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Discussão e Análise pela Administração da Condição Financeira e Resultados das Operações

TELE CENTRO SUL PARTICIPAÇÕES S.A.

Item 9. Discussão e Análise pela Administração da Condição Financeira e Resultados das Operações

14.01 - PROJEÇÕES EMPRESARIAIS E/OU DE RESULTADOS

Formação da Empresa Holding e Apresentação das Informações Financeiras

Em 22 de maio de 1998, em preparação para a privatização, o Sistema Telebrás foi reestruturado para formar, além da Telebrás, as 12 Novas Empresas Holding. A reestruturação do Sistema Telebrás foi feita por meio de um processo chamado pela lei brasileira de cisão. Basicamente todos os ativos e passivos da Telebrás foram alocados nas Novas Empresas Holding que, juntamente com suas respectivas subsidiárias, reúnem (a) três prestadoras de serviços de telefonia fixa, (b) oito prestadoras de serviços de telefonia celular e (c) uma prestadora de serviços de longa distância nacional e internacional. Na Cisão, certos ativos e passivos da Telebrás, incluindo a participação acionária da Telebrás nas Subsidiárias, foram transferidas para a Empresa Holding. Nota 2(a) das Demonstrações Financeiras Consolidadas. Veja Nota 1 da Demonstrações Financeiras Consolidadas.

A discussão a seguir deve ser lida em conjunto com as Demonstrações Financeiras Consolidadas da Companhia e as notas anexas, que estão incluídas em outra parte neste Relatório Anual. Algumas informações importantes da apresentação das Demonstrações Financeiras são descritas na introdução das Informações Financeiras Selecionadas.

Cisão do Negócio de Telefonia Celular

Em 01 de janeiro de 1998, os negócios celulares das Subsidiárias foram cindidos e separados em novas empresas independentes. Para 1996 e 1997, as Demonstrações Financeiras Consolidadas apresentam os negócio de telefonia de linha fixa das Subsidiárias como operações continuadas e os de telefonia celular como operações descontinuadas. Veja “Informações Financeiras Selecionadas – Geral – Conseqüências Contábeis Decorrentes da Cisão da Telebrás.” A Receita proveniente das operações celulares (antes das despesas financeiras, impostos e participação minoritária não alocada), contabilizou, aproximadamente, 35% das receitas da Companhia antes dos impostos e participação minoritárias no ano de 1997 e aproximadamente 34% em 1996.

Efeitos das Alterações de Tarifas e da Partição da Receita

Além da cisão dos negócios celulares, houve também três grandes mudanças na estrutura das tarifas de telecomunicações que afetaram o resultado da Companhia em 1998.

Reestruturação Tarifária. As tarifas para os serviços local e não local, sofreram substancial

alteração como parte de um processo de reestruturação tarifária feito para eliminar os subsídios cruzados existentes sobre os serviços local e de longa distância. Em abril e maio de 1997, as tarifas referentes e à assinatura mensal, cresceram e as tarifas para os serviços de longa distância decresceram. As tarifas de assinatura mensal, por exemplo, aumentaram cerca de 270% para assinantes residenciais e 59% para assinantes comerciais. Estas alterações tiveram um efeito positivo nas receitas do serviço local e um efeito inverso nas receitas provenientes do serviço não local, as quais tiveram efeito em 1997 em comparação a 1996 (em função de que as mudanças de tarifa ocorreram a partir de maio de 1997) e em 1998 comparado a 1997 (em função de sua incidência sobre o exercício de 1998).

Eliminação da Partição da Receita da Embratel. Até julho de 1998, a Companhia recebia uma

porcentagem fixa da receita gerada pelas chamadas de longa distância inter regional e internacional feitas pela Embratel que eram originadas na Região da Companhia. Este Sistema de Partição de Receita encerrou-se em 13 de julho de 1998. Desde então, a Companhia recebe tarifas de interconexão com base no minuto tarifado para as chamadas interregionais e internacionais feitas pela Embratel que são iniciadas ou encerradas na rede da Companhia. A Companhia

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também recebe da Embratel uma tarifa complementar por minuto tarifado denominada Parcela de Transição (“PAT”) com vistas a reduzir o impacto da descontinuação do sistema de Partição da Receita. A partir de abril de 1998 até dezembro de 1998, o valor da PAT fixada era de R$ 0,025 por minuto, incluindo o PIS e o COFINS. A PAT será gradualmente descontinuada em 30 de junho de 2001. Veja “Descrição do Negócio – Serviços – Interregional e Internacional.” Estas mudanças causaram um efeito adverso nas receitas durante a segunda metade de 1998.

