilidade e o acesso ao medicamento destinado ao SUS, ainda parece ser de fato, um sério problema do país na questão da saúde publica, (ANVISA, 2010)

A distribuição dos medicamentos nas unidades básicas de saúde no município de Tangara da Serra, onde, foi feita a pesquisa é gratuita, e é ofertado ao paciente os medicamentos somente mediante receita medica. Os medicamentos mais prescritos e utilizados pela população do presente estudo foram:

100 20

Receita Continua Gratuita

(34)

Tabela 1- Medicamentos utilizados na Hipertensão Arterial pela população estudada Nome do Medicamento Nome da Patologia Quantas vezes foi citado Percentual

Captopril Hipertensão 27 22,5%

Enalapril Hipertensão 18 15%

Hidroclorodiazida Hipertensão 16 13.3%

AAS Hipertensão 6 5%

Furosemida Hipertensão 6 5%

Atenolol Hipertensão 3 2.5%

Propanolol Hipertensão 3 2.5%

Nifedipina Hipertensão 2 1.6%

Losartana Hipertensão 1 0.8%

Adipolipim Hipertensão 1 0.8%

Cinarizina Hipertensão 1 0.8%

Alopidina Hipertensão 1 0.8%

Não sabe/Não lembra --- 20 16,76%

A tabela mostra que para Hipertensão Arterial os medicamentos com maior saída é o Captopril, Enalapril, Atenolol, e os Diuréticos Furosemida, Hidroclorotiazida e o anti agregante plaquetario AAS.

No entanto, temos um dado muito relevante e preocupante onde um percentual de 20% da população estudada relata não saber ou não lembrar de quais medicamentos faz uso em seu tratamento diário, independente se faz uso concomitante de plantas medicinais, o que ao longo do tempo poderia agravar ainda mais a situação, se observa um uso indiscriminado de medicamentos podendo ter uma resposta orgânica não favorável ao longo dos anos.

Entende-se através de uma analise perceptiva do cotidiano na área profissional, que, tal situação é devido o grande número de comprimidos e a variedades de medicamentos que o idoso tem que tomar todos os dias, ao saber que é hipertenso, onde, uma nova rotina é estabelecida de uma forma muita das vezes drástica, além do fator psicológico de uma dependência medicamentosa no fim da vida.

(35)

Nome do Medicametno Nome da Patologia Quantas vezes foi citado Percentual

Glibenglamida Diabetes Mellitus 8 6.6%

Metformina Diabetes Mellitus 7 5.8%

Metildopa Diabetes Mellitus 4 3.3%

Insulina Diabetes Mellitus 3 2.5%

Clopropamida Diabetes Mellitus 2 1.6%

Levotiraxina Diabetes Mellitus 2 1.6%

Glimeperida Diabetes Mellitus 1 0.8%

Não sabe/ Não lembra --- 3 2.5%

Nessa tabela percebe-se que os medicamentos com maior índice de saída são os hipoglicemiantes Metformina, Metildopa e Glibenglamida, e um dado relevante é que se comparando com os pacientes hipertensos, os diabéticos estão mais conscientes dos seus medicamentos, pois, apenas um percentual de 3% da população estudada não sabe ou não se lembram dos nomes dos medicamentos que fazem uso.

Entende-se que isso se deve á uma efetiva promoção da saúde realizada pela equipe multiprofissional que atende nas unidades básicas de saúde.

Figura 5 - Profissional que realizou as orientações dos entrevistados.

Nota-se que existe uma esmagadora dominancia da medicina nesses relatos, sendo o profissional que mais realiza as orientações dos medicamentos aos pacientes pesquisados. Entendemos que isso acontece devido uma grande promoção da própria mídia na valorizaçao

115 5

0

0 20 40 60 80 100 120 140

(36)

dessa categoria, onde, vimos diariamente propagandas enfocando a importancia de não tomar nenhum medicamento sem a orientação medica, e ainda o poder de somente essa categoria ter o direito de prescriçao de medicamentos.

