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A renovação da Geografia Tradicional no governo Dutra

Capítulo 2 – Gritam cá, que reconheço lá: a redescoberta empírico-indutiva do

4.2. A renovação da Geografia Tradicional no governo Dutra

Inicialmente, a fim de tornar gradualmente eficaz o deslindamento das inéditas nuanças de método que transpareceram no estudo de Orlando Valverde publicado em 1948, convém esboçar certos traços essenciais da ambiência geográfica na qual se efetivou sua elaboração. O autor, na verdade, contou com várias motivações geográficas que figuravam na ordem do dia, no momento da elaboração de seu trabalho sobre a

colonização européia na extensão gauchesca do país, e que, assim como outras inflexões do período, merecem ser ressaltadas.

Um primeiro motivo que levou Valverde a se engajar nessa linha de investigação, em que a reflexão sobre povoamento doravante é associada aos temários colonização estrangeira e uso da terra, pode ser encontrado na estrutura interna de funcionamento do órgão governamental no qual ele realizava suas pesquisas. Nessa seara, há que se atentar inicialmente para o fato de que a elaboração do trabalho valverdiano sobre as áreas de colonização antiga no Rio Grande do Sul realizou-se no ano de comemoração do 11.o aniversário do CNG, ocasião responsável pela acomodação da Divisão de Geografia em novas instalações e na qual se assistiu à reestruturação de seu modo de funcionamento. Expressivamente essa iniciativa refletiu a valorização dada às coordenadas metodológicas principalmente de importação norte-americana, já em curso desde o desfraldar dos anos 1940, e, no encalço delas, o trabalho geográfico no IBGE passou a contar com cinco seções regionais e uma grande seção de estudos sistemáticos dividida em vários setores. Essas mudanças ocorreram, aliás, ao lado de um acréscimo nada desprezível do quadro funcional do Instituto, em virtude da admissão de elevado número de “auxiliares de geógrafos” (MONTEIRO, 1980:14-15).

Foi nesse trâmite que Valverde produziu seu trabalho sobre as áreas de colonização antiga, quando então contava com a maturidade de seus 31 anos e era, no CNG, chefe da Seção Regional do Leste. O cargo ocupado pelo geógrafo nesse braço técnico do governo central certamente foi uma das razões que o conduziu a estudar tais áreas segundo o projeto proposto e estimulado por seu orientador científico. Todavia, a posição profissional que então preenchia foi apenas uma das peças que favoreceram sua participação nesse projeto de pesquisa; na verdade, outras, de natureza diversa e não menos relevantes no âmago de sua área de atuação, confluíram para tanto.

Como segundo motivo, vale destacar certos incentivos externos que cingiram a Geografia brasileira nesse período. Não se pode desconsiderar que, em 1948, mestre e discípulo assistiram, atentos, porém de maneira distante, à criação da Comissão de Levantamento do Uso da Terra, no Congresso Internacional de Geografia de Lisboa, organizado pela UGI (União Geográfica Internacional). A esse evento, que marcou a retomada da tradição dos congressos internacionais após o término da Segunda Guerra Mundial, compareceram pela primeira vez oficialmente geógrafos brasileiros, para

apresentar comunicações próprias ou mesmo de colegas então impossibilitados de participar (MONTEIRO, 1980:15) 8.

Para além dos já mencionados, um terceiro motivo deve ser lembrado. Dos pontos de vista pessoal e metodológico, Valverde contava com três anos de convívio com Waibel, durante os quais havia estabelecido contato significativo com os conhecimentos deste sobre Geografia Agrária e processos de colonização dirigida, terreno de permutas intersubjetivas tratado no capítulo anterior.

