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município de Feira de Santana/ BA

2.8. A teoria e a prática na atuação do professor

referenciais de conhecimentos, metodologias, atitudes e valores sejam estabelecidos por todos os atores do processo.

Com esse entendimento, propõe-se um currículo que proporcione um trajeto de formação que privilegie: indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão; interdisciplinaridade e transdisciplinaridade; formação profissional para a cidadania; autonomia intelectual; responsabilidade, compromisso e solidariedade social.

2.8. A teoria e a prática na atuação do professor

A articulação teoria-prática deve fazer parte do direcionamento dado em todo o processo de formação docente. As experiências de pesquisa vivenciadas no decorrer da formação possibilitam ao estudante perceber que a prática atualiza e interroga a teoria. Desse modo, reconhece-se que:

a prática sinaliza questões e a teoria ajuda a apreender estas sinalizações, a interpretá-las e a propor alternativas. (...) A prática é o local de questionamento, do mesmo modo que é objeto deste questionamento, sempre mediado pela teoria. (Esteban e Zaccur apud Ferraz, 2002: 63)

Neste entendimento, a sala de aula tomada como espaço de investigação, apresenta ao professor esta possibilidade de conhecer, refletir e entender os processos individuais e dinâmicos de aprendizagem de seus alunos, a suscitar constantemente novos questionamentos, a favorecer a revisão de conclusões iniciais à luz de novas observações e também do conhecimento já consagrado na literatura.

A prática é o objeto de investigação permanente do professor durante sua formação e na ação profissional. Esse olhar permite que se dê a construção de métodos de ensino que garantam o aprendizado dos conhecimentos e da maneira de produzi-los. É fundamental ainda considerar que o desenvolvimento pedagógico a partir das práticas, permite dar conta da complexidade do processo de formação humana, por sua sintonia permanente com o movimento da realidade (Caldart, 2001:76).

A formação dos formadores refere-se à qualificação de professores para o ensino superior. Ao enfocar esse tema, O PNG indica que, para a concretização das propostas

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que ali são apresentadas, exige-se docente com novo perfil. Um perfil que passa, necessariamente, pela formação científica do professor na sua área de conhecimento, preferentemente no nível do doutorado, pelo conhecimento do complexo processo histórico de constituição de sua área, pela compreensão ampla e crítica dos métodos que produziram o conhecimento acumulado naquela especificidade, de modo a iniciar todo aluno aos fundamentos e aos métodos que produziram e produzem aquela ciência.

Entretanto, a qualificação de professores para o ensino superior não deve restringir-se ao domínio da ciência. No âmbito da formação dos formadores é imprescindível que a competência pedagógica esteja presente, o que impõe, de imediato, a necessidade de integração entre as demandas da graduação e os currículos dos programas de pós-graduação.

Os valores éticos e de cidadania igualmente devem compor o perfil do docente do ensino superior. Este entendimento pressupõe que o ato de ensinar e o compromisso educacional estão muito além do aspecto meramente profissional e que o papel das instituições formadoras não se restringe ao treinamento de recursos humanos.

Dentre as metas e parâmetros definidos no PNG para a qualificação dos docentes das IES, destacam-se:

-Ampliação pelas agências de fomento à pós-graduação ―stricto sensu‖, dos programas para capacitação e formação dos docentes da graduação.

-Instituição, em todas as IES, de programas de formação pedagógica em perspectiva continuada, a prover-lhe, inclusive, meios para adoção e absorção de novas tecnologias e metodologias de ensino.

O aprimoramento da competência científico-pedagógica do docente do ensino superior far-se-á de forma gradual e contínua tanto nos programas de formação pedagógica específica proposta pelas instituições quanto nos processos rotineiros de formação que se constroem nas próprias discussões acadêmicas, quando da atuação coletiva dos docentes em torno de Projetos Pedagógicos de Curso.

Sem dúvida, as alternativas destacadas anteriormente recaem no número de professores para atendimento da demanda e sinaliza para a necessária ampliação do quadro de docentes com graduação. Entretanto, há registros no Educacenso/MEC de que o Brasil depara-se com uma realidade que agrava a situação de uma escassez de

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professores para atuação na Educação Básica. As causas para a reconhecida escassez estão relacionadas com a desvalorização do profissional docente, quais sejam, salário, condições de trabalho, elevado número de alunos por turma, dentre outras.