Tarifas de Interconexão. A Companhia recebe tarifa de interconexão das operadoras celulares e,

desde julho de 1998, da Embratel. O crescimento nas telecomunicações celulares e a descontinuação do sistema de partição de receita da Embratel, resultaram num aumento substancial nas receitas de interconexão em 1997 e 1998.

Efeitos das Mudanças na Apresentação das Demonstrações Financeiras em 1998

Há duas diferenças significativas entre a apresentação das Demonstrações Financeiras Consolidadas em 1998 e aquela dos anos anteriores. Cada uma dessas diferenças deve ser considerada quando da comparação da condição financeira e dos resultados operacionais em 1998 e nos anos anteriores.

Criação da Empresa Holding. A Empresa Holding foi de fato criada em 28 de fevereiro de 1998,

quando da Cisão da Telebrás. Em 1998, as Demonstrações Financeiras Consolidadas refletem a condição financeira consolidada e os resultados das operações da Empresa Holding e das Subsidiárias. Para datas e períodos anteriores, as Demonstrações Financeiras Consolidadas refletem apenas a condição financeira e os resultados das operações das Subsidiárias.

Correção pela Inflação. As Demonstrações Financeiras Consolidadas referentes a 1996 e 1997,

foram elaboradas utilizando-se o método de correção integral com vistas a reconhecer os efeitos da inflação e apresentadas em reais constantes de dezembro de 1997. Para 1998, a Companhia não fez uso do método de correção integral para a elaboração das Demonstrações Financeiras em função de que o baixo índice de inflação ocorrido no Brasil em 1998 (1,8% medido pelo IGP-M) assim não o exigiu. A Administração acredita que a diferença das Demonstrações Financeiras Consolidadas, para o exercício findo em 31 de dezembro de 1998, não terá impacto relevante na comparação dos números de 1998 em relação aos do exercício anterior. Veja “Dados Financeiros Selecionados” e Nota 2c da Demonstrações Financeiras Consolidadas.

Fatores Políticos, Econômicos, Regulatórios e Competitivos

A discussão a seguir deve ser lida em conjunto com a seção “Descrição do Negócio” incluída em outra parte neste Relatório Anual. Como estabelecido em maiores detalhes a seguir, a condição financeira e as operações da Companhia são significativamente afetadas pela regulamentação brasileira de telecomunicações, incluindo a regulamentação de tarifas. Veja “Descrição do Negócio – Regulamentação da Indústria Brasileira de Telecomunicações”. A condição financeira e o lucro líquido da Companhia também foram, e espera-se que continuem a ser, afetados pelo ambiente político e econômico no Brasil. Veja “Descrição do Negócio – Ambiente Político Brasileiro” e “– Ambiente Econômico Brasileiro”. Em particular, a performance financeira da Companhia será afetada por (i) crescimento da economia nacional e seu impacto na demanda por serviços de telecomunicações, (ii) custo e disponibilidade de financiamentos e (iii) taxa de câmbio para conversão da moeda brasileira em moedas estrangeiras.

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A Companhia é o único provedor de serviços de telefonia fixa intra-estaduais na Região. Em julho de 1999, a Embratel e a Bonari serão autorizadas a oferecer serviços de longa distância intra-estaduais nos estados da Região em competição com a Companhia. Veja “Descrição do Negócio – Competição”. Em agosto de 1999, a Anatel exigirá da Companhia e de seus competidores a implementação de um plano de numeração que promoverá a competição entre provedores de serviços de telefonia fixa de longa distância dando direito àquele que realizar a chamada escolher o provedor do serviço para cada chamada de longa distância por meio da colocação de números de identificação do provedor antes do número a ser chamado.

