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ANEXO B — TRANSCRIÇÃO DAS ENTREVISTAS Perguntas feitas aos participantes de pesquisa:

1 Como você reage quando um aluno se expressa durante a sua aula por meio do humor?

2 Quando o humor em sala de aula não é bem-vindo?

3 O humor está presente de alguma forma nas suas aulas? De que maneira? 4 Quando que o humor em sala de aula pode contribuir para bons resultados didático-pedagógicos?

5 O que você entende por cidadania

6 O que você entende por humor? O que é humor para você? 7 Que relação você vê entre cidadania e humor?

8 Com que objetivo você educa?

Transcrição das respostas dos seis participantes da pesquisa, na linguagem utilizada para o uso dos softwares estatísticos R e do IRAMUTEQ:

**** *Entrevistado_1 *Resp_1

Bem, mas veja, eu estou aposentado desde 2010, só trabalhando com pós_graduação, basicamente doutorado, então intervenção de aluno é diferente do resto que acontece no mundo. Um aluno fazendo intervenção usando o humor, ótimo. Todo o mundo dá risada e é perfeito, mas se não usar humor, também não é por isso, não há intervenção que atrapalhe. Por exemplo, eu tenho dois alunos nessa turma aqui que são professores no programa de pós_graduação. É aluno ouvinte, não matriculado, mas não tem intervenção que atrapalhe, com ou sem humor. Não fede nem cheira.

**** *Entrevistado_1 *Resp_2

Não. Eu adoro pessoas bem_humoradas e não gosto de ninguém mal humorado.

**** *Entrevistado_1 *Resp_3

Eventualmente, nada planejado. Eu sou professor, eu não sou performático. Professor de cursinho é performático. Eles têm praticamente nada de conteúdo porque não têm conteúdo, só aquilo lá que eles sabem bem e depois o resto é didatização, dramatização, etc. Aqui, não. É completamente diferente. O que eu apresento para os alunos é o meu pensamento sobre o assunto e que de algum jeito deve ser valioso porque eles vêm fazer as disciplinas e eu não tenho que ficar didadizando, sendo divertido, enfim. É outra coisa, outro esquema. Não programo a aula para ser divertida.

**** *Entrevistado_1 *Resp_4

Eventualmente, sim. Professor de cursinho faz isso: Cria piadinha, cria musiquinha. Essas coisas que o aluno decora assunto, aqui a gente não decora nada.

**** *Entrevistado_1 *Resp_5

O que é um cidadão? Uma pessoa que tem direitos e deveres numa determinada comunidade e que é respeitada por conta disso. Não sei, não tenho uma definição sobre cidadania.

**** *Entrevistado_1 *Resp_6

Etimologicamente é umidade né? Sei lá, o humor é um jeito de encarar os eventos, as situações. Também não sei o que eu definiria como humor. Não sou lexicólogo, não tenho muita ideia disso. É aquela coisa, a gente sabe o que é até que pedem que a gente defina.

**** *Entrevistado_1 *Resp_7 Não vejo.

**** *Entrevistado_1 *Resp_8

Eu apresento o meu pensamento para o aluno que busca algo valioso na disciplina

**** *Entrevistado_2 *Resp_1

Não tem problema nenhum até agosto. Rio junto com ele. Sabe que eu gosto, né? Eu acho que fica muito legal, a não ser que seja um humor que seja agressivo ou para turma ou para mim, mas para mim fica bem melhor.

**** *Entrevistado_2 *Resp_2

Um humor agressivo aconteceu comigo na terça_feira, que não foi humor, mas agressivo para mim. O aluno falou “professora! Primeiro você fala como vai ser o profissional do futuro, mostra um vídeo bem de vanguarda e é ridículo o que você fez! Ridículo o que você fez! E aí você pede para imprimir um papel. [em tom ríspido] – e de certa forma ele tinha razão. Eu não tiro a razão dele. Daí eu já aproveitei, que a gente ia falar sobre comunicação, que ele poderia falar aquilo de outro jeito, aí o grupo entrou e malhou o cara e aí foi ruim. Ele se expôs, foram ao meu favor e daí não ficou legal. Eu tive que contemporaneizar. Não sei se foi um mal humor. Ele tem uma personalidade mais crítica, mais agressiva. Não foi humor. O humor não é bem_vindo quando é fora de contexto. Se o humor é adaptado ao assunto ele é muito legal, é engenhoso, é criativo, a gente dá parabéns, manda se beijar, enfim, se ele faz isso com graça, com espontaneidade, com genialidade às vezes, é muito lindo, vale a pena e eu rio.

