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(1)UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE EMÍLIO BERTHOLDO NETO. SISTEMAS DE TECNOLOGIAS URBANAS COLABORATIVAS OS CASOS DA REDE FAB LAB LIVRE SP E DO MOBILAB. SÃO PAULO 2017.

(2) EMÍLIO BERTHOLDO NETO. SISTEMAS DE TECNOLOGIAS URBANAS COLABORATIVAS OS CASOS DA REDE FAB LAB LIVRE SP E O MOBILAB. Dissertação apresentada ao programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre. ORIENTADOR: Prof. Dr. Carlos Leite de Souza. SÃO PAULO 2017.

(3) B542s Bertholdo Neto, Emilio Sistemas de tecnologias colaborativas urbanas: os casos da rede Fab Lab Livre SP e do MobiLab / Emilio Bertholdo Neto. – 2018. 247 f. : il. ; 30 cm. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) - Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2018. Orientador: Carlos Leite de Souza Bibliografia: f. 150-160. 1. Cidades inteligentes.. 2. Políticas públicas.. 3. Tecnologia de. baixo custo. 4. Redes e compartilhamento. I. Souza, Carlos Leite de, orientador. II.Título.. Bibliotecária Responsável: Marta Luciane Toyoda – CRB 8/ 8234.

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(5) O que produz a mudança social é um sentimento de algo insuportável, ou seja, uma forte indignação sobre uma questão local. (Manuel Castells).

(6) AGRADECIMENTOS. A Pedro de Paula e a Hannah Machado, membros da equipe local da Iniciativa Bloomberg para Segurança Global. A Carlos Leite, por me guiar durante essa jornada apontando sempre o melhor caminho e provendo as. no Trânsito, pelas informações valiosas e pelas entrevistas concedidas.. ferramentas necessárias para a construção do conhecimento. À Secretaria Municipal de Inovação e Tecnologia, às. e me ensinar a ser um pesquisador, me assistindo em todos. unidades dos Fab Labs e seus técnicos, sempre dispostos a. os momentos de necessidade.. contribuir.. Ao professor Dr. Charles Vincent e Dr. Renato. A Luiz Otávio Miranda, do Instituto de Tecnologia. Cymbalista, pelas importantes contribuições feitas durante as. Social, à EMEF Campos Salles e seus professores e ao CEU. bancas de qualificação e examinadora.. Heliópolis, por toda a contribuição rica em informações e. Ao prof. Dr. Ciro Biderman, por toda a assistência dada no decorrer desta pesquisa, pela disposição em conceder as. dados concedidos que possibilitassem a estruturação da pesquisa.. entrevistas e o entusiasmo por apresentar o modelo MobiLab,. Ao professor da FAU USP Dr. Paulo Eduardo Fonseca. transmitindo um pouco de suas paixões em relação ao. Campos pelas contribuições dadas ao trabalho e pela. projeto. Agradeço, também, pelas importantes contribuições. conversa. feitas durante as bancas de qualificação e examinadora.. desenvolvimento dessa pesquisa.. esclarecedora. que. contribuiu. para. o. A Daniela Swiatek e Rafael Tartaroti, do MobiLab, pela. Aos meus amigos e família por toda a compreensão. disponibilidade e disposição em conceder as informações. durante o período de adaptação e desenvolvimento da. essenciais e cruciais para esta pesquisa, bem como pela. pesquisa.. abertura para consultas posteriores, muito importantes para o desenvolvimento da dissertação.. Por fim, à Universidade Presbiteriana Mackenzie e aos seus professores, pelos debates e conversas que de alguma forma contribuíram para enriquecer essa experiência..

(7) RESUMO O presente trabalho consiste na análise do conceito de cidade inteligente com foco em processos de produção de tecnologias urbanas colaborativas e gestão participativa da cidade tendo como principais modelos o MobiLab e a Rede de Fab Lab Livre SP. A escolha dos dois objetos visou a compreender a emergência políticas públicas tendo as redes como agenciador das relações e das etapas de desenvolvimento. A pesquisa utilizou métodos quantitativos e qualitativos, como a metodologia de análise de estudo de caso, entrevistas exploratórias, semiestruturadas, observação participante e análise de banco de dados. Para isso, recorreuse a entrevistas com usuários e demais interlocutores, questionário semi-estruturado para o público do MobiLab e análise das bases de dados do sistema gestor do Fab Lab Livre SP. Os dados coletados, embasaram as análises estatísticas que compõem a pesquisa e deram corpo a avaliação dos casos analisados. Palavras-chave: Cidades Inteligentes. Políticas Públicas. Gestão participativa. Tecnologia de Baixo Custo. Redes e compartilhamento.. ABSTRACT The work consists in a study about the concept of smart cities by emphasizing the processes of developing cooperative urban technology and inclusive city management represented by the main studied cases the MobiLab and Fab Lab Livre SP Network. The choices of those two research objects relies on the will to understand the emergency of theses public policies that enables the developing of intelligence allowing a popular network to be held responsible to encourage the involvement during the current stage. The research deployed quantitative and qualitative methods as case study methodology, exploratory and semi-structured interview, participant observation and database analysis. In order to gather enough data to support the analysis the research was structure through interviews with the users and other important players, semi structured questionnaire with MobiLab Users and data analysis from management system database from Fab Lab Livre SP. Those data were the groundwork for the statistics that shaped the appraisal to the cases studied. Key-words: Smart Cities. Public Policies. Inclusive Public Management. Low Cost Technology. Network and sharing..

(8) Lista de Ilustração Figura 1 - Comércio em praça medieval, séculos XII e XIII. Fonte: www.históriadigital.org ............................................................... 13 Figura 2 - Foto criada por Paul Butler para demonstrar o potencial do facebook em conectar pessoas ao redor do mundo. Imagem: Paul Butler. Fonte: www.tecnologia.uol.com.br .................................................................................................................................. 16 Figura 3 - modelo de xícara personalizável capturada em Rhinoceros para teste e exemplificação sobre open design e parâmetros para replicar o modelo em outros laboratórios da rede, desenho original de José Buzon. Fonte: NEVES, 2014, p.60. .................... 22 Figura 4 - visualização das xícaras produzidas pelos colaboradores participantes do experimento - imagem Yolanda Guerrero, Fonte: NEVES, 2014, p. 62. ............................................................................................................................................................... 23 Figura 5 - Interface Organicity - Fonte: Fab Lab Barcelona ............................................................................................................... 28 Figura 6 - Processo de cocriação Organicity- Fonte: Fab Lab Barcelona .......................................................................................... 28 Figura 7 - Cidades inteligentes Songdo, Coreia do Sul e Masdar, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, respectivamente. 31 Figura 8 - Localização Garoa Hacker Clube Fonte: GoogleMaps ...................................................................................................... 33 Figura 9 - Entrada Garoa Hacker Clube e planta da edificação. Fonte: Garoa hacker Clube ........................................................... 33 Figura 10 - projetos desenvolvidos pelo Garoa Hacker Clube: cubo de iluminação em LED e Purpurina Megazord Fonte: Garoa Hacker Clube...................................................................................................................................................................................... 35 Figura 11 - Localização MobiLab e Fachada do edifício da SPTrans e sede do laboratório. Fonte: GoogleMaps ............................ 38 Figura 12 - Manifestações sobre o passe livre em junho de 2013. Fonte: www.orientemidia.org ..................................................... 40 Figura 13 – Espaço do MobiLab na Rua Boa vista n°136. ................................................................................................................. 42 Figura 14 – Etapas iniciais para a utilização do aplicativo cadê o ônibus. A esq. a tela de abertura do aplicativo para seleção de modo de entrada. Ao centro o mapa para escolha da localização baseado nos locais em que está disponível. A dir. a tela de escolha do avatar. Imagens extraídas do aplicativo. Fonte: arquivo pessoal ..................................................................................... 43.