Sem perder de vista tanto este último quanto os demais apontamentos, visando tratá-los mais acuradamente e conforme a complementaridade que possuem, é oportuno extrair o significado do geógrafo alemão na formação de Orlando Valverde, partindo da menção por ele mesmo registrada acerca das orientações metodológicas herdadas. Nesse particular, não deixando dúvidas a respeito do pano de fundo comum sobre o qual seus respectivos estudos foram construídos, o geógrafo brasileiro referendou:

“De maiores repercussões talvez para a geografia brasileira foram as contribuições metodológicas de Waibel, decorrentes de sua permanência no Brasil. Destas, a mais importante foi, sem dúvida, a ênfase dada ao método indutivo. Insistia nessa marcha de raciocínio para seus discípulos, nos mínimos detalhes: não só nos trabalhos escritos, mas na própria exposição oral, exigia que uma descrição correta precedesse a explicação; ‘primeiro os fatos, depois as teorias’, dizia. Waibel justificava o seu rigor na manutenção dêsse método, não apenas porque êsse é o único método válido para o estudo das

ciências concretas, mas ainda porque êle compreendia ser essa a única maneira de

preparar seus assistentes para que mais tarde pudessem efetuar pesquisas de campo sòzinhos.

Dedicava também especial atenção à comparação de fatos iguais ou semelhantes,

observados em diferentes regiões da Terra, como fundamento para ampliar

conhecimentos de Geografia Geral.

No tratamento de questões de Geografia Econômica ou de Geografia Cultural,

atribuía grande valor à evolução histórica dos fatos, à qual dava a denominação

inglêsa: ‘Historical approach’ [...]

O caráter antropocêntrico da Geografia era enfatizado por Waibel em todos os seus trabalhos e recomendado aos dos seus discípulos. ‘No tratamento dos problemas de

Geografia Humana deve ser dado um caráter sociológico’, insistia êle” (VALVERDE, 1968:80-81; grifos nossos).

No trecho acima, a despeito do atrelamento à influência do mestre estrangeiro nos aspectos ressaltados, Valverde já havia deixado transparecer, em seus escritos anteriores a Waibel, sua preocupação em fazer com que a explicação dos fenômenos observados fosse precedida pela descrição pormenorizada9. Isso também é válido quanto a seu esforço em comparar fatos ou aspectos de diferentes regiões e sua postura em afirmar o “caráter antropocêntrico” da Geografia. Mas, embora tenha enfatizado que utilizou esses procedimentos a partir do convívio com Waibel, eles não eram totalmente inéditos na formação do geógrafo brasileiro, de modo que o justo é afirmar que, na verdade, adquiriram consistência no labor científico de Valverde a partir do aprendizado junto ao geógrafo alemão. Com efeito, tais procedimentos se configuraram como basilares de suas pesquisas e, sem sombra de dúvida, foram consolidados mediante esse contato, sendo mais rigorosamente adequados à ênfase que Waibel atribuía aos fatores econômicos. É possível, portanto, considerar que disso tudo decorreu um certo ineditismo do escrito valverdiano de 1948, comparativamente à atenção anteriormente dedicada pelo autor àquelas feições de método, até então por ele trabalhadas de acordo com os pressupostos geográficos possibilistas transmitidos ao seu labor via Pierre Deffontaines. De modo que esses aspectos merecem algumas considerações oportunas a fim de serem adequadamente esclarecidos.

Na verdade, o ineditismo apontado pode ser entrevisto como um efeito do contexto atravessado pela Geografia brasileira no período. De um lado, é justo admitir que esta se esforçava para superar velhos impasses da Geografia francesa que, no segundo pós-guerra, passou a não mais atender a certas demandas científicas colocadas à comunidade geográfica brasileira. Tendo em vista os reclamos do “reaparelhamento econômico”, tão comum nas diversas tendências políticas da época, ver-se-á que as filiações teórico-metodológicas legadas ou reforçadas por Waibel ao geógrafo ibegeano parecem ter atendido mais apropriadamente às injunções do contexto no qual a formação científica deste amadureceu rapidamente.