Não há como afirmar que a entrada de novos competidores não terá um efeito adverso material no negócio, na condição financeira, nos resultados das operações e nas perspectivas da Companhia. A Embratel, antigo provedor de telefonia de longa distância do Sistema Telebrás, agora controlada pela MCI Worldcom, tem uma extensa rede de transmissão, larga experiência e recursos financeiros. A Bonari é controlada pela National Grid, Sprint e France Telecom, companhias com extensa experiência em desenvolvimento de rede, instalação de fibras ópticas e na integração de serviços de telefonia fixa de longa distância, locais e de telefonia celular. Qualquer efeito adverso nos resultados e participação de mercado da Companhia fruto de pressões competitivas dependerá de uma variedade de fatores que não podem ser avaliados com precisão e que estão além do controle da Companhia. Entre tais fatores estão a disponibilidade de recursos técnicos e financeiros para os competidores da Companhia, as estratégias de negócio e as capacitações desses competidores, as condições de mercado vigentes, a regulamentação aplicável a novos competidores e à Companhia e a eficácia dos esforços da Companhia em preparar-se para a crescente competição.

Taxa de Câmbio e Exposição à Taxa de Juros

A Companhia está exposta a riscos relacionados à taxa de câmbio por conta de seu passivo em moeda estrangeira. Em 31 de dezembro de 1998, 82,5% do endividamento da Companhia, ou R$23,9 milhões, eram denominados em moeda estrangeira, principalmente dólares. O endividamento em moeda estrangeira da Companhia consiste principalmente de créditos de fornecedores, e a Administração espera que o montante de linhas de créditos de fornecedores irá crescer com o objetivo de financiar a expansão de sua rede. Uma desvalorização do real resulta em perdas cambiais no endividamento em moeda estrangeira. No ano terminado em 31 de dezembro de 1998, as perdas com financiamentos em moeda estrangeira foram de R$3,0 milhões, que forma em parte compensadas por ganhos em ativos denominados em moeda estrangeira equiva lentes a R$2,5 milhões.

A Companhia está exposta ao risco da taxa de juros como conseqüência da dívida em taxa flutuante. Em 31 de dezembro de 1998, 11,6% das despesas financeiras relativas a juros eram oriundas de taxas flutuantes. A Companhia não tem contratos de derivativos ou fez outros acordos de hedge contra esse risco. Desta forma, se as taxas de juros do mercado (principalmente LIBOR) subirem, as despesas financeiras da Companhia irão crescer.

Resultados das Operações nos Anos Findos em 31 de Dezembro de 1996, 1997 e 1998

A tabela a seguir apresenta certos componentes do lucro líquido da Companhia, bem como as variações de ano para ano em cada uma destas componentes, expressas em percentuais, para cada um dos anos no período de três anos terminados em 31 de dezembro de 1998.

31 de dezembro de

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(milhares de reais, com exceção dos Percentual de variação percentuais) (1) 1996 - 1997 1997 - 1998

Receita operacional líquida ... 2.079.975 2.355.612 2.604.955 12,8 8,7

Custo dos serviços prestados ... 1.111.096 1.238.991 1.461.586 11,5 18,0

Lucro bruto ... 968.879 1.116.621 1.143.369 15,3 2,4

Despesas operacionais:

Comerciais ... (174.079) (229.555) (223.207) 31,9 (2,8)

Gerais e Administrativas ... (351.471) (380.776) (405.688) 8,3 6,5

Outras receitas (despesas) operacionais líquidas ... 130.839 148.326 (5.463) 13,4 -

Lucro operacional das operações contínuas antes da receita/despesa financeira ... 574.168 654.616 509.011 14,1 22,2

Despesa financeira alocada (2) .... (10.125) (34.864) - 244,3 -

Receita financeira líquida ... - - 94.915 - -

Lucro operacional (3) ... 564.043 619.752 603.926 9,8 2,5

Receita (despesa) não-

operacional líquida ...

(16.433) (25.094) (69.815) 52,7 181,9

Participação dos empregados no resultado ...

(17.068) (26.524) (18.852) 55,4 28,9

Lucro das operações contínuas (4) ...

530.542 568.134 - 7,1 -

Lucro das operações celulares descontinuadas (4) ...

