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É realizada pela Comissão de Avaliação (Núcleo Docente Estruturante) incluindo professores do curso e discentes. Cabe à comissão elaborar os instrumentos de avaliação e submetê-los ao Colegiado do curso, aplicá-los e apresentar os resultados. Cabe também examinar os resultados das pesquisas semestrais realizadas oficialmente pela Universidade (avaliação institucional), assim como as demais formas de avaliação oficiais: Enade e avaliação do MEC. Os resultados da avaliação são divulgados na página do curso, assim como as medidas para solucionar os principais problemas apontados.

O curso conta com vários elementos para seu acompanhamento e avaliação: Avaliação da disciplina – avaliação oficial da Universidade (institucional), realizada no final de todos os semestres; Questionário para levantamento da situação socioeconômica dos alunos, formação escolar, época de conclusão do ensino médio, objetivando traçar o perfil discente, que serve de

base para as demais avaliações; Questionário anual sobre grau de satisfação dos discentes – sua relação com o curso e avaliação global do mesmo, da qualidade do corpo docente, do horário de funcionamento, da carga horária e características do curso; Avaliações oficiais do MEC – Enade.

Na medida do possível, os profissionais formados no curso são acompanhados para identificar em que estão trabalhando, a “utilidade” dos conhecimentos adquiridos em suas funções profissionais atuais e suas principais dificuldades.

Pós-graduação

Desde julho de 2010, o Curso de Licenciatura em Ciências Naturais da FUP oferece dois cursos de pós-graduação: Mestrado Profissionalizante em Ensino de Ciências – Área: Ensino de Ciências – único mestrado da UnB que acontece interunidades (Departamento de Química, Física, Biologia e FUP) e Ciência de Materiais com duas linhas de pesquisa: Materiais Nanoestruturados e o de Simulação. A primeira linha pesquisa os materiais mais adequados para serem usados em nanoestruturas e a segunda se dedica a simular, por meio de modelos matemáticos em computadores, quais são as características ideais dos materiais a serem utilizados em pequenas estruturas.

Considerações finais

O curso de Licenciatura em Ciências Naturais, que assumimos, é um espaço no qual professores e alunos podem dialogar, pensar, duvidar, discutir, questionar e compartilhar saberes, onde há lugar para criar, colaborar, discordar e transformar. Um curso com autonomia onde todos os envolvidos possam, pensar, refletir e avaliar o processo de construção do conhecimento, que não deve ser tratado de forma dogmática e esvaziado de significado. O texto acima, que fundamenta o Projeto-Político-Pedagógico do Curso, representa um desafio no nosso cotidiano e busca efetivamente uma educação alicerçada em valores éticos, na promoção da Paz, na construção da cidadania e principalmente na formação docente. Aqui não posso deixar de citar os principais atores e autores dessa construção, professores: Marcelo Ximenes Bizerril, Antonio Luiz Melo, Catarina Labouré Benfica Toledo, Danilo Arruda Furtado, Dulce Maria Sucena da Rocha, Eduardo Leonardecz Neto, Eliane Mendes Guimarães, Gilvânia Coutinho Silva Feijó, Ivan Ferreira da Costa, Jeane Cristina Gomes Rotta, Mônica Castagna Molina, Nina Paula Ferreira Laranjeira, Paulo Eduardo de Brito e Renata Aquino da Silva de Souza.

Referências

BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica. Parâmetros

Curriculares Nacionais. 3º e 4º ciclos do Ensino Fundamental. Temas

Transversais. Brasília, 1998.

CARRAHER, Terezinha; CARRAHER, David; XCHLIEMANN, Ana Lúcia. Na

vida dez, na escola zero. São Paulo: Cortez, 1988.

CHAVES, A.; SHELLARD, R.C. (eds.) Pensando o futuro: o desenvolvimento da física e sua inserção na vida social e econômica do país. São Paulo: Sociedade Brasileira de Física, 2005.

CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, Conselho Pleno. Parecer CNE/CP

nº 09/2001 - Relatores: Conselheiros Edla de Araújo Lira Soares e outros.

CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, Conselho Pleno. Resolução CNE/

CP nº 01, 18 fev. 2002.

CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, Conselho Pleno. Resolução CNE/

CP nº 02, 19 fev. 2002.

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA. Projeto Orgânico das Licenciaturas. (in mimeo). 1993.

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA – FACULDADE UNB PLANALTINA. Projeto

Político Pedagógico do Curso de Licenciatura em Ciências Naturais – diurno.

Introdução

A interdisciplinaridade é uma proposta que vem sendo inserida na educação brasileira desde a década de 1970, tendo se tornado, oficialmente, um princípio pedagógico escolar a partir da publicação dos Parâmetros Curriculares Nacionais em 1998. Nesse intervalo, experiências escolares interdisciplinares foram acontecendo por iniciativa de professores que acreditavam na possibilidade de tornar o processo educacional mais integrado. Pesquisas da década de 1990 apontavam uma proliferação indiscriminada de práticas intuitivas, mostrando que se passava a exercer e a viver a interdisciplinaridade sob diversas formas apoiadas numa literatura ainda pouco difundida (Fazenda, 1994).

A integração entre as ciências naturais (química, física, biologia, matemática) e as ciências humanas (história, geografia, filosofia e sociologia) tem-se tornado uma busca de professores da Educação Básica e daqueles que são responsáveis pela formação de novas gerações de educadores. Apesar dos desafios que a interdisciplinaridade representa em termos de organização e de interação interpessoal e de conhecimentos, ela tem ganhado importância em escolas (Hartmann; Zimmermann, 2007) e cursos de licenciatura (Milanese, 2004). Permeada por desafios, a importância da interdisciplinaridade, como princípio norteador da educação brasileira, tem-se tornado mais clara à medida que inspira reflexões e práticas escolares, mostrando que o aprofundamento de conhecimentos teóricos e a reflexão sobre a prática educativa precisam acontecer simultaneamente.

Tendo aceitado o convite para realizar uma oficina sobre projetos interdisciplinares, durante o SLIEC 2010, para professores ou futuros docentes da área de ciências da natureza e matemática, pensou-se em refletir com os participantes os desafios, limites e possibilidades que o trabalho interdisciplinar representa para aqueles que se propõem a atuar de forma integrada com colegas de escola ou universidade. Essa reflexão é o produto da nossa oficina, uma vez

Planejamento de projetos para