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As performances de La Pace fra la Virtù e la Bellezza no reinado de D Maria I

3 DAVID PEREZ E A SERENATTA DOS ANNOS DA RAYNHA

3.3 As performances de La Pace fra la Virtù e la Bellezza no reinado de D Maria I

A serenata foi estrada no dia 18 de dezembro de 1777 no Palácio da Ajuda, tendo como intérpretes os castrati Carlo Reyna, no papel de Vênus, Giuseppe Orti (ou mais provavelmente Joze Rampino, como se verá mais à frente) como Palas, Giovanni Ripa

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como Apolo, Giuseppe Romanini como Amor e o tenor Luigi Torriani como Marte, todos eles oriundos da Península Itálica. Esses cantores foram acompanhados pelos instrumentistas da Real Câmara, a orquestra da Casa Real, um conjunto instrumental que tem raízes no reinado de D. João V, mas que atingirá seu auge na segunda metade do século XVIII.50

A presença de cantores italianos em Portugal no século XVIII, principalmente castrati, insere-se dentro do processo de “italianização da vida musical” ocorrida no reinado de D. João V (Augustin, 2013, p. 93). Em 1719 chegaram nove cantores italianos a Lisboa (dentre eles alguns castrati), e daí até o fim do século inúmeros desses profissionais vieram trabalhar em Portugal, com o objetivo de cantar tanto na Capela Real quanto em espetáculos operísticos (principalmente a partir do reinado de D. José I). Seus contratos eram cuidadosamente elaborados pelos embaixadores portugueses na Península Itálica e sua duração chegava a se estender por períodos de até vinte e quatro anos. Dentre os inúmeros castrati que trabalharam na corte de Lisboa contam-se nomes como o de Giocchino Conti (1714-1761), conhecido como Gizziello, e Gaetano Majorano (1710- 1783), conhecido como Caffarelli, dois dos mais conceituados cantores do século XVIII. A partir do reinado de D. José I e até o início do século XIX, os castrati “desfrutavam do mais alto prestígio dentro da hierarquia musical da corte portuguesa e foram os profissionais mais bem pagos, em detrimento dos músicos portugueses” (Augustin, 2013, p. 110). Além de ser uma “moda” em toda a Europa, outro fator que levou à primazia dos castrati em Portugal foi a proibição de atuação das mulheres no teatro. Esta proibição, que se deu de forma tácita na maior parte do século, encontrou uma legislação específica em 1774, por ordem do Marquês de Pombal, e foi ainda mais forte no reinado de D. Maria I, como nos conta Augustin (2013, p. 124):

No reinado de D. Maria I, além da proibição não ter sido retirada, foi pelo contrário ainda mais intensificada. A vigilância e regulamentação dos teatros de ópera foram entregues ao intendente da polícia Diogo Inácio de Pina Manique que implementou a proibição da apresentação em cena de intérpretes do sexo feminino.

50 Neste período a Real Câmara chegou a contar com 51 instrumentistas, um dos maiores efetivos entre as

orquestras europeias da época, sendo que vários desses instrumentistas tinham projeção internacional (Cidrais & Scherpereel, 1985).

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Em sua atuação na corte portuguesa, era comum que nas óperas os castrati se especializassem em interpretar personagens masculinos ou femininos, em função não só de sua voz, mas também de sua aparência física e versatilidade cênica (Augustin, 2013, pp. 204-205). Dentre os castrati que participaram da montagem de LPVB em 1777, Carlo Reyna dedicou-se inicialmente aos personagens femininos e, no fim de sua carreira, passou a interpretar personagens masculinos. Giuseppe Ripa, por sua vez, “era um cantor polivalente e interpretava personagens dos dois sexos” (Augustin, 2013, p. 200). Já os cantores Giuseppe Orti (que era quem Perez tinha em mente quando escreveu o papel de Palas) e Giuseppe Romanini foram aqueles que se especializaram nos personagens femininos e interpretaram mulheres durante anos. Ou seja, nota-se que Perez pôde contar com cantores muito capacitados tecnicamente e procurou encaixá-los convenientemente nos papéis de sua obra. Mesmo o caso de Giuseppe Romanini, especializado em papéis femininos, não destoa muito do grupo, já que a figura de Amor é geralmente vinculada a uma criança, o que remete a uma voz mais leve.