297.274 341.636 - 14,9 -

Receita financeira não-alocada (5) ...

60.612 61.913 - 2,2 -

Despesa financeira não-alocada (5) ...

1.488 2.870 - 92,8 -

Lucro antes de impostos e participações minoritárias ...

886.940 968.813 515.259 9,2 (46,8)

Imposto de renda e contribuição social ...

(231.713) (266.949) (155.478) 15,2 (41,7)

Lucro antes de participações minoritárias ...

655.227 701.864 359.781 7,1 (48,7)

Participações minoritárias ... (92.925) (138.599) (85.561) 49,2 (39,7)

Lucro líquido ... 562.302 563.265 274.220 0,2 (51,3)

(1) As informações de 1996 e 1997 são apresentadas em moeda de poder aquisitivo constante de 31 de dezembro de 1997. As informações de 1998 são apresentadas em reais nominais. Não se deve adicionar as colunas devido ao arredondamento. (2) Para 1996 e 1997, despesa financeira alocada às operações contínuas.

(3) Para 1996 e 1997, receita operacional das operações contínuas antes da receita (despesa) não-alocada. (4) Antes da receita (despesa) financeira não-alocada, impostos e participações minoritárias.

(5) Receita (despesa) financeira não-alocada representa a receita (despesa) financeira que não pode ser alocada entre as operações contínuas e descontinuadas.

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A Companhia gera receita operacional de (i) serviço local, incluindo tarifas mensais, serviço medido, telefones públicos e serviços adicionais, (ii) serviço não local, que inclui a longa distância intra -estadual e intra-regional, (iii) serviços de rede, incluindo interconexão e aluguel de linhas de alta capacidade, e (iv) outros serviços. As receitas operacionais são compensadas por descontos oferecidos aos clientes e por impostos. A tabela seguinte estabelece certos componentes das receitas operacionais da Companhia, bem como o percentual de variação para cada item, no período de três anos terminado em 31 de dezembro de 1998.

31 de dezembro de

1996 1997 1998

(milhares de reais, com exceção dos Percentual de variação percentuais) (1) 1996 - 1997 1997 - 1998 Receita operacional bruta

Serviço local:

Tarifas mensais ... 235.847 449.683 652.793 90,7 45,2

Tarifas de serviço medido ... 579.354 789.194 920.910 36,2 16,7

Telefones públicos ... 67.267 121.948 131.081 81,3 7,5 Outros ... 169.654 170.090 172.373 0,3 1,3 Total ... 1.052.122 1.530.915 1.877.154 45,5 22,6 Serviço não-local: Intra-estadual e interestadual .. 1.382.934 1.197.514 766.541 (13,4) (36,0) Internacional ... 74.354 65.359 15.334 12,1 76,5 Total ... 1.457.288 1.262.873 781.875 (13,3) (38,1) Transmissão de dados ... 99.739 89.775 122.571 10,0 36,5 Serviços de rede ... 92.182 162.232 545.071 76,0 236,0 Outros ... 35.938 40.459 27.626 12,6 (31,7)

Receita operacional bruta total ... 2.732.269 3.086.254 3.354.196 12,8 8,7

Impostos diretos e indiretos ... (650.518) (722.488) (740.213) 11,0 2,5

Descontos ... (6.776) (8.194) (9.128) 20,9 11,4

Receita operacional líquida ... 2.079.975 2.355.612 2.604.955 13,3 10,6

(1) As informações de 1996 e 1997 são apresentadas em moeda de poder aquisitivo constante de 31 de dezembro de 1997. As informações de 1998 são apresentadas em reais nominais. Veja Nota 2(c) das Demonstrações Financeiras Consolidadas.

A receita operacional líquida aumentou em 10,6% em 1998 e 13,3% em 1997. O crescimento da receita no período de três anos deveu-se principalmente a um aumento do número médio de linhas, a aumentos das tarifas do serviço local e a aumentos na interconexão das companhias celulares com a rede da Companhia. O número médio de linhas aumentou em 17,3% para 3,4 milhões em 1998 frente aos 2,9 milhões em 1997, que por sua vez representou um aumento de 12,5% frente aos 2,6 milhões de 1996. Estes fatores compensaram em parte a baixa receita do serviço não-local.