(9) Figura 15 – Processo de busca de linhas de ônibus. A esq. a tela inicial com as informações padrão. Ao centro a forma de apresentação das linhas disponíveis de acordo como destino. A esq. tela de acompanhamento dos ônibus na linha selecionada. Imagens extraídas do aplicativo. Fonte: Arquivo pessoal .................................................................................................................. 44 Figura 16 – Telas de indicadores. A esq. tela para reporte de acordo com a linha selecionada. Ao centro indicador de acompanhamento de deslocamento via GPS (em cinza) e indicador de característica reportada pelo usuário (círculo vermelho). Imagens extraídas do aplicativo. Fonte: Arquivo pessoal. ................................................................................................................. 45 Figura 17 – Apresentação das telas de informações quanto ao mapa metropolitano, imagem a esquerda e ao centro. A dir. informações quanto a situação dos trilho e notícias do metrô e CPTM. Imagens extraídas do aplicativo. Fonte: Arquivo pessoal. .. 46 Figura 18 - Hackatona do ônibus. Foto: Fernando Pereira/ Secom, prefeitura de São Paulo. .......................................................... 50 Figura 19 – Peça de comunicação para o concurso de projetos. ....................................................................................................... 55 Figura 20 - Tabela com valores dos termos de referência por solução tecnológica. Fonte: MobiLab. ............................................... 59 Figura 21 - Comissão de avaliação do concurso de projetos. Fonte: mobilab.prefeitura.sp.gov.br................................................... 59 Figura 22 – Régua de satisfação dos participantes do concurso de projetos Fonte: Arquivo pessoal ............................................... 66 Figura 23 - Startups participantes do primeiro programa de residência do MobiLab.. Fonte:. mobilab.prefeitura.sp.gov.br ............................................................................................................................................................... 67 Figura 24 - Peça de comunicação da startup ParkNet. Fonte: mobilab.prefeitura.sp.gov.br .............................................................. 71 Figura 25 - Apresentação do aplicativo desenvolvido pela ParkNet para encontrar vagas de estacionamento para idosos e deficientes em São Paulo. Fonte: mobilab.prefeitura.sp.gov.br ........................................................................................................ 72 Figura 26 - Etapas iniciais para a utilização do aplicativo ParkNet. A esq. a tela de abertura do aplicativo para seleção de modo de entrada. Ao centro configurações iniciais para a busca de vagas. A dir. tela principal. Fonte: arquivo pessoal ................................ 72 Figura 27 – Telas de cadastro para utilização do aplicativo. A esq. tela de complemento de informações e seleção do cadastro de veículos. A dir. Tela para cadastro do veículo utilizado. Imagens extraídas do aplicativo. Fonte: Arquivo pessoal ........................... 74.

(10) Figura 28 – Etapas de inserção de vagas novas. As etapas estão dispostas em ordem da esquerda para a direita. Imagens extraídas do aplicativo. Fonte: Arquivo pessoal. ................................................................................................................................ 75 Figura 29 – gráfico de pontuação do laboratório baseado nas menções dadas pelos participantes do programa sendo: 1insatisfatório; 2- pouco satisfatório; 3- satisfatório; 4- muito satisfatório; 5- extremamente satisfatório. ............................................ 79 Figura 30 - Régua de satisfação dos participantes do programa de Residência 1.0 e 2.0 Fonte: Arquivo pessoal ........................... 79 Figura 31 - Peças produzidas pelos usuários do Fab Lab Heliópolis Fonte: Arquivo pessoal ........................................................... 83 Figura 32 - Infográfico síntese dos objetivos principais de um Fab Lab. (NEVES, 2013) .................................................................. 85 Figura 33- Prateleira customizada desenvolvida pelos usuários do Fab Lab Livre SP - Heliópolis Fonte: Arquivo pessoal. ............ 86 Figura 34 - kit smart citizen Fonte: Fab Lab Barcelona ...................................................................................................................... 87 Figura 35 - Placa e sensores smart citizen Fonte: Fab Lab Barcelona. ............................................................................................. 87 Figura 36 - Interface para acompanhamento das informações do smart citizen por plataforma web Fonte: Fab Lab Barcelona ..... 88 Figura 37 – Número de Fab Labs cadastrados de acordo com os dados disponíveis no site da Fab Foundation e agrupados por continente. .......................................................................................................................................................................................... 89 Figura 38 - Fab Lab São Paulo Fonte: DigiFab USP .......................................................................................................................... 90 Figura 39 - Crianças desenvolvendo testes de prototipagem no 1° Fab Lab Kids Fonte: Fab Lab Barcelona. .................................. 90 Figura 40 - Imagem de desenho sobre proposta de projeto para Fab Lab Kids Brasil Fonte: Heloisa Neves ................................... 91 Figura 41 - Protótipo finalizado na projeto Fab Lab Kids Brasil Fonte: Heloisa Neves....................................................................... 91 Figura 42 - Mapa com a localização dos 12 laboratórios da rede Fab Lab Livre SP.. Fonte: Desenvolvido. pelo autor. .......................................................................................................................................................................................... 98 Figura 43 - lotes 1 e 2 dos laboratórios previstos em edital. Fonte: SMIT/SP .................................................................................. 100 Figura 44 - Imagem de sala de computadores de um grande laboratório da rede Fab Lab Livre SP (Fab Lab Heliópolis) Fonte: Arquivo Pessoal ............................................................................................................................................................................... 100.

(11) Figura 45 - Sala de prototipagem e fabricação digital do Fab Lab Livre SP - Heliópolis Fonte: Arquivo Pessoal ............................ 101 Figura 46 - Sala de impressão do Fab Lab heliópolis Fonte: Arquivo Pessoal ................................................................................ 102 Figura 47 - Impressora 3D padrão para os laboratórios da Rede Fab Lab Livre SP –Heliópolis Fonte: Arquivo Pessoal. .............. 102 Figura 48 - Indicadores analisados na pesquisa Connected Smart Cities, divulgada em 2016 pela Urban Systems. Fonte: Urban Systems, p. 9, 2016.......................................................................................................................................................................... 103 Figura 49 - Indicadores nos quais São Paulo alcançou uma das 10 primeiras posições com a colocação. Fonte: Urban Systems, 2016, p.42. ....................................................................................................................................................................................... 103 Figura 50 - - Comparativo de público em todas as atividades nos 12 laboratórios nos 23 meses de operação até agosto de 2017. Fonte: Desenvolvido pelo autor ........................................................................................................................................................ 110 Figura 51 - Gráfico de visitação considerando o período de março, 2016 a agosto, 2017. A seleção do período inferior aos 23 meses de operação se deu pelo motivo da não contabilização da meta nos 3 primeiros meses e para considerar o período de funcionamento até agosto de 2017. Fonte: Desenvolvido pelo autor. .............................................................................................. 110 Figura 52 - Comparativo de público em igual período 2016/2017, considerando os 12 laboratórios da rede até agosto de 2017. Fonte: Desenvolvido pelo autor ........................................................................................................................................................ 111 Figura 53 - Gráficos de público por atividade até agosto de 2017. Fonte: Desenvolvido pelo autor ................................................ 112 Figura 54 - Raio de influência dos laboratórios centrais. Fonte: Desenvolvido pelo autor ............................................................... 113 Figura 55 - Percentual de público por atividade até agosto de 2017. Fonte: Desenvolvido pelo autor ............................................ 114 Figura 56 - comparativo de desempenho entre lotes até agosto de 2017. Fonte: Desenvolvido pelo autor .................................... 115 Figura 57 - palestra sobre drones. Chácara do Jockey, no arduino day 01-04 com José Roberto Tridente, Carlos Candido e o técnico Lucas Schlosinski. Foto - Ana Carolina Nicolay. Fonte: fablab.itsbrasil.org.br ................................................................... 117 Figura 58 – Gráfico de pirâmide etária dos usuários cadastros em alguma atividade até agosto de 2017.. Fonte:. Desenvolvido pelo autor ................................................................................................................................................................... 118.