Em 1779 a serenata LPVB foi apresentada novamente no aniversário de D. Maria I. No decorrer deste trabalho de investigação cinco documentos relacionados a essas performances de 1777 e 1779 foram localizados, documentos estes que estão preservados na Biblioteca da Ajuda e no Arquivo Nacional da Torre do Tombo. São eles:

Documento 1: Convocação para os ensaios e discriminação dos custos de produção da

serenata La Pace fra la Virtù e la Bellezza, a ser realizada em 18 de dezembro de 1777 (Silva, 1777).

Este documento está depositado na Biblioteca da Ajuda, sob a quota 52-XIV-35, no. 81. Ele consiste em uma folha manuscrita, escrita no anverso e no verso, onde é feita a convocação para que os “músicos cantores e instrumentistas” se apresentassem para os ensaios da serenata LPVB, que ocorreriam a partir das três horas da tarde, do dia 15 ao dia 18 de dezembro de 1777. Em seguida o documento lista o nome dos músicos convocados, o valor relativo ao aluguel das seges (uma espécie de carruagem) que os levariam para os ensaios e o endereço de alguns deles. À frente do nome de dois músicos aparecem as indicações “com oboé” e “com flauta”. É listado o valor do pagamento dos

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cantores e do cravista, e também o valor destinado ao copeiro e ao moço (provavelmente algum ajudante), responsáveis por servir algum lanche durante os ensaios. No final do documento é descrito também o valor destinado ao aluguel das seges que transportariam os músicos no dia do concerto. O documento é assinado por João António Pinto da Silva, diretor dos teatros reais, em cuja residência os ensaios ocorreram.

Figura 14: Documento convocatório para os ensaios da serenata LPVB, com previsão das despesas para sua produção – Biblioteca da Ajuda, Lisboa, 52-XIV-35, no. 81.

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Transcrição:

Sua Magestade he Servida, que os Muzicos Cantores, e Instromientistas abaixo declarados se achem amanhâ a 2ª feira, em que se contao 15 do corrente pelas trez horas da tarde em minha caza para ensayo da serenatta = La Pace, fra La Virtu, e La Bellezza = para o que lhe hiram as seges na forma costumada, e continuarão nos dias 16, 17, e 18. Palais de Nossa Sen.ᵃ da Ajuda 14 de Dezembro de 1777 –

JAPS

João Valentim Felner 2400 Fernando Biencardi

Fernando Luiz Pink Donde foy o Poço novo 2400 André Marra Rua das Madres à Esperania Joze Mazza

2400 Antonio Rodil Forno do Tijolo

Joze Palomino

2400 Jeronimo Nomini

Antonio Bento da Costa

2400 Antonio de Freitas da S.ᵃ Miguel Jordani 2400 Andre Lenzi Francisco X. Bontempo 2400 Federico Herfort Nicolau Heredia

2400 Antonio Heredia Com flauto oboé

Nicolla Loforte

2400 Epifanio Loforte

Gonçalo Auzier

66 Mathias Bostem João Rippa 4800 Joze Rampino Antonio Bernardo Luiz Torriani 2400 Jose Romanini João Cordeiro Carlos Reina Caetano Martinelli

2400 Henrique Joze Flores Com Flauta João Pedro Maneschi

33 600

segue

[Verso...] 33 600 – Alugueres

2 240 – Copeiro e Moço

144 000 – P.ᵃ 5 Cantores, e hum cravista a 24.000 r. a cada hum. 21 460 – copia da serenatta

201 300

10 400 – Aluguer de 13 seges p. a Musica da Camera em 18 de Dez.

