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TÍTULO DA INICIATIVA LOCAL DA INICIATIVA INSTITUIÇÃO DO PARTICIPANTE IDIOMA SELECIONADO

No documento Processos de design e inovação social (páginas 118-122)

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

TÍTULO DA INICIATIVA LOCAL DA INICIATIVA INSTITUIÇÃO DO PARTICIPANTE IDIOMA SELECIONADO

Instituto Mani Nova Lima, Brasil Universidade do Estado de Minas Gerais

Português Rede Design Possível São Paulo, Brasil Universidade Federal de Pernambuco Português Programa de Educação Sócio

Ambiental Canoas, Brasil Unilasalle Português

Estaleiro Liberdade São Paulo, Brasil Universidade Federal de Uberlândia Português

Proyecto Encrucijada Moreno, Argentina Universidad de Buenos Aires Português

Centro de Proyecto, Diseño y

Desarrollo Buenos Aires, Argentina Universidad de Buenos Aires Espanhol Taller de Diseño popular, Cadenas

productivas y Construcción de paz

Cartagena, Colômbia

Universidad Jorge Tadeo

Lozano Espanhol

Olla sobre la Llama Barranquilla, Colômbia Universidad del Norte Espanhol

Octopus Santiago, Chile Instituto Profesional DuocUC Espanhol

1.1.5 Considerações

A partir do conjunto de respostas dos participantes, corroboramos com a literatura que afirma as práticas de Design para a Inovação Social atuarem em diversas problemáticas sociais.

Na visão dos inquiridos os projetos académicos são considerados boas práticas pelo processo de Design. Nota-se que esses projetos não são mencionados pelos resultados de Design. No caso das organizações privadas, a proposta, o processo e o resultado de Design foram igualmente relevantes para a identificação das organizações como boas práticas.

Nas iniciativas em estudo é necessário verificar a interação do Design com outras disciplinas. Não é possível pressupor que, pelo fato do Design estar presente em todas as fases do processo, essas iniciativas não sejam formadas por equipas multidisciplinares. O mesmo ocorre nos casos onde as atividades de Design foram pontuais, onde deve-se verificar quais demais campos de conhecimento envolvidos e, principalmente, identificar quais etapas do processo em que a atividade de Design esteve ativa.

A partir das respostas inseridas no questionário, é discutível a compreensão de alguns inquiridos sobre a ideia de Design para Inovação Social. Percebemos que entre as vintes iniciativas indicadas, oito não atenderam ao conceito de Design para Inovação Social. Este ponto leva-nos a identificar que perante alguns respondentes, os conceitos de Design Social e Design para Inovação Social não se distinguem.

No conjunto de iniciativas analisadas é perceptível que os grupos sociais inseridos em pontos distantes dos centros urbanos não estão a ser contemplados nem pelas universidades nem pelas iniciativas privadas. Essa assunto leva-nos a questionar o interesse dos designers em atuar em regiões carentes e distas dos centros urbanos. Deve-se investigar o motivo pelo qual as equipas estabelecem projetos circunscritos à própria região. Ainda, deve-se procurar compreender como funciona a networking entre os designers com interesse em práticas de Design para Inovação Social, visto que os participantes indicam iniciativas desenvolvidas no próprio local onde atuam profissionalmente.

Acerca dos objetivos do questionário, o resultado é considerado positivo, pois foi possível obter participantes de países distintos da América Latina como era previsto na aplicação da ferramenta em formato eletrónico. Porém, o presente questionário é um instrumento construído para obter conhecimento de práticas recentes de Design para Inovação Social, logo uma abordagem mais próxima dos líderes dos casos se faz necessário na próxima etapa da investigação.

Na continuação da análise das dez iniciativas pré selecionadas, deve-se avaliar a veracidade das informações cedidas pelos participantes, sendo primordial verificar se tais iniciativa podem ser de fato consideradas boas práticas de Design para Inovação Social.