**** *Entrevistado_2 *Resp_3

errado, que eu passei vergonha, o que aconteceu. Eu sou engraçada, eu tenho algumas coisas engraçadas. E faço algo jocoso de mim mesma, conto algumas histórias que eles riem. Uso, por exemplo, brincadeiras do dia a dia, dramatizo brigas de marido e mulher, o que o homem fala, o que a mulher fala, a diferença entre os dois gêneros e que o homem não é muito ligado a detalhes, enfim, são coisas assim. Eu também sou brincalhona, senão ninguém aguenta né, Fernando? A vida muito séria ninguém aguenta.

**** *Entrevistado_2 *Resp_4

É quando você trabalha em campo relaxado e quando isso acontece você fica mais espontâneo, mais leve, o aprendizado flui.

**** *Entrevistado_2 *Resp_5

Cidadania como um todo, né? Eu acho que dentro de sala de aula também tem cidadania. Tem algumas regras básicas que precisam ser cumpridas. Tem as relações entre as pessoas que precisam ser respeitadas, principalmente quando a gente convive muito tempo. E temos os nossos direitos e temos os nossos deveres e isso a gente pode ampliar tanto para a casa da gente, quanto para o bairro, quanto para a cidade, quanto para o país, quanto para o mundo, quanto para o planeta.

**** *Entrevistado_2 *Resp_6

É tudo o que me faz rir. E como eu já tenho o riso solto Tudo o que é inteligente e me faz rir.

**** *Entrevistado_2 *Resp_7

Olha, eu nunca tinha pensado nisso, mas eu acho que falar de cidadania através ou por por meio do humor, o ser cidadão pelo humor... mas eu nunca tinha pensado nisso e estou fazendo essas conexões agora. O que eu penso é ainda muito vaporoso, não é nada sólido, mas eu acho que quem tem humor deve lidar com isso ou com a vida muito melhor, eu imagino.

**** *Entrevistado_2 *Resp_8

Objetivo Eu educo para que esse conhecimento faça sentido para esse aluno. Principalmente para o adulto que precisa usar esse conhecimento agora nas coisas dele. E que seja principalmente na sua vida pessoal e social, na melhor forma que ele conseguir.

**** *Entrevistado_3 *Resp_1

São várias formas de se expressar com o humor. Uma é em relação a aquilo que você está trabalhando em sala de aula e eles então fazem comentários e navegam junto com o teu humor, quer dizer como eles respondem o teu humor e é muito interessante porque daí você tem o diálogo. Você joga o humor ele te responde com humor e isso vira uma grande confraternização dentro da sala, porque da relação com o aluno isso acaba contagiando a turma inteira. Eu me

lembro que eu gosto de fazer muitos exemplos e às vezes exemplos que até mexem com eles. Eu me lembro uma vez que um aluno falou assim para mim: “professora, mas esse seu exemplo é exagerado! –e riu, né? E disse “Você está exagerando! Aí eu olhei para ele e disse assim: “Exagerado! Jogado aos seus pés, eu sou mesmo exagerado! [cantando esse trecho da música do Cazuza]. Você cria daí uma relação de integração de todos para dentro da brincadeira, porque eu acho que isso é importante. A brincadeira é gostosa quando um maior número de pessoas possam participar.

Agora existe a brincadeira deles com eles mesmos. Pode até ser sobre o professor, mas ele não é convidado a participar. E como eu respondo a isso? Eu tenho um grau de tolerância porque eu acho isso gostoso, acho que tem que ter poros para eles respirarem.