Outra causa que favorece o déficit de professores está relacionada com as aposentadorias ocorridas após o cumprimento mínimo de 25 ou 30 anos de exercício profissional e o pequeno contingente de licenciados egressos das universidades brasileiras. A evasão nos cursos de licenciaturas tem se evidenciado como uma causa que contribui, ainda mais, para o agravamento dessa situação (Ruiz, Ramos, & Hingel, 2007:49).

Ainda no sentido de definir políticas públicas, o fato de aumentar o número de vagas para a Educação Básica, ampliar o número de estabelecimentos de ensino e implantar programas específicos de educação para jovens e adultos não seriam suficientes para reverter a situação educacional do país.

Outras ações e projeções foram definidas e estão em processo de implantação ou já em execução com vistas à melhoria da qualidade do ensino público. Para tanto, investir na capacitação do professor é uma das prerrogativas para o avanço da qualificação docente. Como alternativas de enfrentamento dessa situação, o Conselho Nacional de Educação/CNE sugeriu investir em duas vertentes: formação inicial e formação continuada para docente.

Dentre as considerações acima expostas, há que se levar em conta o percentual elevado de professores em serviço não graduados e graduados em áreas distintas da sua da atuação em sala de aula.

No que diz respeito aos professores não graduados em exercício, o PARFOR compõe a Política Nacional de Formação dos Profissionais da Educação que, juntamente com os outros dois poderes públicos (estadual e municipal), em parceria com as Universidades públicas que passam a oferecer Cursos de Licenciatura em todas as áreas de conhecimento básico, como formação inicial (1ª licenciatura). Para os professores graduados na modalidade bacharelado, são oferecidos Cursos na Licenciatura que correspondam a sua atuação profissional (2ª licenciatura), cuja complementação formativa é referente aos conteúdos pedagógicos.

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No tocante ao estado da Bahia, o quadro funcional revela, ainda, dados que impressionam pelo elevado número de professores à margem do processo de formação inicial, que deveria habilitá-los adequadamente para o exercício da docência na Educação Básica. Dados apresentados pelo Instituto Anísio Teixeira às universidades públicas baianas registraram, para o ano de 2007, um total de 76.043 professores que careciam de titulação adequada para o exercício da docência. Desta demanda, 49.283 são para o Curso de Licenciatura em Pedagogia (1ª a 4ª Séries), 11.851 professores estão localizados nas séries de 5ª a 8ª e 14.909 docentes para os Cursos de Licenciaturas que formam professores para a docência no Ensino Médio.

No ano de 2009, registra-se uma redução com relação ao ano de 2007, mas ainda é um quantitativo elevado, que corresponde a 57.417, (dados do IAT). Destes, 3.397 são bacharéis, a necessitar de Formação Pedagógica, que totaliza 800 horas mínimas, conforme orientações do PARFOR e exigência da LDB vigente para o exercício da docência na Educação Básica (Bahia, 2011).

Referente ao Curso de Licenciatura em Letras - Português, a SEC/BA sinaliza para uma demanda de formação de 2.332 docentes para o Ensino Médio e 1.185 docentes para o 2º Ciclo do Ensino Fundamental (Bahia, 2011).

A decisão do MEC foi estratégica e relevante ao buscar a parceria das Universidades, uma vez que este espaço é legitimado pela sociedade na sua função de proporcionar formação profissional e técnica mediante seus cursos de graduação.

O trabalho universitário tem uma dimensão formativa e, portanto, pedagógica. Eis por que o ensino de graduação é uma das atividades universitárias mais visíveis (não só para os governantes como para o grande público). É no curso de graduação que o indivíduo desenvolve competências e habilidades requeridas para o exercício profissional, diante dos desafios com os quais vai se defrontar.

Além de sua atuação efetiva de formar profissionais, a universidade busca formar o cidadão com maior consciência crítica para manifestar-se, ativamente, sobre as ocorrências de seu mundo e sobre seu papel da ciência na sociedade contemporânea.