Nesse sentido, conforme afirma GEIGER (1988:72), nas décadas de 1940 e 1950, a sociedade brasileira deparava-se fortemente com a questão da urbanização e industrialização, contando com a existência de movimentos sociais e políticos que

demonstravam certo desconforto diante de posturas filosóficas naturalistas que apregoavam a neutralidade das ciências10. As conseqüências do contexto político e social sobre o desenvolvimento interno do campo de estudos geográficos estimularam ou demandaram certos reajustes nos princípios, até então largamente em voga, da corrente vidalina. Um exemplo das adaptações operadas e advindas dessa conjuntura consistiu na busca de enfoque de temas sistemáticos em escala nacional, que se traduziram, entre outros, nos estudos de população, colonização e sistemas agrícolas. Inscrita nesse registro, a vinda de Leo Waibel para o IBGE, em junho de 1946, representou uma oportunidade para a consecução desse objetivo, qual seja a superação da Geografia Física pela Geografia Humana no Instituto11. Com efeito, influenciado pelo pensamento econômico de vertente historicista12, Waibel estava interessado em relacionar a evolução dos sistemas agrícolas aos sistemas econômicos, utilizando-se da teoria de Von Thünen para estudar a distribuição geográfica da produção agrícola.

Esse traço metodológico de Waibel e que cumpriria importante papel nos estudos geográficos de seus discípulos merece alguns comentários. Na verdade, na perspectiva geográfica do pós-guerra, a articulação entre Geografia e Economia e a utilização corolária de modelos de representação como o aludido foram, segundo PENHA (1993:91), um dos focos destacados do movimento de renovação do pensamento geográfico, no qual o advento da era do planejamento colocava para a Geografia e as demais ciências sociais a necessidade de gerar um instrumental mais eficaz de intervenção do Estado. Consoante essas demandas, numa comunidade geográfica ibegeana ainda fortemente marcada pelo naturalismo e pelo empirismo, e, no flanco político-ideológico, sobremodo afeita às políticas territoriais e às ideologias geográficas estadonovistas, a influência de Leo Waibel aparentemente motivou o emprego renovado desses aspectos. Ou seja, embora não tenham sido ultrapassados, estes acabaram sendo redimensionados de acordo com as preocupações econômicas e paisagísticas assumidas pelo pesquisador estrangeiro, cuja formação científica havia sido lavrada em linhagens da Geografia alemã, mas que havia feito nelas adaptações significativas.

Essa postura, ressalte-se, inicialmente não-hegemônica no panorama das pesquisas geográficas brasileiras, apresentou-se como um diferencial inovador para os geógrafos interessados em solidificar as bases de uma área de conhecimento a serviço do Estado e aspirante ao reconhecimento de outros campos disciplinares, com vistas,

finalidade. Ademais, certas características da época colaboraram para a disseminação desses referenciais.

De fato, de acordo com as informações já fornecidas, percebe-se que a feitura do artigo “Excursão à região colonial antiga do Rio Grande do Sul” coincidiu com o lustro no qual a burocracia e os quadros técnicos estatais surgidos no primeiro governo Vargas receberam os influxos das nuanças ideológicas e das ações políticas concretas que tramitaram no decurso do governo do general Eurico Gaspar Dutra (1946-1951). Tal conjuntura, decerto, não deixou de exercer influências expressivas no tratamento que Orlando Valverde concedeu aos principais arcabouços temáticos de seu trabalho, quais sejam uso da terra e colonização, em que as valorações dadas por ele a respeito conservaram não somente afinidades com as do período anterior como também agregações significativas encetadas desde o alvorecer do governo Dutra.