(12) Figura 59 – Grau de escolaridade dos usuários cadastros no sistema até agosto de 2017. Fonte: Desenvolvido pelo autor ........ 119 Figura 60 – Percentual de usuários cadastros até agosto de 2017, sendo R=4km. Fonte: Desenvolvido pelo autor ...................... 120 Figura 61 – Mapa de calor sobre a origem de usuários dos 12 laboratórios de acordo com cadastro até agosto de 2017. Fonte: Emílio Bertholdo Neto e Luana Rios. ............................................................................................................................................... 121 Figura 62 - Dona Amélia, moradora do Jardim Romano, que tem desenvolvido ferramentas assistivas para auxiliar com sua dificuldade motora – Foto: Andrew dos Santos. Fonte: fablab.itsbrasil.org.br ................................................................................ 124 Figura 63 - Projeto de empreendedorismo, desenvolvimento de mesa e cadeira para crianças de dois a quatro anos no Fab Lab Livre SP - CEU Três Pontes - Foto: Thiago Galassi. Fonte: fablab.itsbrasil.org.br ......................................................................... 126 Figura 64 – Projetos publicados no repositório on-line até agosto de 2017. Todas as áreas. Fonte: Desenvolvido pelo autor ...... 128 Figura 65 - Top 3 laboratórios com maior número de publicações no repositório online até agosto de 2017. Fonte: Desenvolvido pelo autor ......................................................................................................................................................................................... 128 Figura 66 – Áreas temáticas com mais de 10 publicações no repositório online até agosto de 2017. Fonte: Desenvolvido pelo autor ......................................................................................................................................................................................................... 129 Figura 67 - Kit de refeição para pessoas com déficit motor desenvolvido por Matheus Ramassini da Silva.. Fonte:. fablab.itsbrasil.org.br ........................................................................................................................................................................ 133 Figura 68 – Percentual de projetos cadastros por laboratório, exceto reprovados até agosto de 2017.. Fonte: Desenvolvido. pelo autor ......................................................................................................................................................................................... 134 Figura 69 - Status de projetos cadastrados até agosto de 2017 em todas as áreas.. Fonte: Desenvolvido. pelo autor ......................................................................................................................................................................................... 135 Figura 70 - Perfil dos projetos para a área de arquitetura e urbanismo até agosto de 2017. Fonte: Desenvolvido pelo autor ....... 137 Figura 71 – Projetos inscritos por área temática até agosto de 2017. Fonte: Desenvolvido pelo autor ........................................... 138 Figura 72 - Gráfico com o índice de usuários que retornaram após executar suas maquetes Fonte: Desenvolvido pelo autor. ..... 139.

(13) Figura 73 – Tipo de projeto cadastrado para os usuários que retornaram após a execução dos projetos de maquetes até agosto de 2017. Fonte: Desenvolvido pelo autor .............................................................................................................................................. 139 Figura 74 - Localização do Fab Lab Livre SP - Heliópolis (em cima); Imagem da fachada do laboratório (embaixo) (Fonte Google Maps; Arquivo pessoal ..................................................................................................................................................................... 141 Figura 75 - Atividade para elaboração de brinquedos para o CEU Heliópolis pelos alunos da EMEF Campos Sales em 28/10/2017 – Foto: Fab Lab Heliópolis................................................................................................................................................................ 141 Figura 76 - Brinquedos produzidos pelos alunos da EMEF Campos Sales para o CEU Heliópolis em parceria com a unidade em Heliópolis – Fonte: Arquivo Pessoal ................................................................................................................................................. 142 Figura 77 - Área selecionada para a intervenção de revitalização de áreas verdes Fonte: Arquivo pessoal. .................................. 143 Figura 78 - Mobiliários produzidos pelos alunos para o projeto de revitalização de áreas verdes Fonte: Arquivo pessoal ............. 143.

(14) API: Interface de Programação de Aplicações, 36. FMU: Faculdades Metropolitanas Unidas, 111. AVC: Acidente Vascular Cerebral, 130. GPS: Sistema de Posicionamento Global, 36, 42, 43, 44, 46,. CBA: Center of Bits and Atoms, 80. 71, 75. CCCT: Centro Cultural Cidade Tiradentes, 113, 120. ITS: Insituto de Tecnologia Social, 98. CCSP: Centro Cultural São Paulo, 111, 119, 157. MIT: Massachussets Institute of Technology, 80. CEP: Código de Endereçamento Postal, 116, 119. Mobi Lab: Laboratório de Mobilidade Urbana e Protocolos. CET: Companhia de Engenharia do Tráfego, 36, 53, 58, 69,. Abertosde São Paulo, 22. 70, 74. NSF: National Science Foundation, 80. CEU: Centro Educacional Unificado, 101. RPG: Role Playing Game, 127. CGM: Controladoria Geral do Município de São Paulo, 39. São Paulo Transportes S/A, 36. CNC: Comando Numérico Computadorizado, 80, 92. SECOM: Secretaria Espacial de Comunicação Social, 39. CNPQ: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e. SES: Secretaria de Serviços, 98. Tecnológico, 102. SMIT: Secretaria Municipal de Inovação e Tecnologia, 95. DIY: Do It Yourself - Faça você mesmo, 84. SMRIF: Secretaria Municipal de Relações Internacionais, 39. Fab Lab: Laboratório de Fabricação Digital, 22. SMT: Secretaria Municipal de Transportes, 36. FAB LAB: Laboratório de Fabricação Digital, 1, 2, 80, 91, 95. SPNegócios: São Paulo Negócios, 66. Fab Lab livre SP: Rede Pública de Laboratórios de. TI: Tecnologia da Informação, 60. Fabricação Digital, 22. TIC: tecnologia de informação e comunicação, 8. FAUUSP: Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da. TICs: Tecnologias de Informação e Comunicação, 12, 15, 16,. Universidade de São Paulo, 91. 19, 24; Tecnologias de Inofrmação de Comunicação, 8. FGV: Fundação Getúlio Vargas, 39. UNIP: Universidade Paulista, 111.