Observa-se ainda que apenas um percentuale 5% relata ser o Enfermeiro o promovedor das orientaçoes sobre os medicamentos, um indice muito baixo, devido a localidade pesquisada, pois, sabemos que as unidades basicas de saude são estruturas que tem como foco o promover a saude, sendo assim, uma das atribuiçoes da Enfermagem como um todo é a efetiva e eficaz promoçao dessa saude com qualidade de vida.

Viu-se ainda, que outros profissionais como por exemplo o farmaceutico, se quer é mencionado ou lembrado, pois, sabe-se que dentre os profissionais é a categoria de melhor preparo para realizaçao de tal pratica.

Entende-se que tal fato pode ser modificada pela valorizaçao de cada categoria em fortalecer seus respectivos sindicatos, lutar pelo poder da presciçao de medicamentos, repaldado em conhecimento tecnico e cientifico para o mesmo, e ainda realizar efetivamente a promoçao de saude a sociedade.

Figura 6 - Total dos idosos entrevistados que fazem uso das plantas medicinais das unidades básicas de saúde do município de Tangara da Serra – MT.

O conhecimento sobre plantas medicinais vem se perpetuando na história e são confirmados por vários estudos arqueológicos, antropológicos, documentários, expedições, escritos e manuscritos gravados no tempo que marcam antes da existência da Terra sem o

48

72

Quantos faz uso de plantas

medicinais

(37)

homem, seguindo no tempo da pré-história, idades antiga, média, moderna e idade contemporânea (QUEIROZ, 1986). Desde tempos remotos, o ser humano tem estabelecido íntima relação com os reinos vegetal e animal, com vistas, dentre outros aspectos, ao tratamento de suas enfermidades (MACHADO, 1945).

Com o desenvolvimento da tecnologia aliado ao interesse em se confirmar o conhecimento em medicina popular, as plantas medicinais têm tido seu valor terapêutico pesquisado mais intensamente pela ciência. Os objetivos desse estudo foram verificar o conhecimento e o uso popular de plantas medicinais,e identificar meios de obtenção e de utilização, pois, é sabido que cerca de 40 plantas foram citadas pelo conjunto dos entrevistados.

Acredita-se que os profissionais de saúde da família, em especial os enfermeiros atuando localmente, devem estar mais bem preparados para lidar com o uso popular de plantas medicinais, esclarecendo aos usuários a forma correta de preparo e armazenagem das plantas, obtendo assim resultados satisfatórios nos tratamentos.

Observa-se nessa tabela os nomes relatados, nomes cientificos das ervas utilizadas e para qual doença.

Tabela 3 - Identificação individual dos sujeitos e os relatos das plantas utilizadas e as patologias em questão.

Sujeito Nome da Planta Nome Científico Patologia

1 Melão São Caetano Momordica charantia Hipertensão

2 Cidreira/Broto de Cana e folha de chuchu

Cymbopogo n citratus/ Saccharum officinarum/ Sechium

edule swart

Hipertensão

3 Farinha de Berinjela Solanum melongena Diabetes

4 Camomila Matricaria recutita Diabetes

5 Folha de Insulina/Folha de Mamão granatum/ Carica papaya Cissus sicyoides /Punica Hipertensão/Diabetes 6 Folha de Mamão/Casca de Romã Punica granatum/ Hipertensão/Diabetes

7 Cidreira Cymbopogo n citratus Hipertensão

8 Capim Santo Cymbopogo n citratus Hipertensão

9 Alecrim/Hortelã Lippia sidoides/ Mentha x

piperita Hipertensão

(38)