Este documento esclarece muitos detalhes desta produção. O primeiro é a data da performance da obra, 18 de dezembro, uma quinta-feira, contrariando o que dizem os manuscritos e o libreto, que apontam o dia 17. Esta discrepância deve-se ao fato de que partituras e libretos apresentavam a data da celebração para a qual a obra era destinada, não a data efetiva de sua performance (a mesma situação havia ocorrido com a produção de 1738 em Viena, com música de Predieri).

Outra questão é que, a julgar pelo exposto por Brito (1989, p. 59) e Santos (2006, p. 32), essa serenata teve um número maior de ensaios – quatro – do que o usual, que seriam dois. Por fim, ao indicar que Antonio Heredia e Henrique Joze Flores deveriam ir aos ensaios “com oboé” e “com flauta”, respectivamente (esses músicos tocavam ambos os instrumentos), podemos conjecturar que os instrumentistas só tinham contato com as

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partituras ao chegar ao primeiro ensaio, caso contrário não seria necessário lhes informar qual instrumento levar.

Nota-se no documento que os únicos músicos que foram remunerados foram os cantores e o cravista. Em encontro com a pesquisadora Cristina Fernandes, ela comentou que o trabalho dos instrumentistas da orquestra estava incluído em suas funções junto à Real Câmara.

Nesta listagem não aparece o nome do cantor Giuseppe Orti, a quem, segundo o libreto impresso na ocasião, foi confiado o papel de Palas. Em seu lugar aparece o nome de Joze Rampino, um castrato que por mais de uma vez substituiu Orti em outros espetáculos, como na serenata Il Natal de Giove, de João Cordeiro da Silva, em 1778, e em Gli Orti

Esperidi, de Jerónimo Francisco de Lima, em 1779 (Augustin, 2013, pp. 247-248). Isto leva

a crer, portanto, que por algum motivo ainda desconhecido, na estreia da obra o papel de Palas tenha sido cantado por este “substituto”.

Comparando os nomes presentes neste documento com o levantamento dos músicos pertencentes à Real Câmara em 1782, levantamento este realizado por Cidrais & Scherpereel (1985, pp. 42-46), é provável que a orquestra que participou da performance da serenata naquele ano de 1777 tenha sido composta da seguinte maneira:

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Instrumentos Músicos

Flautas Antonio Rodil

Henrique Joze Flores

Oboés Antonio Heredia

Francisco X. Bontempo

Fagote Nicolau Heredia

Trompas e trompetes Andre Lenzi (ou Lence) Epifanio Loforte Fernando Luiz Pink Nicolla Loforte

Violinos André Marra

Estanislau Borges Gonçalo Auzier João Valentim Felner Joze Mazza

Joze Palomino

Violas Antonio Bento da Costa

Antonio de Freitas da [Silva]

Violoncelos Fernando Biencardi

Contrabaixo Federico Herfort

Miguel Jordani

Cravo João Cordeiro

Desconhecidos Antonio Bernardo

Jeronimo Nomini João Pedro Maneschi

Tabela 2: Distribuição provável dos músicos que participaram da performance da serenata LPVB, de David Perez, em 18 de dezembro de 1777.

No caso de trompas e trompetes é difícil precisar quem tocou cada parte, porque alguns dos músicos da orquestra da Real Câmara tocavam mais de um instrumento, como é o caso dos irmãos Epifanio Loforte e Nicola Loforte, cada um deles descrito como Tocador

de Clarim e Corno de Casia (Cidrais & Scherpereel, 1985, p. 42). Dos três músicos que não

foi possível saber qual instrumento tocavam, é provável que dois fossem violinistas e um violoncelista, o que levaria a um grupo de cordas formado por quatro violinos I, quatro violinos II, duas violas, dois violoncelos e dois contrabaixos.