(15) SUMÁRIO INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................................................... 1 1.. CONCEITUAÇÃO: SISTEMAS DE TECNOLOGIAS URBANAS COLABORATIVAS ...................................................... 9. 1.1.. AS CIDADES EM REDE: FUSÃO ENTRE O MUNDO FÍSICO E O VIRTUAL ............................................................ 15. 1.2.. OPEN DESIGN E O COMPARTILHAMENTO DE SOLUÇÕES ................................................................................. 20. 1.3.. DO LOCAL AO GLOBAL: COMPARTILHAMENTO DE SOLUÇÕES EM REDE ........................................................ 25. 1.4.. AS POSSIBILIDADES DE UMA CIDADE INTELIGENTE .......................................................................................... 29. 2.. O MOBILAB SÃO PAULO ............................................................................................................................................... 37. 2.1.. A HACKATONA DO ÔNIBUS .................................................................................................................................... 40. 2.2.. O CONCURSO DE PROJETOS ................................................................................................................................ 55. 2.3.. O PROGRAMA DE RESIDÊNCIA ............................................................................................................................. 67. 3.. A REDE PÚBLICA DE LABORATÓRIOS DE FABRICAÇÃO DIGITAL DE SÃO PAULO – FAB LAB LIVRE SP ........ 82. 3.1.. O SURGIMENTO DO CONCEITO DE FAB LAB........................................................................................................ 82. 3.2.. REGRAS PARA MONTAR UM FAB LAB ................................................................................................................... 91. 3.3.. OS MODELOS DE FAB LABS ................................................................................................................................... 96. 3.4.. FAB LAB LIVRE SP ................................................................................................................................................... 97. 4.. PESQUISA DE AVALIAÇÃO DO FAB LAB LIVRE SP ................................................................................................ 108. 4.1.. ANÁLISE DAS METAS E EVOLUÇÃO DOS LABORATÓRIOS............................................................................... 108. 4.2.. PERFIL DOS LABORATÓRIOS E ANÁLISE DE PÚBLICO ..................................................................................... 116.

(16) 4.3.. A LÓGICA DO COMPARTILHAMENTO .................................................................................................................. 125. 4.4.. A PRODUÇÃO DE INTELIGÊNCIA POR PROJETOS. ........................................................................................... 132. 4.5.. O PERFIL DOS PROJETOS.................................................................................................................................... 136. 5.. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................................................... 146. REFERÊNCIAS ..................................................................................................................................................................... 152 ANEXO A – ENTREVISTAS................................................................................................................................................... 165 ANEXO B – TABELAS BASE PARA OS GRÁFICOS ............................................................................................................. 233 ANEXO C – FORMULÁRIOS DE ENTREVISTAS .................................................................................................................. 246 ANEXO D – LISTA DE CURSOS OFERTADOS .................................................................................................................... 250.

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(18) público, dentro de um regime top-down (de cima para baixo),. INTRODUÇÃO. em que o cidadão, em um comportamento passivo, precisa TOWNSEND (2013) define as cidades inteligentes como um sistema urbano centrado em pessoas (user centered) interagindo com a tecnologia, de modo a catalisar o desenvolvimento sustentável e econômico.. aceitar as intervenções no meio, se mostra pouco eficaz, conforme afirmam RUIZ e TIGRE (2015). Segundo os autores, a integração entre os movimentos bottom-up (de baixo para cima), através de demandas e. O modelo é visto pelo autor como um modelo de. possibilidades de melhoria apontadas pela população, e o. cidade que garante qualidade de vida e eficiência no uso das. top-down, nessa pesquisa, representado pela influência do. redes de infraestrutura que dão suporte ao cotidiano em. poder público, por deter o poderio econômico e financeiro. ambientes urbano, favorecendo a capacidade de as cidades. para dar escala as soluções produzidas, têm se consolidado. se adaptarem as adversidades e as mudanças.. como movimentos complementares com resultados mais. O avanço das tecnologias e sua relevância na dinâmica. satisfatórios do que quando acontecem isoladamente.. das cidades fomentou grande interesse pelo estudo das. Nesse contexto, a cidade assume o papel de meio para. cidades inteligentes, que ao longo do tempo, assumiu uma. a atuação dos diversos atores, capazes de alterar sua. conotação mercantil pelo interesse do mercado em produzir. realidade, propor ideias e agregar inteligência, a fim de. soluções que poderiam funcionar para “todas as cidades”,. melhorar a vida no meio urbano possibilitando a emergência. desconsiderando. de soluções inovadoras produzidas de maneira democrática. duas. questões. primordiais. na. sua. consolidação: o capital humano e a individualidade de cada aglomeração urbana, como afirmam SANTAELLA (2016) e SASSEN (2001).. (CASTANHEIR, 2015; JOHNSON, 2012). Segundo RUIZ e TIGRE (2015) a participação conjunta e a horizontalidade de ações de atores urbanos como o poder. Pensar a cidade como um aglomerado de questões a. público e a sociedade civil na produção de soluções para. serem solucionadas, única e exclusivamente pelo poder. cidades, podem favorecer o despertar do potencial latente da 1.

(19) população, contribuindo para a produção de soluções. políticas públicas do município de São Paulo à luz do ideal de. colaborativas,. produção de inteligência e inovação em rede e de maneira. tendo a. rede. como. uma. estrutura. de. agenciamento das relações.. democrática.. Para ROCHA (2015) os modelos de produção de tecnologias. em. rede,. podem. fortalecer. a. Pretende-se demonstrar que essa produção carrega o. produção. potencial de produção de soluções replicáveis, em rede e com. democrática das soluções assegurando a contribuição dos. relevante participação popular por contemplar os diferentes. mais diversos níveis de atores; posicionamento importante. agentes que compõem a dinâmica das cidades.. para a estruturação das relações na dinâmica bottom-up.. Para tal, foram selecionadas duas ações como estudos. Solução que possa ser produzida e compartilhada em. de caso principal: o Laboratório de Mobilidade Urbana e. rede é um dos pilares das cidades inteligentes, focando seu. códigos abertos de São Paulo (MobiLab) e a Rede Pública de. desenvolvimento nas pessoas e não nas cidades em si,. Laboratórios de Fabricação Digital (Fab Lab Livre SP).. facilitando seu desenvolvimento de maneira organizada e. Através do estudo de ambos os casos, a pesquisa visa. vigilante em relação às demandas emergentes, fortalecendo o. compreender a relevância das duas políticas para a produção. conceito. de inovação no município de São Paulo e mensurar os. de. rede. dentro. da. comunidade. para. o. estabelecimento de ações em conjunto.. resultados obtidos até o momento através das análises das. Contudo, a produção democrática e significativa de. ações desenvolvidas e do comportamento desses espaços. inteligência para cidades gera a intensa demanda de políticas. em relação as metas estabelecidas, esse último ponto será. para capacitação tecnológica e de inclusão digital que. abordado principalmente nos casos do Fab Lab Livre SP.. fomentem a familiarização dos mesmos com questões de produção tecnológica e linguagem de programação. Tais questões despertaram o interesse dessa pesquisa de mestrado. A pesquisa tem por objetivo analisar duas. A escolha das duas políticas se deu pelo incentivo a produção de tecnologia para fins urbanos nas cidades, desenvolvimento de soluções em código aberto, na maioria das. ações,. no. foco. ao. trabalho. em. rede. para. o 2.