Eles têm de ter esse bate_papo, o respeito do espaço deles mesmo de conversarem em sala de aula. A sala não pode ser uma coisa hermética, então há essa autonomia deles eu explico isso no primeiro dia de aula. Que eles têm esse espaço de eles fazerem comentários, de eles se conversarem, deles interagirem entre eles, porque às vezes você fala coisas e o cara olha para trás e comenta o que você está falando e que isso também é importante, então eu tenho um respeito muito grande. Eu sempre coloco para eles a diferença entre este humor, esta conversa, essa risada entre eles, essa troca de figurinhas entre eles, da bagunça. Existe aí quando você extrapola e aquela conversa vai se estendendo, se estendendo e se estendendo.

**** *Entrevistado_3 *Resp_2

Eu acho que daí o humor deixa de acrescentar para ele passar a deixar de ser humor para ser uma situação de desagregação. Então esses limites eu vejo que tanto o professor, quanto o aluno, têm que ter essa percepção. Quando não tem essa percepção, você tem formas muito sutis de você falar: Opa! Vamos participar dessa brincadeira todo mundo junto? Podemos compartilhar essa brincadeira? Você entra também de uma forma de não cercear a espontaneidade mas de perceber que ou essa espontaneidade é compartilhada por todos ou ela já está atravessando o limite do humor, da participação, para a desagregação.

**** *Entrevistado_3 *Resp_3

Eu vejo que ele pode contribuir de algumas formas. Primeiro: Eu construo material didático. Então eu tenho uma autonomia, eu lanço mão forma muito constante do humor. Eu já trabalhei com o recruta Zero, eu trabalho com a Mafalda, Eu trabalho com o Pasquim, com as charges, eu trabalho com música, com o repertório nordestino de repentes que trabalham com o humor. Então você tem aí um conjunto muito grande de inserção do humor no teu trabalho e isso estimula.

Eles gostam muito. Eu procuro pesquisar quais são as coisas que eles gostam de ler. E sempre aparece humor. Então dentro daquilo que eles gostam eu vou buscar como uma forma de aproximar deles e de tornar o conteúdo significativo para eles, e eles têm uma resposta muito interessante. Eles se inquietam muito. Eu me lembro quando teve o caso da ação terrorista do Charlie Hebdo, que é também um humor, eu trouxe para sala de aula muitos dos trabalhos deles e eu acho que foi um momento trouxe maior inquietação para eles. Porque assim como o Charlie Hebdo a gente teve o Pasquim, a gente tem vários cartunistas que trabalham nesse mesmo viés de inquietação. E daí eu fui vendo as respostas deles desse humor mais político, mais contestador e sempre respeitando, porque daí você tem uma reação muito plural porque você tem você tem uma sala de 50 alunos e você vai ter de tudo, mas sempre eu percebo que nós conseguimos na sala de aula lidar com as diferenças.

Nunca em momento nenhum as diferenças geraram atritos ou segmentações. Sempre a gente conseguiu dialogar. Eu sempre digo para os meus alunos assim quando a temperatura esquenta um pouco. Eu digo para eles Opa, vamos chegar aqui num mínimo de um consenso. Todo mundo aqui é gente de bem? Joia professora, todo o mundo é gente de bem. Se todo quer o bem de todo o mundo, então a gente tem que saber conviver num ambiente de divergências. E aí o pessoal novamente retoma e é muito gostoso.

**** *Entrevistado_3 *Resp_4 **** *Entrevistado_3 *Resp_5

Eu diria que é complexidade. Eu trabalho com educação e sempre eu digo para os meus alunos que a cidadania é um conjunto muito complexo. Eu me lembro que quando teve as passeatas de 2013 eu fiz um cartaz grande que saiu na Folha de São Paulo em que tinha várias demandas. E aí eu disse para eles: Vocês podem pegar uma dessas demandas que aparece ou vocês podem inserir uma outra demanda e eu quero que vocês trabalhem em essas demandas não circunstancialmente, mas estruturalmente da questão Brasil. E aí eles foram percebendo que a cidadania diz respeito a condições estruturais de vida. É mais do que é um direito que está lá impresso na Constituição. Ela diz respeito a um desejo, uma necessidade social e ela não é restrita a 1988. A constituição diz respeito a uma história de um povo, de seus desejos, de suas inquietações. Eu vejo, como professora de história, que a cidadania é uma construção. Ela está aí como uma construção histórica desse povo que se expressa nessas necessidades, nesses anseios, nessas esperanças, que nós chamamos de cidadania e que está lá na nossa Constituição e que se refere a uma questão estrutural.

