• Nenhum resultado encontrado

A criação de novos cursos tem sido articulada pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PPPG) por meio do estimulo à formação de grupos em diferentes departamentos e áreas de conhecimento, com incentivo à produção científica para construção de Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu articulados com as exigências do órgão regulador-CAPES.

1.8. Autoavaliação institucional

A Resolução do Conselho Universitário (CONSU) n° 47/2006 criou a Comissão Própria de Avaliação Institucional da Universidade Estadual de Feira de Santana (CPA- UEFS) e, mediante portaria, foi constituída a comissão responsável pela coordenação dos processos internos de avaliação.

A CPA-UEFS atua com autonomia em relação a conselhos e demais órgãos colegiados existentes na instituição de educação superior. As atividades de avaliação serão realizadas devendo contemplar a análise global e integrada do conjunto de dimensões, estruturas, relações, compromisso social, atividades, finalidades e responsabilidades sociais da instituição de educação superior.

A CPA - UEFS, prevista no Art. 11 da Lei no. 10.861, de 14 de abril de 2004, e constituída no âmbito de cada IES, tem por atribuição a coordenação dos processos internos de avaliação da instituição, de sistematização e de prestação das informações solicitadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP). A portaria 2051, de 09 de julho de 2004, regulamenta os procedimentos de avaliação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES) instituído na Lei 10.861.

A avaliação interna ou autoavaliação tem como principais objetivos: produzir conhecimentos; por em questão os sentidos do conjunto de atividades e finalidades cumpridas pela instituição; identificar as causas dos seus problemas e deficiências; fomentar a consciência pedagógica e capacidade profissional do corpo docente e técnico-administrativo; fortalecer as relações de cooperação entre os diversos atores institucionais; tornar mais efetiva a vinculação da instituição com a comunidade;

34

diagnosticar a relevância científica e social de suas atividades e produtos, além de prestar contas à sociedade.

Neste sentido, é de fundamental importância o engajamento de todos os sujeitos que compõem as estruturas acadêmica e administrativa da UEFS no processo de avaliação. A avaliação institucional busca a qualidade do fazer universitário e supõe a predisposição à mudança. Apresenta uma cultura da dinâmica de realidade científica, tecnológica, cultural, organizacional, política e social. Tendo suas propostas questionadas, a universidade precisa redefinir-se, reconstruindo permanentemente sua identidade e mudando a cultura e o fazer universitário. O papel estratégico de uma avaliação institucional é a superação permanente, pela atualização e análise de seus dados.

A avaliação das IES tem caráter formativo e visa ao aperfeiçoamento dos agentes da comunidade acadêmica e da instituição como um todo. Tal ocorre, em especial, quando conta com a participação efetiva de toda a comunidade interna e, ainda, com a contribuição de atores externos do entorno institucional. Nestes casos, a instituição constrói, aos poucos, uma cultura de avaliação que possibilita uma permanente atitude de tomada de consciência sobre sua missão e finalidades acadêmica e social.

As informações quantitativas e, sobretudo, as qualitativas deverão ser analisadas e divulgadas para que o processo de avaliação seja, de fato, um agente construtor permanente de uma Universidade pública, de referência e de qualidade.

No Brasil, o MEC aplica o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE) como um dos procedimentos de avaliação do SINAES, e é realizado pelo INEP, autarquia vinculada ao MEC, segundo diretrizes estabelecidas pela Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (CONAES), órgão colegiado de coordenação e supervisão do SINAES. O referido Exame tem como objetivo o acompanhamento do processo de aprendizagem e do desempenho acadêmico dos estudantes em relação aos conteúdos programáticos previstos nas diretrizes curriculares do respectivo curso de graduação.

O ENADE é componente curricular obrigatório aos cursos de graduação, conforme determina a Lei nº. 10.861, de 14 de abril de 2004. É aplicado periodicamente aos estudantes de todos os cursos de graduação, durante o primeiro ano (ingressantes) e

35

último ano (concluintes) do curso, admitida a utilização de procedimentos amostrais. Será inscrita no histórico escolar do estudante somente a situação regular em relação a essa obrigação, atestada pela sua efetiva participação ou, quando for o caso, dispensa oficial pelo Ministério da Educação, na forma estabelecida em regulamento. O estudante que tenha participado do ENADE terá registrada no histórico escolar a data de realização da prova.

As normas do ENADE estão dispostas na Portaria nº 40/2007, alterada pelo MEC em 2010. O ENADE é composto de uma prova geral de conhecimentos e uma prova específica de cada área, voltada a aferir as competências, habilidades e conteúdos agregados durante a formação. Os alunos ingressantes participarão apenas da prova geral, que será elaborada com base na matriz de referência do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Os alunos concluintes realizarão a prova geral de conhecimentos e a prova específica da área. Devem ser inscritos na condição de ingressantes todos os estudantes que tenham iniciado o curso com matrícula no ano de realização do ENADE.

Devem ser inscritos na condição de concluintes todos os estudantes que tenham expectativa de conclusão do curso no ano de realização do ENADE, além daqueles que tenham completado mais de 80% (oitenta por cento) da carga horária do curso.

O INEP disponibiliza, em meio eletrônico, questionários destinados a conhecimento do perfil dos estudantes inscritos, como subsídio para melhor compreensão dos resultados, conforme diretrizes definidas pela CONAES.

A edição de 2011 do ENADE avaliou os estudantes dos cursos de arquitetura e urbanismo, engenharia, biologia, ciências sociais, computação, filosofia, física, geografia, história, letras, matemática, química, pedagogia, educação física, artes visuais e música. Também responderam às provas os alunos de cursos superiores de tecnologia em alimentos, construção de edifícios, automação industrial, gestão da produção industrial, manutenção industrial, processos químicos, fabricação mecânica, análise e desenvolvimento de sistemas, redes de computadores e saneamento ambiental.

Os alunos do Curso de Letras – Português do PARFOR não participaram desta edição do ENADE porque não foram considerados habilitados para o cadastro como ingressantes (alunos que tenham iniciado o curso) ou concluintes (alunos que tenham expectativa de conclusão do curso).

36

Nesta perspectiva, a Universidade tem realizado um trabalho voltado para o fortalecimento das suas dimensões acadêmica, administrativa e estrutural. Isso exige constante capacitação profissional, renovação de conteúdos, métodos, práticas e meios de construção do saber; atualização das matrizes curriculares dos seus cursos e o fortalecimento dos vínculos entre o ensino superior, o mundo do trabalho e setores da sociedade, na busca da construção da cidadania. Dessa forma, tem apresentado seu papel social nos cenários estadual e nacional, como uma universidade emergente que se consolida pelo trabalho que desenvolve no campo do ensino, pesquisa e extensão.

37