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4.10 – CAPRICÓRNIO

22 de Dezembro – Símbolo gráfico: €€ - Regente: Saturno

Salto de água na cachoeira, chifres do cabrito ou cauda da cabra-marinha. No corpo

Joelhos, ossos, pituitária, juntas, articulações, dentes, pele e cartilagens. Ação mórbida

Calcificação ou descalcificação, endurecimento de tecidos, artrite, cálculos, reumatismo, alergia, fraturas, quedas, paralisia, erupção, espinhas, cárie, doenças de pele, deslocação de ossos, impetigo, lepra, eczemas, verrugas.

Capricórnio no Hemisfério Norte é o inverno. E para sobreviver ao frio do inverno é preciso ser forte. A natureza luta para preservar a vida. Da mesma forma, a pessoa de Capricórnio, que aprendeu e assimilou todas as fases dos signos anteriores, chega a um momento em que tem uma noção definida de quem ele é, o que é capaz de fazer e o que pode conseguir no mundo. E o que ele quer é a estabilidade do seu poder, da sua posição social. Capricórnio é socialmente orientado: o mundo define o que é certo, importante e a ceitável e o indivíduo segue essas regras. É a ordem estabelecida, o que é real, a prática e não a teoria. A teoria é para Sagitário. Capricórnio é o homem de negócios. Ser eficiente, porque não pode ser dependente ou perder o controle e precisa construir um monumento, para valorizar a sua existência e dizer ao mundo: Eu fiz isso.

Por isso é considerado o pilar da sociedade, onde o respeito à autoridade é imprescindível. Como Câncer lembra a mãe, Capricórnio lembra o pai: a função autoritária, controladora e disciplinadora que educa o filho para vencer na vida.

Existe, também, a ligação à família. A família é sagrada. Pode brigar com ela, mas resigna-se. Pode separar-se dela, e se acha digno de compaixão.

A tradição. Pode ser chamado de quadrado. Mas é uma força poderosa. Mas Capricórnio não se queixa da vida, vai em frente com seu sentido prático, salvando pelo menos alguma coisa onde houver fracassado – se fracassar. Quando ocorre um erro, não perde tempo em se culpar, castiga-se severamente nos seus momentos privados (ninguém precisa ficar sabendo), faz uma firmeza mental de que jamais repetirá esse erro e vai em frente. Não assume o que não é capaz, pois é responsável por tudo que está sob sua mão. Pode assumir muita responsabilidade, mas dá conta de tudo. Não faz nada contra sua natureza. Racionaliza, faz devagar e com segurança – tudo tem o seu tempo – considera as situações e faz deduções, jamais adivinha. Quando alguma coisa vai mal, retira-se, ao contrário do Touro, que se apega. Dois Capricórnios juntos conversam como formigas ocupadas, com as antenas ligadas em perfeito entendimento, desprezando as superficialidades. E juntos podem chegar a grandes sucessos sem gastar um tostão desnecessário. São plantados no chão e perfeitamente previsíveis: rotineiros, mas confiáveis. Capricórnio deveria olhar-se com humor e procurar rir mais da vida e de si. Embora ria quando lhe falam que morte e decadência são inevitáveis. Porque o tempo, para ele, é uma arma ao seu lado; ele foi Cuma criança enjoada e precoce e tornou-se um adulto que não envelhece, sempre com olhos brilhantes e soltando balões coloridos.

Saturno é seu planeta regente, testou-o muitos anos e, mais tarde, deu-lhe grandes recompensas. Diverte-se à sua maneira: com qualquer coisa que lhe estimule a mente e tenha bom senso. Juntamente com a ambição, existe uma ternura interior.

Disciplinado, introvertido, sutil porque tudo tem um propósito, a vida é um negócio muito sério. Sensível à opinião pública: a vizinhança certa, a escola certa, o casame nto certo, o emprego certo. Enfim, o que é certo e apropriado. Desde cedo começa a treinar-se com determinação e dureza, após os 29 anos a vida começa a abrir-se, quando Saturno completa o seu primeiro retorno ao lugar natal do seu mapa. Enfrenta obstáculos para chegar a sua meta: a escalada da montanha.

É um idealista com visão messiânica de quem quer melhorar o mundo, dentro de uma maneira prática e razoável. Mas também aquele que acha que os fins justificam os meios. O moralista que impõe: “faça o que digo e não me contrarie, nem questione”. Recusar seu conselho é ofendê-lo gravemente.