Ainda que a universidade não seja o único fator determinante do comportamento do egresso, há que se considerar seu papel na busca de soluções para problemas sociais e culturais existentes em seu entorno. Portanto, o espaço acadêmico deve estar voltado

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para o ―como‖, ―onde‖, ―quando‖ e ―em que‖ seu profissional egresso pode e deve atuar.

Face ao exposto, nota-se que um Projeto Pedagógico de Curso deve aglutinar os eixos norteadores das características conceituais e das especificidades formativas de um Curso de Licenciatura, na perspectiva do reaprender a aprender na formação de professores.

Esta experiência indica o desenvolvimento de atividades interdisciplinares, a abordartemáticas emergentes, integração entre os conteúdos, o diálogo entre as áreas de conhecimento e as possibilidades de transposição didática dos conteúdos abordados.

A democratização e modernização da gestão da UEFS, garantindo o caráter participativo e descentralizado, conduzem a um novo padrão de gestão fundamentado em princípios, como: democracia, participação e autonomia; a mobilizar alunos, professores, gestores, profissionais técnicos e de apoio, bem como representantes da comunidade, num movimento coletivo de fortalecimento da gestão educacional.

Dentro deste enfoque, o modelo de gestão atual abrange a integração entre planejamento e execução, a descentralização e a desburocratização dos procedimentos, a avaliação permanente, o controle por resultados, por meio de reuniões mensais e a disponibilização de informações, como forma de imprimir transparência aos atos institucionais.

Neste sentido, duas ações institucionais desenvolvidas pela gestão atual representam o caráter participativo e descentralizado, a saber: o processo de revisão do Estatuto e do Regimento da Instituição, em curso desde 2008, bem como o processo de Orçamento Participativo, que proporciona à comunidade universitária e segmentos da comunidade externa um trabalho de parceria, transparência e de melhor utilização do dinheiro público.

A modernização da gestão, por meio das ações desenvolvidas em cumprimento às metas previstas no Plano Diretor de Gestão – PDG, que buscam ao desenvolvimento e à melhoria contínua dos processos administrativos da Instituição, utilizando-se de tecnologias adequadas, já podem ser percebidas, a exemplo da implantação do sistema administrativo informatizado. O PDG é baseado nos princípios do Modelo de

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Excelência em Gestão Pública (MEGP), a desenvolver-se por meio de ciclos contínuos de avaliação e aperfeiçoamento.

Além disso, em parceria com a SEC e IAT e com a CAPES, a UEFS implanta o Programa de Formação para Professores (PROFORMA) comprometido em contribuir para a melhoria da qualidade do ensino da Educação Básica, oferece cursos de Licenciatura destinados a professores da rede pública de ensino, com o objetivo de proporcionar formação necessária ao exercício da docência no ensino fundamental e no ensino médio.

Nesse sentido, já em parceria com o Governo Federal a UEFS oferece, em seu campus, na modalidade modular/presencial, os cursos de Licenciatura em Artes, Letras Vernáculas, Letras com Inglês, Ciências Biológicas, Matemática e Educação Física, no âmbito do PARFOR, a totalizar 300 vagas. Para o ano de 2015, foram implantados os cursos de Pedagogia e Ciências Biológicas na sede, bem como os cursos de Matemática e Ciências Biológicas no Campus da Chapada Diamantina de Lençóis-BA. Para 2016, foram aprovados os cursos de Letras/Inglês e Geografia.

A implantação do PARFOR, que se seguiu à definição da Política Nacional de Formação de Profissionais do Magistério da Educação Básica, compreende conjunto de ações do MEC em colaboração com as secretarias de educação de estados e municípios e as Instituições Públicas de Ensino Superior para ministrar cursos superiores a professores em exercício em escolas públicas que não possuem a formação adequada prevista pela LDB. São eles:

-cursos de 1ª licenciatura, para os que não possuem graduação;

-cursos de 2ª licenciatura, para os licenciados que atuam fora da área de formação;

-cursos de formação pedagógica para bacharéis sem licenciatura.

