• Nenhum resultado encontrado

AMOSTRA QUALITATIVA DAS ENTREVISTAS

No documento Processos de design e inovação social (páginas 132-135)

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

AMOSTRA QUALITATIVA DAS ENTREVISTAS

O cronograma das atividades relacionadas ao planeamento e execução das entrevistas estão disponíveis no Apêndice T.

O tratamento dos dados relativo às entrevistas teve início com a transcrição das gravações . As entrevistas foram transcritas para em fichas individuais . 46 47

CASO ENTREVISTADO FUNÇÃO NO PROJETO

Programa de Educação Sócio Ambiental para as Escolas Municipais de Canoas

F. K. Coordenação

M. S. Coordenação

Comunidades Criativas das Geraes D.M. Investigador

2 de Maio Todos os Dias

J. M. Coordenação

G. F. Coordenação

I. V. Designer

Oportunidades para a Inovação Social e

Empreendedorismo na Região de Aveiro T.F. Coordenação

A Avó veio Trabalhar S.A. Coordenação

A Gente Transforma P. F. Designer

F. D. Repórter

O modelo de ficha de transcrição das entrevistas está disponível no Apêndice U.

46

A transcrição das entrevistas estão disponíveis em: Apêndice V, Apêndice W, Apêndice X,

47

2.1.3 Análise de conteúdo

A análise de conteúdo tratou da análise das comunicações realizadas com os entrevistados. Por procedimentos objetivos e sistemáticos de descrição do conteúdo das mensagens, obteve-se indicadores para inferir o conhecimento (Bardin, 1977). O método de análise de conteúdo possibilitou tratar informações e testemunhos que apresentavam grau de complexidade e profundidade, como por exemplo os relatórios das entrevistas semidiretivas. Nesta investigação foi executada a análise do conteúdo de viés qualitativo. Foram discriminadas as leituras do tipo quantitativas destinadas a medir as frequências de conceitos e termos.

Em termos de tratamento dos dados, os diagramas de afinidades foram os 48 primeiros exercícios adotados para o agrupamento das unidades de análise, para posteriormente relaciona-los com as categorias que emergem da revisão de literatura. Algumas categorias surgiram dos próprios dados em tratamento.

Em relação ao dados obtidos pelo método em questão, conforme anuncia Bardin (1977), estes não podem ser generalizados mas corroboram para a premissa em causa.

O método complementar indicado à análise de conteúdo é a recolha de documentos sobre a qual a análise de conteúdo deve procurar fundamentação.

2.2 Análise de documentos

Análise documental é uma operação que visa representar o conteúdo de um documento sob uma forma condensada da original (Bardin, 1977). Para os estudos de caso, a vantagem do uso de documentos é corroborar e valorizar as evidências oriundas de outras fontes (Yin, 2010).

Os documentos considerados válidos para o estudo de caso foram (Yin, 2010): — documentos de planeamento dos projetos;

— propostas e documentos internos; — cronogramas de atividades dos projetos;

Para o estudo de caso é importante trabalhar com documentação do tipo propostas de projeto, relatórios provisórios e artigos não publicados, manuscritos e correspondências entre patrocinadores e equipa de trabalho. Concomitantemente, os documentos devem ser cruzados com outras fontes de informação como por exemplo as entrevistas.

O diagrama de afinidade é um exercício indutivo que começa por observar e agrupar detalhes

48

específicos em pequenos nichos para depois dar origem a categorias abrangentes (Martin & Hanington, 2012).

A partir do contato com os designers entrevistados foram solicitados os documentos digitais referentes às fases de elaboração e planeamento do projeto.

Obtivemos os seguintes documentos com os coordenadores de Design do caso Programa de Educação Sócio Ambiental para as Escolas Municipais de Canoas: i) Termo de Abertura do Projeto; ii) Cronograma Geral; iii) Cronograma das Atividades de Design.

A investigadora do projeto Comunidades Criativas das Geraes disponibilizou para nossa investigação os seguintes documentos: i) Plano de Trabalho; ii) Crédito Orçamentário; iii) Cronograma de Atividades Programadas; iv) Questionário de Avaliação final das oficinas; v) Termo de Referência.

Os coordenadores do caso 2 de Maio Todos os Dias concederam os seguintes documentos: i) fichas de candidatura ao Programa Grupo de Trabalho dos Bairros e Zonas de Intervenção Prioritária BIP/ZIP Lisboa submetidas nos anos 2013 e 2014; ii) Cronologia das Atividades; iii) fotografias do local antes da intervenção do projeto.

Os documentos do caso A Avó veio Trabalhar não foram cedidos pela equipa, mas foram possíveis de encontrar e consultar pela web os seguintes documentos: i) fichas de candidatura do projeto ao Programa Grupo de Trabalho dos Bairros e Zonas de Intervenção Prioritária BIP/ZIP Lisboa nos anos 2015 e 2016.

Em relação aos casos Oportunidades para a Inovação Social e Empreendedorismo na Região de Aveiro e A Gente Transforma não foram cedidos nem encontrados os documentos de elaboração e planeamento do projeto.

2.3 Medidas não intrusivas

As medidas não intrutivas são um método originário das Ciências Sociais 49 que não estabelece contato com os informantes, diferentemente das entrevistas e inquéritos. Os dados obtidos por meio de entrevistas e inquéritos podem ser alterados pela impressão que os informantes têm de si ou querem transmitir ao investigador (Lee, 2000; Kellehear, 1993), por esse motivo o método de medidas não intrusivas é não-reativo por evitar reações no objeto de estudo causadas pela presença do investigador (Webb, Campbell, Schwartz, Sechrest, & Grove, 1981).

É um método a ser complementado por outros e deve ser utilizado para dar relevância a outras fontes que normalmente são desconsideradas na investigação científica (Martin & Hanington 2012). O método não intrusivo considera o uso de fontes escritas, gravações de áudios e vídeos, fotografias, imagens, objetos físicos, e outros. Os autores Webb et al. (1981) sugerem aos Na literatura inglesa as referências equivalentes aparecem como unobtrusive methods (Lee, 2000;

49

investigadores em Ciências Sociais dedicar atenção às fontes de dados do género: i) vestígios físicos; ii) observação não participante; e iii) fontes documentais. As primeiras tratam de objetos resultantes da cultura material gerados pela atividade humana; as segundas tratam de informações captadas sem o conhecimento anterior do sujeito ou grupo de sujeitos em observação; e as terceiras englobam documentos e registros em geral (tab. 39). Com a propagação do uso da web tem se incorporado as mídias digitais no conjunto de fontes válidas dos métodos não intrusivos (Martin & Hanington, 2012; Lee, 2000).

Tabela 39

FONTES PROCEDENTES DE MÉTODOS NÃO INTRUSIVOS (ADAPTADO DE

No documento Processos de design e inovação social (páginas 132-135)