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TELE CENTRO SUL PARTICIPAÇÕES S.A.

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES

2. Apresentação das demonstrações financeiras

a. Formação da nova Companhia Holding Tele Centro Sul Participações S.A. e preparação das demonstrações financeiras consolidadas em e para o exercício findo em 31 de dezembro de 1998

As demonstrações financeiras consolidadas refletem a condição financeira e os resultados das operações da Tele Centro Sul Participações S.A. e de suas subsidiárias (conjuntamente designadas Companhias).

Em 22 de maio de 1998, os acionistas da Telebrás aprovaram a sua divisão em doze novas companhias holding, pela qual os acionistas existentes receberam ações das novas companhias na proporção das suas participações na Telebrás. As novas companhias possuem os ativos e passivos previamente contabilizados nas contas da Telebrás, exceto por alguns itens que permaneceram nos registros contábeis da Telebrás e que não foram alocados às novas Companhias Holding. Como resultado da cisão, ativos líquidos no valor de R$683.571, excluindo os investimentos nas subsidiárias, foram alocados à Tele Centro Sul.

Além de aprovar a alocação de ativos e passivos às novas Companhias Holding na assembléia de 22 de maio de 1998, os acionistas estabeleceram o patrimônio líquido de cada nova companhia holding, e alocaram, a cada uma, parte dos lucros acumulados da Telebrás. A Telebrás reteve lucros acumulados suficientes para pagar dividendos e outros valores. O saldo de lucros acumulados da Telebrás foi alocado a cada nova companhia holding proporcionalmente ao total dos ativos líquidos alocados a cada companhia. O valor alocado de lucros acumulados não representa os lucros acumulados históricos das novas companhias holding. O

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valor de lucros acumulados alocados à Companhia resultou em um aumento de R$268.143 em relação aos lucros acumulados históricos das Subsidiárias.

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A separação entre os negócios de telefonia fixa e celular e a formação da Companhia Holding foram contabilizadas como reorganizações de entidades sob controle comum, de modo similar à fusão. No Brasil, as leis societária e fiscal permitem às companhias estatais participantes do programa de privatização do governo, um atraso de três meses entre a data-base contábil para a cisão e a data da assembléia de acionistas para aprovação de tal cisão, incluindo a respectiva base contábil dos ativos líquidos cindidos. Além disso, conforme permitido pela lei societária brasileira, o valor do investimento em subsidiárias foi determinado com base nos balanços patrimoniais de tais subsidiárias em 31 de dezembro de 1997. Como resultado, estas demonstrações financeiras consolidadas de e para o exercício findo em 1998 incluem os resultados das operações e as mutações na situação financeira das subsidiárias a partir de 1º de janeiro de 1998 e os efeitos do caixa e de outros ativos alocados da Telebrás em 1º de março de 1998.

b. Apresentação das demonstrações financeiras consolidadas para os exercícios até 31 de dezembro de 1997

Os ativos e passivos dos negócios de telecomunicações celulares foram transferidos às nove recém- formadas Companhias Celulares pelos seus respectivos custos históricos corrigidos monetariamente. As receitas e despesas associadas também foram alocadas às respectivas Companhias Celulares. As demonstrações financeiras consolidadas incluídas e referentes ao período de dois anos findo em 31 de dezembro de 1997 não representam, necessariamente, a posição financeira e os resultados das operações que teriam ocorrido naquele período se os negócios de telecomunicações de linha fixa das Companhias fossem entidades legais separadas durante tal período.

Considerando que foram mantidos registros contábeis separados de receitas e de custos dos serviços para o negócio celular, os valores reais puderam ser identificados e transferidos. Com relação a custos, outros além dos custos de serviços, as metodologias adotadas na transferência dos ativos e passivos incluíram a identificação específica dos custos associados àqueles ativos e passivos e a alocação de custos onde a identificação específica não foi possível. As alocações foram feitas de acordo com critério s estabelecidos pela administração, e foram designados a assegurar a devida inclusão de todos os custos relevantes nos resultados das operações para os períodos apresentados. Os critérios de alocação incluíram: área quadrada (em relação às despesas relativas a terreno e construção), número de terminais (em relação às funções da administração geral, contabilidade, processamento de dados, departamento jurídico e de outros empregados), número de empregados (em relação às despesas relativas a recursos humanos), número de requisições emitidas (em relação aos custos de material de escritório) e quilômetros rodados para determinadas despesas de transporte. A administração acredita que os valores incluídos nas demonstrações financeiras consolidadas refletem, adequadamente, os resultados operacionais do negócio.