O nome de Mathias Bostem não se refere a nenhum instrumentista, mas ao “afinador dos cravos”, profissional que ficava presente nos ensaios para quando fossem necessários seus préstimos (Cidrais e Scherpereel, 1985, p. 67).

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Como nessa época David Perez apresentava problemas de visão, é provável que a direção musical tenha sido realizada pelo cravista (e também compositor) João Cordeiro da Silva (1735-1808), a julgar pelo fato de ele ter sido remunerado junto com os cantores.

Por fim, a presença neste documento do poeta da corte, Gaetano Martinelli, é explicada da seguinte maneira por Augustin (2013, p. 115): “Cabia ao poeta e libretista oficial da corte, como Gaetano Martinelli, preparar os textos para o libreto e, não era raro, ter que fazer algumas alterações e acomodações dos versos poéticos de acordo com a censura da época”. No caso de LPVB, nenhuma alteração neste sentido foi feita.

Documento 2: Recibo referente à confecção de libretos e outros serviços (Martins, 1777).

Figura 15: Recibo de pagamento dos libretos e outras despesas referentes à serenata LPVB, de David Perez. Biblioteca da Ajuda, Lisboa, 52-XIV-35, no. 82.

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Transcrição

Emportancia dos Libretos q se fizeram pᵃ. os annos da Rainha Nossa Senhora a saber, em Papel dourado 200... a 45r...9$000 ditos em setim e brilleite 7...a 400r...2$800 de huma partitura q se enquadernou...$200 dos Extromentos q eu fui cozer a Bom Suceso...$400 12$400 Livreiro Antonio Joze Martins

Recebi do senhor João Antonio Pinto da Silva a quantia de Doze

Mil e quatro sentos da conta acima N. Snrᵃ. da Ajuda 26 de Dezrᵒ. de 1777

Antonio Joze Martins

Como era usual na época, foram impressos para a apresentação da serenata LPVB os libretos com o texto completo da obra, de modo que o público pudesse acompanhar o desenrolar dos acontecimentos. O recibo de pagamento pelo serviço, que está depositado na Biblioteca da Ajuda sob a quota 52-XIV-35, no. 82, foi assinado por Antonio José Martins, tendo sido o pagamento feito também por João António Pinto da Silva. Este documento nos informa que esses libretos foram impressos em dois materiais distintos. Aqueles destinados aos convidados – duzentos – foram confeccionados em papel dourado, e custaram 45 réis cada um. Já os libretos destinados aos integrantes da família real – sete exemplares – foram encadernados em cetim brilhante, e custaram 400 réis cada. Outras duas despesas estão discriminadas no documento. Uma delas é o custo de encadernação de uma partitura. A outra se refere a um trabalho de “cozer instrumentos”, provavelmente a encadernação das partes dos instrumentistas.

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Documento 3: Recibo de pagamento dos copistas (Almeida, 1777).

Figura 16: Recibo de pagamento dos copistas que atuaram na confecção de partes da serenata LPVB, de David Perez – Biblioteca da Ajuda, Lisboa, 52-XIV-35, no. 85.

Transcrição:

Rol das pessoas q copiarão na Muzica da Serenata pᵃ. os annos da Raynha N. Sʳᵃ. deste prezente anno de 1777

João Bernardo Flᵉˢ...26 p. 5$200 Pᵉ Alexᵈᵉ. Joze Leyte ...27 p. 5$400 Pᵉ Bernardo Joaquim Al...6 p. 1$200 Joaquim Alᵈᵃ. da Sᵛᵃ...6 p.½ 1$300 13$100

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Comedoria de 10 dias de Pᵉ Alexandre a 800 r. 8$000 Condução para o levar...$360 Pᵉ Alexandre veyo pᵃ. o Bom Sᵒ.

em a tarde do ultimo dia do Mez de Novembro e findou a sua escrita em o dia 9 do Mez de Dezembro e se foi em o dia 10 pella manhã condução pᵃ. o levar ...360