12 Carqueja Baccharis trimera Hipertensão/Diabetes

13 Alho com Limão Allium sativum Hipertensão

14 Camomila/Folha de Maracujá/Cidreira

/ Matricaria recutita/ Passiflora ymbopogon

citratus Hipertensão

15 Santo/Alecrim/Cidreira/AlfavaCapim ca

Cymbopogo n citratus/ Lippia sidoides/Medicago

sativa/Ocimum basilicum

Hipertensão 16 Folha de Limão/Limão com alho Allium sativum Diabetes

17 Cidreira Cymbopogon citratus Hipertensão

18 Cidreira Cymbopogo n citratus Hipertensão

19 Cidreira Cymbopogon citratus Hipertensão

20 Carambola/Pata de vaca Averrhoa uhinia forficata carambola L/Ba Hipertensão/Diabetes

21 Nos moscada Myristica fragans Hipertensão

22 Cidreira/Hortelã Cymbopogo n citratus/ Mentha x piperita Hipertensão 23 Folha da Abobora/Cidreira Cucurbita pepo/ citratus Cymbopogo Hipertensão 24 Melão São Caetano/Cidreira Cymbopogo n citratus Momordica charantia/ Diabetes 25 Alecrim/Hortelã/Capim Cidreira

Lippia sidoides / Mentha x Piperita/ Cymbopogo n

citratus Hipertensão

26 Cidreira Cymbopogo n citratus Hipertensão

27 Cidreira/Camomila/Capim Santo Cymbopogo n citratus/ Matricaria recutita / Cymbopogon citratus

Hipertensão

28 Cidreira Cymbopogo n citratus Hipertensão

29 Cidreira Cymbopogo n citratus Hipertensão

30 Pau do índio/Melão São Caetano /Momordica charantia Hipertensão

31 Carqueja Baccharis trimera Hipertensão

32 Hortelã/Capim Cidreira / Cymbopogo n citratus Hipertensão 33 Flor de Coloral/Flor de Mamão Bixa orellana L/ Carica papaya Hipertensão/Diabetes 34 Folha de Maracujá/Cidreira Passiflora / Cymbopogo n citratus Hipertensão

35 Não Lembra Diabetes

36 Carqueja/Farinha de Banana Nanica Baccharis trimera Diabetes

37 Alfazema Lavandula sp Hiperensão

38 Unha de vaca Prunus sellowii Diabetes

39 Fedegoso/Alho com Limão Allium sativum Hipertensão

40 Não Lembra Hipertensão

(39)

Diabetes

42 Jamelão Syzygium cumini Diabetes

43 Doradinha/carqueja/chapeu de couro

Waltheria indica L. /Baccharis trimera/Echinodorus

macrophyllus

Hipertensão/Diabet es

44 Folha do chuchu/cidreira/folha de anador

Sechium edule swart/Cymbopogo n citrates/ Psidium guajava

Hipertensão

45 Jamelão Syzygium cumini Diabetes

46 Babosa/Alecrim Aloe vera/Lippia sidoides Hipertensão

47 Chá de alho Allium sativum Hipertensão

48 Cidreira Cymbopogo n citratus Hipertensão

Nessa tabela observa-se os relatos dos 48 individuos sobre os nomes das erva medicinais utilizadas, a melhoria sentida e o real principio ativo das plantas.

Tabela 4 - Plantas utilizadas, melhorias relatadas e o principio ativo das ervas. Sujeito Nome da Planta Melhoria Relatada Função do Princípio Ativo

1 Melão São Caetano Mais calmo Hipoglicemiantes e diuretico

2

Cidreira/Broto de Cana e folha de

chuchu

Mais Leve, Menos Fraquezas

Chuchu=Diurético, cardiotônico, hipotensor e antidiabético

Cidreira= 3 Farinha de Berinjela

Menos Soneira, Menos Suor

hipercolesterolémia

4 Camomila Mais Calmo

Reguladora das funções gastro-intestinais e sedativo. Antiespasmódica, anti-helmíntica,

anti-séptica, antimicrobiana, analgésica.

5 Insulina/Folha de Folha de Mamão

Menos

tontura Folha de insulina=hipoglicemiante

6 Mamão/Casca de Folha de Romã

Nada Roma=Vermífuga, adstringentes e diuréticas

(40)

antialérgico, carminativo, hipotensor, nervino, sudorífero,

tônico geral, antiespasmódico, bálsamo cardíaco, antidisentérico,

antivômitos.