(20) desenvolvimento de soluções replicáveis e de baixo custo. TOWNSEND (2013), REIS (2011), REIS e KAGEYAMA. dado pelos laboratórios.. (2011), JOHNSON (2013), EGLER (2007) e NEVES (2014) na. . . Para tal, a pesquisa traça como objetivos específicos:. compreensão do modelo de cidades inteligentes e da. Problematizar e contextualizar as cidades inteligentes, a. produção de tecnologias urbanas em rede. Além de autores. influência da tecnologia nas relações em rede e a. complementares como RUIZ E TIGRE (2015), COSTA (2015). emergência de soluções tecnológicas para fins urbanos. YIN (2006) e SERRA (2006).. por meio de referencial bibliográfico acerca do tema e. A pesquisa se divide em três capítulos. O primeiro. exemplos nacionais e internacionais relacionados ao. capítulo objetiva contextualizar as cidades inteligentes e o. escopo da pesquisa.. modelo de produção de tecnologias urbanas, tendo as ações. Analisar as políticas públicas do MobiLab e do Fab Lab. colaborativas em rede como principal instrumento para o. Livre SP, analisando a repercussão da produção de. avanço tecnológico. Para a construção de arcabouço teórico consistente e. tecnologia pela ótica de ambos estudos de caso. . . Mensurar. a. eficiência. e. abrangência. dos. dois. alinhado com o pensamento que norteia a pesquisa, a. equipamentos com base em dados e indicadores. metodologia. montados por meio de entrevistas com os usuários e. compreender as questões estudadas nesse trabalho e, assim,. demais interlocutores.. dar o devido direcionamento e respaldo teórico conceitual à. Avaliar a contribuição dos dois estudos de caso,. coleta análise e processamento de dados com base em. considerando suas devidas particularidades, de modo a. autores nacionais e internacionais.. compreender os processos de produção de tecnologia e a eficiência das políticas abordadas nesse trabalho. Para o desenvolvimento da pesquisa e a construção de. de. pesquisa. bibliográfica. possibilitou. O capítulo 2 tem o objetivo de analisar e avaliar a eficácia e a abrangência da política pública do MobiLab de acordo com suas realizações desde o início das atividades,. bases de referência teórica, destacam-se, LEITE (2012), 3.

(21) em 2013, quanto o desenvolvimento de tecnologias para o município de São Paulo.. por meio de editais publicados até o momento, informações. Dentre os motivos para a seleção dessa política como estudo de caso está: . . coletadas em jornais, internet e entrevista com os gestores e idealizadores do projeto para compreender o universo do. A abertura e a democratização dos dados públicos. A coleta de dados se deu, em um primeiro momento,. de. mobilidade. à. MobiLab. A. indivíduos. compreensão. aprofundada. das. questões. que. familiarizados com linguagens de programação.. envolvem a política pública em si permitiu selecionar três dos. Desenvolvimento. que. projetos desenvolvidos desde o início das atividades do. demonstrassem interesse em produzir soluções. laboratório e que se alinhassem as aspirações e aos objetivos. em mobilidade.. desse. de. softwares. O capítulo 2 busca analisar as dinâmicas e os entreves de produção tecnológica de três áreas de atuação do. trabalho. conforme. elencados. nos. parágrafos. anteriores. A segunda etapa de coleta e análise de dados para as três iniciativas citadas anteriormente foi instrumentada. laboratório: . A hackatona;. utilizando entrevistas estruturadas e não estruturadas com as. . O concurso de projetos;. startups participantes das ações e que desenvolveram as. . O programa de residência.. soluções tecnológicas, ou, no caso do programa de residência. Os três modelos selecionados, carregam em seu cerne,. que procuraram o laboratório para amadurecer suas soluções. a possibilidade do poder público contratar tecnologia com. em mobilidade, e os membros do poder público que. empresas de pequeno e médio porte e no caso da hackatona,. encomendaram.. encurtar o prazo das etapas iniciais de desenvolvimento de soluções tecnológicas por meio de concursos.. Para compreender a fundo o que estava sendo produzido, fez-se necessário a análise de algumas das soluções produzidas e passíveis de serem baixadas na 4.

(22) Google Play Store e ou na Apple, frutos da hackatona e do. - Centro Cultural São Paulo, na área central do. programa de residência.. município (minilaboratório selecionado devido ao. Vale ressaltar que o concurso de projetos, ao contrário. grande número projetos, visitas nesse espaço e. dos outros dois programas, tem como foco principal a. proximidade a universidades cidade);. produção de sistemas para as operações da prefeitura. - Vila Itororó, minilaboratório locado em área central e. municipal,. dentro da oficina experimental e com diversos. não. disponibilizando. os. softwares. para. a. população até o fechamento da pesquisa.. projetos em permacultura.. Por fim, no terceiro capítulo, faz-se a análise e. - CEU Heliópolis, grande laboratório em área de. avaliação do Fab Lab Livre SP, quanto a eficiência, área de. fragilidade social e com grande proximidade de. abrangência, cumprimento das metas estabelecidas em edital. cidades da região metropolitana.. pela Secretaria Municipal de Inovação e Tecnologia (SMIT) e. . Entrevistas. exploratórias. e. estruturadas,. visando. incentivo de desenvolvimento de projetos ao longo dos 23. compreender o funcionamento dos laboratórios pela visão. meses de funcionamento.. dos gestores, dos técnicos que diariamente convivem. Para que fosse possível a compreensão dos anseios e. com a dinâmica dos laboratórios e dos usuários de modo. objetivos desse equipamento, a pesquisa se desenvolveu por. construir. meio de análise quantitativa e qualitativa, tendo como. necessários para o uso desses espaços.. principais ações:. Para isso foram entrevistados seis técnicos, oito usuários. . Coleta de dados e impressões através de observação. (escolhidos aleatoriamente nos dias das visitas para. participante e entrevistas com técnicos, gestores e. garantir a diversidade e a integridade dos relatos), o. usuários. Para isso, foram selecionados 3 dos 12. responsável pelo projeto dentro da Instituo de Tecnologia. laboratórios. Social (ITS) responsável pela gestão dos espaços, dois. da. rede,. minilaboratórios, sendo:. 1. grande. laboratório. e. 2. uma. visão. macro. dos. procedimentos. membros da equipe que implantou os laboratórios e o 5.

(23) . coordenador do programa dentro da Prefeitura Municipal. - Desenvolvimento e publicação dos projetos para. de São Paulo.. livre acesso.. Além dos números anteriores, integra as análises um. - Quantitativo de público e popularidade dos espaços.. projeto desenvolvido pelos professores de informática da. O quantitativo de público permitiu a análise do. EMEF Campos Sales com alunos do ensino fundamental.. cumprimento das metas mês a mês e o comparativo. Análise das bases de dados cruas, extraídas diretamente. entre o que foi estabelecido em edital e a real. do. capacidade dos laboratórios em termos de atração de. sistema. de. gestão. dos. laboratórios. e. acompanhamento das rotinas dos laboratórios.. públicos e ofertas de cursos.. A opção por bases cruas em vez de gráficos e. A análise, classificação e processamento dos dados. indicadores já produzidos pela empresa e utilizados para. nos dois estudos se deram através da estruturação das. o acompanhamento da política por parte da SMIT se deu. informações em bases de dados e planilha em Excel, o que. pela necessidade de tratar e limpar as bases com maior. permitiu o desenvolvimento dos gráficos e mapas contido no. segurança, catalogando cada etapa e cada ação, dando. capítulo 4.. maior fidelidade aos resultados obtidos.. As tabelas produzidas a partir dos dados primários e. As bases geraram um arquivo em Excel, que depois de. que deram origem a tais analises gráficas encontram-se no. excluídos os cadastros em duplicidades resultaram em. Anexo B dessa dissertação.. dois arquivos com 26 colunas e mais de 16.000 linhas. Essas informações foram tratadas em quatro frentes:. Esta pesquisa busca a avaliação da eficiência e identificação das fragilidades que envolvem ambas as. - Perfil dos usuários,. políticas públicas, muito jovens ainda, mas com grande. - Georreferenciamento e impacto dos laboratórios na. potencial para a produção de soluções para a cidade.. dinâmica do entorno,. Outro ponto importante analisado reside na relevância desses equipamentos na dinâmica do entorno e no 6.