Recebi do S. João Antonio Pinto da Sᵃ vinte e hum mil quatro centos e secenta reis da quantia asima Bom Sᵒ em 17 de Dezembro de 1777

Antonio Bernardo de Almᵈᵃ

Este documento mostra que um grupo de quatro copistas trabalhou por dez dias, de 30 de novembro a 9 de dezembro de 1777, na confecção das partes de orquestra, a julgar pela quantidade de material produzido (65½ partes). Infelizmente nenhuma dessas partes foi localizada até o momento. O documento indica também que estes copistas deviam trabalhar na casa de João António Pinto da Silva, em Bom Sucesso (o mesmo local onde se realizaram os ensaios), pois são mencionadas despesas de alimentação e de transporte com um deles, o padre Alexandre Joze Leyte. O documento encontra-se depositado na Biblioteca da Ajuda, sob a quota 52-XIV-35, no. 85.

Documento 4: Registro contábil das despesas de LPVB em 1777.

O último documento referente à produção de LPVB em 1777 é o registro das despesas no livro de contabilidade da Casa Real, depositado no Arquivo Nacional da Torre do Tombo sob a quota Casa Real, Livro 503. Neste livro, as despesas discriminadas nos Documentos 1, 2 e 3 estão apresentadas em três entradas, sendo que as duas primeiras estão registradas no dia 09 de dezembro de 1777, na folha 51. A primeira delas se refere ao total das despesas com o pagamento de músicos e copistas (“Pelo que paguey, e

importou a Despeza da serenatta dos Annos da Raynha, N. Snrᵃ.”), e também os gastos

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(vale lembrar que neste documento está transportado o valor total do Documento 3, referente ao trabalho de confecção das partes de orquestra). A segunda entrada se refere ao pagamento das seges (“Pelo que importarão o aluguer de 13 seges pᵃ. a Muzica da

Camera em 18 do corrente”), no valor de 10$400. A terceira e última entrada, registrada

no dia 29 do mesmo mês, na folha 52, refere-se ao pagamento das despesas com a impressão dos libretos (“Pelo que paguey da impreção, e Enquadernaçam dos libretos pᵃ.

a Serenata dos Annos da Rᵃ. N. Sʳᵃ.”), no valor de 17$650.

Figura 17: Folhas 51 e 52 do livro de despesas da Casa Real, onde estão assentados os custos referentes à produção da serenata LPVB, de David Perez, no ano de 1777.

Arquivo Nacional da Torre do Tombo, Lisboa – Casa Real, Livro 503. Documento 5: Registro contábil das despesas de LPVB em 1779.

Como já foi mencionado, dois anos após sua estreia a serenata LPVB foi reapresentada no aniversário de D. Maria I. Entre essas duas produções (1777 e 1779) ocorreu o falecimento de David Perez, em 30 de outubro de 1778. Até o momento poucas informações subsistem sobre esta reapresentação, a não ser o registro feito no dia 15 de

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dezembro, na folha 73 do livro de despesas da Casa Real, dos custos decorrentes de sua produção (Despeza da Serenatta = La Pace =, repetida no Paço da Ajuda em 18 do

prezente Mez), no valor de 164$800 reis. No dia 14 deste mesmo mês já havia sido

registrada a despesa referentes a outra serenata – Despeza da Serenatta dos Annos da Rᵃ.

N. Sʳᵃ. – no valor de 233$040, provavelmente a Cantata a cinque voci, de Marcello

Bernadino di Capua, sobre libreto de Luigi Godard, executada no dia 17 de dezembro (Brito, 1989, p. 153). Este livro encontra-se também depositado no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, sob a quota Casa Real, Livro 504.

Figura 18: Folha 73 do livro de despesas da Casa Real, onde estão assentados os custos referentes à produção da serenata LPVB, de David Perez, no ano de 1779.

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