• Nenhum resultado encontrado

AS NOVAS CONFIGURAÇÕES PARA O MERCADO DE TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL

No documento PROCESSO DE TRABALHO EM SERVIÇO SOCIAL (páginas 135-139)

O cenário contemporâneo da sociedade capitalista tem aberto as portas para o Serviço Social nas diversas áreas das políticas públicas, mas o mercado vem tendo destaque, pois as empresas estão mais preocupadas com os colaborado-res e buscam a melhoria na qualidade do trabalho e da vida dos mesmos, para isto, utilizam de benefícios como instrumento de remuneração indireta para satisfazer as necessidades dos colaboradores e propi-ciar um ambiente saudável e qualitativo.

O recorte e ajuste neoliberal em curso na contemporaneidade nas políticas sociais públicas, evidenciam condicionantes como a fragmentação, focalização, precarização e sucateamento dos aparelhos estatais, com o intento de apresentá-las como ineficientes propagando os programas, projetos e planos governamentais como ruins, mas, em contrapartida, financiam a iniciativa privada para a con-quista permanente do mercado.

DESAFIOS PROFISSIONAIS NO CAPITALISMO GLOBALIZADO Repr odução pr oibida. A rt. 184 do C ódigo P enal e L ei 9.610 de 19 de f ev er eir o de 1998. V U N I D A D E 136

Esta análise de conjuntura é fundamental para o Assistente Social compre-ender como a reestruturação produtiva em desenvolvimento está se expressando frente às demandas de Capital X Trabalho.

Contudo, para as empresas é de extrema importância ter um plano de bene-fícios, pois, assim, ela se torna competitiva e aparece no mercado como empresa que respeita e valoriza seus colaboradores e, assim, estes se tornam mais com-prometidos e envolvidos com a organização, gerando mais produtividade.

O plano de benefícios tem inúmeras vantagens, entre elas está uma melhor qualidade de vida dentro e fora da organização, um quadro de funcionários moti-vados e envolvidos com a empresa, a possibilidade de atrair e manter talentos, diminuir a rotatividade e o absenteísmo.

Nesse sentido, as empresas são constituídas de pessoas e precisam delas para atingir seus objetivos e missões, para as pessoas não é muito diferente, pois o lugar/ambiente em que trabalha é o meio que usam para conseguir reali-zar seus sonhos e desejos pessoais. Desse modo, devemos sempre lembrar que o colaborador é um ser humano e precisa estar bem mentalmente, fisicamente, espiritualmente e intelectualmente. Para tanto, é necessário que a organização e o colaborador estejam sempre em sinergia, isto é, os dois precisam ligar esfor-ços para alcançar seus objetivos.

Entretanto, é necessário compreender que;

[...] no caso das fusões, o emprego total das empresas incorporadas se reduz. No caso das aquisições, o quadro de pessoal se torna mais he-terogêneo. Na racionalização dos negócios, cresce a terceirização. No mundo inteiro o emprego estável de longa duração se retrai e as novas modalidades de trabalho se expandem: subcontratação, o trabalho por projeto, a atividade autônoma, o tele-trabalho, o trabalho domiciliar etc. (KAMEYAMA, NOGUEIRA, 2002, p. 28).

A citação nos mostra o quanto o trabalho vem sendo massificado e deturpado, isto é, os indivíduos estão perdendo a garantia de trabalho, conquistados há anos, bem como seus direitos, por se vincularem a sistemas de precários e insuficien-tes para subsidiar suas próprias necessidades profissionais.

As Novas Configurações Para o Mercado de Trabalho do Assistente Social Repr odução pr oibida. A rt . 184 do C ódigo P enal e L ei 9.610 de 19 de f ev er eir o de 1998. 137

Segundo Chiavenato (2002) a gestão de RH envolve seis processos básicos: agregar, aplicar, recompensar, desenvolver, manter e monitorar pessoas. Esses processos se dividem em: Recrutamento, Seleção, Planejamento de RH, Desenho e Análise de Cargos, Avaliação de Desempenho, Remuneração, Benefícios, Higiene/Segurança, Relações Sindicais, Treinamento e Desenvolvimento de pessoas e organização. Tais atividades estão interligadas, pois são por meio dessas atividades que se con-segue sustentar a organização dos recursos e da empresa em si.

Destarte, é fundamental informar que manter colaboradores qualificados, motivados e comprometidos com a organização em que trabalho é impor-tante e necessário, pois assim se consegue atingir os objetivos e a missão da empresa. Desta forma, pode-se afirmar que para se ter um colaborador produ-tivo e envolvido com a empresa é necessário dispor de um plano de benefícios que busque o bem estar dos colaboradores em geral, independentemente de cargo ou função.