A estrutura de tarifas mudou substancialmente como parte de um processo de rebalanceamento tarifário desenhado de maneira a eliminar os subsídios cruzados dos serviços de longa distância para os serviços locais. Em maio de 1997, a estrutura de tarifas foi modificada por meio de um rebalanceamento que resultou em maiores tarifas para o serviço medido e para a assinatura básica mensal e menores tarifas para os serviços de longa distância.

14.01 - PROJEÇÕES EMPRESARIAIS E/OU DE RESULTADOS

Serviço local. A receita operacional bruta do serviço local aumentou em 22,6% em 1998 e em 45,5%

em 1997. O aumento no período de três anos reflete, principalmente, o aumento na receita da assinatura básica mensal associado ao aumento no número de linhas em serviço e a aumentos tarifários, bem como ao aumento na receita do serviço medido devido aos reajustes tarifários. O aumento na receita operacional bruta foi parcialmente compensado pela queda no volume médio de chamadas por linha em serviço. O volume médio de chamadas por linha em serviço reduziu em 0,5% e 8,1% em 1998 e 1997, respectivamente.

Assinatura mensal. A receita da assinatura básica mensal aumentou em 45,2% em 1998 e 90,7% em

1997. O aumento no período de três anos refletiu uma elevação no número médio de linhas em serviço, assim como um aumento na assinatura básica mensal para todos os clientes. Em maio de 1997, houve um aumento na assinatura básica mensal, sendo de 270% para os clientes residenciais e de 59,3% para os clientes não- residenciais.

Serviço medido . A receita do serviço medido aumentou em 16,7% em 1998 e 32,2% em 1997. O

aumento no período de três anos deveu-se, principalmente, a reajustes tarifários. O preço do pulso subiu em 61,1% em 4 de abril de 1997. Apesar do número médio de linhas de clientes residenciais e não-residenciais também ter aumentado no período de três anos, houve uma queda no volume médio de chamadas por linha em serviço devido aos reajustes tarifários, de maneira tal que o volume de chamadas não aumentou na mesma taxa do crescimento do número médio de linhas em serviço. O total de pulsos aumentou para 11.475.925 x 103 em 1998, comparativamente aos 9.849.099 x 103 de 1997, o que, por sua vez, representou um aumento frente ao total de pulsos de 9.489.644 x 103 em 1996.

Telefones públicos. A receita operacional bruta dos telefones públicos cresceu 7,5% em 1998 e 81,3%

em 1997. O aumento no período de três anos deveu-se, principalmente, a: (i) um aumento de 12,7% e 19,2% no número de telefones públicos em 1998 e 1997, respectivamente; (ii) um aumento no uso de cartões telefônicos pré-pagos; e (iii) um modesto aumento no uso de telefones públicos operados por telefonista. O crescimento em 1998 foi compensado em parte por uma elevação do uso de telefones celulares e da taxa de penetração da telefonia fixa.

Outros serviços locais. A receita bruta de outros serviços locais manteve-se relativamente estável em

1998 e 1997. O crescimento em 1997 deveu-se, principalmente, ao aumento das tarifas de instalação que substituiu o autofinanciamento em 1997 e também pelo aluguel de equipamentos recebido pela Companhia.

Serviço não-local. O serviço não-local consistia, até a privatização, em serviço de longa distância

intra-estadual, interestadual e de longa distância internacional. Para as chamadas de longa distância intra - estaduais, a Companhia conduzia as chamadas inteiramente sobre sua própria rede e recebia 100% da receita da chamada. Para chamadas de longa distância interestaduais e internacionais, a Companhia entregava as chamadas à Embratel, geralmente em uma central de comutação local, e a Embratel transportava as chamadas na maioria da distância da chamada em sua própria rede. Para tais chamadas, a Companhia cobrava os clientes pelo preço cheio da chamada e pagava um percentual fixo desta receita para a Embratel. Para fins contábeis, a Companhia registrava apenas seu percentual da receita de tais chamadas. O percentual fixo retido pela Companhia diferia para cada Subsidiária. Consequentemente, o percentual fixo retido pela Companhia nas chamadas de longa distância interestaduais e internacionais é apresentado como uma média anual ponderada pela receita.