Para tanto, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES, lançou o PARFOR que integra o Plano de Ações Articuladas (PAR)2, no bojo do Plano de Desenvolvimento da Educação, ao qual aderiram todos os entes federados. Criou um sistema informatizado, a Plataforma Freire, pelo qual os professores das redes públicas se candidatam aos cursos de formação inicial e continuada, mediante pré- inscrição. As secretarias de Educação a que pertencem os docentes validam as inscrições que correspondem às necessidades da rede, conforme o planejamento

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estratégico elaborado e as inscrições validadas são submetidas às Instituições de Ensino Superior, para fins de seleção e matrícula. Os sistemas estaduais e municipais devem oferecer suporte a essas atividades em parceria com as IES. As despesas decorrentes das ações e dos programas provêm das dotações orçamentárias anuais do MEC, da CAPES, bem como do FNDE. Em 2011, foram previstos 510 milhões de reais para bolsas a professores formadores e custeio de atividades.

O governo federal criou, em 2003, a Rede Nacional de Formação Continuada de Professores, sob a responsabilidade das secretarias de Educação Básica e de Educação a Distância do MEC, em parceria com IES e com adesão de estados e municípios, a visar e institucionalizar o atendimento da demanda de formação continuada, dirigida exclusivamente à educação infantil e ao ensino fundamental. Nas universidades que se integraram à rede, foram instituídos Centros de Pesquisa e Desenvolvimento da Educação, a Universidade Aberta do Brasil (UAB), na modalidade a distância, em 2007, com uma equipe que coordena a elaboração de programas voltados para a formação continuada de professores.

Os centros têm a função de desenvolver pesquisas, estabelecer parcerias com outras universidades, articular-se às secretarias de Educação para o cumprimento das propostas conveniadas, oferecidas na modalidade semipresencial, com encontros e atividades individuais. Devem ainda cuidar da elaboração do material didático (livros, vídeos, softwares), da preparação/orientação do(a) coordenador(a) de atividades de cada secretaria da Educação e da formação de tutores.

Com o PARFOR, em 2009, as funções da rede foram redimensionadas e ganharam maior abrangência, e ela passou a ser denominada Rede Nacional de Formação Continuada de Profissionais da Educação Básica e a acolher maior número de projetos de formação das IES. Suas atribuições passaram a ser as de definir e coordenar a atuação das diferentes secretarias do MEC, da CAPES e do FNDE com as IES e os sistemas de ensino. A rede nacional consiste, portanto, em um conjunto de ações estratégicas de formação continuada, articuladas entre si com o objetivo de contribuir para a melhoria da formação de professores e alunos da educação básica.

Além de fortalecer os programas estratégicos da área, ela promove maior articulação entre as demandas de estados e municípios e os cursos oferecidos pelas instituições parceiras, a valer-se do maior refinamento das demandas das secretarias de

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Educação produzido pelo Plano de Ações Articuladas - PAR, o que permite melhor organização do seu atendimento pelas IES.

A Rede Nacional busca proporcionar a interação entre a pesquisa e a produção acadêmica das instituições formadoras e os saberes produzidos pelos professores da educação básica, e assegurar a participação dos envolvidos no planejamento, na gestão e na avaliação do projeto de formação. Fazem parte da Rede Nacional de Formação Continuada, as IES, comunitárias e sem fins lucrativos, e os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia. A participação nas ações da rede e o seu controle social são assegurados por um comitê gestor e pelos Fóruns Estaduais Permanentes de Apoio à Formação Docente.

O Ministério da Educação, em atendimento ao Decreto nº 6.775, de 29 de janeiro de 2009, que Institui a Política Nacional de Formação de Profissionais do Magistério da Educação Básica, em seu Art. 4º, Parágrafo 1º, estabeleceu diretrizes nacionais para o funcionamento dos Fóruns Estaduais Permanentes de Apoio à Formação Docente, concebidos como órgãos colegiados criados para dar cumprimento aos objetivos da Política Nacional de Formação de Professores, com a finalidade de organizar, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, a formação inicial e continuada dos profissionais do magistério para as redes públicas da educação básica.

O Fórum Estadual Permanente de Apoio à Formação Docente (FORPROF- BAHIA) foi instituído em janeiro de 2010, tendo como principais atribuições elaborar os planos estratégicos de formação de professores no estado da Bahia, a partir de diagnóstico e identificação das necessidades de formação de profissionais do magistério e da capacidade de atendimento das instituições públicas de educação superior.