O plano de benefícios é um meio indispensável para incentivar, manter e satisfazer as necessidades dos colaboradores. Segundo Marras (2000, p. 250) “denomina-se benefício o conjunto de programas ou planos oferecidos pela orga-nização como complemento ao sistema de salários”. Neste sentido, o plano de benefícios visa facilitar a vida dos colaboradores, o que faz com que o colabo-rador poupe dinheiro, tempo e esforços, pois se não fossem transmitidos pelas empresas teriam de ser comprados diretamente pelo colaborador. Ainda pode-se ressaltar que os benefícios podem ser financiados pela empresa parcial ou integral.

Como o Serviço Social na contemporaneidade enfrenta os rebatimentos da crise do trabalho e a reestruturação produtiva nos processos sociais da pro-fissão.

DESAFIOS PROFISSIONAIS NO CAPITALISMO GLOBALIZADO Repr odução pr oibida. A rt. 184 do C ódigo P enal e L ei 9.610 de 19 de f ev er eir o de 1998. V U N I D A D E 138

Os benefícios surgiram para reter e motivar os colaboradores, e estes possuem dois objetivos, atender ao colaborador e ao empregador, para o empregador, os benefícios servem para melhorar o clima organizacional, manter a empresa com-petitiva no mercado, e são analisados pelo custo – benefício, por isso, é necessário fazer pesquisa de mercado, para o colaborador os benefícios são uma distribui-ção justa e equável para suprir suas necessidades.

Os objetivos dos planos de benefícios são compreendidos a partir de três visões, as quais se complementam entre si, são elas: individuais, econômicas e sociais. A primeira refere-se à melhoria da qualidade de vida do colaborador, a segunda diz respeito na forma da empresa atrair e manter o colaborador e, por última, a social busca preencher deficiências da previdência social, bem como dos aparelhos estatais.

Desse modo, há três tipos de benefícios, são eles: flexíveis, legais e liberais. Entretanto, estes são classificados de acordo com sua exigibilidade, quanto a sua natureza e quanto a seus objetivos. Por isso estão denominados como:

Benefícios Legais: são os benefícios exigidos e garantidos pela Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT ou previdenciárias, ou ainda por convenção coletiva entre sindicatos. Exemplos: férias, aposentadoria, 13° salário, auxílio creche, vale transporte, dentre outros;

Benefícios Espontâneos ou Liberais: são os benefícios concedidos por meio da liberdade da empresa, ou seja, não são exigidos por nenhuma legislação nem por negociação coletiva. São, também, conhecidos e cha-mados de benefícios marginais ou benefícios voluntários. Exemplos: gratificações, refeições, transporte, complementação de aposentadoria, dentre outros.

Benefícios Assistenciais: são os benefícios que visam oferecer ao cola-borador e a sua família certas condições de segurança e previdência. Exemplos: assistência médico-hospitalar e odontológica, Serviço Social, vantagens, dentre outros.

A gestão de benefícios, recursos humanos e de sustentabilidade e responsabili-dade social, tem absorvido os profissionais assistentes sociais nas empresas para contribuir com sua imagem social e produtividade.

[…] o balanço das experiências profissionais não revela com a mesma força essa diretriz. São selecionados alguns espaços ocupacionais do-tados de potencial para “práticas pedagógicas emancipatórias”, o que

Serviço Social nas Novas Conjunturas do Mundo Contemporâneo Repr odução pr oibida. A rt . 184 do C ódigo P enal e L ei 9.610 de 19 de f ev er eir o de 1998. 139

significa que nem todos seriam passíveis de orientação nessa direção, o que parece colidir com o fato de que esses são espaços de disputas políticas e de recursos (IAMAMOTO, 2012, p. 327).

De acordo com autora, é possível o profissional realizar numa dinâmica ativa práxis-ação-práxis a elaboração de ações gradativas que somam-se à pedagogia emancipatória, conforme vimos na Unidade III. Por isso, é necessário no processo de amadurecimento do Serviço Social, romper com o profissionalismo estreito, com a preocupação da especificidade, com o recorte do terreno próprio. Os limites e possibilidades são historicamente diferenciados, cabendo ao agente profissio-nal acompanhar atentamente diferenciados, os movimentos da realidade social, compreender essa dinâmica é passo fundamental mas, faz-se necessária a inscri-ção de projetos profissionais antenados com o nosso tempo (IAMAMOTO, 2008).

SERVIÇO SOCIAL NAS NOVAS CONJUNTURAS DO

No documento PROCESSO DE TRABALHO EM SERVIÇO SOCIAL (páginas 135-139)