A receita bruta de serviço não-local diminuiu em 38,1% em 1998 e 13,3% em 1997. A queda em 1998 resultou da descontinuação do acordo de partição da receita entre a Companhia e a Embratel em abril de 1998.

14.01 - PROJEÇÕES EMPRESARIAIS E/OU DE RESULTADOS

A queda em 1997 foi largamente devida a reduções nas tarifas das chamadas de longa distância intra- estaduais, interestaduais e internacionais, uma redução no percentual fixo retido pela Companhia nas chamadas de longa distância interestaduais e internacionais e uma mudança na estrutura de cobrança de tais chamadas, passando a ciclos de 6 segundos ao invés de ciclos de 1 minuto. Os decréscimos nestes dois anos foram em parte compensados por um aumento no volume de chamadas de longa distância intra -estaduais, interestaduais e internacionais de 5.224 milhões de minutos para 5.644 milhões de minutos e, finalmente, para 6.183 milhões de minutos em 1996, 1997 e 1998, respectivamente.

Longa distância intra -estadual e inter-estadual . A receita dos serviços de longa distância intra -

estaduais e interestaduais caiu 36,0% em 1998 e 13,4% em 1997. A redução de 1998 refletiu os efeitos da descontinuação do acordo de partição da receita entre a Companhia e a Embratel em abril de 1998 e uma redução nas tarifas em maio de 1997. Veja “– Remuneração do Uso da Rede” e “Descrição do Negócio – Serviços – Serviços Inter-Regionais e Internacionais”. A queda foi parcialmente compensada por um aumento no volume de chamadas de longa distância nacional. A redução da receita e m 1997 foi principalmente devida a uma queda na tarifa básica média das chamadas de longa distância intra -estaduais e interestaduais e a uma redução no percentual fixo retido pelas Subsidiárias nas chamadas de longa distância interestaduais e internacionais, parcialmente compensada por um aumento do número total de minutos de longa distância. A tarifa básica média do serviço de longa distância intra-estadual e interestadual foi reduzida em 17,1% em maio de 1997 para R$0,25, comparada com os R$0,30 anteriormente cobrados. A média ponderada dos percentuais fixos retidos pela Companhia nas chamadas de longa distância interestaduais e internacionais foi reduzida de 77,7% em 1996 para 74,1% em 1997. Veja “Descrição do Negócio – Tarifas – Serviço de Longa Distância Intra- Regional”. A Anatel substituiu o sistema de partição da receita dos serviços de longa distância interestaduais e internacionais entre a Embratel e a Companhia em 28 de abril de 1998. Ao invés de reter um percentual fixo de todas as chamadas de longa distância interestaduais e internacionais, a Companhia agora cobra da Embratel por minuto de uso da rede da Companhia. Veja “Descrição do Negócio – Regulamentação da Indústria Brasileira de Telecomunicações – Regulamentação Tarifária”. Não há como assegurar que o acordo de interconexão com a Embratel não resultará em receitas menores para completar as chamadas de longa distância interestaduais e internacionais se comparadas com aquelas do regime anterior.

Longa distância internacional. A receita do serviço de longa distância internacional caiu 76,5% em

1998 e 12,1% em 1997. O decréscimo no período de três anos deveu-se, principalmente, a uma redução na tarifa internacional em abril de 1997 e um decréscimo no percentual fixo retido pela Companhia nas chamadas de longa distância internacionais. A redução em 1998 também foi resultado da descontinuação do acordo de partição da receita entre a Companhia e a Embratel em abril de 1998. Veja “– Remuneração do Uso da Rede”.

Comunicação de dados. A receita operacional bruta da comunicação de dados aumentou em 36,5%

em 1998 e caiu 10% em 1997. O aumento em 1998 foi causado principalmente por um crescimento de 62% na receita do serviço dedicado. A redução de 1996 para 1997 deveu-se, principalmente, a decréscimos na tarifa média para o aluguel de linhas de alta e baixa capacidades de 34,4% em abril de 1997 e 12,0% em agosto de 1996. A queda nas tarifas foi parcialmente compensada pelo aumento de 248% no número total de linhas de