Mas na hora importante é ele quem consegue os resultados. Não admite oposição, é intolerante: se ele pode fazer algo, os outros também devem poder.

É capaz de paixão e d esejo, só que costuma se reprimir porque não confia nos outros. Guarda para si as suas emoções e fantasias, porque isso não são coisas concretas e podem perturbar o seu trabalho. Fechando-se, as mágoas ficam reprimidas e dolorosas; se o orgulho for ferido, não esquece nem perdoa. Suporta frustrações, restrições, dificuldades porque sabe que tem um objetivo lá no alto.

Capricórnio é o Estado organizado com seus territórios e grupos raciais, aos quais governa e organiza principalmente através da política e do jogo do poder.

Mas pode ser a grande metrópole cósmica, aquele que atingiu a perfeição e que, vivendo só, fez de si mesmo um vasto mundo. O estadista ou o santo.

Um Estado é uma coisa concreta, com regulamentos e fronteiras. Para sobreviver, o Estado d eve manter seus limites ou estendê-los. Para isso a massa deve ser educada, tornar-se técnica e profissional e, a fim de que o Estado suba. O deus Capricorniano, chama-se, então, Civilização. Os reformadores e sonhadores não pertencem a esse grupo. Eles vêm depois: são os aquarianos e piscianos.

Mito

O Mito de Capricórnio está vinculado ao nascimento de Cristo, cuja raiz está nas antigas mitologias, quando os deuses sempre nasciam no solstício do inverno. O eterno Cristo, o deus criador é nada mais do que a plena força do dia, correspondendo ao meio-dia, o ponto do mapa que equivale ao Meio-Céu. O Cristo, o homem que subiu não monte Calvário, isolado do mundo na sua cruz, mas em comunhão com Deus.

Existem dois tipos de Capricórnio. A cabra-marinha – metade cabra, metade peixe, que viveu na época em que o mar engoliu as montanhas tornando-as em areia. Essa cabra desceu ao mar, apesar de continuar seus atributos terrestres, e adquiriu, no oceano, a sabedoria interior. Mais tarde, quando as montanhas tornaram a surgir, a cabra volta à terra, sacrificando sua metade peixe, e portanto sacrificando sua liberdade e aceitando as limitações, para construir um novo mundo, para trazer crescimento e properidade.

A cabra montês – o cabrito que escala a montanha, no intuito de ir ao topo para se engrandecer e satisfazer a sua própria fome. O joelho, ponto vulnerável do Capricórnio, serve para subir, já que quando o joelho não se dobra não se pode andar. Entretanto, é o mesmo joelho que serve para a genuflexão. O mito mais bonito, associado a cabra-marinha, fala de Buda e Bodhisattva. Os dois eram almas iluminadas. Buda permaneceu na iluminação do seu estado místico, mas Bodhisattva chegou ao umbral, olhou para trás e viu a humanidade sofrendo. Preferiu retornar ao mundo e ajudar os que precisavam. Somente quando as pessoas se libertarem é que deixará a sua prisão auto-imposta.

Assim, qualquer topo de montanha que o Capricórnio quiser subir, lá não deverá permanecer, porque é preciso retornar ao mundo, não porque ele necessite, mas porque suas habilidades são necessárias ao mundo. Por isso que o Capricórnio se acha insubstituível e reage contra uma aposentadoria.

Na figura de Bodhisattva está a representação dos mitológicos deuses redentores, inclusive o Cristo Redentor, que se oferece voluntariamente para encarnar entre os mortais, ajudando-os a encontrar a luz, e por sua vez, aceitando o sofrimento e a responsabilidade.

A figura da montanha aparece também nas lendas e nas estorinhas de fadas. É sempre na montanha que existe o tesouro escondido, ou ocorre uma ação importante, ou mora o gigante, etc.

Estando perto do céu, a montanha é um local de revelações (Nietzsche colocou Zaratustra no alto de uma montanha, onde começou a falar de sua idéia do Super-Homem). A montanha foi onde ocorreu a transfiguração de Cristo e isso é, também, um símbolo de auto-conhecimento que leva à sabedoria. A montanha é uma meta depois de uma longa busca ou o local de transição para a eternidade. O resultado de um esforço árduo, despendido na escalada, onde o herói, ao se firmar na terra, alcança o auto- conhecimento.