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No período anterior a 31 de dezembro de 1997, o caixa e determinadas dívidas não específicas do negócio de telecomunicações celulares não puderam ser segregadas das Companhias. Assim sendo, tais valores estão incluídos nas demonstrações financeiras consolidadas para os períodos findos antes de 1º de janeiro de 1998. Em decorrência disto, certas receitas e despesas financeiras, relativas aos negócios de telecomunicações celulares, não puderam ser identificadas e, conseqüentemente, o resultado das operações descontinuadas é apresentado antes das receitas/despesas não alocadas e de impostos.

c. Correção Monetária das Demonstrações Financeiras

As demonstrações financeiras consolidadas, para os exercícios até 31 de dezembro de 1997, foram preparadas com base na correção integral para o reconhecimento dos efeitos das alterações no poder aquisitivo da moeda brasileira durante os períodos apresentados. As demonstrações financeiras consolidadas continuam a refletir os efeitos dos ajustes de correção monetária contabilizados em 1997 e em anos anteriores, principalmente em relação ao valor contábil do ativo imobilizado e correspondentes despesas de depreciação e amortização.

O principal critério para a correção monetária foi o seguinte:

i. Índice de correção monetária

As demonstrações contábeis para os exercícios até 31 de dezembro de 1997 foram atualizadas ao poder aquisitivo da moeda em 31 de Dezembro de 1997 com base na variação mensal do valor da Unidade Fiscal de

Referência - UFIR até 31 de Dezembro de 1995 e do Índice Geral de Preços – Mercado – IGP-M, da Fundação

Getúlio Vargas em 1996 e 1997 após a UFIR ter deixado de ser utilizada em conseqüência de uma alteração da legislação societária brasileira. Os índices de inflação para cada ano do período de 3 anos findos em 31 de Dezembro de 1998, medido pelo IGP-M foram os seguintes:

Período Inflação Anual % Ano findo em 31 de Dezembro de 1996 9,2 Ano findo em 31 de Dezembro de 1997 7,7 Ano findo em 31 de Dezembro de 1998 (indexação não aplicada) 1,8

A Administração acredita que esses índices são indicações apropriadas do nível geral de inflação dos preços para fins de princípios contábeis brasileiros e americanos para os anos indicados.

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Em julho de 1997, a taxa de inflação acumulada nos últimos três anos para o Brasil caiu abaixo de 100%. Entretanto, para fins contábeis, o método de correção integral continuou a ser aplicado até 31 de dezembro de 1997. O Instituto Brasileiro de Contadores ainda não divulgou regras definitivas sobre a data em que o método de correção integral não mais poderá ser utilizado para a preparação das demonstrações financeiras. Entretanto, a administração acredita que tal método não é mais adequado, em função dos baixos níveis de inflação experimentados pelo Brasil em 1998 e, em conseqüência, a partir de 1º de janeiro de 1998, os saldos corrigidos dos ativos não monetários e passivos da empresa em 31 de dezembro de 1997 foram utilizados como saldos iniciais para 1998 e os itens da demonstração de result ados não mais foram corrigidos pela inflação.

ii. Demonstrações consolidadas de resultados

Em 1997 e anos anteriores, os componentes das demonstrações de receitas foram ajustados por:

• Alocação de ganhos e perdas inflacionários referentes aos ativos e passivos monetários, para seus respectivos componentes das receitas e despesas financeiras;

• Alocação de ganhos e perdas inflacionários referentes aos demais itens monetários, para seus respectivos componentes das receitas e despesas financeiras. Valores sem os correspondentes componentes de receita e despesa financeira foram alocados para “Outras receitas/(despesas) líquidas”.

i. Depreciação e Amortização

A depreciação e amortização são baseadas no saldo do custo corrigido até 1997. Em 1998 outros componentes da demonstração de resultado não foram corrigidos pelos efeitos correntes ou anteriores de inflação.

ii. Efeitos do Imposto de Renda Diferido dos ajustes inflacionários em 1996 e 1997

Como resultado da legislação que descontinuou o sistema de correção monetária para os efeitos da lei societária brasileira e para os principais efeitos fiscais a partir de 1º de Janeiro de 1996, a correção monetária dos ativos e passivos para fins de demonstração financeira, usada para os períodos contábeis até 31 de Dezembro de 1997, não é mais permitida para propósitos fiscais. Portanto, um passivo de imposto diferido é criado devido ao excesso de ativos líquidos conforme os demonstrativos financeiros em relação à base fiscal de tais ativos líquidos. O encargo referente ao passivo de imposto diferido adicional de R$ 159.593 e de R$ 150.147 em 1996 e 1997, respectivamente, foi contabilizado diretamente contra lucros acumulados. A amortização do passivo do imposto de renda diferido ocorre proporcionalmente à depreciação dos valores do ativo permanente base para o cálculo do imposto de renda diferido e são contabilizados como uma redução da despesa tributária.

d. Participações minoritárias

Em 31 de dezembro de 1998 e para o período findo nessa data, as participações minoritárias referem-se aos interesses de acionistas nas Subsidiárias, exceto Tele Centro Sul Participações mostrados na tabela abaixo:

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Percentual de Participação

Minoritária

Telecomunicações de Santa Catarina S. A ... 23,95% Telecomunicações do Paraná S. A ... 34,47% Companhia Telefônica Melhoramento e Resistência S. A ... 25,48% Telecomunicações de Goiás S. A ... 17,67% Telecomunicações do Mato Grosso do Sul S. A ... 4,66% Telecomunicações do Mato Grosso S. A ... 12,87% Telecomunicações de Rondônia S. A ... 11,12% Telecomunicações do Acre S. A ... 6,93% Telecomunicações de Brasília S. A ... 19,42%

As participações minoritárias refletidas nos exercícios encerrados em 31 de dezembro de 1996 e 1997 referem-se aos interesses de acionistas nas Subsidiárias, exceto Telebrás.

e. Operações descontinuadas para os exercícios encerrados em 31 de dezembro de 1996 e 1997

Em 1996 e 1997 os negócios de telecomunicações de linha fixa das Companhias foram apresentados como operações continuadas e os negócios de telecomunicações celulares como operações descontinuadas. Os ativos e passivos dos negócios de telecomunicações celulares são apresentados como ativos líquidos das operações descontinuadas para esses períodos.

Da mesma forma, receitas, custos e despesas, ativos e passivos e fluxos de caixa dessas operações descontinuadas foram excluídos de suas respectivas rubricas nas demonstrações consolidadas do resultado, nos balanços patrimoniais consolidados e nas demonstrações consolidadas dos fluxos de caixa e foram informados como “Lucro das operações descontinuadas de celular antes de receita/despesa financeira não apropriada, impostos e participações minoritárias”, como “Ativos líquidos das operações descontinuadas” e como “Caixa líquido utilizado nas operações descontinuadas”, para 1996 e 1997. As informações financeiras resumidas das operações descontinuadas são as seguintes:

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1996 1997

Receita operacional líquida ... 581.460 875.053 Lucro antes da receita/despesa financeira, impostos e part icipações

minoritárias não apropriadas ... 297.274 341.636 Ativo circulante ... 218.803 Imobilizado, líquido ... 1.151.242 Total do ativo ... 1.371.938 Passivo circulante... 70.455 Total do passivo... 249.529 Ativo líquido das operações descontinuadas ... 1.122.409

f. Informações financeiras publicadas anteriormente

A apresentação das demonstrações financeiras consolidadas está consistente com a apresentação das demonstrações financeiras publicadas das Companhias, das quais as informações financeiras anexas foram extraídas, excetuando-se alguns ajustes ao patrimônio líquido e ao lucro líquido referente a 1998 que estão detalhados nas tabelas que se seguem, além de determinadas reclassificações efetuadas nos Balanços Patrimoniais Consolidados e nas Demonstrações Consolidadas de Resultados. Estas reclassificações foram feitas para que seja mantida a consistência entre as informações financeiras publicadas anteriormente com as apresentadas neste documento, para a apresentação dos negócios celulares das Companhias como operações descontinuadas para os exercícios de 1996 e 1997 e para refletir a parcela do patrimônio líquido e do lucro líquido atribuível aos acionistas como participações minoritárias em 1996 e 1997, exceto Telebrás.

Os quadros abaixo apresentam as reconciliações do lucro líquido, para o exercício encerrado em 31 de dezembro de 1998 e para o patrimônio líquido na mesma data, de acordo com a Legislação Societária Brasileira com o lucro líquido e o patrimônio líquido conforme demonstrado:

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Lucro líquido

Lucro líquido de acordo com a Legislação Societária Brasileira... 330.332 Despesa adicional de depreciação devido à correção monetária de ativos não monetários

até 31 de dezembro de 1997... (90.788) Perda adicional na alienação de imobilizado devido à correção monetária de ativos não

monetários até 31 de dezembro de 1997... (17.761) Provisão adicional para créditos de liquidação duvidosa (reconhecida em 1997 para fins de

divulgação nos Estados Unidos e 1998 para fins de Brasil) ... 11.400 Provisão adicional para o plano de pensão complementar da Telepar (reconhecida em 1997

para fins de divulgação nos Estados Unidos e 1998 para fins de Brasil) 11.077

Efeito do Imposto de renda diferido nos ajustes acima... 28.403 Participação minoritária nos ajustes acima ... 1.557 Lucro líquido ... 274.220

Patrimônio líquido

Patrimônio líquido de acordo com a Legislação Societária Brasileira ... 5.115.717 Aumento do imobilizado, líquido, devido à correção monetária de ativos não monetários até

31 de dezembro de 1997... 658.925 Efeito do Imposto de renda diferido no ajuste acima ... (217.445) Participação minoritária no ajuste acima... (101.579) Patrimônio líquido ... 5.455.618

f. Princípios da consolidação

Estas demonstrações financeiras consolidadas incluem os registros financeiros da Companhia Holding e de suas subsidiárias. Foram eliminados todos os saldos e transações relevantes existentes entre as empresas do mesmo grupo.

3. Resumo das principais práticas contábeis