1.2 Desk research

Em áreas de investigação em que o corpo de conhecimento teórico e prático é incipiente, caracterizado por documentação escassa e relatórios diminutos com conclusões pouco categóricas, o método desk research é adequado para reunir informações dispersas.

O método desk research pode ser referido equivocadamente como revisão da literatura. Enquanto a revisão de literatura é focada na aquisição de conhecimentos teóricos sobre um conceito ou tópico, o método desk research é usado para coletar dados inclusive de pesquisa existentes, desde que coadjuvem na resposta à questão de investigação.

As fontes tradicionais de desk research são as bibliotecas. Com a disseminação de informação na web, a internet é um meio aditivo à busca de informações. Entretanto, uma estrutura criteriosa deve ser estabelecida para validar o método e os dados encontrados.

A finalidade de usar este método é rastrear casos de Design orientados à Inovação Social em Portugal desenvolvidos em centros de investigação em Design, organizações profissionais, instituições educacionais, agências governamentais, e laboratórios.

Para o uso deste método é adotado o seguinte procedimento nesta investigação:

i) identificação de fontes relevantes e seguras: instituições de ensino, organizações governamentais, organizações não governamentais, empresas, laboratórios que desenvolvem atividades relacionadas ao Design e Inovação Social.

ii) seleção da informação: procura por informações atualizadas dos casos acerca da missão, dos objetivos, das tarefas desenvolvidas e da nítida demonstração de objetivos centrados em causar mudança social.

1.2.1 Dados obtidos

A desk research reúne casos de Design e Inovação Social conduzidos em Portugal. O resultado deste método é a obtenção de 9 casos, apresentados na tabela 35. Para a análise primária dos casos reunidos são escolhidos três critérios de análise. Um dos critérios advém do inquérito por questionário, e os outros dois critérios são novos na investigação. Entre os casos encontrados, destacamos o projeto A Gente Transforma, desenvolvido por designers portugueses. Por este ser um caso que dispõem de financiamento, recursos humanos e materiais brasileiros, é considerado um caso brasileiro de Design e Inovação Social.

O critério mantido do inquérito por questionário é: i) a atividade de Design ser presente durante todo o processo ou em etapas específicas do processo. Os dois novos critérios são: i) as entregas de Design; ii) a caracterização de

caso de Inovação Social. O critério entregas de Design procura identificar as entregas materiais e imateriais que resultam da atividade de Design no caso. O critério Inovação Social procura compreender os elementos que caracterizam o caso como Inovação Social.

Os casos identificados pelo método desk research configuram-se inicialmente como exemplos de Inovação Social pelos seguintes motivos:

— 2 de Maio Todos os Dias, por desenvolver atividades multissetoriais fundamentadas em princípios de sustentabilidade e em processos participativos, visando a inclusão de pessoas em situação de vulnerabilidade sócio económica e a promoção da qualidade de vida no bairro 2 de Maio; — Projeto D’Ajuda, por propor a cocriação de projectos partilhados com a comunidade visando promover o desenvolvimento local;

— Oportunidades para a Inovação Social e Empreendedorismo na Região de Aveiro, por implementar uma estratégia comum para a promoção do empreendedorismo e o desenvolvimento sustentado de projetos inovadores na região;

— A Avó veio Trabalhar, porquê promove a aprendizagem, a partilha e o empoderamento de idosos por meio de lavores domésticos e do Design; — Técnicas Ancestrais Soluções Atuais, por dinamizar a rede de produção local e valorizar os produtos artesanais da região;

— O que Comemos, por ser um projeto desenvolvido em âmbito escolar e orientado à alimentação saudável de crianças moradoras em bairros pobres; — ColorADD, por promover a integração social e o bem-estar dos indivíduos portadores de daltonismo por meio de um sistema único de identificação das cores;

— Vintage for a Cause, por envolver mulheres em situação de desamparo em atividades de transformação de vestuário, e desenvolver as vertentes interpessoal;

— Remix, por propor o ensino de técnicas moveleiras visando solucionar a problemática do emprego e a geração de rendimentos.

Tabela 35

No documento Processos de design e inovação social (páginas 118-122)