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O FENÔMENO DA GLOBALIZAÇÃO

No documento PROCESSO DE TRABALHO EM SERVIÇO SOCIAL (páginas 55-59)

Repr odução pr oibida. A rt . 184 do C ódigo P enal e L ei 9.610 de 19 de f ev er eir o de 1998. 55

O FENÔMENO DA GLOBALIZAÇÃO

A história demarca um processo chamado de mundialização do capital, em que a propriedade ditada pelo capital é referente a centralização monetária, que con-serva a forma que pretende se produzir dentro da esfera financeira. O poder e a existência desse capital monetário (dinheiro), são definidos pelas instituições financeiras internacionais e pelos estados mais poderosos do globo.

Na obra “Manuscritos Econômico- Filosóficos”, escritos por Marx em 1844, o autor faz uma crítica sobre a exploração do capital sobre o trabalho. Essa literatura é considerada clássica, pois traz para a realidade contemporânea elementos fundamentais para a reflexão da reestruturação produtiva do tra-balho.

Para saber mais acesse: <http://petdireito.ufsc.br/wp-content/uplo-ads/2013/05/manuscritos-economicos-e-filos%C3%B3ficos-_-marx.pdf>. Fonte: a autora.

REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA Repr odução pr oibida. A rt. 184 do C ódigo P enal e L ei 9.610 de 19 de f ev er eir o de 1998. II U N I D A D E 56

Portanto, a manifestação da mundialização do capital ocorre sob a forma de uma progressão quantitativa do movimento de e centralização e concentração do capital industrial. Tal contexto, propiciou a abertura econômica e a crescente limitação dos poderes dos Estados, em que o poder se concentra nas forças do mercado, nos grupos e corporações financeiras que junto ao Estado definem as estratégias para o desenvolvimento e os ajustes político-financeiro.

Desse modo, as terminologias mundialização e globalização do capital são semelhantes, sendo utilizadas por vários autores para denominar a abertura ou um novo fenômeno na economia, que é formado por um conjunto de processos que possibilitam produzir, distribuir e construir bens e serviços, independen-temente das fronteiras. Um exemplo disso, são os blocos econômicos formados pelos países para firmar alianças de importação e exportação de produtos entre si, como o G8 que buscou liderar a economia mundial.

Considerando que a globalização pode ser definida como uma estratégia do capitalismo enfrentar a crise, a partir da constituição de uma nova ordem mun-dial para a acumulação do capital. Dessa forma, após o de 1970, com a inserção da configuração do capitalismo imperialista ou tardio, houve a necessidade de agregar os mercados internacionais para minimizar os custos do modo de pro-dução, a exportação e importação de produtos de países desenvolvidos e em desenvolvimento cresceu em uma escala longitudinal.

[...] O recente surto de globalização diminui significativamente a proteção monopolista conferida historicamente pelos altos custos de transporte e comunicação, embora a remoção das barreiras institucionais ao comércio (protecionista) também tenha reduzido as rendas monopolistas a ser obti-das por esse meio. No entanto, o capitalismo não pode existir sem poderes monopolistas, e busca meios de reuni-los. Portanto, a ordem do dia é como reunir os poderes monopolista numa situação em que foram muito re-duzidas, quando não eliminadas, as proteções proporcionadas pelos assim chamados “monopólios naturais” [...] (HARVEY, 2005, p. 224).

No entanto, verifica-se que, de um modo geral, essa formação global ou mundial, ocorre por meio de uma lógica de exclusão de países, regiões e, consequentemente, das pessoas, pois é uma etapa do capitalismo é regida pela ideologia do mercado livre, mas que a acumulação flexível do capital se desenvolve em um sistema integrado.

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Figura 02 - Estrutura executiva do capital Fonte: a autora.

A Figura 02, apresenta como os organismos internacionais estão relacionados com o processo de globalização, em que a organização dos mercados trouxe-ram para a conjuntura global, “a mundialização da economia [...] resultantes de processos de fusões e aquisições de empresas em um contexto de desregula-mentação e liberalização da economia [...]” (IAMAMOTO, 2012, p. 108). Isto, porque ao facilitar a entrada de empresas internacionais nos países periféricos, o capital submete às relações cada vez mais à dependência de crescimento, bem como a isenção fiscal e a dívida pública, ao financiar esse processo, que se pro-paga pelo falso discurso de geração de emprego e renda.

Em um mercado mundial realmente unificado, impulsiona-se a tendên-cia à homogeneização dos circuitos do capital, dos modos de dominação ideológica e dos objetos de consumo – por meio da tecnologia e da mul-timídia. Homogeneização está apoiada na mais completa heterogeneidade e desigualdade das economias nacionais. Acelera-se, pois, o desenvolvimen-to desigual, aos salts, entre empresas, ramos de produção da indústria e de diferentes nações, e, no interior dos países, a favor das classes e grupos dominantes [...]. A transferência de riqueza entre classes e categorias so-ciais e entre países está na raiz do aumento do desemprego crônico, da precaridade das relações de trabalho, das exigências de contenção salarial, da chamada “flexibilidade” das condições e relações de trabalho, além do desmonte dos sistemas de proteção social (IAMAMOTO, 2012, p. 111).

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Assim, a imposição dos países desenvolvidos, capitalistas e detentores do poder econômico e político, em um mundo considerado globalizado para as relações, se fez necessária, com a justificativa de redução estatal para propiciar o desen-volvimento e expansão brasileira nos mercados internacionais.

[...] A generalidade do mercado globalizado gera [...] uma força pode-rosa, que procura garantir não apenas a continuidade dos privilégios monopolistas da propriedade privada, mas também as rendas mono-polistas que resultam da descrição de mercadorias como sendo merca-dorias incomparáveis (HARVEY, 2005, p. 227).

Por isso, a constituição da globaliza-ção obedeceu à urgência de viabilizar o acréscimo de lucros do capital por meio do controle dos mercados, princípios da organização monopólica.

Neste sentido, Harvey (2005) aborda que “[...] o conceito de renda monopo-lista dentro da lógica da acumulação do capital, é que o capital não possui meios de se apropriar e extrair excedentes das diferenças locais [...]” (HARVEY, 2005, p. 235). Essa organização do capital na globalização trouxe a questão dos com-modities, isto é, a matéria-prima das mercadoriascomo primordiais para o processo de produção capitalista da con-temporaneidade, considerando que cada país tem em suas riquezas naturais e mão de obra, busca-se a unificação por meio da globalização como fator indispensá-vel para a massificação das mercadorias, bens e serviços em prol da acumulação do capital.

As Relações de Produção e Reprodução Social Repr odução pr oibida. A rt . 184 do C ódigo P enal e L ei 9.610 de 19 de f ev er eir o de 1998. 59

AS RELAÇÕES DE PRODUÇÃO E REPRODUÇÃO

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