Essa última assertiva abre vários caminhos parelhos quando se trata de colocar em boa ordem uma visão compreensiva do escrito valverdiano em pauta. Entretanto, importa por ora tão somente ressaltar que esse novo contexto político favoreceu a valorização do discurso econômico, uma das facetas essenciais para as expressivas mudanças de método da Geografia brasileira e, igualmente, como se verá em breve e com mais detalhes, para o modo laborativo de Valverde. Em outras palavras, ao lado das divergências entre os debatedores, que sustentaram as controvérsias do desenvolvimento brasileiro no lustro em questão13, importa atentar para o fato de que a expressão fluente no período entre 1946-1951 foi a do “reaparelhamento da economia”, que sintetizou a relevância então tributada à solução dos problemas econômicos e, por conseguinte, àqueles que reuniam conhecimentos dessa natureza em suas manifestações verbais ou em seus trabalhos técnicos ou científicos acerca dos destinos do país. Com efeito, entre a pluralidade de interesses econômicos da época, a vindícia comum consistiu na modernização da infra-estrutura (estradas, portos e ferrovias) e na dotação de energia suficiente para o país palmilhar rumos fundamentais para seu crescimento, aliados à diversificação do sistema econômico, principalmente a indústria (SARETTA, 2002:106).

De posse desses elementos, vale indagar sobre o significado que eles assumiram para o Valverde. Voltando os olhos para a procedência de Orlando Valverde, no interior do aparelho de Estado, e para as relações interpessoais e os horizontes profissionais por

ele estabelecidos anos antes e o tom de seus escritos da primeira metade da década de 1940 – aspectos tratados nos capítulos precedentes –, é possível entrever as dificuldades que enfrentou para sustentar algumas de suas convicções políticas nesse novo contexto. Conforme cremos, embora parcos, os embates da época em torno da validade ou não do dirigismo estatal são suficientes para franquear a afirmação de que neles tenha subsistido espaço para os interessados no fortalecimento do Estado mesmo que por meio de um tipo de apelo específico, isto é, voltado para a elaboração de um discurso técnico. Tal nos parece ter sido o caso de Valverde, que, tanto nessa quanto em outras questões, soube aproveitar-se dos pontos parelhos existentes entre as vias de desenvolvimento capitalista advogadas pelo Estado Novo e aquelas defendidas no governo Dutra.

Um desses pontos diz respeito aos incentivos de contexto prevalecentes nos dois períodos políticos, que são capazes de alumiar a desenvoltura assumida pela obra valverdiana no tocante à valorização de uma abordagem econômica. Se, conforme julgamos ter demonstrado no capítulo 2, essa abordagem encontrou lugar na obra de Valverde durante o período estadonovista, sob as vestes de um incipiente desenvolvimentismo, a partir da gestão Dutra ela ganhou aprofundamento, dedicada, a largos passos, ao estudo do uso da terra e da colonização. De um lado, ambos os temários foram arremetidos para o interior de sua produção dentro dos horizontes valorativos estabelecidos no período político antecessor, mas, de outro, passaram a ser tratados pelo geógrafo em pauta num ambiente de debates bastante afeito ao préstimo do discurso econômico, revestimento sob o qual ele cuidou de os enfocar num momento de torneio propriamente científico em sua trajetória de pesquisador. Tanto assim que o artigo “Excursão à região colonial antiga do Rio Grande do Sul” distingue-se de seus escritos anteriores não somente pelo ineditismo da inflexão econômica, mas, antes, por trazer também a lume o aprofundamento dessa postura, o que, pode-se aventar sem receio, se nutriu sobremaneira das condições favorecedoras já mencionadas.