Eu vejo o humor também com vários pontos de vista. Eu vejo o humor gostoso em si mesmo sem qualquer preocupação maior. É você chegar num sábado de manhã com chuva, olhar aquela garotada e dizer: Vamos cantarolar cantando na chuva, vamos melhorar esse astral aqui antes de começar a aula. A turma vai se aquietanto, vai sentando, vai tocando na mesa, a harmonia da música. Em alguns momentos assim que são muito presentes na sala de aula porque você acompanha eles durante um semestre, às vezes por um ano inteiro, e você percebe que existe um momento de exaustão, de cansaço... o humor por ele mesmo ele é gostoso. Tem o humor que é esse da inquietação, da ironia, do levar a pensar, a questionar, acho extremamente importante. Também acho o humor direto, o humor sem ser irônico, mas esse humor de desconstrução. Ele é aquele humor que te tira o chão. Ele é importante e às vezes, necessário. E o humor sobretudo no grupo. Quando ele é feito no grupo e cria uma rede aí é porque ele aconteceu mesmo. Não adianta você ficar rindo sozinho porque isso às vezes acontece. E quando isso acontece, no meu ponto de vista isso é engraçado porque eu tenho uma risada engaçada. E aí os alunos riem do meu jeito de rir e eu digo “vocês não escapam e acaba sendo uma qualidade.

**** *Entrevistado_3 *Resp_7

Totalmente. Porque a falta de humor é censura. E se você tem censura não tem cidadania completa porque você está cerceando aquilo que é mais precioso da manifestação humana que são as suas exteriorização. Então a falta de humor significa a não possibilidade de humanização e isso é grave. Porque você não ousa. Se há censura você tá numa camisa de força, você tá se autorestringindo. Está se inibindo. Se há restrição, não há descoberta. Não há a inquietante busca da descoberta. O humor tem esse aspecto de destravar. Se você tem humor, tem espontaneidade, pluralidade e democracia.

**** *Entrevistado_3 *Resp_8

Com o objetivo de mobilizar os alunos em torno de temáticas que quando desenvolvido por meio de combinados adquire vários ângulos possíveis. Com esse encaminhamento somam_se interesses a serem pesquisados, debatidos e compartilhados.

Exemplo:

Primeiro dia de aula apresento uma proposta inicial, abro o debate gerando sugestões e compromissos, deste modo é estabelecido no coletivo ramificações temáticas a partir da proposta inicial. Esse desdobramento torna significativo para todos os conteúdos a serem desenvolvidos. Depois, dentro dessa mesma dinâmica organizamos o processo avaliativo. Também procuro deixar claro que é possível durante as nossas atividades, se necessário, rediscutir os combinados. Além do

espaço da sala de aula converso com os alunos nos horários de atendimento e por e_mail.

Portando o objetivo é compartilhar experiências, conhecimentos e respeitar diferentes abordagens. Lembra da brincadeira do anel que ia passando de mão em mão na roda e vinha um colega e escolhia qual das mãos estava o anel, se ganhava legal. O anel voltava para a roda e ele também. Caso perdesse também voltava para a roda. O objetivo de educar é que todos estejam na roda. Eu falo para os meus alunos devemos segurar nossas mãos até o final do semestre, entramos juntos e vamos sair juntos.

**** *Entrevistado_4 *Resp_1

Muitas vezes o humor do aluno é bem vindo porque ele também me ajuda a fazer a turma descontrair, me faz rir e acho bem bacana. Eu rio junto com os alunos, mas sou obrigada a confessar que muitas vezes o humor atrapalha, porque às vezes ele ele desvia do foco da matéria. Eu tenho um problema particular e não sei se cabe falar aqui, mas eu tenho problema de audição e às vezes eu não entendo que o aluno está falando e está todo mundo rindo e eu perdi o timing do humor. É um problema particular meu eu não conseguir escutar sempre o que o aluno fala. Eu acho que às vezes quando eu consigo escutar o que o aluno fala, eu consigo fazer outra piada junto e isso pode ser enriquecedor. Mas às vezes eu posso ficar constrangida também com a piada. Mas o que mais me constrange não é a piada em si, mas é quando eu não a ouço tenho que perguntar para que o aluno repita a piada, mas daí já perdeu a graça. E já perco o fio da meada do que eu estava falando antes.