Além disso, o FORPROF-BAHIA apresenta como premissas articular as ações voltadas ao desenvolvimento de programas e ações de formação inicial e continuada; subsidiar os sistemas de ensino na definição de diretrizes pedagógicas e critérios para o estabelecimento de prioridades para a participação dos professores em cursos de formação inicial e continuada; propor ações específicas para garantia da permanência e rendimento satisfatório dos professores-cursistas e estimular a possibilidade de instituição de grupos de professores em atividades de formação por unidade escolar, entre outros.

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O FORPROF – BAHIA é presidido pelo Secretário da Educação do Estado da Bahia e tem em sua composição representantes do Ministério da Educação, da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação – UNDIME, das universidades públicas, do Conselho Estadual de Educação, da União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação – UNCME, dentre outros.

Após sucessivas discussões, composição de Comissão de Elaboração de Projeto de Curso, trâmites internos no Departamento de Educação e nos Conselhos Superiores da UEFS, foi aprovada e autorizada a oferta do Curso de Licenciatura em Pedagogia, nominado inicialmente, de Curso de Formação de Professores para as Séries Iniciais do Ensino Fundamental – Licenciatura Plena, por meio das Resoluções CONSEPE, no. 73/1998 e Resolução CONSU, nº. 15/1998, de 08 de dezembro de 1998, respectivamente. Deste modo, a UEFS inicia em 1999, após processo seletivo especial, a sua trajetória no Programa de Formação para Professores em exercício, nas Séries Iniciais, com a oferta regular no Campus sede e em diversos Campi da região de Feira de Santana.

O Curso foi projetado na modalidade presencial e semestral, com o objetivo de qualificar e graduar professores da rede pública de ensino, com oferta de 80 vagas em Feria de Santana e 40 no Campus Avançado de Santo Amaro.

Em 2002, a UEFS amplia a oferta do Programa para contemplar os professores da rede municipal de 11 municípios circunvizinhos à Feira de Santana, na modalidade presencial e semestral, porém como oferta de cursos especiais, temporários, com funcionamento nos próprios municípios conveniados, esta oferta foi denominada Rede UEFS. Por se tratar de um curso, cujas turmas foram ofertadas fora de sede, o Conselho Estadual de Educação autorizou o funcionamento, por meio do Decreto Estadual no 9.079, de 27 de abril de 2004.

Em 2003, o Estado da Bahia, por meio da SEC, instituiu a Política Estadual de Educação, a contemplar a formação de professores em exercício, nas áreas básicas do conhecimento, em consonância com a LDB, lei nº 9394/96 em que todo professor deveria ter a formação adequada ao seu exercício profissional docente e, ainda, à demanda existente de professores nessas condições no ensino público do segundo ciclo do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. Desta forma, e de comum acordo com as

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Universidades públicas da Bahia (Federal e Estadual), o Programa de Formação para Professores foi instituído pelo Decreto no. 8.523 de 14 de maio de 2003.

Nesse mesmo ano, o CEE/BA disciplinou a oferta dos Cursos de Licenciatura integrantes do supramencionado Programa, com a aprovação, em 22 de julho de 2003, da Resolução CEE 57/2003. Entretanto, em período anterior a 2003, já se encontrava normatizada a oferta de cursos fora de sede, por meio da Resolução/CEE. BA n° 105, de 15 de dezembro de 1997, objeto de consideração desse processo. Por fim, o Conselho Estadual de Educação da Bahia recomenda a sua aprovação, por meio de emissão de Relatório, em 26 de janeiro de 2004.

O Programa, denominado de Programa de Formação para Professores, no ano de sua aprovação, projetou para a Primeira Etapa 4.000 (quatro mil) vagas distribuídas pelas universidades públicas do estado da Bahia, incluindo a Universidade Federal da Bahia, para oferta de cursos, na modalidade Licenciatura, com oferta presencial das Áreas Básicas do Conhecimento (Letras, Matemática, Física, Química, Ciências Biológicas, História e Geografia).

Para tanto, a implantação ficou condicionada aos cursos em que cada universidade já os ofertassem regularmente, por considerar legitimadas as condições de funcionamento apresentadas em cada uma das IES (corpo docente e infraestrutura). Em 2005, houve a ampliação no que diz respeito ao número de vagas para cursos novos ou