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14.01 PROJEÇÕES EMPRESARIAIS E/OU DE RESULTADOS Ambiente Econômico Brasileiro

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14.01 PROJEÇÕES EMPRESARIAIS E/OU DE RESULTADOS Ambiente Econômico Brasileiro

Os negócios da Companhia, condição financeira, resultados das operações e projeções dependem das condições econômicas na Região e no Brasil, e em particular do (i) crescimento econômico e seu impacto na demanda por serviços de telecomunicação; (ii) custo e disponibilidade de financiamento e; (iii) taxas de câmbio entre a moeda brasileira e as estrangeiras.

Antes da introdução do Plano Real no final do ano de 1993, a economia brasileira era muito volátil. O Governo Federal implementou uma sucessão de programas visando estabilizar a economia e estabelecer bases para um crescimento não inflacionário sustentável. Mudanças nas políticas monetária, de crédito, tarifária, e outras, foram freqüentes e ocasionalmente drásticas. Atitudes para controlar a inflação, taxas de juros ou consumo incluíram congelamento de contas bancárias, imposições de controle de capital, introdução de tarifas altas e outras medidas fortes. Mudanças de política, instabilidade social e outros acontecimentos políticos e econômicos, e as respostas do governo brasileiro a tais acontecimentos, tiveram impacto significativo nos negócios, operações, condição financeira e resultados das operações das Empresas Predecessoras.

O Governo Federal apresentou o Plano Real em dezembro de 1993. O Plano Real é um plano de estabilização econômica que visa reduzir a taxa de inflação reduzindo certos gastos públicos, recolhendo passivos devidos ao Governo Federal, aumentando a receita tributária, continuando a privatizar entidades pertencentes ao governo e introduzindo uma nova moeda. O real foi introduzido como unidade monetária brasileira em 1º de julho de 1994, inicialmente com uma taxa de câmbio de R$1,00 para US$1,00. O real se manteve até janeiro de 1995 e, desde então, vem gradualmente decrescendo em valor em relação ao dólar, chegando a R$1,2087 para US$1,00 em 31 de dezembro de 1998. O Plano Real teve sucesso no controle da inflação e na estabilização da economia brasileira, porém causou um desaquecimento da economia e o aumento do desemprego na maioria das regiões e setores da economia.

A crise financeira na Ásia e seus múltiplos efeitos apresentaram sério s desafios para o Brasil. Depois de atingir uma alta histórica de US$74,7 bilhões em abril de 1998, as reservas internacionais brasileiras caíram para US$42,4 bilhões em 31 de outubro de 1998.

Em novembro de 1998, em resposta a contínua pressão sobre o real e a rápida queda na reserva em dólares do país, o Brasil negociou um empréstimo de US$41,5 bilhões com o FMI. A aceitação do pacote proposto pelo FMI cria um comprometimento do Brasil em implementar uma combinação de cortes nos gastos e aumentos de imp ostos. O Brasil recebeu o primeiro pagamento de aproximadamente US$9,4 bilhões em duas parcelas. O nível das reservas internacionais brasileiras foi estabilizado com o anúncio do pacote de apoio, chegando a US$44,6 bilhões em 31 de dezembro de 1998. No final de 1998, a Cotação Comercial de Mercado era de R$1,2087 para US$1,00.

Depois de alguns progressos iniciais em implementar o Programa de Estabilização Fiscal anunciado no final de 1998, o Governo Federal encontrou dificuldades em implementar o programa no Congresso. Veja “Ambiente Político Brasileiro”. O Banco Central tentou uma desvalorização controlada do real aumentando o banda dentro da qual o real era negociado, mas intervenções subsequentes falharam em manter a taxa dentro da nova banda. Em 15 de janeiro, o Banco Central anunciou que o real seria flutuante, com intervenções do Banco Central somente em casos de extrema volatilidade. O nível das reservas internacionais e o valor do real continuaram a baixar. Em 31 de janeiro, a reserva internacional brasileira era de US$36,1 bilhões e a Cotação Comercial de Mercado era de R$1,9832 para US$1,00.

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Nas semanas seguintes, o Governo Federal teve uma série de sucessos legislativos em seus esforços para implementar a redução de gastos e medidas para aumento da receita sob o Programa de Estabilização Fiscal. O Brasil também começou a negociar com o FMI os ajustes do programa de 1999 a 2001 e um acordo sobre novas metas econômicas foi alcançado em março. O Brasil recebeu uma segunda parcela, de aproximadamente US$4,9 bilhões do FMI seguido por US$4,9 bilhões adicionais em empréstimos bilaterais sob o pacote de apoio liderado pelo FMI. Futuras parcelas dependerão da habilidade do Brasil de cumprir as metas primárias e no progresso da implementação de reformas fiscais. Não existem certezas de que o Brasil conseguirá cumprir as metas primárias sob seu acordo com o FMI e, assim sendo, não é certo que a quantia total do acordo com o FMI esteja disponível para o Brasil.