(24) desenvolvimento de tecnologias urbanas colaborativas que a. - Dispositivos Mecânicos. política pode ou não fomentar.. - Dispositivos Mecatrônicos. Para tal fim a pesquisa apropriou-se de ferramentas e. - Games. metodologias quantitativas e qualitativas para mapeamento. - Instrumentos Musicais. estatístico e cartográfico de ambos os estudos de caso, como:. - Jogos e Brinquedos Educativos. . . . Net Promoter Score (NPS), metodologia que permite. - Máquina de Fabricação Digital. mensurar o grau de satisfação de consumidores em. - Mobiliário. relação a produtos ou serviços.. - Robótica. Produção de mapa de calor em raios pré-definidos (4 e. - Saúde. 2 km) que permitissem mensurar o potencial de atração. - Software Livre. x o alcance geográfico dos laboratórios da Rede Fab. - Sustentabilidade. Lab Livre SP.. - Transporte. Tabulação dos dados para análise do grau de. Para essa análise, especificamente, foi utilizada a. participação das atividades desenvolvidas em relação. lógica de Market Share, que possibilita medir a. ao total de frequentadores da rede Fab Lab no período. participação de uma empresa no mercado em relação. selecionado, distribuindo os usuários entre as 17 áreas. as vendas de um determinado produto.. de produção de inovação possíveis.. Com. esse. método. foi. possível. mensurar. a. - Acessibilidade. porcentagem de projetos cadastrados por área de. - Arquitetura e Urbanismo. produção.. - Artes Cênicas. . Análises quantitativas comparativas entre as metas. - Design. estabelecidas em edital e o real comportamento dos. - Dispositivos Eletrônicos. laboratórios no período considerando para análise: 7.

(25) - O número total de visitantes mês a mês no período de. definidas 11 questões, das quais os participantes do. 23 meses de operação;. programa de residência deveriam atribuir notas de 1 a. - Comparativo de tempo em igual período nos anos de. 5, a respeito do programa de residência.. 2016 e 2017 nos meses em que a operação.  Análise qualitativa de usabilidade dos aplicativos. encontrava-se em pleno funcionamento. Para essa. produzidos dentro das ações do MobiLab. Para esse. análise foi selecionado o recorte temporal de março a. indicador foram coletados dados de soluções abertas. setembro.. ao público e possíveis de serem baixadas na Google.  Pesquisa de satisfação com escala pré-determinada.. Store ou na Apple. Store.. Para essa metodologia de coleta de dados foram. 8.

(26) 9.

(27) 1.. No entanto, o cenário atual tem se mostrado bem. CONCEITUAÇÃO: SISTEMAS DE TECNOLOGIAS. diferente do que fora imaginado. Autores como GLAESER. URBANAS COLABORATIVAS. (2011), LEITE (2012) e TOWNSEND (2013), relatam que as A emergência das novas tecnologias tem gerado ambientes urbanos com alta conectividade1, inculcando intensa demanda por inovação e tecnologias baseadas em modelos colaborativos de desenvolvimento de soluções. Os. avanços. das. tecnologias. de. informação. urbanas e cidades, a considerarem que devido à facilidade de a. informações. e. serviços,. o. interesse. proporcionando modos diferentes de mediação, alcançados pelo contato com tecnologias voltadas para a vida nas cidades.. e. comunicação (TICs), levou alguns estudiosos de dinâmicas. acesso. TICs têm se integrado ao modo de se experimentar a cidades. em. experimentar espaços urbanos poderia assumir uma posição secundária, cedendo lugar ao conforto e segurança do interior de suas residências a partir do momento que tudo estaria a alguns cliques de distância.. Assim, a cidade dos encontros que transborda vitalidade, descrita por JACOBS (1961), tem ganhado espaço e se consolidado como o modelo apreciação dos espaços urbanos, pelo menos nos grandes centros. Provavelmente, os modelos intervencionistas atuais desempenhados pela população mais jovem, pautados em meios de transformar do espaço, mesmo que de modo efêmero, alterando dentro dessa temporalidade instantânea, a vocação e as relações do lugar, pouco se relacionam com as teorias de JACOBS (1961) na época.. 1. Para fins dessa pesquisa, entende-se alta conectividade pela possibilidade de se acessar ou utilizar ferramentas tecnologias em rede e com conexão a internet por múltiplas plataformas e de diversos locais da cidades sejam por computadores móveis ou celulares do tipo smartphones com conexão wi-fi público, encontrado em algumas praças e estações de metrô, como em São Paulo, conexão móvel (exemplo 4G) e por redes disponíveis para clientes em estabelecimentos comerciais, utilizadas muitas vezes como estratégia comercial para aumentar o tempo de permanência do cliente.. Por outro lado, o clamor por cidades mais humanas e com vida ativa em seus térreos, promovendo interações interpessoais de maneira espontânea e imprevista, se alinha ao objetivo que tais intervenções carregam em seu cerne.. 9.

(28) A ideia de que a cidade só terá a capacidade de. BASTOS e MITTERMAYER (2016) dizem que as. fornecer algo para todos quando pensada por e em prol do. cidades podem ser consideradas com como um complexo. bem comum.. emergente com vida própria e constituída com base em. A cidade tem se configurado, como o ambiente. padrões construídos ao longo do tempo e do espaço.. inovadoras. Tal interpretação leva os autores a afirmarem que “(...). corporificadas através das tecnologias de cunho social,. em um sistema emergente como a cidade, são elementos da. capazes de serem desenvolvidas em bases colaborativas por. base que desempenham um papel fundamental no processo. membros da sociedade, com o objetivo de mitigar, sanar ou. de auto modificação e auto estruturação” (ibid. p.61).. adequado. para. as. diversas. iniciativas. aprimorar questões existentes, com a intenção, em um. JOHNSON. (2011). afirma. que. JACOBS. (1961). primeiro momento, de melhorar a qualidade de vida local e de. revolucionou a maneira de se pensar a cidade ao interpretá-la. seu entorno imediato.. como um organismo vivo, entendendo que a produção do. A intervenção popular em busca de propor tais. espaço urbano não acontecia em reuniões e comissões, mas. soluções ilustra os conceitos defendidos por JOHNSON. pelas pequenas ações diárias que vivificariam os espaços. (2013) e RUDOFSKY (apud TOWNSEND, 2013, p.111) de. urbanos relacionados aos afazeres cotidianos da população,. que as cidades são tradicionalmente projetadas e construídas. refletindo em ações com potencial de transformação que. por pessoas diariamente, através de processos de auto-. partiam da base.. organização.. Esses. indivíduos,. atuando. para. a. melhoria. e. Segundo a pesquisa desses autores, é possível. transformação do espaço a partir das relações de base,. compreender que as grandes transformações urbanas. caracterizam as soluções emergentes focadas nas ações dos. acontecem por meio de diversas pequenas contribuições,. indivíduos.. muitas vezes experimentais, que carregam o potencial de reverberar boas práticas por todo o território.. A concretização de uma iniciativa que parte da base, onde o usuário protagoniza a iniciativa a partir da percepção pessoal das necessidades e das possíveis. 10.