8 Capim Santo Sentiu

melhor

Rejuvenescedora, calmante, revitalizante, antidepressivo,

antialérgico, carminativo, hipotensor, nervino, sudorífero,

tônico geral, antiespasmódico, bálsamo cardíaco, antidisentérico,

antivômitos.

9 Alecrim/Hortelã Mais Calmo

Hortela= Antifungica, antiinflamatória, analgésica, anestesica e antiespasmódica.

Calmante e digestivo

10 Alecrim/Erva Cidreira Nervoso Menos

Rejuvenescedora, calmante, revitalizante, antidepressivo,

antialérgico, carminativo, hipotensor, nervino, sudorífero,

tônico geral, antiespasmódico, bálsamo cardíaco, antidisentérico,

antivômitos.

11 Folha de Carambola Nada Diurpetico

12 Carqueja Mais Calmo, Mais apetite

É diurética, depurativa e muito rica em ferro e estimulante para a

digestão.

13 Alho com Limão Nada

Alho= (óleo ou infusão) para combater insônia, hipertensão, tuberculose, resfriados, feridas

infecciosas, ácido úrico arteriosclerose. É antibiótico e antisséptico e contra-indicado para

pessoas com pressão baixa

14 Camomila Mais Calmo

Reguladora das funções gastro-intestinais e sedativo. Antiespasmódica, anti-helmíntica,

anti-séptica, antimicrobiana, analgésica.

15 Maracujá/Cidreira Folha do Mais Calmo

Maracuja=Sedativa, antiespasmódica, sonfífera,

tonificante, refrescante

16 Santo/Alecrim/CidreirCapim a/Alfavaca

Mais calmo, Mais sono

Alegrim=Diurético, antimicrobiano, cicatrizante,

(41)

digestivo, antiespasmódico, anti-reumático.

Alfavaca= Analgésico, diurético (frutos) e antiespasmódico.

17

Folha de Limão/Limão com

alho

Mais Calmo, Menos estressado

Alho= (óleo ou infusão) para combater insônia, hipertensão, tuberculose, resfriados, feridas

infecciosas, ácido úrico arteriosclerose. É antibiótico e antisséptico e contra-indicado para

pessoas com pressão baixa

18 Cidreira Mais Calmo

Rejuvenescedora, calmante, revitalizante, antidepressivo,

antialérgico, carminativo, hipotensor, nervino, sudorífero,

tônico geral, antiespasmódico, bálsamo cardíaco, antidisentérico,

antivômitos.

19 Cidreira Mais Calmo

Rejuvenescedora, calmante, revitalizante, antidepressivo,

antialérgico, carminativo, hipotensor, nervino, sudorífero,

tônico geral, antiespasmódico, bálsamo cardíaco, antidisentérico,

antivômitos.

20 Carambola/Pata de vaca Mais xixi

Pata de Vaca=É empregada nos tratamentos da diabetes. A casca é

indicada para diabetes e as folhas como diurético.

21 Noz moscada Arrota mais Estimulante

22 Cidreira/Hortelã Nada

Rejuvenescedora, calmante, revitalizante, antidepressivo,

antialérgico, carminativo, hipotensor, nervino, sudorífero,

tônico geral, antiespasmódico, bálsamo cardíaco, antidisentérico,

antivômitos.

23 Abobora/Cidreira Folha da Mais Calmo Abobra=Adstringente, laxante, diurética, alcalinizante 24 Melão São Caetano Mais Calmo Hipoglicemiantes e diuretico

25 Capim Cidreira Mais

Tranquilo

Rejuvenescedora, calmante, revitalizante, antidepressivo,

antialérgico, carminativo, hipotensor, nervino, sudorífero,

Imagem

Figura  1 - Caracterização  do  gênero dos  entrevistados.
Figura  1 - Faixa  Etária  da  população  dos idosos  pesquisados.
Figura  2 - Distribuição  do  nível  educacional  da  população  pesquisada.
Figura  3 - Como  são distribuídos  os medicamentos  nas unidades  básicas de saúde  do  município  de  Tangara  da  Serra – MT
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Referências

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