Depois de efetivar as medidas do pacote de apoio do FMI, as reservas internacionais brasileiras chegaram a US$38,9 bilhões em 8 de abril de 1999. A Cotação Comercial de Mercado era de R$1,7026 para US$1,00 em 8 de abril de 1999.

Como resultado dos eventos anteriores, o Produto Interno Bruto (“PIB”) caiu 1,64% durante o último trimestre de 1998, refletindo quedas de 6,45%, 2,45% e 0,65% nos setores de agricultura, industrial e de serviços, respectivamente. O PIB caiu em 0,15% no ano de 1998, comparado com crescimento de 3,47% durante o ano anterior. O déficit brasileiro continuou a crescer em 1998, alcançando US$35,2 bilhões, comparado com um déficit de US$33,4 bilhões no ano anterior. No final do primeiro trimestre de 1999, o déficit chegou a US$3,5 bilhões, resultado de um déficit comercial de US$535 milhões e da dívida de US$3,4 bilhões durante o período. Entradas de investimentos diretos estrangeiros aumentaram em 52,6% em 1998, totalizando US$26,1 bilhões. Desta quantia, 23,4%, ou US$6,1 bilhões, resultou da participação estrangeira no programa nacional de privatização. Nos primeiros dois meses de 1999, a entrada de investimentos estrangeiros totalizou US$5,7 bilhões, trazendo o investimento para um total de US$29,7 bilhões nos doze meses seguintes, terminados em 28 de fevereiro de 1999.

Desenvolvimentos em Outros Países de Mercados Emergentes

Os mercados brasileiros de títulos mobiliários podem ser influenciados por condições econômicas e de mercado de outros países com mercados emergentes. Apesar das condições financeiras serem diferentes em cada país, as reações dos investidores a acontecimentos em um determinado país podem ter efeito nos títulos de emissores em outros países, incluindo o Brasil. Durante 1998 e 1999 até então, os mercados financeiros internacionais experimentaram uma volatilidade significativa e um grande número de índices de mercado financeiros, incluindo aqueles do Brasil, caíram consideravelmente.

A volatilidade de mercado atual nos mercados de ações da América Latina e outros mercados emergentes tem sido atribuída, pelo menos em parte, aos efeitos da crise econômica na Ásia e na Rússia. Por exemplo, a crise na Ásia no quarto trimestre de 1997 provocou uma crise econômica e financeira significativa no Brasil. Em agosto de 1998, após a desvalorização da moeda russa, novamente o Brasil experimentou retiradas de capital e baixas significativas em seus mercados de ações. Veja “Ambiente Econômico Brasileiro”.

Não é possível assegurar que os mercados de ações brasileiros não serão mais afetados negativamente por eventos em outros países, especialmente em países emergentes, ou que tais eventos não afetarão os preços das ações da Companhia.

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O Brasil experimentou taxas de inflação ou desvalorização da moeda brasileira extremamente altas e geralmente imprevisíveis por muitos anos até a implementação do Plano Real. A inflação, assim como certas medidas governamentais para combater a inflação, e especulações públicas sobre futuras medidas a serem tomadas, também têm contribuído historicamente para incerteza econômica no Brasil e para aumentar a volatilidade nos mercados de títulos mobiliários. Veja “Ambiente Econômico Brasileiro”.

A tabela a seguir apresenta a taxa de inflação brasileira, medida pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), e a desvalorização da moeda brasileira em relação ao dólar americano durante os períodos indicados.

31 de dezembro de 1996 1997 1998

(percentuais) Inflação (IGP -M) ... 9,2 7,7 1,8 Desvalorização (reais x dólares) ... 6,9 7,4 8,3

Desde a introdução do Plano Real em julho de 1994, a taxa de inflação brasileira tem caído consideravelmente. A taxa de câmbio entre o real e o dólar americano mantiveram-se relativamente estáveis entre meados de 1994 e final de 1998, mas uma volatilidade extrema retornou em 1999. Veja “Ambiente Econômico Brasileiro”. Durante o primeiro trimestre de 1999, a inflação, conforme medida pelo IGP -M, chegou a 7,4% e a desvalorização do real em relação ao dólar americano foi de 42%.

A inflação e a desvalorização têm conseqüências adversas nos negócios, projeções, condição financeira e resultados das operações da Companhia. Esses fatores causam distorção nas demonstrações financeiras da Companhia e tornam difíceis as comparações periódicas. As diferenças entre a taxa relativa de inflação brasileira, comparada com as taxas dos parceiros de negociação do Brasil, e a taxa de desvalorização da moeda, podem causar perdas na folha de balanço da Companhia em seus passivos de moeda estrangeira. A inflação pressiona as tarifas da Companhia e faz com que o Governo Federal tente controlá-la segurando as tarifas que as empresas públicas de utilidades são autorizadas a cobrar.

Não é possível assegurar que a inflação brasileira continuará a crescer em taxas moderadas ou que, se houver um aumento na inflação, os negócios, projeções, condição financeira e resultados das operações da Companhia não serão afetados.