(29) soluções, caracterizam as iniciativas Bottom Up. Ao contrário das iniciativas Top Down, nas práticas Bottom Up, não há hierarquia ou figura de comando. É um sistema transversal, configurando uma ação de autoorganização. (CASTANHEIRA; SOUZA, p.3, 2015). Inovação emerge da potencialidade de endereçar o conhecimento adquirido pela população pela vivência e tempo dedicado ao entorno em que se situa. Para REIS e URANI (In REIS E KAGEYAMA, p.33,. Para os autores, nesse cenário emerge um usuário apto a identificar as necessidades e potencialidade inerentes ao território no qual habita e conceber ou propor intervenções. 2011) “Inovações podem ser entendidas como criatividade aplicada à solução de problemas ou à antecipação de oportunidades.”.. que, de outra forma, possivelmente não aconteceriam.. Ao falar sobre inovação e a criatividade envolvida. BASTOS e MITTERMAYER (2016) apresentam um raciocínio similar ao de CASTANHEIRA e SOUZA (2015) ao afirmarem que ligação ente cidades inteligentes e os sistemas. nesse processo, REIS (2008) afirma que esses esforços baseiam-se no avanço do conhecimento e das habilidades existentes, por exemplo:. emergentes de produção intervenção aos ambientes urbanos. “a capacidade de gerar novo conhecimento a partir do conhecimento existente, a capacidade de gerar novas ideias que podem desencadear inovação e suas aplicações concretas.” (p.28).. é eficaz porque os projetos que aspiram mudanças nas cidades são desenvolvidos “muitas vezes por cidadãos pensantes” (Ibid. p.61, 2016). As soluções tecnológicas e as iniciativas inovadoras,. Para REIS e URANI (In REIS e KAGEYAMA, p.31,. que emergem de dentro desses movimentos de micro. 2011) embora exista a potencialidade de replicar ou recriar. intervenções, promovem o desenvolvimento das áreas. produtos e serviços e ideias resultantes da criatividade. através de ações qualificadas e pontuais desempenhadas em. individual, é impossível reproduzir a fonte responsável pela. conjunto pela população e com baixo custo, tanto de. ideia.. desenvolvimento tecnologias sociais.. quanto. operacional,. originando. as. Em um modelo de produção econômico e urbano onde as relações entre indivíduos e cidades são o elemento. 11.

(30) catalisador. das. soluções. emergentes. de. melhoria. e. desenvolvimento sustentável e econômico, garantindo melhor. transformação do ambiente urbano, uma parte considerável. qualidade de vida e eficiência no uso da rede de infraestrutura. do potencial tecnológico e criativo reside no potencial. que dá suporte à vida nas cidades, favorecendo a capacidade. humano. “Essa é uma das razões pelas quais o talento. das cidades de se adaptarem a adversidade e as mudanças.. criativo passa a ser tão cobiçado pelas cidades.” (ibid. p.31, 2011).. Para FANAYA (p.16, 2016) afirma que as cidades podem ser consideradas inteligentes quando:. emergem dentro desse modelo de produção de inovação. “os investimentos, no capital humano e social, no transporte tradicional e inovador, e em infraestrutura de tecnologia da informação integrados, incentivam o crescimento econômico e a qualidade de vida (...)”.. apresentado se inter-relacionam para promover uma cidade. Para ambos os autores, a cidade inteligente precisa. BASTOS e MITTERMAYER (p.61, 2016) apontam que os cidadãos pensantes e as soluções tecnológicas que. inteligente.. contemplar os diversos aspectos que integram a vida urbana. Essas tecnologias, por sua vez, se integram ao. passando, por questões relacionadas à infraestrutura e aos. conceito de cidades inteligentes, que tem sido amplamente. sistemas de mobilidade que dão suporte a vida nas cidades e. debatido em diversas partes do mundo.. ao seu desenvolvimento (dimensão hardware) e por situações. O conceito em si tem apresentado contornos fluídos e. onde o potencial criativo e inovador de seus habitantes é. interpretações das mais diversas ordens. Entretanto, muitos. contemplado e estimulado pelo uso e desenvolvimento de. elementos. soluções tecnológicas (dimensão software).2. aceitos. por. pesquisadores. nacionais. e. internacionais dessa área de atuação se concatenam na definição de TOWNSEND (2013). O autor define as cidades inteligentes como um sistema urbano centrado em pessoas (user centered), interagindo com a tecnologia, de modo a catalisar o. 2. Dimensões software e hardware são termos citados por LANDRY(2011) E REIS (2011) ao se referir a questões inerentes a produção da cidade quanto a sua infraestrutura e questões atreladas a dimensão menos concreta como relações entre pessoas e desenvolvimento de softwares e sistemas de gestão, respectivamente.. 12.

(31) Embora os estudos acerca das cidades inteligentes tenham se intensificado apenas recentemente, o papel crucial da tecnologia para o desenvolvimento das cidades pode ser visto através da história. Segundo TOWNSEND (2013), as TICs têm mantido uma relação simbiótica3 com a cidade. Conforme as cidades começaram a se formar ao redor dos mercados, templos e palácios, estas passaram a operar como pontos de encontro e espaços de socialização. Da mesma forma que no passado a escrita era restrita a mercadores e clérigos. O acesso a informação e a escrita. Figura 1 - Comércio em praça www.históriadigital.org. medieval,. séculos XII. e. XIII.. Fonte:. foram difundidos com o surgimento da imprensa ganhando. O aumento do fluxo de pessoas e das transações. escala durante a reforma industrial, ou seja, anteriormente a. comerciais mostrou-se necessária a invenção de tecnologias. esses acontecimentos a escrita não era dominada pela maior. que mediassem à comunicação interpessoal para o registro. parte da população.. dessas atividades, dando origem a uma das primeiras TICs, a escrita (TOWNSEND, 2013, p.5). Um processo não muito diferente pode ser visualizado nas relações de produção tecnológica e do uso das TICs, onde a grande parcela da população não domina as. 3. Derivado do conceito de “simbiose” do campo da biologia, consiste na relação ecológica entre indivíduos de espécies diferentes, ou seja interespecífica, onde ambas as espécies se tornam interdependentes em decorrência da função que cada um exerce no metabolismo do outro, com resultados benéficos para ambos (AMABIS; MARTHO, 2015). linguagens de programação, ficando restrito a poucos indivíduos a compreensão dessa linguagem como ferramenta.. 13.

(32) Em tempos mais recentes, as TICs têm evoluído a passos. largos,. almejando. acompanhar. o. constante. crescimento dos assentamentos humanos.. consideravelmente o ritmo dos processos evolucionários tanto “Cidades como Nova York, Londres, Chicago dentre cidades. se. respaldam. na. produção. de. dados. e. no. compartilhamento de informações e inteligência. Para SANTAELLA (2016) as “redes informacionais nos circundam em quaisquer lugares em que estejamos” (p.30). O. no campo tecnológico, quanto no urbano.. importantes. avanço das tecnologias urbanas e de comunicações, onde as ações. Durante o século XIX, a industrialização acelerou. outras. As autoras estabelecem uma correlação entre o. industriais,. se. compartilhamento de informações dentro dessas estruturas. tornaram. deixa de ser opcional para se tornar algo automático e. grandiosas guiadas pela energia a vapor e pela eletricidade”. inquestionável a partir do momento que estar conectado se. (TOWNSEND, 2013, p.5, tradução nossa).. torna uma das fontes de acesso ao potencial latente das. Contudo, os processos de expansão urbana não se deram. guiados. amplificaram. o. exclusivamente. por. tecnologias. potencial. de. produção. deslocamento,. mas. processamento. de. físico. também dados,. pela tráfego. e. capacidade de. cidades inteligentes.. que. Entretanto essas estruturas em rede funcionam de. de. ambo os lados, para a autora, “ao mesmo tempo em que. de. acessamos, somos, de certa forma, acessados” (ibid. p.31).. informações,. Embora o indivíduo tenha acesso e controle do que. estabelecimento de conexões remotas e em rede, capazes de. quer acessar, fica a mercê das vontades e necessidades de. cobrir grandes distâncias.. acessos solicitados por outro, considerando que a cada busca. Para HIROKI (2016) as cidades inteligentes reforçam suas características, à medida que passam a “compartilhar hábitos como fruto da intensificação na utilização de tecnologias.” (p.111). ou utilização da inteligência disponível dentro da rede uma grande massa de dados pessoais é fornecida. Estar na rede ou fazer uso desta consiste em permitir que suas informações migrem para ela como contrapartida. O bônus do uso traz consigo o ônus da vigilância constante e da 14.