Para melhor compreensão do significado dessa, bem como do que importa de seu alcance, é preciso considerar que a mudança do regime discricionário para o democrático, na passagem de 1945 para 1946, quando o general Eurico Gaspar Dutra alçou-se à presidência da República, não modificou na essência as prerrogativas dos dirigentes do IBGE, tributário das ideologias geográficas estadonovistas. Prova disso foi

durante a gestão Dutra, contestação que, como visto no capítulo anterior, foi assumida também por Waibel e Valverde. Com efeito, nos bastidores do Instituto, a manutenção do comando das relações de poder sob as rédeas dos getulistas, bastante próximos a Orlando Valverde, permitiu a continuidade de um processo de legitimação da Geografia, a partir de um aparato epistemológico na pesquisa que até então não era hegemônico, muito embora este já houvesse sido prenunciado, no início da década de 1940, como adequado para subsidiar as ideologias e políticas territoriais estadonovistas. Ao que tudo indica, os esforços no plano interno do Instituto para colher novos parâmetros metodológicos oriundos da Geografia norte-americana eram tidos como capazes de garantir e impulsionar em novos moldes a eficácia das intenções emanadas dos dois esteios das políticas territoriais de Getúlio Vargas – a “mitologização da hinterlândia”, investida na Campanha Marcha para o Oeste, e o conceito de região como pilar interpretativo central do Brasil. A nosso ver, foi sob a vigência desses lastros que a obra de Orlando Valverde incorporou uma linguagem mais afeita ao discurso econômico, sem que isso contrariasse certos móveis já valorizados naquelas diretrizes de arraigada ressonância nos estudos geográficos, revelando, portanto, que o aprofundamento dessa tendência nos estudos geográficos gestados no período Dutra apenas obedeceu a uma necessidade já pleiteada ou sinalizada anteriormente.

Isso ajuda a explicar de que modo a vivência, tanto de Orlando Valverde quanto a de seus colegas, nas universidades norte-americanas abriram definitivamente o enredo para a diversificação das matrizes teóricas prevalecentes na Geografia brasileira, até então sobremaneira atrelada aos pressupostos da corrente francesa para respaldar os estudos regionais. A partir das novas influências teórico-metodológicas colhidas na estada nos Estados Unidos, as diretrizes políticas e a mentalidade empirista e modernizadora abraçadas por esses geógrafos foram endossadas pelas orientações geográficas norte-americanas, de Preston James a Richard Hartshorne. Isso, de um lado, porque respaldavam o conhecimento mais confiável sobre as potencialidades naturais suscetíveis de valorização e o aconselhamento do Estado a respeito dos problemas atinentes ao território14; de outro, principalmente no caso do último geógrafo citado, porque oferecia uma análise mais acurada dos propósitos e da natureza do método geográfico, revestindo-o de identidade própria em relação às outras áreas do conhecimento.

No caso de Orlando Valverde, muito embora não pairem dúvidas de que seu trabalho tenha conservado o conhecimento e a aproximação de certas nuanças de método defendidas pelos geógrafos norte-americanos15, não é possível negligenciar que algumas de suas prerrogativas adentraram solidamente a formação científica que ele tivera com as teorizações geográficas alemãs incorporadas por Leo Waibel16. Disso, na verdade, emerge a especificidade de seu contributo a partir do artigo “Excursão à região colonial antiga do Rio Grande do Sul”. Ademais, vistas em conjunto, essas idéias penetraram na comunidade geográfica ibegeana segundo uma operacionalização e utilização não meramente teórica mas, sobretudo, no sentido de importação metodológica para fins práticos bem delimitados e atinentes aos propósitos territoriais assumidos por uma Geografia que, no plano mais geral, aprumou-se a serviço do Estado brasileiro e, mais especificamente, contou com a empatia dos geógrafos do Instituto como o ideal de um Estado forte capaz de ser justificado em trabalhos de cunho técnico. Prova disso são as requisições existentes, nesses estudos, de haver uma atuação mais marcante da parte dos órgãos estatais, com a preocupação maior de reconhecer o território para, subsumindo os conflitos sociais, radiografar os males e as potencialidades nele pressupostos como contrariedades ou trunfos em relação a suas aspirações modernizantes. O caso de Orlando Valverde não contraria essa tendência e, no caso específico do artigo aludido, certas apropriações metodológicas nele refletidas ajudam a compreendê-la.

4.3. As filiações e os princípios teórico-metodológicos legados por Waibel a