**** *Entrevistado_4 *Resp_2

O humor pode atrapalhar e tirar do foco a atenção dos alunos ele pode humilhar. E inclusive ele pode ser mal interpretado. Eu tenho um pouco essa preocupação como professora de quando eu estou um pouco mais espontânea, um pouco mais descontraída, porque o humor tem essa relação com a espontaneidade, de acabar ofendendo alguém com o que eu estou dizendo ou por ser mal interpretada, ou mesmo porque talvez eu deixe escapar algum preconceito meu de maneira que possa ser um pouco inconsciente da minha parte, ou até que seja consciente, mas que eu desejaria não expressar e acabo deixando vazar porque o humor está muito perto dessa ideia do ato falho que vem quando estou mais espontânea. Então eu acabo revelando muito sobre a minha pessoa e isso me vulnerabiliza como professora. Ficar vulnerável como professora me aproxima da humanidade dos alunos. Mas me cria problema no sentido de que eu posso ser alvo de críticas e hoje em dia até de um processo judicial.

Nossa difícil! Sim, primeiro porque eu procuro me divertir nas minhas aulas. Em primeiro lugar porque eu procuro não me levar muito a sério, embora me leve bastante a sério. Mas eu procuro me lembrar de que eu não sou a dona da verdade e eu procuro sempre tornar a minha fala menos autoritária, menos monológica, para usar um termo de Bakhtin. Não sou dona da verdade, embora eu tenha bastante conhecimento acumulado. Então quando eu estou em sala de aula, uma forma de que me utilizo para relativizar o conhecimento, arejar um pouco a seriedade, e dar um formato menos autoritário para o que eu estou dizendo, eu uso o humor. Porque eu eu acho que toda forma de conhecimento questionada e isso eu faço trazendo um pouco de humor na minha própria fala. Então eu muitas vezes me auto ironizo, eu dou exemplos meus que eu considero engraçados e curto muito fazer os meus alunos rirem para descontrair. Porque eu acho que isso ajuda eles a prestarem atenção na minha aula e a não dispersarem. Então eu diria que o humor está bastante presente, eu faço questão que ele esteja presente nas minhas aulas.

**** *Entrevistado_4 *Resp_4

De certa forma eu já respondi isso na questão anterior. O humor ajuda as pessoas a se solidarizar, a descontrair, a relativizar as verdades. Ajuda nos tornar mais alegres.

E muitas vezes pode ajudar a compreender o conteúdo da matéria. **** *Entrevistado_4 *Resp_5

Eu sinto vergonha de responder sobre isso, porque eu acho que eu refleti pouco sobre o conceito de cidadania. Eu acho que a minha reflexão sobre cidadania é bem imatura. Mas a cidadania para mim significa a prática do convívio democrático entre indivíduos dentro de um sistema sócio_político_econômico específico.

Na minha perspectiva, eu pouco penso em educar para cidadania. Em geral eu penso em educar para autonomia e para o senso crítico. Mas como eu falei, eu refleti pouco sobre cidadania, mas de fato ela é importante. Porém a minha forma de Educar é muito pouco voltada para a ideia de convívio, e a tua entrevista me faz refletir sobre o quão pouco destaque eu dou para a ideia de convívio, de exercício de diálogo e de exercício de democracia. E me faz pensar o quão importante é eu direcionar minhas aulas para esse exercício do convívio, da busca de soluções conjuntas para problemas que são problemas conjuntos. Então me parece que educação e cidadania são e deveriam estar intimamente relacionadas. Nesse sentido de que se deve educar uma pessoa para viver em sociedade, e não só para satisfazer a seus próprios interesses e estabelecer a própria autonomia. Mas sobretudo para aprender a conviver. Para que esta pessoa conquiste seus objetivos, ela vai precisar saber negociar dentro da sociedade. Ela não é uma ilha. Então nesse sentido eu acho que a educação para cidadania é tão importante quanto a

educação para a autonomia e essas duas coisas são complementares. **** *Entrevistado_4 *Resp_6

É tudo aquilo que me faz rir. Não necessariamente um riso explícito, mas que