(33) privacidade. assistida.. Segundo. SANTAELLA. (2016). a. Por um lado há uma promessa de proteção, enquanto. produção dos espaços urbanos, pautado pelo conceito de. do outro todas as experiências vividas, por menos relevantes. rede de nós converte os indivíduos “a pacotes móveis de. que sejam, são rastreadas e compartilhadas como perfil de. dados” (p.31).. usuário.. SANTAELLA (2016) afirma que todas as informações. Gera a discussão sobre qual decisão seria a menos. são baseadas nos nossos padrões históricos de mobilidade,. onerosa a ser feita: estar dentro da rede e ter sua privacidade. preferencias interesses pessoas, aquisições e dados pessoais. compartilhada ou estar ausente da rede e não ter acesso às. migrados de redes sociais que levam a “previsões acuradas. dinâmicas. sobre quais nossos desejos e necessidades poderão ser”. compartilhar tudo ou não ter nada e viver a parte da cidade.. urbanas.. Uma. escolha. entre. ter. muito. e. (Ibid., p.35, 2016). Para a autora, nada pode garantir a preservação e privacidade. de. dados. quando. todos. esses. motores. 1.1.. AS CIDADES EM REDE: FUSÃO ENTRE O MUNDO FÍSICO E O VIRTUAL. inferenciais são colocados em ação. Uma vez na rede, todas as informações ficam a disposição de todos, como garantia de segurança dos dados fornecidos, certificados de privacidade e camadas de proteção de dados precisam ser adicionados para assegurar a saudável existência da rede. Como visto até aqui, as cidades inteligentes trazem a tona um conjunto de paradoxos e contradições inerentes às inserções tecnológicas e a alta exposição a qual os usuários se submetem ao ingressarem na rede.. A Integração entre o mundo físico e virtual viabilizou a emergência de uma sociedade global, conforme afirma SASSEN. (2001),. conectada. pelos. diversos. aparatos. tecnológicos dedicados ao tráfego de informações, permitindo que o território fosse percorrido mais rapidamente, e que, de alguma forma, estar conectado, pouco a pouco, se tornaria um referencial de competitividade econômica. “A revolução da Tecnologia e da Informação, ou TIC como se nomeia, criou novos meios de comunicação instrumentalizada por um número expressivo de. 15.

(34) inovações tais como o computador pessoal, a internet, novos materiais, novos meios de fabricação, entre outros tantos descobrimentos técnico-científicos, criando um novo tipo de socialização em contínua expansão.” (CAMPOS; NEVES e ANGELO, p.1, 2012).. a extensão territorial, as relações passam a ocorrer de forma conectada, dentro de uma rede sociotécnica4 complexa (EGLER, 2007), com múltiplas interações possíveis.. O inegável avanço da tecnologia e a hibridização desses sistemas às dinâmicas urbanas e econômicas alteraram consideravelmente os modos de socialização humana, rompendo as tradicionais fronteiras espaciais, favorecendo o aumento da velocidade do compartilhamento das informações e das contribuições possíveis. Considerando as análises focadas nas relações econômicas das cidades pela influência das TICs, SASSEN (2001) reitera que a economia não mais ocorre de forma. Figura 2 - Foto criada por Paul Butler para demonstrar o potencial do facebook em conectar pessoas ao redor do mundo. Imagem: Paul Butler. Fonte: www.tecnologia.uol.com.br. estática, dentro dos limites de cada território. As informações que fluem por todos os locais sem interrupção dentro de uma “rede invisível” (MITCHELL, 1996) têm possibilitado a comunicação além dos limites territoriais,. Para EGLER (2007), as redes em questão podem ser classificadas como estruturas de elementos em interação, com potencial de gerar um mundo mais fluido, integrado e mediado pelas informações que por elas navegam.. criando “cidades globais” (SASSEN, 2001). Pode-se dizer que, em um cenário onde a integração e as relações virtuais se tornam una com o mundo físico, mediados de maneira extracorpórea em meio as muitas camadas de informações que viajam horizontalmente por toda. 4. Redes sociotécnicas são definidas como uma interconexão entre pessoas, possibilitada pelas tecnologias onde as relações ocorrem de forma peculiar. Para LATOUR (apud MEDEIROS, VENTURA, 2008) tratase de um modelo de comunicação em rede, onde os seres humanos seriam um nó em meio estrutura não-linear aberta a novos integrantes, com o objetivo de viabilizar a produção e circulação do conhecimento e as novas configurações sociais que têm surgido atualmente.. 16.

(35) Para CAMPOS, NEVES e ANGELO. (2012) as redes são “(...) estruturas abertas capazes de se expandir de forma ilimitada” (p.2) desde que permitem a comunicação entre indivíduos dentro da rede ou compartilhem os mesmo códigos de comunicação. Para o autor a relevância da rede se respalda nos objetivos em comum de seus membros para garantir a vitalidade das relações através da sociabilização de seus valores e de suas aspirações. Dentro dessas estruturas, as TICs têm reflexo direto na interação entre os atores, dentro e fora dos limites políticoterritoriais, favorecendo a coleta, o processamento, a integração dos dados e o tráfego de informações. Dessa forma, os territórios inteligentes são capazes de tecer conexões que favoreçam a participação ativa dos atores urbanos dentro da rede, permitindo que ocupem uma posição analítica e estratégica, tornando-os aptos a gerar soluções inovadoras benéficas para o ambiente urbano tendo a rede e a internet como estruturas base para que a inovação aconteça. “A internet possibilitou maior interação das pessoas, o avanço da criatividade e um aumento na preocupação das pessoas pelo espaço onde habitam, pois elas. passaram a comparar com outros lugares e identificar melhorias que podem ser implantadas em suas próprias cidades.” (HIROKI, p.111, 2016).. A efemeridade e o alcance intrínsecos às relações das redes definidas por EGLER (2007) e SASSEN (2001), que graças à tecnologia permitem o descolamento das amarras geográficas que restringiam parte das relações humanas e comerciais,. permitem. a. produção. e. a. migração. do. conhecimento produzido a partir de múltiplos aportes, independente da distância em si. JOHNSON (2011) afirma que um dos grandes benefícios da vida em rede encontra-se na heterogeneidade dos indivíduos que a compõem e compartilham conhecimento através dessas estruturas, contribuindo com a inteligência adquirida ao longo do tempo. Para o autor, as redes mais densas e estruturadas as boas ideias tem a propensão natural de entrar em circulação, onde a seleção dessas contribuições se dá pelo entrosamento entre os demais membros que compõem tornando mais fácil a ocorrência da invenção e se atuando secundariamente como um espaço de armazenamento das boas ideias. Formando. 17.

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